domingo, 6 de abril de 2025

O NOVO NASCIMENTO

         2º Trimestre 2025

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 02

Texto Base: João 3:1-9,16

“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3).

João 3:

1. E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

2. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

3.Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

4.Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5.Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito,

7. Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

8. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem,

nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

9. Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?

16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

INTRODUÇÃO

Nesta segunda lição, estudaremos um dos temas centrais do Evangelho de João: o Novo Nascimento. Nosso texto base, João 3:1-9, apresenta um profundo diálogo entre Jesus e Nicodemos, um fariseu e mestre da Lei, que buscava compreender os mistérios do Reino de Deus. Nessa conversa, Jesus declara de forma categórica: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (João 3:3), destacando que o Novo Nascimento é uma exigência fundamental para a vida eterna.

A Bíblia define esse processo como Regeneração, uma transformação operada pelo Espírito Santo na vida do pecador arrependido. Diferente de uma mudança superficial ou moral, a Regeneração é uma obra espiritual e sobrenatural, onde o indivíduo recebe uma nova natureza e um novo coração, capacitado a viver em comunhão com Deus.

O Novo Nascimento pode ser descrito de diversas maneiras como, por exemplos: “regeneração’; “transformação de vida de dentro para fora”; “nascimento espiritual”; “recriação interior da vida espiritual de uma pessoa”. No entanto, sua essência reside no fato de que ninguém pode entrar no Reino de Deus sem experimentar essa profunda transformação interior.

Ao longo desta lição, exploraremos o significado, a necessidade e os efeitos do Novo Nascimento, compreendendo que não se trata de uma escolha humana ou um mérito pessoal, mas da ação soberana e graciosa do Espírito Santo na vida do crente. Que este estudo nos leve a valorizar e buscar essa experiência transformadora, que nos conduz a uma vida de intimidade com Deus e certeza da salvação.

I. JESUS E NICODEMOS

1. Quem era Nicodemos? 

Nicodemos era um fariseu e um dos principais líderes religiosos de Israel, membro do Sinédrio, o conselho supremo dos judeus (João 3:1). Sua posição indicava que ele possuía grande conhecimento da Lei e das tradições judaicas, além de exercer influência entre o povo. No entanto, apesar de sua erudição e status, ele reconheceu em Jesus um mestre vindo da parte de Deus, o que o levou a buscá-Lo para obter respostas sobre a vida espiritual.

O fato de Nicodemos procurar Jesus à noite (João 3:2) pode indicar tanto um desejo de evitar a exposição pública quanto um símbolo de sua própria condição espiritual: ele estava em trevas e precisava da luz de Cristo. Sua conversa com Jesus revelou sua dificuldade em compreender a necessidade do Novo Nascimento, pois, como fariseu, ele estava acostumado a associar a salvação ao cumprimento da Lei e das tradições religiosas.

Mais tarde, Nicodemos aparece defendendo Jesus contra a injustiça dos líderes judeus (João 7:50,51) e, após a crucificação, participa de Seu sepultamento, trazendo especiarias para ungir o corpo do Senhor (João 19:39). Essas passagens sugerem que Nicodemos passou por uma jornada de fé, saindo da dúvida para um reconhecimento progressivo de Cristo como o Messias.

2. O reconhecimento de Nicodemos sobre Jesus como Mestre

“Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (João 3:2).

O relato deste texto mostra que Nicodemos reconhecia a autoridade de Jesus ao chamá-Lo de "Rabi", um título respeitoso utilizado para mestres da Lei. Esse reconhecimento sugere que Nicodemos via em Jesus alguém com profundo conhecimento espiritual, cuja origem divina era confirmada pelos sinais e milagres que realizava. Ao afirmar: "Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele", Nicodemos expressa uma convicção inicial de que Jesus não era um mestre comum, mas alguém que possuía uma missão divina.

Esse reconhecimento, no entanto, ainda era limitado. Nicodemos via Jesus como um mestre e realizador de milagres, mas não compreendia plenamente Sua identidade como o Messias e Filho de Deus. Sua visão estava condicionada à expectativa judaica de um líder enviado por Deus para operar maravilhas, sem perceber que os sinais apontavam para uma realidade espiritual muito mais profunda: o Reino de Deus e a necessidade do Novo Nascimento.

Além disso, é interessante notar que Nicodemos usa o pronome "sabemos", sugerindo que outros líderes religiosos também percebiam algo especial em Jesus, mas temiam reconhecê-lo publicamente. Seu interesse em compreender os ensinamentos de Cristo revela uma busca sincera, porém, limitada pelo entendimento humano e pela tradição religiosa.

A resposta de Jesus, ao invés de se deter no reconhecimento de Nicodemos, aponta para a necessidade de transformação espiritual. Ele não elogia a percepção do fariseu, mas introduz um conceito que desafia sua compreensão: o Novo Nascimento. Isso mostra que, mais do que um simples reconhecimento intelectual, o que Jesus deseja é uma experiência real e transformadora na vida daqueles que O buscam.

3. O diálogo entre Jesus e Nicodemos

A partir de João 3:3, Jesus introduz um conceito essencial para a salvação: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus". Esta afirmação deixou Nicodemos perplexo, pois sua mentalidade estava fortemente enraizada no cumprimento da Lei e na herança judaica como garantias de pertencimento ao Reino de Deus. Ele interpretou as palavras de Jesus de maneira literal, perguntando: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?" (João 3:4). Isso demonstra sua dificuldade em compreender a realidade espiritual do Novo Nascimento.

Jesus, então, amplia a explicação ao afirmar: "Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus" (João 3:5). A menção à "água" e ao "Espírito" é fundamental para entender o processo da Regeneração. No contexto bíblico, a água pode simbolizar tanto a purificação que vem do arrependimento (como pregado por João Batista – Mateus 3:11) quanto a própria Palavra de Deus (Efésios 5:26), que conduz à santificação. Já o Espírito representa a obra divina que transforma o coração do homem, tornando-o uma nova criação em Cristo (Tito 3:5).

Dessa forma, o Novo Nascimento não se trata de uma reforma exterior ou de um esforço humano, mas de uma transformação radical operada pelo Espírito Santo. A resposta de Jesus evidencia que ninguém pode entrar no Reino de Deus por mérito próprio, linhagem ou práticas religiosas, mas apenas através de uma mudança espiritual profunda e sobrenatural.

Jesus conclui essa explicação ao destacar a diferença entre o nascimento natural e o espiritual: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (João 3:6). Isso demonstra que o Novo Nascimento não se refere a uma experiência física, mas a uma renovação interior realizada pelo Espírito Santo, tornando o pecador uma nova criatura apta a viver segundo os princípios do Reino de Deus (2Co.5:17).

O diálogo entre Jesus e Nicodemos nos ensina que a salvação não é fruto de conhecimento religioso ou boas obras, mas sim de uma experiência transformadora com Deus, onde o Espírito Santo renova a vida do crente e o capacita a viver segundo a vontade divina.

Sinopse I – JESUS E NICODEMOS

O encontro entre Jesus e Nicodemos (João 3:1-9) revela uma das mais profundas verdades sobre a Regeneração Espiritual. Nicodemos, um fariseu e membro do Sinédrio, reconhecia Jesus como um mestre vindo de Deus devido aos sinais que realizava. Entretanto, sua compreensão era limitada, pois via Jesus apenas como um grande mestre e não como o próprio Filho de Deus.

No diálogo, Jesus apresenta um conceito fundamental: o Novo Nascimento. Ele declara que ninguém pode ver o Reino de Deus sem nascer de novo, deixando Nicodemos confuso, pois sua visão era pautada na tradição judaica e no mérito religioso. Jesus então esclarece que esse nascimento não é físico, mas espiritual, operado pela água e pelo Espírito Santo. A água simboliza a purificação e o arrependimento, enquanto o Espírito representa a transformação interior que concede ao crente uma nova vida em Deus.

Por fim, Jesus diferencia o nascimento natural do nascimento espiritual, deixando claro que apenas a obra do Espírito Santo pode tornar o homem apto a entrar no Reino de Deus. Esse diálogo ensina que a salvação não é adquirida por conhecimento religioso ou boas obras, mas sim por uma experiência real de transformação espiritual, concedida pela graça divina.

II. O NOVO NASCIMENTO: A OBRA DE REGENERAÇÃO

1. O Novo Nascimento

O Novo Nascimento é o fundamento da Regeneração espiritual, um ato sobrenatural operado pelo Espírito Santo, pelo qual o pecador é transformado em uma nova criatura e se torna filho de Deus (2Co.5:17; João 1:12). Essa transformação não é meramente simbólica, mas real e essencial para que o homem tenha comunhão com Deus e entre no Reino dos Céus.

A Bíblia apresenta o Novo Nascimento como uma obra profunda e completa, que concede ao homem:

·         Uma vida renovada (1João 3:13,14). O regenerado deixa as trevas e passa a viver em amor, evidenciando sua nova condição espiritual.

·         Uma mente transformada (Rm.12:2). O novo nascimento muda a forma de pensar, levando o crente a viver segundo a vontade de Deus.

·         Uma nova natureza (Tg.1:18,21). O pecador, que possui uma natureza carnal, corrompida e caída em pecado, passa a ter uma nova natureza, agora purificada e espiritualmente restaurada.

·         Uma nova identidade em Cristo (2Co.5:17). O velho homem é deixado para trás, e uma nova vida começa.

·         Um chamado à santidade (1Co.6:20). O regenerado pertence a Deus e deve glorificá-lo em tudo.

Entretanto, na cultura pós-moderna, a doutrina da Regeneração é frequentemente rejeitada. O pecado é relativizado e a necessidade de transformação espiritual é ignorada. Jesus é reduzido a um mero filósofo ou mestre moral, sem reconhecimento de Sua missão redentora. Esse pensamento nega a necessidade do Novo Nascimento, afastando as pessoas da verdade do Evangelho.

A Regeneração não pode ser alcançada por esforços humanos ou boas obras. Ela é um milagre realizado exclusivamente pelo Espírito Santo (Tt.3:5). Somente pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo, o homem pode nascer de novo e ter uma nova vida em Deus.

2. A Regeneração como obra exclusiva de Deus

A Regeneração é uma obra sobrenatural de Deus, operada pelo Espírito Santo, que transforma radicalmente o coração do pecador, concedendo-lhe nova vida espiritual. Esse processo não é fruto do esforço humano, mas uma ação exclusiva da graça divina, que restaura a comunhão entre Deus e o homem.

O Novo Testamento enfatiza que a regeneração não depende de méritos pessoais, mas da vontade soberana de Deus. Tiago declara: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto”; “segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tg.1:17,18).

Isso significa que a Regeneração não é apenas um convite à mudança moral, mas sim um novo nascimento espiritual, no qual o Espírito Santo transforma a natureza humana, tornando o pecador uma nova criatura (2Co 5:17).

A Regeneração ocorre quando o pecador reconhece sua condição caída e se rende a Cristo. O Espírito Santo age poderosamente, convencendo do pecado, do juízo e da justiça (João 16:8), levando o pecador ao arrependimento genuíno e à fé no Evangelho.

Ø  Convencer do pecado. Se refere à ação do Espírito Santo em revelar ao ser humano a realidade do pecado. O Espírito Santo mostra a verdadeira natureza do pecado, que é a separação de Deus e a desobediência à Sua vontade. Ele ajuda as pessoas a reconhecerem seus erros e a necessidade de arrependimento.

Ø  Convencer da justiça. O Espírito Santo revela a justiça de Deus, que é manifestada através de Jesus Cristo. Ele mostra que a justiça não é apenas um conjunto de regras, mas uma relação correta com Deus, alcançada através da fé em Jesus. O Espírito Santo também demonstra que Jesus é o padrão perfeito de justiça.

Ø  Convencer do juízo. Isso significa que o Espírito Santo alerta sobre o julgamento final de Deus. Ele lembra que haverá um dia em que todos serão julgados por suas ações. O Espírito Santo também mostra que o príncipe deste mundo (Satanás) já está condenado, e que a vitória final pertence a Deus.

Dessa forma, a regeneração não é um mero ajuste de comportamento, mas uma renovação profunda e permanente, na qual Deus concede ao homem um novo coração e um novo espírito (Ez.36:26), capacitando-o a viver em santidade e obediência à vontade divina.

3. A necessidade da Regeneração do pecador

Segundo o apóstolo Paulo, todos os seres humanos pecaram (Rm.5:12). Assim, surge a necessidade de cada indivíduo passar pela experiência da Regeneração (Rm.5:19).

Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, o ser humano precisa nascer de novo:

a) Porque a inclinação do seu coração é contra Deus. A inclinação da carne do ser humano é inimizade contra Deus. Sua natureza é pecaminosa e totalmente caída. Os maus desígnios vêm do seu coração, mas não o desejo de ser salvo. O ser humano não pode mudar a si mesmo. Ele está cego para as coisas de Deus, insensível como um morto à voz do Espírito Santo. Se a pessoa for deixada à própria sorte, perecerá. Da mesma forma que um ser humano jamais é o autor da sua existência, assim também nenhum ser humano pode dar vida à própria alma. Sem o Novo Nascimento, ninguém pode chegar ao Céu. Você pode entrar no Céu sem dinheiro, sem fama, sem cultura e até sem religião, mas jamais sem o Novo Nascimento.

b) Porque sem o Novo Nascimento ninguém pode ver o Reino de Deus nem pode entrar nesse Reino (Joao 3:3,5). Para entrar no Reino de Deus é necessário o toque regenerador do Espírito Santo. Não se entra no Reino de Deus apenas fazendo boas obras. Se Nicodemos, com seus conhecimentos, talentos, entendimento, posição e integridade, não podia entrar no Reino prometido em virtude de sua posição e obras, que esperança há para alguém que procura salvação por essas vias? Mesmo para um Nicodemos deve haver uma transformação radical, a geração de uma nova vida. Não se trata do conserto de uma parte, mas da renovação de toda a natureza.

c) Porque uma fé intelectual ou emocional é insuficiente para a pessoa entrar no Reino de Deus. Muitos foram atraídos a Jesus com uma fé apenas intelectual ou emocional ao observarem seus prodígios. Nicodemos também ficou impressionado com os sinais que Jesus fazia. Isso o levou a reconhecer que Jesus era vindo de Deus e que Deus estava com Ele. Mas essa fé não foi suficiente para salvar sua alma. Crer em milagres não é o bastante para levar a pessoa ao Céu. Quando Nicodemos se aproximou de Jesus tecendo-lhe os mais altos elogios, Jesus desviou o assunto para a necessidade urgente de Nicodemos nascer de novo. Jesus não estava interessado em discutir seus milagres, que tinham como resultado apenas uma fé superficial. Pelo contrário, Ele foi direto ao ponto culminante, mostrando a Nicodemos a necessidade da transformação de seu coração por intermédio do Novo Nascimento.

d) Porque o Novo Nascimento é uma ordem expressa de Jesus (João 3:7). Jesus é categórico: “Necessário vos é nascer de novo”. Lá no Céu, você não entrará por ser membro da Assembleia de Deus, presbiteriano, batista ou de qualquer outra denominação ou religião. Lá no Céu, só entrarão aqueles que nasceram de novo, aqueles que foram remidos e lavados no sangue do Cordeiro.

Sem o Novo Nascimento, o Céu não apenas seria impossível para o ser humano, mas também não seria um lugar desejável para sua alma. Aqueles que nunca nasceram de novo amam mais as trevas do que a luz; por isso, o destino deles é de trevas eternas. Pelo nascimento natural, as pessoas tornam-se membros de uma família terrena; para que elas se tornem membros da família de Deus, para receberem a natureza espiritual, que é o único meio de ser admitido em seu reino, faz-se necessário um nascimento "do alto”, do Espírito Santo.

Sem o Novo Nascimento, o ser humano ama o mundo e as coisas que há no mundo. Sem o Novo Nascimento, o ser humano é amigo do mundo e inimigo de Deus. Sem o Novo Nascimento, o ser humano se conforma com o mundo e vive segundo o seu curso.

Quando o homem se convence do pecado, da morte e do juízo, aceitando a Jesus como seu único e suficiente Salvador, crendo em Cristo, na Sua obra no Calvário e se arrependendo dos seus pecados, renunciando à impiedade, isto é, ao pecado e às concupiscências do mundo e passa a viver, neste mundo, sóbria, justa e piamente, segundo a vontade do Senhor, que está presente na Sua Palavra (Tt.2:12), temos o Novo Nascimento, a geração de um novo homem, de uma nova criatura, pois os pecados são perdoados.

O sangue de Jesus purifica o homem de todo o pecado e ele passa a ocupar uma nova posição diante de Deus, justificado pela fé (Rm.5:1), tendo paz com Deus, pois os pecados, que antes faziam divisão entre ele e Deus (Is.59:2), não mais existem, são removidos (João 1:29), lançados no mar do esquecimento (Mq.7:19), voltando o homem, então, a ter comunhão com Deus. O espírito do homem, assim, volta a ter vida, é vivificado (1Co.15:22), pois cessa a sua separação de Deus, que o tornava inerte.

Sinopse:

O apóstolo Paulo afirma que todos os seres humanos pecaram (Rm.5:12), tornando-se necessária a experiência da Regeneração (Rm.5:19). O Rev. Hernandes Dias Lopes destaca quatro razões essenciais para esse Novo Nascimento:

a)   A inclinação do homem contra Deus. O coração humano é naturalmente inclinado ao pecado, rebelde e incapaz de buscar a Deus por si só. Sem o Novo Nascimento, ninguém pode entrar no Céu, pois o ser humano, em sua condição natural, está espiritualmente morto e separado de Deus.

b)   A impossibilidade de ver e entrar no Reino de Deus sem a Regeneração. Conforme João 3:3,5, o toque regenerador do Espírito Santo é indispensável. Nem mesmo Nicodemos, um líder religioso de prestígio, poderia entrar no Reino sem essa transformação radical. O Novo Nascimento não é uma mera reforma moral, mas a renovação completa da natureza humana.

c)   A insuficiência de uma fé intelectual ou emocional. Muitos seguem a Cristo impressionados por seus milagres, mas essa fé superficial não conduz à salvação. Nicodemos reconheceu Jesus como mestre divino, mas isso não bastava. O verdadeiro acesso ao Reino requer transformação interior por meio do Novo Nascimento.

d)   O Novo Nascimento como ordem expressa de Jesus. Em João 3:7, Jesus declara: "Necessário vos é nascer de novo". A salvação não se baseia em filiação denominacional ou méritos religiosos, mas na redenção pelo sangue de Cristo. Sem essa regeneração, o homem permanece escravo do pecado, amante das trevas e separado de Deus.

O Novo Nascimento ocorre quando o pecador se arrepende, crê em Cristo e renuncia ao pecado, tornando-se uma nova criatura. Seus pecados são perdoados pelo sangue de Jesus, sua comunhão com Deus é restaurada, e ele passa a viver segundo a vontade divina. Assim, justificado pela fé (Rm.5:1), ele experimenta paz com Deus e uma nova vida em santidade.

III. OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA

1. A operação do Espírito Santo

A expressão “nascer da água” em João 3:5 tem sido interpretada de diversas formas, mas, no contexto da conversa de Jesus com Nicodemos, trata-se de uma metáfora para a purificação espiritual realizada pelo Espírito Santo. Ao contrário da concepção de que se refere ao batismo cristão, Jesus ensina que o Novo Nascimento não é um rito externo ou um ato físico, mas uma transformação interior e sobrenatural operada pelo Espírito.

O termo "água" aqui remete à ação purificadora de Deus, como já indicado no Antigo Testamento: "Aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados" (Ez.36:25). Essa conexão demonstra que o novo nascimento envolve tanto a remoção do pecado quanto a renovação espiritual, um processo que ocorre exclusivamente pelo poder do Espírito Santo.

Além disso, Jesus reforça essa verdade ao afirmar que é necessário ser "nascido do Espírito" (João 3:5,8). Ele compara essa obra com o vento: invisível, mas real e perceptível em seus efeitos. De fato, a regeneração não é simplesmente uma mudança de comportamento ou adesão a um sistema religioso, mas uma transformação que altera a essência do ser humano, tornando-o espiritualmente vivo para Deus.

O apóstolo Paulo também descreve essa renovação em Tito 3:5: "não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo". Esse texto destaca que a salvação não ocorre por mérito humano, mas unicamente pela graça divina, manifestada na ação do Espírito.

Portanto, a operação regeneradora do Espírito Santo é fundamental para a salvação. Ele transforma o pecador em uma nova criatura, libertando-o do domínio do pecado e concedendo-lhe um novo coração, uma nova mente e um novo espírito para que possa viver segundo a vontade de Deus.

2. A Palavra de Deus

A regeneração não ocorre de maneira arbitrária ou mística, mas por meio da Palavra de Deus, que é o instrumento utilizado pelo Espírito Santo para operar essa transformação espiritual. O apóstolo Pedro ensina que os crentes são “de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pd.1:23). Essa afirmação ressalta que a regeneração não é um evento natural, mas sobrenatural, fundamentado na verdade divina revelada nas Escrituras.

Tiago também enfatiza essa verdade ao declarar que Deus nos “gerou pela Palavra da verdade” (Tg.1:18). Essa geração não é física, mas espiritual, indicando que a Palavra de Deus tem poder de vivificar o pecador, despertando nele a consciência da sua condição e levando-o à fé salvadora em Cristo.

O autor de Hebreus descreve o impacto da Palavra de Deus afirmando que ela é “viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes” (Hb.4:12). Essa passagem ilustra a capacidade da Escritura de alcançar o íntimo do ser humano, discernindo seus pensamentos e intenções, confrontando o pecado e promovendo a transformação necessária para que o pecador receba a nova vida em Cristo.

Portanto, a Palavra de Deus é a semente da regeneração, sendo o meio pelo qual o Espírito Santo atua para dar vida ao pecador. Sem a exposição à verdade divina, ninguém pode ser regenerado, pois “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm.10:17). Assim, a regeneração ocorre quando o coração humano recebe essa Palavra com fé, permitindo que o Espírito Santo produza uma transformação completa, tornando o pecador uma nova criatura em Cristo (2Co.5:17).

3. A vontade soberana de Deus na Obra da Regeneração

A Regeneração é um ato soberano de Deus, fundamentado em Seu desejo de que todos os seres humanos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm.2:3,4). Esse desejo reflete o caráter amoroso de Deus, que, desde a queda do homem, elaborou um plano de redenção para restaurar a comunhão entre Criador e criatura. O apóstolo Pedro reforça essa verdade ao declarar que Deus “não quer que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pd.3:9).

Entretanto, a salvação não acontece sem a resposta do ser humano à graça divina. Deus, em sua soberania, permite que as pessoas exerçam livre-arbítrio, tomando suas próprias decisões. Assim, ainda que o desejo de Deus seja salvar a todos, Ele não impõe a salvação de forma coercitiva, mas convida cada um a aceitar Seu perdão. Isso pode ser visto em Lucas 7:30, onde os fariseus rejeitaram o conselho de Deus, e em Atos 7:51, onde Estevão repreende os judeus por resistirem ao Espírito Santo.

Portanto, a regeneração é uma obra soberana de Deus, mas implica a responsabilidade humana de responder ao chamado divino. Embora o Espírito Santo convença o pecador do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), a decisão de se submeter a essa verdade cabe ao próprio indivíduo. Assim, ninguém poderá alegar ignorância ou falta de oportunidade, pois Deus, em sua justiça, oferece a todos os meios necessários para que sejam regenerados e tenham a vida eterna.

Sinopse III – OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA

A regeneração é um ato divino que transforma o pecador em nova criatura, e essa obra ocorre mediante três principais meios estabelecidos por Deus: a operação do Espírito Santo, a Palavra de Deus e a vontade soberana do Pai.

O Espírito Santo desempenha um papel central na regeneração, pois é Ele quem convence o pecador e realiza a transformação interior necessária para o novo nascimento. A expressão “nascer da água e do Espírito” (João 3:5,8) enfatiza que essa obra não é física, mas espiritual, e resulta na purificação e renovação da vida do salvo (Tt.3:5).

A Palavra de Deus é outro meio fundamental na regeneração, pois é por meio dela que Deus gera nova vida no pecador. O apóstolo Pedro afirma que somos regenerados pela “Palavra viva e que permanece para sempre” (1Pd.1:23). Tiago também destaca que Deus nos gera “pela Palavra da verdade” (Tg.1:18). Sendo viva e eficaz (Hb.4:12), a Palavra de Deus atua no mais profundo do ser humano, capacitando-o a viver como nova criatura.

A vontade soberana de Deus revela Seu desejo de que todos alcancem a salvação e o conhecimento da verdade (1Tm.2:3,4; 2Pd.3:9). Contudo, Deus permite que o ser humano exerça seu livre-arbítrio, podendo aceitar ou rejeitar a salvação (Lc.7:30; At.7:51). Embora seja Deus quem inicia e efetua a regeneração, cabe ao homem responder ao chamado divino, reconhecendo sua necessidade de salvação e aceitando a obra redentora de Cristo.

Dessa forma, a Regeneração é uma ação exclusiva de Deus, mas envolve a participação do pecador, que precisa crer e se submeter à transformação operada pelo Espírito, através da Palavra e conforme a vontade soberana do Pai.

CONCLUSÃO

O Novo Nascimento é uma doutrina essencial das Escrituras e a única porta de entrada para o Reino de Deus. Jesus ensinou a Nicodemos que essa experiência não é opcional, mas uma necessidade absoluta para todo ser humano. Como vimos ao longo da lição, a regeneração é uma obra sobrenatural do Espírito Santo, que transforma o pecador em uma nova criatura, libertando-o da condenação do pecado e tornando-o filho de Deus.

Essa transformação não ocorre por méritos humanos, mas unicamente pela graça divina, mediante a fé na obra redentora de Cristo. O Espírito Santo opera a regeneração, a Palavra de Deus é o instrumento que gera essa nova vida, e a vontade soberana do Pai garante que a salvação esteja acessível a todos os que se rendem ao senhorio de Cristo.

Diante dessa verdade, cada pessoa precisa refletir: Já nasci de novo? O Novo Nascimento não é um conceito teórico, mas uma realidade espiritual que deve ser experimentada. Quem nasce de novo manifesta uma vida transformada, rejeita as obras da carne e vive segundo o Espírito. Que possamos reconhecer a necessidade dessa obra em nossas vidas e buscar, diariamente, uma comunhão profunda com Deus, permitindo que Sua vontade se cumpra em nós.

 

Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Pr. Esequias Soares. A Razão de nossa Fé. CPAD.

Ev. Caramuru Afonso Francisco. Novo Nascimento e batismo com o Espírito Santo - experiências distintas. PortalEBD_2005.

Ev. Caramuru Afonso Francisco. A Corrupção da Doutrina da Regeneração. PortalEBD_2005.

Wayne Grudem. Teologia Sistemática Atual e exaustiva.

Rev. Hernandes Dias Lopes. João, as glórias do Filho de Deus. Hagnos.

terça-feira, 1 de abril de 2025

O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

        2º Trimestre de 2025

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 01

Texto Base: João 1.1-14

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

João 1:

1.No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2.Ele estava no princípio com Deus.

3.Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.

4.Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens.

5.E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

6.Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

7.Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.

8.Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.

9.Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,

10.a Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

11.Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12.Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos

de Deus: aos que creem no seu nome,

13.Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

14.E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

INTRODUÇÃO

Neste 2º trimestre de 2025 estudaremos o Evangelho de João, que se destaca especialmente por centrar-se no ministério de Jesus. O tema geral do trimestre é: “E O VERBO SE FEZ CARNE - Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor”.

Dentre os vários tópicos a serem estudados, discutiremos a divindade de Jesus, a obra transformadora do Espírito Santo, os milagres realizados pelo Mestre, crucificação, morte e ressurreição do Senhor.

Nesta primeira lição estudaremos sobre o seguinte tema: “o Verbo que se tornou em carne”. O Evangelho de João se inicia com uma das declarações mais sublimes das Escrituras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). Esta afirmação enfatiza a divindade e eternidade de Cristo, revelando que Ele não apenas estava presente na criação, mas também é o próprio Criador. João utiliza o termo grego Logos (Verbo) para descrever Jesus como a plena expressão de Deus ao mundo, Aquele que traz vida e luz à humanidade.

Nesta lição introdutória, exploraremos a estrutura do Evangelho de João, seu contexto teológico e suas ênfases principais, destacando como ele difere dos evangelhos sinóticos. Também analisaremos o impacto dessa revelação extraordinária: Deus se fez homem, habitou entre nós e nos revelou sua glória, cheia de graça e verdade (João 1:14).

I. O EVANGELHO DE JOÃO

1. Autoria e data

O Evangelho de João tem sido amplamente atribuído ao apóstolo João, um dos doze discípulos de Jesus e identificado como “o discípulo a quem Jesus amava” (João 21:20). A tradição cristã, desde os primeiros séculos, sustenta essa autoria, sendo corroborada por testemunhos dos Pais da Igreja, como Irineu de Lião (século II) e Clemente de Alexandria. Além disso, há forte evidência interna no próprio texto, especialmente no capítulo 21, onde o autor se refere a si mesmo de maneira indireta, indicando sua proximidade com Cristo e sua participação nos eventos narrados (João 21:24).

Quanto à data da escrita, a maioria dos estudiosos sugere um período entre 80 e 90 d.C. Diferente dos evangelhos sinóticos, que foram escritos anteriormente, João escreveu seu relato com uma abordagem mais reflexiva e teológica, destacando aspectos profundos da identidade divina de Jesus.

2. O propósito do Evangelho

O propósito do Evangelho de João não é apenas relatar os feitos de Cristo, mas estabelecer de maneira clara e inquestionável sua divindade. Isso se evidencia nos primeiros versículos, onde Jesus é descrito como o “Verbo Divino” (Logos), um conceito que aponta para sua existência eterna e sua função como a revelação suprema de Deus ao mundo (João 1:1). A afirmação “a Palavra que se fez carne” (João 1:14) é central para a cristologia joanina, pois destaca a encarnação de Cristo, demonstrando que o Deus eterno assumiu a natureza humana para redimir a humanidade.

Dessa forma, o Evangelho de João se distingue por sua profundidade teológica e seu propósito evangelístico, sendo um testemunho poderoso da divindade de Jesus e da salvação oferecida a todos os que nele creem.

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31).

3. A Natureza de Jesus

O Evangelho de João apresenta uma das mais ricas exposições sobre a dupla natureza de Cristo – sua plena divindade e plena humanidade. Desde o primeiro versículo, João enfatiza a pré-existência e divindade de Jesus ao identificá-lo como o Verbo que estava com Deus e era Deus (João 1:1). No entanto, esse mesmo Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1:14), revelando de forma inequívoca que Cristo assumiu a condição humana sem deixar de ser Deus.

Embora João tenha como ênfase principal a divindade de Cristo, ele também deixa claro que Jesus viveu como um verdadeiro ser humano. Em João 8:39,40, Jesus se refere a si mesmo como um homem que lhes dizia a verdade de Deus, mostrando sua identidade dentro da história humana. Além disso, João registra episódios que revelam aspectos genuinamente humanos de Jesus, como sua fadiga (João 4:6), sede (João 19:28), emoções (João 11:35), compaixão (João 6:5) e até sua morte física (João 19:30).

No entanto, a humanidade de Cristo não diminui sua divindade, mas a complementa no cumprimento do plano redentor. A morte expiatória de Jesus é um dos pontos centrais do Evangelho de João. João Batista já o apresenta como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29), antecipando seu sacrifício na cruz. A morte de Cristo não é um evento acidental ou apenas consequência da perseguição humana, mas parte essencial do plano divino para a salvação da humanidade. Como afirma João, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (João 3:16), demonstrando que o sacrifício de Jesus é um ato voluntário de amor redentor.

Portanto, o Evangelho de João apresenta uma cristologia equilibrada, afirmando que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. A sua divindade garante que Ele tem poder para salvar, enquanto a sua humanidade assegura que Ele pode se compadecer de nossas fraquezas e ser o mediador perfeito entre Deus e os homens (Hb.4:15; 1Tm.2:5). Essa compreensão é essencial para uma fé cristã sólida e bíblica.

Sinopse I – O EVANGELHO DE JOÃO

O Evangelho de João foi escrito pelo apóstolo João, conforme evidenciado no próprio texto (João 21:20,24) e nos testemunhos dos Pais da Igreja. Acredita-se que tenha sido redigido entre 80 e 90 d.C., com o objetivo de apresentar uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo. João utiliza expressões como “Verbo Divino” e “a Palavra que se fez carne” para destacar a identidade eterna e divina de Cristo.

Diferente dos evangelhos sinóticos, João tem uma abordagem mais teológica e evangelística, estruturando sua narrativa em torno de sinais miraculosos e discursos profundos de Jesus. O apóstolo destaca que sua intenção ao escrever é levar os leitores a crerem que Jesus é o Filho de Deus e, assim, receberem a vida eterna (João 20:31).

Embora o Evangelho de João enfatize fortemente a divindade de Cristo, ele também apresenta sua humanidade. Jesus é mostrado como um verdadeiro homem, que sentiu sede, cansaço, emoção e dor (João 4:6; 11:35; 19:28,30). Essa dupla natureza é essencial para a compreensão do plano da redenção, pois sua divindade lhe confere poder para salvar, enquanto sua humanidade o torna o sacrifício perfeito pelos pecados da humanidade. Assim, João revela um Cristo plenamente Deus e plenamente homem, que veio ao mundo para cumprir a obra da salvação.

II. JESUS, O VERBO DE DEUS

1. A revelação que ultrapassa o passado

O Evangelho de João se inicia com uma declaração grandiosa e profundamente teológica: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). Ao redigir essa introdução, João provavelmente fez uma alusão intencional a Gênesis 1:1, onde está escrito: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. No entanto, enquanto Gênesis relata o início da criação do mundo, João aponta para a eternidade do Verbo (Logos), destacando que Ele já existia antes mesmo de todas as coisas serem criadas.

Essa afirmação revela três verdades fundamentais sobre o Verbo:

a)   Sua eternidade. O uso da expressão "no princípio" não significa um momento específico no tempo, mas sim a ideia de que o Verbo sempre existiu. Ele não foi criado, mas é eterno, sem começo nem fim, assim como Deus.

b)  Sua distinção dentro da Trindade. João declara que o Verbo estava “com Deus”, o que indica uma relação íntima e pessoal dentro da divindade. Isso aponta para a coexistência do Filho com o Pai desde a eternidade, revelando o mistério da Trindade.

c)   Sua divindade absoluta. A terceira afirmação, “o Verbo era Deus”, remove qualquer dúvida sobre a natureza do Verbo: Ele é da mesma essência de Deus. João não diz apenas que o Verbo estava com Deus, mas que Ele é Deus. Essa é uma das declarações mais poderosas sobre a divindade de Cristo em toda a Escritura.

O apóstolo João, ao descrever Jesus como o “Logos”, utiliza um termo que tinha grande significado tanto para os judeus quanto para os gregos. Para os judeus, o "Verbo" remetia à Palavra de Deus que criava e revelava (Sl.33:6; Is.55:11). Para os gregos, o Logos era o princípio racional que sustentava o universo. João revela que esse Verbo não é um conceito abstrato, mas uma pessoa real – Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Dessa forma, João apresenta Jesus como a revelação suprema de Deus, existente desde a eternidade e plenamente divino. Ele não apenas estava no princípio, mas transcende o tempo e a história, sendo o Criador de todas as coisas (João 1:3). Essa verdade central do Evangelho de João fundamenta a fé cristã e nos convida a reconhecer Jesus como o Deus eterno que veio ao mundo para trazer luz e vida à humanidade.

2. A natureza fundamental do Verbo

O apóstolo João, ao apresentar Jesus como o Verbo (Logos) de Deus, enfatiza sua eternidade e divindade. Assim como Deus é eterno, o Verbo também o é, pois Ele não teve princípio e jamais terá fim. Essa verdade é reforçada em Apocalipse 1:8, onde Jesus é descrito como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim”, um título que pertence exclusivamente a Deus. A sequência “que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” reafirma que Cristo não apenas existia no passado, mas continua existindo no presente e para toda a eternidade.

No Evangelho de João, essa natureza divina do Verbo é central. O evangelista faz questão de mostrar que Jesus não é meramente um mestre ou profeta, mas a Palavra Encarnada de Deus. Ao dizer que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14), João utiliza o termo grego (skenóō), que significa "armar tabernáculo" ou "habitar temporariamente", remetendo à presença de Deus no tabernáculo no Antigo Testamento. Isso revela que, em Cristo, Deus veio habitar de forma plena entre os homens.

A encarnação do Verbo é um dos maiores mistérios e fundamentos da fé cristã. Deus não apenas se revelou por meio de palavras ou sinais, mas se fez homem, assumindo a nossa natureza para nos redimir (Fp.2:6-8). Essa verdade é confirmada ao longo do Evangelho de João, onde Jesus é reconhecido como Deus por aqueles que creram n’Ele. Após a ressurreição, Tomé, diante de Cristo, exclama: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28), demonstrando o reconhecimento pleno de sua divindade.

Assim, João apresenta Jesus como o Verbo eterno e Todo-Poderoso, digno de adoração, pois Ele é Deus manifestado em carne. Sua existência transcende o tempo, sua natureza é divina, e sua missão é trazer salvação à humanidade. Reconhecê-lo como tal é essencial para a fé cristã e para a adoração verdadeira.

3. “No princípio era o Verbo” (João 1:1)

O primeiro versículo do Evangelho de João, “No princípio era o Verbo”, contém uma das declarações teológicas mais profundas sobre a identidade de Cristo. No original grego, a palavra traduzida como “Verbo” é “Logos”, termo que possui uma riqueza de significados tanto na cultura judaica quanto na filosofia grega.

Para os judeus, o Logos estava associado à Palavra de Deus, que era viva, criadora e reveladora. No Antigo Testamento, Deus criou todas as coisas por meio de sua Palavra: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus” (Sl.33:6). Além disso, a Palavra de Deus era instrumento de revelação e comunicação divina com seu povo (Is.55:11).

Para os gregos, especialmente dentro da filosofia estoica, o Logos representava o princípio racional que ordenava e sustentava o universo. Era visto como a "razão suprema" ou o "princípio divino" que dava sentido ao cosmos.

João, ao iniciar seu Evangelho, não apenas se apropria desse conceito, mas o ressignifica de maneira singular e cristocêntrica: o Logos não é uma força abstrata ou um princípio filosófico, mas uma pessoa real – Jesus Cristo. Ele não apenas expressa a verdade de Deus, mas Ele é a própria manifestação de Deus na história humana.

O apóstolo explica que esse “Verbo’ estava no princípio, revelando sua eternidade; estava com Deus, demonstrando sua distinção dentro da Trindade; e era Deus, afirmando sua plena divindade. João enfatiza que Jesus é a revelação suprema de Deus ao mundo: “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (João 1:18).

Assim, Jesus Cristo é o Logos de Deus, a expressão visível do Deus invisível (Cl.1:15). Ele não apenas comunica a verdade de Deus, mas é a própria Verdade (João 14:6). Em Cristo, Deus se faz conhecido de maneira plena e acessível, trazendo luz e vida à humanidade. O Evangelho de João, portanto, apresenta o Verbo como a revelação definitiva do Pai, a encarnação da glória divina, e o meio pelo qual Deus se relaciona com os homens.

Sinopse II – JESUS, O VERBO DE DEUS

O apóstolo João inicia seu Evangelho apresentando Jesus como o Verbo (Logos) de Deus, destacando sua eternidade e divindade. Ao afirmar “No princípio era o Verbo” (João 1:1), João remete a Gênesis 1:1, enfatizando que o Verbo já existia antes da criação, sendo coeterno com Deus. Diferente da criação, que teve um início, o Verbo é eterno, estava com Deus e era Deus.

Essa revelação ultrapassa o tempo e a história, pois Jesus não apenas esteve no princípio, mas é o próprio Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim (Ap.1:8). João reforça que Jesus é a Palavra Encarnada de Deus, aquele que veio ao mundo para manifestar plenamente a glória divina e habitar entre os homens (João 1:14). Ele não é apenas um mensageiro de Deus, mas o próprio Deus que se fez carne para redimir a humanidade.

O conceito de Logos, presente no grego do Novo Testamento, carrega a ideia de expressão e comunicação. Para os judeus, a Palavra de Deus era viva e poderosa, atuando na criação e revelação divina. Para os gregos, o Logos representava o princípio racional que sustentava o universo. João redefine esse conceito ao afirmar que o Logos não é uma força impessoal, mas uma pessoa real – Jesus Cristo, a suprema Revelação de Deus.

Dessa forma, Jesus é a expressão visível do Deus invisível (Cl.1:15), aquele por meio de quem todas as coisas foram feitas e que se revelou ao mundo para trazer luz e vida. Seu papel como o Verbo de Deus é central para a fé cristã, pois Ele é a própria Verdade, a plena manifestação do Pai e o único caminho para a salvação (João 14:6).

III. A ENCARNAÇÃO DO VERBO

1. A manifestação do Verbo e a Luz do mundo

João, ao introduzir Jesus como o Verbo Eterno, também o apresenta como o Criador de todas as coisas, afirmando que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Essa declaração não apenas confirma a divindade de Cristo, mas também sua participação ativa na criação. Assim como Deus trouxe à existência o mundo por meio de sua Palavra (Gn.1:1-3), Jesus, o Verbo, é aquele por meio de quem toda a criação foi formada.

Em seguida, João estabelece um contraste fundamental entre luz e trevas. No Evangelho, a luz representa a vida e a verdade de Deus, enquanto as trevas simbolizam a obscuridade espiritual resultante do pecado e da alienação de Deus. João declara que “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (João 1:5), demonstrando que, embora Jesus tenha vindo para iluminar o mundo, muitos rejeitaram sua mensagem.

Para preparar o caminho do Messias, Deus enviou João Batista como testemunha da Luz (João 1:6-8). João Batista não era a luz, mas foi o precursor de Cristo, aquele que anunciava sua chegada e chamava as pessoas ao arrependimento. Sua missão era conduzir os corações à verdadeira Luz, que é Jesus, o Salvador do mundo.

Entretanto, a reação da humanidade à Luz foi marcada por rejeição. João afirma que Cristo veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (João 1:11). Os homens, presos às trevas do pecado e endurecidos espiritualmente, preferiram rejeitar a Luz em vez de aceitá-la. Essa rejeição não foi apenas um ato humano, mas a consequência da cegueira espiritual que domina aqueles que estão afastados de Deus.

Contudo, aqueles que receberam a Luz de Cristo foram transformados. João destaca uma promessa maravilhosa: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). Isso significa que a encarnação do Verbo trouxe não apenas uma revelação divina, mas também a possibilidade de salvação e adoção espiritual para todos os que crerem em seu nome.

Portanto, Jesus não é apenas o Criador, mas também o Redentor, a Luz do mundo que veio dissipar as trevas do pecado. Seu convite continua ecoando: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). Aqueles que o recebem experimentam uma nova identidade como filhos de Deus, sendo chamados das trevas para sua maravilhosa luz (1Pd.2:9).

2. O privilégio de nos tornarmos filhos de Deus

A declaração de João em João 1:12,13 é uma das mais sublimes promessas do Evangelho: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”. Esse versículo revela um privilégio extraordinário concedido àqueles que aceitam Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

No Antigo Testamento, Israel era considerado o povo escolhido de Deus, mas com a vinda de Cristo, a graça salvadora foi estendida a toda a humanidade. Enquanto muitos judeus rejeitaram a salvação oferecida por meio do Messias, Deus, em seu infinito amor, abriu as portas da redenção para todos, independentemente de raça, etnia ou origem. Tanto judeus quanto gentios agora têm igual acesso à filiação divina, não pelo nascimento físico ou herança cultural, mas pela fé em Cristo Jesus.

João enfatiza que essa nova filiação não ocorre por descendência natural, vontade humana ou esforço próprio, mas é resultado da graça de Deus: “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:13). Isso significa que não é pelo mérito, mas pela soberana obra regeneradora de Deus que nos tornamos seus filhos.

Essa verdade é reafirmada em 1João 3:1: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus”. Aqui, João exalta a imensidão do amor divino, que transforma pecadores em filhos legítimos do Senhor. Essa adoção espiritual confere uma nova identidade ao crente, garantindo acesso à presença de Deus, herança celestial e relacionamento íntimo com o Pai.

Portanto, ao crermos em Jesus, não apenas recebemos o perdão dos pecados e a salvação, mas somos adotados na família de Deus. Esse é um dos maiores privilégios da vida cristã: não somos apenas servos ou criaturas de Deus, mas seus filhos amados, herdeiros das promessas e participantes de sua glória eterna (Rm.8:16,17). Glórias sejam dadas a Deus pela Sua maravilhosa graça!

3. A manifestação e a habitação do Verbo

A declaração de João “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14) é uma das mais profundas e reveladoras verdades do Evangelho. Aqui, a eternidade toca o tempo, o transcendente se torna imanente, e Deus entra na história humana de forma definitiva. O apóstolo João não apresenta apenas um conceito teológico, mas uma realidade concreta: o Deus eterno se fez homem em Cristo Jesus.

A expressão “o Verbo se fez carne” significa que Deus não apenas se revelou, mas assumiu plenamente a natureza humana. Essa verdade contrasta com a mentalidade grega e filosófica da época, que considerava o mundo material inferior ou impuro. No entanto, João proclama que o próprio Logos eterno se tornou um de nós, assumindo um corpo físico, experimentando emoções, sofrimentos e limitações humanas, sem jamais perder sua divindade.

Outro aspecto relevante é a expressão “e habitou entre nós”. No original grego, a palavra usada para “habitou” (skenoo) significa literalmente “armar sua tenda” ou “tabernacular”. Essa linguagem remete ao Tabernáculo do Antigo Testamento, onde Deus habitava no meio do seu povo (Êx.25:8,9). Antes, a presença divina se manifestava em um santuário construído pelos israelitas; agora, em Jesus, Deus habita pessoalmente entre os homens.

Além disso, João enfatiza que nós contemplamos a sua glória (João 1:14), o que remete à Shekinah, a glória visível de Deus que enchia o Tabernáculo no deserto e, mais tarde, o Templo. Essa glória, agora, não é mais vista em uma nuvem ou coluna de fogo, mas na pessoa de Jesus Cristo, cheio de graça e verdade.

O apóstolo conclui essa revelação destacando que, enquanto Moisés deu a Lei, Jesus trouxe a graça e a verdade (João 1:17). A Lei revelava a justiça de Deus, mas Cristo revelou sua plenitude graciosa e salvadora. Em Jesus, Deus não está distante, mas acessível, visível e presente. Ele é a suprema revelação do Pai, e, por meio dele, podemos conhecer a Deus de maneira pessoal e íntima (João 1:18).

Portanto, a encarnação do Verbo não é apenas um evento histórico, mas o maior ato de amor e redenção da humanidade. Deus não apenas falou ao homem; Ele veio até nós, viveu entre nós e nos revelou plenamente sua glória e seu amor salvador.

Sinopse III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO

O apóstolo João apresenta a encarnação do Verbo como o evento central da revelação de Deus à humanidade. Primeiramente, destaca que Jesus é a Luz do mundo, que veio dissipar as trevas do pecado, embora muitos tenham rejeitado essa Luz (João 1:4-12). No entanto, àqueles que a receberam, foi concedido o privilégio de se tornarem filhos de Deus, não por mérito próprio, mas pela fé no nome de Jesus (João 1:12,13).

Por fim, João afirma que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14), revelando que Deus não apenas visitou o mundo, mas escolheu viver entre os homens. A expressão “habitou” remete ao Tabernáculo do Antigo Testamento, onde Deus manifestava sua presença. Agora, em Cristo, essa presença divina é plenamente revelada, trazendo graça, verdade e salvação a todos os que creem. Assim, a encarnação do Verbo é a manifestação suprema do amor de Deus, proporcionando ao ser humano acesso direto ao Pai.

CONCLUSÃO

Nesta primeira lição, estudamos a grandiosa verdade de que o Verbo se tornou em carne. O Evangelho de João nos revela Jesus como o Logos eterno de Deus, que estava com o Pai desde o princípio e que, no tempo determinado, se fez homem para habitar entre nós. Ele não apenas veio ao mundo, mas manifestou a glória divina, trazendo a plenitude da graça e da verdade.

Vimos que João enfatiza tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo, mostrando que Ele é o Criador, a Luz do mundo e o Redentor. Ao assumir a forma humana, Jesus revelou plenamente o caráter e o amor do Pai, oferecendo a todos a oportunidade de se tornarem filhos de Deus pela fé.

A encarnação do Verbo não é apenas um evento teológico, mas a maior demonstração do amor de Deus pela humanidade. Ele veio ao mundo para restaurar nossa comunhão com o Pai, iluminando aqueles que estavam em trevas e trazendo salvação e vida eterna.

Diante dessa revelação, nossa resposta deve ser de fé, adoração e compromisso com Cristo. Que possamos reconhecer a grandeza dessa verdade e permitir que a Luz do Verbo transforme nossas vidas, conduzindo-nos a um relacionamento mais profundo com Deus.

 

Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Pr. Hernandes Dias Lopes. João. HAGNOS.