quinta-feira, 20 de maio de 2010

Aula 09 - ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA

Leitura Bíblica: Jeremias 30:7-11
“Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR”(Lm 3:26).

INTRODUÇÃO
Esperança contra a esperança” é uma expressão de circunstâncias que tanto ameaçam quanto impedem, e de uma esperança que resiste (ler Rm 4:18). Apesar das evidências ao redor dizerem o contrário, a mensagem de Esperança pelo um futuro promissor para o povo de Israel é tema geral dos capítulos 30-33 do livro de Jeremias. Ele quer que o seu povo saiba que nem tudo está perdido. Essa mensagem de Jeremias é dirigida a Israel, o extinto reino do norte, e Judá, o reino do Sul que logo seria extinto (30:4). Ele fala sobre Israel não como entidade nacional, mas como aquela entidade mais conhecida como povo de Deus, entidade moral que nenhuma catástrofe nacional pode destruir e que existe hoje e sempre existirá, apesar de todas as vicissitudes e derrocadas da história.
As profecias da esperança começam com os gritos de terror e de medo (30:5-7) que enchem todos os corações quando se torna claro que chegará o “temível Dia do Senhor”, em que Deus cumprirá todas as ameaças anteriores de destruição para Judá e Jerusalém. Entretanto, a escravidão pelos senhores pagãos não durará. No futuro, Israel servirá a Deus e ao seu rei messiânico (30:8-9). Essa reversão da sorte será obra de Deus (30:10-23). Deus não rejeitou Israel como o povo do seu concerto, e Ele ainda tem um propósito para ele. O Senhor é bom e misericordioso com aqueles que nEle esperam com humildade e arrependimento(Lm 3:24-27).
I. O QUE É A ESPERANÇA
Nestes tempos pós-modernos as pessoas estão cada vez mais desesperançosas. São imediatistas, querem logo o que alvejam a qualquer custo doa em quem doer, e quando não conseguem o que querem ficam desesperadas e muitos até se suicidam. A bíblia diz em Provérbios 10:28 que “a esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos ímpios perecerá”. Mas, o que é esperança?
1. Definição. Para aqueles que cristãos dizem ser, esperança é a guarda com fé e paciência da provisão ou da salvação do Senhor. Para o justo sempre há esperança. Ela nunca se finda. A Bíblia mesmo diz em 1Co 13:13 que a esperança nunca morre – “agora, pois, permanecem a fé, a esperança...”.
Esperança é a certeza do cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus (2Co 1:20). O Apóstolo Paulo assim se expressou: “Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?"(Rm 8:24). O salmo 46, composto pelos filhos de Coré, começa assim: “Deus é o nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude ainda que os montes se transportem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza...”. E assim continua o compositor desta bela canção hebréia. Ele canta ao Deus das coisas impossíveis, ao Jeová-Jiré que um dia se apresentou a Abraão, e falou ao ancião de 100 anos, cuja mulher aos 90 anos de idade estava totalmente fora de cogitação humana em conceber e dar à luz um filho. Mas Abraão, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para fazê-lo. Assim falou o apóstolo Paulo: “O qual em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: assim será a tua descendência” (Rm 4:18). Quando Deus promete, não há dúvida que Ele vai cumprir, mesmo que as circunstâncias mostrem o contrário. Creia nisso!
2. A esperança no livro de Jeremias.Assim fala o Senhor, Deus de Israel, dizendo: Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito”(30:2). Jeremias recebe a ordem de escrever num livro as palavras que Deus lhe tinha anunciado em relação ao futuro do seu povo da aliança. Os capítulos 30 a 33 do livro de Jeremias são a única parte que retrata a esperança de forma constante em todo o livro.
O período em que Jeremias foi preso no “pátio da guarda” foi um período escuro na vida do profeta e da nação. Jerusalém estava debaixo do cerco inimigo por um ano. Fome, peste e miséria estavam por toda parte na cidade. Mas essa hora pesarosa deu origem a uma das mensagens mais bonitas de toda a Bíblia: a esperança - “Porque eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei tornar do cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; e torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão”(30:3). Este versículo aponta para um tempo futuro seguro e incontestável, mas indefinido. Aqui, Jeremias mescla a esperança da restauração futura de Israel com a angústia presente de Jacó. Encontramos, também, aqui uma clara predição de um retorno do cativeiro. Tanto Israel quanto Judá voltarão a possuir a terra que Deus tinha dado a seus pais. Podemos dizer que é por meio do vale da tragédia e da tristeza indescritível “que o povo de Deus será levado ao triunfo”.
3. Quando a esperança desvanece. Quando a esperança desvanece, Deus age por meio da fé. “O profeta Jeremias recebeu a mensagem de Deus, e alimentou a esperança de que seu povo fosse se arrepender e evitar o julgamento que os aguardava, mas esta esperança foi frustrada porque Israel preferiu permanecer desobedecendo a Deus. Jeremias, em suas lamentações, mostra a tristeza que teve pela queda de Jerusalém. Ele chega a dizer: “Então, disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor”(Lm 3:18). Há pessoas que ao lerem esse verso de Jeremias, reprovam o profeta por imaginarem que ele passou por uma aparente falta de fé e confiança em Deus, mas este não é o caso. Deus não reprovou Jeremias por escrever esse verso, pois compreendia a dor do profeta. Essa era a dor de quem viu sua mensagem sendo rejeitada, e viu também o resultado da rejeição à Palavra de Deus”(Revista Ensinador Cristão nº 42 –Ano 11).
O apóstolo Paulo passou por uma situação parecida em Atos 27, por ocasião de sua viagem a Roma. O navio em que estava sendo transportado foi apanhado em uma grande tempestade, e Lucas descreve o acontecimento nestes termos: “E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos”(At 27:20). Se continuarmos, porém, a leitura do texto, veremos que o Senhor se encarregou de lidar com essa perda de esperança: um anjo apareceu a Paulo, confirmou-lhe a promessa de Deus de levá-lo a Roma e garantiu a preservação de todos os que estavam no navio. Paulo nos mostra que, quando se vai a esperança, Deus age por meio da fé - “Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito”(At 27:25). O mesmo se deu com Jeremias: “Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”(Lm 3:21-23). Jeremias enxergou um raio de esperança em meio a todo o pecado e tristeza que o rodeava, por isso disse a Deus: “As suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”.
Deus prometeu que o juízo viria se Judá lhe desobedecesse, e foi o que aconteceu. Mas o Eterno também prometeu uma restauração futura, e Jeremias sabia que Deus cumpriria suas promessas. Confiar na fidelidade de Deus dia após dia nos faz crer em sua grande promessa para o futuro. Àquele que confia em Deus, mesmo que a esperança venha a desvanecer, há de ressurgir em glória.
II. A ANGÚSTIA DE JACÓ
A salvação do povo de Deus é apresentada de maneira clara, mas será precedida por um tempo de grande dificuldade: “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela”(30:7).
Estas palavras parecem apontar para um tempo que vai além da destruição presente (época de Jeremias) de Jerusalém, para um Dia em um futuro distante. E todas as nações serão envolvidas(ver Is 2:12-21; Jl 2:11; Am 5:18-20). A passagem termina chamando esse momento histórico de “tempo de angústia para Jacó”, mas proclamando que ele será salvo dela.
O que vem a ser esta angústia de Jacó? É a grande tribulação que haverá de recair sobre o povo judeu (cf Is 2:12; Ez 30:3; Dn 9:27; Jl 1:25; Zc 14:1-8,12-15; Mt 24:21). No meio dessa grande tribulação, “Jacó” (um remanescente de Israel e Judá) será salvo (30:10); será liberto dos seus opressores(30:8) para servir a Jesus Cristo(30:9), o descendente de Davi(cf Os 3:5; Ez 37:24,25). A “angústia de Jacó” terminará por ocasião da vinda de Cristo (o Messias) para estabelecer o seu reino na Terra (Ap 19:11-21; 20:4-6). Finalmente, Israel ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize (cf 30:10,11).
Entendendo melhor a Grande Tribulação. Após o arrebatamento, Israel e o Mundo estarão aqui na Terra, padecendo no Grande e Terrível “Dia do Senhor”. A Terra estará entregue ao domínio de Satanás e governado por “seu ungido”, o Anticristo. Conforme a Profecia de Daniel sobre a última das setenta semanas (Daniel 9:27), o governo do Anticristo será dividido em duas etapas iguais, de três anos e meio cada. Na primeira etapa haverá, em toda a Terra, uma falsa paz, e, na segunda etapa haverá a Grande Tribulação, que terá alcance mundial, porém, a Nação e o Território de Israel serão o alvo principal de Satanás e do Anticristo.
Assim, será, que, no final da Grande Tribulação, com o propósito de acabar, de vez, com o povo de Deus, o Anticristo arregimentará, dentre todas as Nações, o maior exército de todos os tempos, em número de soldados, e em capacidade bélica. O próprio Anticristo será o seu comandante. Com este gigantesco e poderosíssimo exército no Território de Israel, com Jerusalém totalmente cercada, poderia considerar o fim para o povo de Deus. Não haverá qualquer possibilidade de salvação. Porém, quando o Anticristo for desferir o “golpe de misericórdia”, “então verão vir o Filho do Homem numa nuvem com poder e grande glória”(Lc 21:28). Será o Dia da Revelação do Senhor, e Jesus virá para salvar e libertar Israel. João descreve este evento em Ap 19:11-21. Travar-se-á a Grande Batalha do Armagedom, no qual o exército do Anticristo será totalmente dizimado. O Anticristo e o Falso Profeta serão “... lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre”(Ap 19:20). Satanás será preso por mil anos. As Nações, vivas, serão julgadas. Israel reconhecerá e receberá o Senhor Jesus como Messias, e depois será implantado o Milênio – O Reino do Messias.
Israel no Milênio. Israel ocupará todo o território bíblico prometido por Deus a Abraão – Do Nilo ao Eufrates; do mediterrâneo ao deserto. Jerusalém será a capital do mundo, e a nação de Israel será a nação mais importante da Terra – “E virão muitos povos, e dirão: vinde e subamos ao monte do Senhor, à casa de Deus de Jacó; para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor”(Is 2:3).
III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL
Israel, que foi criado e formado por Deus, a partir da chamada de Abraão(Gn.12:2), será restabelecido, pois Deus prometeu que Israel seria sua propriedade peculiar e uma nação santa, que duraria para sempre (Ex.19:5,6; 2Sm.7:10). Jeremias, também, sabia que o Senhor resgataria o seu povo do exílio, mesmo que as circunstâncias do momento pregassem ao contrário. Ele profetiza: "Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize" (Jr 30.10).
Israel é como o relógio de Deus a revelar “o horário” em que nos encontramos dentro da presente dispensação da graça (Ef 3:2). Particularmente, o retorno dos Judeus à sua pátria, depois de quase vinte séculos, constitui um extraordinário sinal de que estamos vivendo no “tempo do fim”, nos dias que antecedem a volta em glória do Senhor Jesus Cristo. Ele ainda nos adverte: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima”(Lc. 21:28).
Vejamos como esta profecia começou a ser cumprida:
1. A volta de Israel à sua terra. “Porque eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei tornar do cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; e torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão”(Jr 30:3). Jeremias profetiza que os exilados voltariam à sua pátria e possuiriam a terra prometida. A promessa foi feita tanto ao Reino do Norte (Israel, que fora dispersa em 722 a.C, quando os assírios levaram cativos as dez tribos de Israel) quanto ao Reino do Sul (Judá). “Segundo se especula, as dez tribos perderam a sua identidade, misturando-se aos povos de sua dispersão. A profecia de Ezequiel, porém, diz o contrário: todas as tribos, inclusive a de Dã, voltarão à terra de promissões onde recuperarão sua formosa herança” (Ez 48:1,2,32).
2. O restabelecimento do Estado de Israel. Deus já havia predito, desde a época de Moisés, que se Israel não O obedecesse, seria disperso entre todas as nações(Dt 28:15,34). O próprio Jesus profetizara que Israel seria disperso entre todas as nações da terra e que cairia à espada. Isto ocorreu no ano 70 d.C, quando o exército do general Tito cercou Jerusalém matando milhares de pessoas, e os que escaparam estiveram cativos entre as várias nações da terra. O Senhor também predisse que tornaria a congregar o seu povo, transferindo-o de entre as nações da terra para a sua terra de origem (Dt. 30:3; Is 11:11-16; Ez 36,8,24; 37:11,12; 38:8).
O Retorno: A criação da primeira colônia judia em 1882, nas proximidades de Jaffa, marcou o início da imigração de Judeus para a região - “Então o Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro e se apiedará de ti; e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o Senhor teu Deus”(Dt 30.3). Em 1923, quase vinte séculos depois da diáspora (dispersão dos Judeus), milhares de famílias judaicas começam a retornar à região, que após o domínio turco, se tornara protetorado inglês, desde 1922. É o cumprimento da profecia que diz: “... Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra”(Ez 37:21); “E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”(Amós 9:14,15).
A Restauração: Em 14 de maio de 1948, quando os ingleses deixaram a região, os Judeus, apoiados pelos Estados Unidos, proclamaram oficialmente o novo Estado de Israel, em cumprimento à profecia bíblica de Isaías, que diz: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos”(Isaías 66:8). Entretanto, os árabes em hipótese nenhuma concordaram com a restauração de Israel. A intenção deles, muitas vezes reafirmada, é a de expulsar os Judeus e riscar Israel do mapa. Nesse sentido foram travadas cinco grandes guerras: em 1948, a Guerra da Independência; em 1956, a Guerra de Suez; em 1967, a Guerra dos Seis Dias; em 1973, a Guerra do Yom Kippur; e, em 1982, a Guerra do Líbano. Em todos esses embates, as forças judaicas têm saído vencedoras, porque o Senhor dos Exércitos está ao seu lado. Nunca se intimidou com as inúmeras ameaças de um povo hostil que os cerca de todos os lados.
As espetaculares vitórias dos Judeus sobre seus inimigos têm sido um assombro para o mundo. Quando em junho de 1967, os árabes, liderados pelo ditador egípcio Gamal Abdel Nasser, planejaram e tentaram a destruição do Estado Judaico, foram seis dias de medo e apreensão em todo o mundo, de terrível surpresa e humilhação para os invasores e de grandes e inesquecíveis glórias para a jovem nação israelense. Os soldados Judeus enfrentaram heroicamente os inimigos, destroçaram por completo seu moderníssimo arsenal bélico e ampliaram, para quase quatro vezes mais o território de seu país. Muitos indagam: como pode um país tão pequeno prevalecer sobre seus inimigos (Israel para os árabes está na proporção do Sergipe para o Brasil)? Nenhuma resposta fora da Bíblia Sagrada pode satisfazer plenamente a razão humana: “E o Senhor te porá por cabeça e não por cauda”(Dt 28:13); “E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus”(Amós 9:15). Verdadeiramente Deus interveio em defesa da minúscula nação israelense.
Israel, hoje, é indestrutível, porque Deus é o seu protetor. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2:8b).
Um dia, alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu: "O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês?”. O judeu respondeu:” Haverá um novo feriado para nós!". "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?". O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus; ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut - o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental; desde então, festejamos anualmente o Yom Yerushalaym - o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus! E o velho judeu tem razão!” (revista Notícias de Israel, julho de 1998).
3. A retomada de Jerusalém. Jerusalém foi destruída, pela primeira vez, em 586 a.C por Nabucodonozor. Esta é considerada a data inaugural em que Jerusalém não seria dominada, de forma plena, pelos Judeus, mas seria pisada pelos gentios. E Jesus afirmou que Jerusalém seria pisada até que se completem os tempos dos gentios (ver Lc 21:24). No entanto, Deus começou a reverter tal situação em junho de 1967, quando os exércitos israelenses retomaram o lado oriental da Cidade Santa. Em 1980, o então primeiro-ministro Menachen Begin proclamou Jerusalém como a capital una e indivisível de Israel. Mas, não foi tão fácil. Os inimigos de Israel procuraram com toda veemência impedir isso.
Após o renascimento de Israel como nação soberana, os árabes lançaram sucessivas ondas de terror sobre o bairro judaico de Jerusalém. Os Judeus passaram a viver dias de tensão e medo. Apesar da estrondosa vitória obtida na ONU, obtendo o direito de voltar à sua terra natal, continuavam peregrinos em sua própria terra, estrangeiros no próprio solo. No dia 28 de maio de 1948, os árabes invadem o setor hebreu de Jerusalém e tomam a cidade, não permitindo, a partir daí, o acesso dos judeus ao Muro das Lamentações, na velha Jerusalém. Assim, os Judeus são obrigados a ficarem distantes de seu santuário maior. Em maio de 1967, o presidente do Egito, Gama Abdel Nasser, faz a seguinte declaração: ”Nosso objetivo básico é destruir Israel”. E na segunda quinzena de maio do mesmo ano ele começa a arquitetar-se a fim de concretizar o seu intento. Nasser assina um acordo militar com a Jordânia e o Iraque. Ao mesmo tempo, tropas argelianas, marroquinas, kuaitianas e sauditas unem-se aos exércitos egípcios e sírios.
“No dia seis de junho de 1967, Israel reage. Em menos de uma semana, os soldados israelenses, comandados pelo general Ytzark Rabin, conquistam toda a península do Sinai até o Canal de Suez. Com a mesma eficiência, tomam a Cisjordânia e as colinas de Golan. E, no auge dos combates, reconquistaram Jerusalém. Os árabes sofrem enormes prejuízos. Na chamada guerra relâmpago, tombam dez mil soldados egípcios, quinze mil jordanianos e milhares de sírios, iraquianos, marroquinos, kwaitianos, etc. As perdas materiais dos mulçumanos também foram vultosas: quatrocentos aviões egípcios destruídos, além de outros equipamentos militares. Os prejuízos árabes foram calculados em mais de um bilhão de dólares. Todos, na verdade, esperavam a destruição de Israel, mas o Altíssimo saiu em defesa de seu povo. Da esperada derrota, brotou um dos mais espetaculares triunfos da nação judaica. Até o que não esperavam, os israelitas conseguiram: a posse definitiva da Cidade Santa” (Extraído do Livro: Jerusalém, 3000 anos de história, editado pela CPAD).
CONCLUSÃO
Os que confiam em Deus jamais serão subvertidos pelas crises e dificuldades; pois é justamente em meio às crises que brota a esperança. O profeta Jeremias, que predisse com tanta certeza a queda de Jerusalém e Judá, com igual certeza predisse a sua volta do exílio e a inauguração de uma nova e bem-sucedida aliança no futuro, efetivada na última santa ceia, quando Jesus declara: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22:20).
Quando o crente é convicto de sua fé ele não titubeia, mas põe a sua confiança, a sua esperança só em Deus. Ele é o que nos inspira a esperança mesmo onde não mais há esperança. Paulo disse perante o governador Félix: “tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição tanto dos justos como dos injustos”. É isso, só os que crêem em Jesus Cristo como o Único Provedor de nossa salvação pode dizer isso que Paulo disse. Um dia todos nós morreremos, caso o Senhor Jesus não venha antes disse, mas temos a esperança que ressuscitaremos e viveremos com ele para sempre – é sem dúvida a nossa maior esperança.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. O novo dicionário da Bíblia. Revista Ensinador Cristão. Guia do leitor da Bíblia – Jeremias. A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck. Comentário Bíblico Beacon – CPAD - volume 4. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.

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