segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aula 06 - A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE

Leitura Bíblica: Filipenses 4:4-9
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”(Hb 4.16).

INTRODUÇÃO
O propósito divino, desde a eternidade, foi criar um ser à sua imagem e semelhança para manter permanente relacionamento com ele. E isso acontece através da oração relacional, que é interpessoal, a comunicação entre homem e Deus. Ela é o meio mais eficaz de desenvolvermos comunhão com o Altíssimo. É através do ato da oração, com fé em Cristo Jesus e mediante a ação do Espírito Santo, que nos aproximamos de Deus com o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não salvos, e apresentar a Ele as petições de acordo com a sua suprema e indiscutível vontade (João 15.16; Rm 8.26; 1 Ts 5.18; 1 João 5.14; 1 Sm 12.23). Daí a oração ser considerada tão importante na vida do crente. É certo que todo aquele que se dispõe a orar sistematicamente enfrentará uma batalha contra um inimigo invisível, que tentará fazê-lo desistir do seu propósito. Uma das coisas que mais incomoda a Satanás é ver um homem ajoelhado em seu quarto, com a disposição de buscar a Deus em oração e súplica ao Deus Altíssimo. Esse inimigo conhece a importância e o valor da oração na vida de uma pessoa, e não se afastará enquanto não conseguir atingir o seu objetivo ou for vencido pela fé vitoriosa do servo de Deus. A Palavra de Deus, porém, nos exorta: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças”(Fp 4:6).
I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO
O crente em Cristo tem plena consciência do valor da oração, por isso desperta em sua alma um desejo constante de orar. Assim como a fome e a sede, instintos naturais do homem, exigem uma satisfação correspondente (comer e beber), assim também a alma humana precisa ser despertada e alimentada pela presença do Criador. O salmista diz: “A minha alma tem sede do Deus vivo!”(Sl 42:2). Essa sede de Deus é uma necessidade básica do espírito. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para a corça.
1. A oração estreita a comunhão com Deus. A oração, mediante a fé, estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. Sem oração não há comunhão com Deus. A fé nos faz entender que Deus existe, é um ser real que pode e quer ouvir-nos. Simplificando, orar é falar com o Senhor, expondo nossa gratidão, adoração, necessidades e buscando socorro na hora da angústia (Sl 4:1; 46:1). O Espírito de Deus que habita nos corações dos santos deixa-nos continuamente ligado ao Eterno, possibilitando-nos falar com Ele a cada instante, independente do lugar onde estejamos. Por exemplo: andando pelas ruas, dirigindo, numa fila de banco, trabalhando, etc. Pode-se orar em voz audível ou apenas em espírito. Se fizermos assim, veremos que nossa comunhão com o Pai se estreitará maravilhosamente.
2. A oração com ação de graças – “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças”(Cl 4:2). Esse é o conteúdo essencial da oração, porque, é a mais alta expressão do reconhecimento da soberania de Deus e o maior tributo da criatura ao Criador. Façamos como o salmista: “Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação de graças”(Sl 69:30). Devemos agradecer a Deus não apenas pelas respostas às nossas orações, mas também pelas orações que ainda não obtiveram resposta. O apóstolo Paulo disse bem: “Em tudo dai graças...”(1Ts 5:18).
A ingratidão é uma qualidade que não pode existir no servo de Deus, pois é uma demonstração de falta de reconhecimento da soberania de Deus nas nossas vidas, uma verdadeira expressão de rebeldia e de insubmissão por parte do homem em relação ao seu Criador e Senhor. Quando temos consciência de que nada merecíamos, de que somos apenas mordomos de Deus e que, apesar disto, o Senhor, por sua imensa misericórdia e bondade, mesmo sabendo que somos ruins, pecadores e rebeldes, concede-nos suas bênçãos, a começar das bênçãos espirituais, temos de lhe ser agradecidos, gratos para todo o sempre.
A ingratidão é a expressão do egoísmo, da prevalência do “eu” na vida do ser humano. Assim, tudo que acontece na vida do ingrato é vista por ele como resultado do seu merecimento, dos seus méritos, da sua capacidade, da sua posição e, em conseqüência disto, ele entende que tudo o que tem ocorrido era natural e não precisa agradecer a pessoa alguma, pois as pessoas que lhe beneficiaram (incluindo o próprio Deus) nada mais fizeram do que cumprir um dever, cumprir a sua obrigação. É exatamente este o sentimento ensinado e divulgado pela chamada doutrina da “confissão positiva” e da “teologia da prosperidade”, segundo as quais as bênçãos dadas por Deus aos salvos nada mais são do que realização de “direitos” que os crentes têm em relação a Deus. Fujamos deste pensamento, pois Deus não tem obrigação alguma de nos abençoar e, se o faz e o prometeu, é tão somente porque nos ama e, por nos amar, derrama da sua graça, isto é, dos favores que não merecemos.
3. Jesus destaca o valor da oração. O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e imprescindível à nossa vida espiritual. Em seu ministério terreno, Jesus tinha a necessidade de orar porque reconhecia a importância da vida de oração. Apesar das multidões, das tarefas e das pressões das pessoas, Jesus nunca deixou de dedicar tempo para estar a sós com Deus. Em Lucas 5.15-16 nós lemos: “Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus retirava-se para lugares solitários e orava ”. Veja ainda: “... subiu ao monte para orar, e passou a noite em oração a Deus( Lc 6:12); “despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte”(Mt 14:23). Jesus considerava a oração uma prática extremamente importante na sua vida e ministério. Por isso, ele buscava se retirar para lugares solitários a fim de orar. Seguindo o exemplo de Jesus, devemos nos dedicar à oração. Os seus discípulos vendo o exemplo de Jesus, disseram: “Senhor, ensina-nos a orar”(Lc 11:1).
Grandes homens e mulheres de Deus, como Elias, Eliseu, Daniel, Samuel, Davi, Jó, Neemias, Jeremias, Ezequiel, Ana(mãe de Samuel), etc, se valeram da oração para realização de grandes feitos. Eles se dedicaram com fervor a essa função porque sabiam do valor que a oração traz ao homem e à mulher de Deus.
A despeito dos inúmeros problemas que cercavam a vida do apóstolo Paulo, ele não se cansava de buscar ao Senhor em oração. O apóstolo Paulo sabia quão grande é o valor da prática da oração, por isso não se cansava de orar e de pedir oração em favor da obra do Senhor. Com cerca de uns sessenta e cinco anos de idade, com mais de trinta de Ministério, preso em Roma(Cl 4:3), sem salário fixo, sem plano de saúde, morando numa casa alugada(At 28:30), aguardando julgamento, e sabendo que o juiz seria o Imperador Nero, Paulo tinha muitos motivos para pedir orações. Porém, ele pediu apenas por um problema: “para que possa cumprir sua Missão de Pregar o Evangelho”(Ef 6:18-20).
Paulo não estava pedindo oração para Deus mandar o dinheiro do aluguel da casa onde estava preso, embora soubesse que se não pagasse o aluguel poderia ter que ir para o Presídio; não estava pedindo oração para Deus mandar o dinheiro necessário para sua subsistência visto que já estava preso há muito tempo, pois, antes de ser levado para Roma, esteve dois anos preso em Cesaréia. Ele estava pedindo oração para que pudesse cumprir sua missão de pregar o evangelho. É difícil, não impossível, encontrar hoje um líder tal como foi Paulo. Um homem que não confia no seu Deus, não pode ser chamado de homem de Deus.
Em At 12:1-17, foi registrado que Herodes exercia uma forte perseguição contra os cristãos e mandou prender Pedro, que ficou sendo vigiado por 16 soldados. A Igreja orava continuamente pelo apóstolo. O texto mostra que, enquanto os cristãos oravam, Deus movia o sobrenatural, enviando um anjo para libertar Pedro. O que me impressiona nessa história é que, antes mesmo de a oração cessar, a resposta foi enviada. Pedro retornou são e salvo.
Se nós, como Igreja do Senhor Jesus, compreendermos bem o valor da oração e adotarmos essa prática poderosa, com certeza faremos a diferença. Precisamos orar sem cessar porque os desafios deste tempo são grandes.
4. O crente deve valorizar a oração ainda que as circunstâncias nos sejam contrárias. Certa vez Matinho Lutero tinha que comparecer a uma grande reunião convocada pelo imperador Carlos V. Essa reunião deu-se na cidade de Worms, na Alemanha, em 1521. O motivo da Assembléia eram os escritos de Martinho Lutero. As pessoas estavam interessadas em conhecer aquele homem, que havia se levantado contra os ensinamentos da Igreja Católica.
Assim relata o livro “Heróis da Fé”: “(...) sabendo que tinha de comparecer perante uma das mais imponentes assembléias de autoridades religiosas e civis de todos os tempos, Lutero passou a noite anterior em vigília. Prostrado com o rosto em terra, lutou com Deus, chorando e suplicando. Um dos seus amigos ouviu-o orar assim: ‘Oh, Deus todo-poderoso! A carne é fraca, o diabo é forte! Ah, Deus, meu Deus; que perto de mim estejas contra a razão e a sabedoria do mundo! Fá-lo, pois somente tu o podes fazer. Não é a minha causa, mas sim a tua. Que tenho eu com os grandes da terra? É a tua causa, Senhor, a tua justa e eterna causa. Salva-me, ó Deus fiel! Somente em ti confio, ó Deus! Meu Deus... Vem, estou pronto a dar, como cordeiro, a minha vida. O mundo não conseguirá prender a minha consciência, ainda que esteja cheio de demônios, e se o meu corpo tem de ser destruído, a minha alma te pertence e estará contigo eternamente(...).” (BOYER, Orlando. Heróis da fé. CPAD: 2002, p.24).
Naquela noite, durante aquela vigília de oração, Lutero venceu a guerra contra os seus inimigos. Por causa daquela noite em oração, no dia seguinte Lutero conseguiu permanecer firme na fé, desmascarando os enganos que cegavam a igreja do seu tempo. Hoje, se nós podemos experimentar a nossa liberdade em Cristo, devemos, em grande parte, ao tempo de oração que Martinho Lutero dedicou a Deus naquele ano de 1521. Lutero venceu a sua mais difícil batalha através da oração.
Era comum que Lutero, quando tinha muitas tarefas para executar num determinado dia, orar uma hora a mais, além do tempo normal que costumava orar diariamente. Tal prática de oração Lutero não aprendeu por si mesmo. Antes, ele a aprendeu de Jesus.
II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE
O cristão não consegue sobreviver sem uma ação constante e poderosa do Espírito Santo em sua vida. Por isso, ao confortar os discípulos acerca de sua partida, Jesus prometeu-lhes que enviaria o Consolador, que os assistiria em todos os momentos (João 14: 16-17). A promessa de Jesus se concretizou e a igreja nasceu no dia de Pentecostes. Os crentes tinham consciência da importância da ação do Espírito Santo para que houvesse dinamismo e poder na vida cristã(At 1: 8).
1. O Espírito Santo é intercessor. Paulo discorrendo sobre a fraqueza humana, a exemplifica na vida cristã no fato de nem ao menos sabermos orar como convém (Rm 8.26-27). Por isso, o Espírito Santo que em nós habita nos auxilia em nossas orações, fazendo-nos pedir o que convém, capacitando-nos a rogar de acordo com a vontade de Deus. A oração eficaz é aquela que tem o Espírito Santo como seu autor. Sem o auxílio do Espírito jamais oraríamos como convém. Analisando o fato de que pedimos tantas coisas erradas a Deus e que, se Ele nos concedesse o que solicitamos, traria muitos males sobre nós. Sem a intercessão do Espírito Santo para nos conduzir à forma devida de orar, corremos sérios riscos ao abrir a boca para expressar nossas petições ao Senhor. Graças a Deus porque todos nós, em Cristo, temos o Espírito Santo (João 14:16), porque sem Ele jamais poderíamos orar de modo aceitável ao Pai.
2. O Espírito Santo nos socorre na oração. Jesus, sabendo da nossa dificuldade(Rm 8:26), disse que o Espírito Santo nos guiaria em toda a verdade (João 16:13). Muitas vezes, estamos tão confusos diante das opções que temos, que não sabemos nem mesmo como apresentar os nossos desejos e as nossas dúvidas diante de Deus. Todavia, o Espírito nos socorre. Ele ora a nosso favor quando nós mesmos deveríamos ter orado, porém não sabíamos para que orar. Da mesma maneira que Jesus Cristo intercede pelos salvos no céu (Rm 8.34), o Espírito Santo, que conhece todas as nossas necessidades, intercede ao Senhor por nós (Rm 8.27).
3. O Espírito Santo habita no crente. Esta habitação do Espírito Santo na vida do crente produz nele uma série de benefícios, que lhe permitem um contínuo crescimento espiritual. Em primeiro lugar, o Espírito Santo vindo habitar no crente, faz com que ele inicie um contínuo processo de santificação, que nada mais é que a progressiva e contínua separação do pecado. A cada dia, o Espírito Santo faz-nos viver segundo a vontade de Deus, não mais segundo a nossa própria vontade. O velho homem, o homem pecaminoso, é mortificado a cada instante, ou seja, é mantido preso e crucificado (Gl 2:20), sem ação na nossa vida. Não andamos mais segundo a carne, ou seja, segundo estes desejos de nossa natureza pecaminosa, evitando praticar a iniqüidade e o mal. Isto só é possível porque passamos a nos inclinar para as coisas do espírito, a fim de agradar a Deus (Rm 8:5-13). A perseverança na oração permite-nos a mantermos uma vida de Santidade. O Espírito Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).
Em segundo lugar, o Espírito Santo, habitando em nós, faz com que desejemos, cada vez, que o nome de Jesus cresça em nós e que nós diminuamos na Sua presença (João 3:30). O Espírito Santo tem como finalidade a glorificação do nome de Jesus (João 16:14) e, se nós permitimos que Ele habite em nós, consequentemente, também estamos moldando a nossa vida a fim de que, também, através de nós, os homens glorifiquem a Jesus(Mt 5:16). Não seremos, portanto, egoístas, nem ególatras, mas, muito pelo contrário, tudo faremos para que, em nossas vidas, o nome de Jesus seja glorificado pelos homens, ainda que isto signifique o padecimento de nós mesmos(2Co4:5-11).
Em terceiro lugar, a habitação do Espírito Santo traz-nos a garantia e a certeza da nossa salvação. A Bíblia diz-nos que o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Sendo assim, temos, em nós, a garantia de que somos salvos, temos a certeza da nossa própria salvação. É o próprio Deus, na Pessoa do Espírito, que dá testemunho de nossa comunhão com Ele. Há muitos crentes que são duvidosos a respeito da sua salvação, que se deixam embaraçar por quaisquer afirmações daqueles que os cercam, no sentido de que não podem ter garantia de que têm a vida eterna, notadamente de pessoas religiosas que acham que a salvação depende de obras e coisas similares. Entretanto, a Bíblia afirma-nos, claramente, que é o Espírito Santo quem nos dá esta certeza e a sua habitação em nós permite que tenhamos esta garantia. É por isso que a Bíblia nos afirma que o Espírito Santo é o selo da nossa redenção. Como todos sabemos, o selo é um símbolo, é um sinal que representa a garantia de um documento, que confirma a sua autenticidade, que confirma a autoridade de alguém (Gn 38:18;.Jr 22:24). O Espírito Santo é, portanto, a garantia que temos de que somos salvos.
Quando o Espírito habita em nós, dirigindo-nos, dando-nos orientação, testificando de nossa condição de filhos de Deus, temos a certeza de que estamos nas mãos do Senhor e de que ninguém de lá pode nos arrebatar (João 10:28).
III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO
1. Reverentemente.
A reverência e a consciência de nossa total submissão a Deus é um elemento que jamais pode faltar na vida do cristão e é algo que sempre está ausente na vida dos falsos mestres e daqueles que os seguem. Ao orar, penetramos na sala de audiência do Altíssimo, e devemos ir à sua presença possuídos de reverência. Os anjos velam o rosto em Sua presença. Os querubins e os serafins aproximam-se de Seu trono com solene reverência(Is 6:2-3). Quanto mais deveríamos nós, seres finitos e pecadores, apresentar-nos de modo reverente perante o Senhor, nosso Criador.
Note em 2Cr 6:13 a postura de Salomão ao orar ao Senhor, quando da dedicação do Templo. Ajoelhado e de forma referente proferiu uma das mais lindas orações que temos na Bíblia(6:14-42), a qual Deus respondeu imediatamente (2Cr 7:1). Deus requer de seus servos temor e tremor ao se prostrar diante dEle em oração, pois Ele é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso.
2. Honestamente.Andemos honestamente, como de dia, não em glutonaria, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas”(Rm 13:13).
Honestidade é uma característica de uma pessoa que é decente, que é honrado, que é moralmente irrepreensível. Ser um cidadão honesto significa ser uma pessoa confiável, que tem zelo pelo seu nome e pela sua palavra. Para a Bíblia um bom nome é considerado algo muito precioso – “Mais, digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas...”(Pv 22:1). Ser honesto, contudo, está no rol das virtudes necessárias para alguém que “deseja o episcopado” - “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar”(1Tm 3:2).
Na Igreja Primitiva os cristãos eram ensinados a andar em honestidade. O Apóstolo Pedro ensinava: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma, tendo o vosso viver honesto entre os gentios...”(1Pe 2:11-12).
O cristão que vive em honestidade é incapaz de mentir, de enganar, de prometer e não cumprir, pois, ele tem zelo pela sua palavra. Em 1Coríntios 8:21 Paulo diz: “Pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens”. Paulo não apenas tinha um viver honesto como ensinava aos irmãos a procurarem as coisas honestas – “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens”(Rm 12:17). Para viver como salvo é preciso viver em honestidade. Você está vivendo com honestidade? Desta atitude depende as respostas de nossas orações(1João 3:19-22; João 15:7).
3. Confiantemente. “Acheguemo-nos, portanto, confiantemente junto ao trono da graça" (Hb 4.16). Porque Cristo se compadeceu das nossas fraquezas(Hb 4:15), podemos chegar confiadamente ao trono celestial, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial.
Nossa confiança está baseada no conhecimento de que ele morreu para nos salvar e agora vive para nos proteger. Temos a garantia de um cordial “bem-vindo”, pois Ele disse que nos “achegássemos”. As pessoas na época do Antigo Testamento não podiam se aproximar dele. Somente o sumo sacerdote podia fazê-lo, e somente em determinado dia do ano. Agora, podemos estar na presença de Deus a qualquer hora do dia ou da noite para recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.
É chamado “Trono da Graça” porque dele fluem o amor, o socorro, a misericórdia, o perdão, o poder divino e tudo do que precisamos em todas as circunstâncias. Uma das maiores bênçãos da salvação é que Cristo, agora, é nosso sumo sacerdote, conduzindo-nos até a sua presença pessoal, de modo que sempre podemos buscar a ajuda de que carecemos(cf Hb 10:19-23).
No entanto, todo crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não o que lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós (João 10:14,15). Por isso, para que a oração seja eficaz é necessário que ela seja feita segunda a perfeita vontade de Deus - “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5:14). Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6:10; Lc 11:2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26:42).
Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1João 3.22).
Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações.
CONCLUSÃO
Como está a nossa vida de oração? Cultivamo-la diariamente? Ou já nos conformamos com o presente século? Deus decidiu agir, em muitas ocasiões, através da oração dos crentes. Lembre-se do apóstolo Paulo e da grandeza do seu ministério. Lembre-se de Martinho Lutero e do impacto da sua vida em todo o mundo. Lembre-se de João Wesley e do avivamento que varreu a Europa e os Estados Unidos. Lembre-se de Smith Wigglesworth e das milhares de pessoas que foram curadas. E lembre-se de que, por trás de todas essas pessoas, existe uma vida de oração. A igreja pode transformar o mundo; você pode transformar o mundo. O caminho? Uma vida de oração.

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de Estudo das Profecias. O novo dicionário da Bíblia. Revista Ensinador Cristão – CPAD nº 44. Guia do leitor da Bíblia. A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck. Comentário Bíblico Beacon – CPAD. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald. Através da Bíblia – Lucas – John Vernon McGee.

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