sábado, 13 de agosto de 2011

ROGAÇÃO DE UM PAI









Autor: Desconhecido



No dia em que a velhice estiver chegando, e eu começar a derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar os sapatos, tenha paciência e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas!

Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas palavras que sabes de sobra como terminam, não me interrompas, só escute...! Quando eras pequeno, para que dormisses tive que contar milhares de vezes a mesma história até que fechasse os olhinhos!

Quando estivermos reunidos e, sem querer, eu fazer minhas necessidades, não fiques com vergonha...! Compreendas que não tenho culpa, pois já não às posso controlar...! Pensa quantas vezes pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesse sempre limpinho e cheiroso!

Também não me reproves se eu não quiser tomar banho! Lembra-te dos momentos em que te persegui e os mil pretextos que inventava para ti convencer a tomar banho!

Quando me vires inútil e ignorante frente às novas tecnologias que já não poderei entender, suplico-te que me dês todo tempo necessário, e que não me machuques com um sorriso de superioridade! Lembra-te de que fui eu quem te ensinou tantas coisas: comer, vestir-se e como enfrentar a vida também como hoje tu fazes!

Se estivermos conversando, e eu esquecer do que estamos falando, tenhas paciência e me ajude a lembrar...! Talvez a única coisa importante para mim nesse momento, seja o fato de estares perto de mim, dando-me atenção, e não a conversar propriamente!

Se alguma vez eu não quiser comer, saiba insistir com carinho...! Assim como fiz muitas vezes contigo. Também compreendas que, com o tempo, não terei mais dentes fortes e nem agilidade para engolir!

E quando minhas pernas falharem por estarem tão cansadas, se eu já não conseguir mais me equilibrar! Como ternura dá-me tua mão para me apoiar, como eu fiz quando começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis!

E, se por acaso, ouvir-me dizer que não quero mais viver não te aborreças comigo...! Apenas entenda que isso não tem nada a ver com teu carinho ou com o quanto te amo. Compreenda que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomá-lo em meus braços, com antes.

Não te sintas triste ou impotente por me ver assim...! Não olhes com cara de pena...! Trata-me com amor e dá-me somente teu coração, tua compreensão e apoio, como fiz quando começastes a viver. ISSO ME DARÁ FORÇAS E MUITA CORAGEM!

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