3º
Trimestre_2012
Texto
Básico: Isaias 38:1-8
“O Senhor
o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama”(Sl 41:3 –
ARA)
INTRODUÇÃO
Entre as aflições da vida, a enfermidade é a que mais
temos dificuldade em aceitar. Lutamos tanto quanto podemos pra aliviar a dor.
Os pesquisadores da área da saúde são incansáveis visando esse fim.
Somos cônscios que a enfermidade é uma consequência
do juízo divino sobre a humanidade, feita ao primeiro casal, por causa do
pecado. Herdamos do primeiro casal a natureza pecaminosa e passamos a viver
numa terra amaldiçoada em virtude da iniquidade(Gn 3:17). Nascidos à imagem e
semelhança de Adão (Gn 5:3), concebidos em pecado (Sl 51:5), não temos como
deixar de possuir um corpo que está marcado para morrer, como também uma
natureza que, ao adquirir a consciência, nos leva a pecar contra Deus. Estamos
destinados a morrer e, como tal, não temos como fugir da enfermidade. Pode ser
que morramos por motivo outro que não a enfermidade, mas jamais podemos dizer
que, por sermos cristãos, jamais ficaremos enfermos.
Assim como o fato de sermos salvos não nos livra da
morte física, consequência praticamente inevitável do pecado e que acomete
tanto os salvos quanto os ímpios, assim também não estamos imunes à doença.
A Bíblia está repleta de exemplos de homens e
mulheres de Deus que, apesar de terem uma vida de comunhão com o Senhor,
adoeceram e, por vezes, até morreram doentes, sem que esta doença significasse
qualquer desvio espiritual ou pecado por parte do servo do Senhor. A propósito,
o profeta que maior número de milagres fez no Antigo Testamento, Eliseu, em que
repousava porção dobrada do Espírito Santo que havia estado em Elias, diz-nos
as Escrituras, morreu por causa de uma doença (2Rs 13:14).
Muitos insinuam em dizer que os crentes não podem
adoecer, como é o caso dos “teólogos” da “teologia da prosperidade”. Segundo
esses “teólogos”, quem fica doente não está reivindicando seus direitos como
filho de Deus ou não tem fé. Que falácia! Tudo isso porque as suas mensagens
visam agradar o ser humano e atendê-lo em suas necessidades restritas a essa
vida, como saúde, prosperidade e bem-estar.
O ensino bíblico, porém, é claro ao ensinar que muitas são as aflições
do justo. Jesus cura os enfermos, este é um sinal de que venceu a morte e o
inferno, de que é o Salvador do mundo, mas daí a se dizer que todo salvo não
fica doente há uma grande distância.
O fato de que a saúde faz parte do plano de Deus
para a salvação não significa que a doença venha a ser erradicada da vida de
todo aquele que aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida.
Assim, como ainda estamos neste “corpo do pecado”, enquanto ainda temos um
corpo corruptível, o corpo que está destinado ao pó, de onde foi formado, temos
de conviver com a enfermidade. Ela pode aparecer como uma ocorrência em nossas
vidas, ainda mais nos tempos trabalhosos em que vivemos, dias em que, apesar da
multiplicação da ciência (Dn 12:4), surgiriam cada vez mais enfermidades (Mt
24:7). Todavia, quando o nosso corpo for revestido da incorruptibilidade aí
sim, gozaremos para sempre uma vida de plena saúde.
I.
A ORIGEM DAS ENFERMIDADES
A enfermidade é algo que vem ao
homem por causa da entrada do pecado no mundo, mas pode ser tanto um castigo
divino, como uma oportunidade para a manifestação das obras de Deus, como
resultado de negligência do homem no desempenho da sua mordomia em relação a
seu corpo e a sua mente.
1. A queda e as enfermidades. A
enfermidade física é um fato incontestável, e a Escritura afirma que o primeiro
motivo deste terrível mal sobre a humanidade foi a queda de Adão e Eva. O
propósito divino, que era, como vemos no relato da criação, o de manter uma
comunhão com Deus e de, a partir desta comunhão, dominar sobre a criação
terrena. Contudo, o homem não obedeceu a este propósito divino e pecou. Ao
desobedecer a Deus, o homem perdeu este estado de equilíbrio, tanto que um dos
juízos lançados por Deus sobre ele foi o da morte física: “…maldita é a terra
por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e
cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto
comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado, porquanto
és pó e em pó te tornarás” (Gn 3:17,18,19).
A
sentença divina sobre o homem, por causa do seu pecado, atingiu diretamente a
questão da saúde. A terra, antes o local da realização do propósito divino para
o homem, passou a ser um obstáculo para este mesmo ser humano. A terra foi
maldita e, como algo maldito, traria infelicidade, incômodo e aborrecimento
para o homem. A natureza passou a colaborar para um crescente desequilíbrio do
organismo humano, desequilíbrio que levaria, mais cedo ou mais tarde, à
extinção da atividade, com a degeneração do organismo, que estaria fadado a se
desfazer, voltando a ser pó, o mesmo pó que o Senhor havia tomado para formar o
homem.
O homem
passou a ter a natureza como um obstáculo, como um fator de empecilho, em vez
de um complemento que só lhe trazia alegria e ajuda na sua sustentação (Gn
2:9). A natureza passou a colaborar com a perda da saúde, passou a ser um fator
que contribuiria para a corrupção progressiva e constante do corpo humano. Daí
termos o fato de a natureza ter seres que, para o homem, são geradores de
doenças, os chamados “agentes patogênicos”. Isto é resultado da sentença divina
sobre o homem, por causa da “queda”, algo que somente será modificado depois
que a natureza for redimida (Rm 8:1923), o que ocorrerá apenas por ocasião do
reino milenial de Cristo (Is 11:6; 65:25).
Como se
não bastasse o fato de a natureza passar a colaborar para a degeneração do
homem, temos que o próprio organismo humano, por si só, após o pecado, haveria
de iniciar sua marcha para a sua extinção. Como resultado do pecado, o corpo
humano passou a sofrer de uma degeneração contínua, independentemente da ação
de “agentes patogênicos”, porque o Senhor estabeleceu que o homem deveria
tornar ao pó (morrer), ou seja, que o corpo tenderia a se desfazer, a deixar de
existir enquanto tal.
Assim,
podemos afirmar que a doença e a morte física não estavam projetadas para o
homem, não faziam parte do propósito divino, mas que são resultado do pecado,
consequências da queda do homem.
2. Provados pelas enfermidades. A Bíblia
está repleta de exemplos em que doenças foram utilizadas para julgamento de
nações e de povos, como a quinta praga lançada sobre o Egito, a praga das
úlceras (Ex.9:812); a lepra, que, durante toda a história do povo hebreu,
sempre esteve vinculada a uma maldição ou juízo divinos - como nos casos de
Miriã (Nm 12:10), de Geazi (2Rs 5:27), e do rei Uzias (2Rs 15:5); e as doenças
que acometeram tanto um rei fiel como Asa, mas que havia entristecido o Senhor
ao perseguir um profeta(2Cr 16:9,10,12), e o rei Ezequias (2Rs 20:1-11), como
um rei infiel, como o rei Jeorão de Judá (2Cr 21:18,19).
Mas, também, não podemos nos esquecer que, por
vezes, a doença foi impingida por Deus não por causa de algum pecado, mas com
outros objetivos, como a retidão e sinceridade de alguém - como no caso de
Jó(Jó 1:1-22), Timóteo(1Tm 5:23), Trófimo(2Tm 4:20), Paulo (2Co 12:7) - ou,
mesmo, para a manifestação das obras de Deus - como no caso do cego de nascença
(João 9:13).
Se o problema da doença não for de pecado, mas de
manifestação da obra de Deus, devemos aguardar que o Senhor faça a Sua obra, o
que poderá ocorrer tanto na cura quanto na morte física. Devemos ter a
resignação como conduta, pedindo a Deus misericórdia para suportar o sofrimento
e intensificando a nossa comunhão com Ele. Estejamos certos que, se se trata de
uma provação divina, ela é para o nosso bem, para melhorar nossa condição
diante do Senhor (Rm 8:28). As dores, o incômodo, o sofrimento não são fáceis,
mas peçamos ao Senhor que tenha misericórdia de nós, que nos console e conforte
para que o Seu propósito seja cumprido. Jó assim procedeu e, antes de ser
sarado pelo Senhor, testemunhou que todos os pesadelos, todas as dores, todo o
sofrimento atroz de sua enfermidade física lhe havia proporcionado uma maior
intimidade com Deus (Jó 42:1-6).
3. Enfermidades de origem
malignas. Existem enfermidades cuja origem é maligna. Todavia,
jamais um servo de Deus será atingido por doença dessa procedência sem a
permissão de Deus(Jó 2:6).
No Novo Testamento é citado alguns casos de enfermidades
de origem espiritual maligna. Cito apenas dois exemplos: (a) O caso do menino
lunático(grego:“seleniázomai” – indicava crise muito parecida com a
epilepsia) -“E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se
dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho,
porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras
muitas, na água. [...] Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio,
e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado"
(Mt 17:14-18). (b) O
caso do homem mudo - “De outra feita, estava Jesus expelindo um demônio que
era mudo. E aconteceu que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar; e
as multidões se admiravam” (Lc 11:14).
É importante fazer os seguintes esclarecimentos:
a) Nem todo ataque epilético é de origem demoníaca.
A ciência já descobriu que eles são provocados por uma espécie de curto
circuito no cérebro. Creio que a maioria deles é de origem física. Portanto,
não se pode sair expulsando demônios de quem sofre ataques epiléticos. Você a
ajudará mais a encaminhando a um médico especialista que a submeta a um exame
adequado.
b) Nem toda pessoa muda é por influência demoníaca.
A maioria é pelo simples fato de serem surdos. Por não poderem ouvir não tem
como prender os sons das palavras e, portanto, não podem emitir sons
inteligíveis. Por isso, jamais se deve cometer o erro de querer expulsar
demônios de tudo que é mudo que aparecer na sua frente!
É necessário que tenhamos discernimento espiritual
para diferenciar o que é e o que não é enfermidade de origem demoníaca. Não se
pode atribuir todas as mazelas de uma pessoa a uma ação direta dos demônios.
Mesmo o cristão mais espiritual está sujeito a ficar enfermo fisicamente. Temos
claros exemplos disto tanto na Bíblia como na história da igreja.
É bom ressaltar que por ser habitação permanente do
Espírito Santo de Deus, nenhum cristão pode sofrer o que vimos nos exemplos
bíblicos citados. Ou seja, um demônio não pode entrar num cristão verdadeiro
provocando ataques e atirando-o ao chão, provocar mudez ou outra enfermidade.
II.
AS DOENÇAS DA VIDA MODERNA
As doenças originaram-se da queda
do homem no Éden. Antes do pecado, não havia enfermidades, desgastes,
envelhecimento e morte, mas a desobediência de nossos primeiros pais trouxe
medo, moléstias, deterioração e morte (Gn 3:10,17-19). A primeira enfermidade
foi de ordem emocional. A Bíblia sustenta que Adão e Eva, ao pecarem, sentiram
medo (Gn 3:8-10). Depois, certamente sobrevieram-lhes as demais sequelas
emocionais, psicológicas e físicas. É do pecado, como estado e como ato, que
procedem todas as doenças. Muitas são as doenças da vida moderna, mas citaremos
apenas três, acompanhando a indicação do comentarista da lição em foco.
1. Depressão. É uma
doença física como outra qualquer, só que desorganiza as reações emocionais.
Ela é muito complexa e difícil de ser diagnosticada, pois um dos seus
principais sintomas pode ser confundido com tristeza, apatia, preguiça,
irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter. É
muito comum ouvir as pessoas dizer que estão deprimidas, quando apenas estão
chateadas, estressadas ou porque se desentenderam com alguém.
Devemos ter cuidado para não associar a depressão
com pecado, o que costuma acontecer em muitas igrejas. Os crentes, como todo
mundo, estão expostos a essa doença(Sl 42:3-6,11; 2Co 1:8), e a depressão pode
ter causas variadas. Essa doença, dependendo do caso, pode ser tratada tanto
com medicação quanto por meio de terapia e aconselhamento. Não podemos descartar
a possibilidade de uma cura divina, e, quando necessário, atentar para a
necessidade de uma intervenção médica (Mt 9:12).
Muitas são as causas da depressão. Apesar de muitas pesquisas nessa área, os
cientistas ainda não sabem se são os pensamentos depressivos que provocam
alterações bioquímicas ou é um desequilíbrio químico no cérebro que provoca a
depressão. Ela pode ser causada pela maneira como se vive no trabalho, no lar,
na escola. O emprego que não oferece recompensa, mas não pode ser deixado
porque não há outro em vista; muita tensão de horários e prazos; tensão
doméstica, econômica, déficit de sono, pouco exercício físico, problemas
pessoais, problemas de criação, problemas na infância, problemas de
relacionamento, distância de Deus, a meia-idade (difícil para o homem, ainda
mais difícil para a mulher), desapontamentos, enfermidade, efeitos colaterais
de determinados medicamentos, rejeição, alimentação inadequada, efeito de
entorpecentes, perda de emprego, perda de posição, perda de pessoas queridas
por morte, divórcio, abandono etc., etc. Outras causas não têm sentido
aparente, porém, na verdade, são provocadas por um desequilíbrio interno, como
desordens glandulares ou hipoglicemia.
Como se vê, as causas da depressão podem ser as mais
diversas, inclusive não podemos descartar os casos hereditários. Há pessoas
que, ao que tudo indica, têm alguma propensão, vinda dos seus pais, para
desenvolver esse tipo doença. Mas, na maioria das vezes, a causa da depressão é
cultural, isto é, depende do estilo de vida no qual as pessoas se integram e a
que são expostos.
Na Bíblia, encontramos vários homens de Deus que
enfrentaram a depressão. As causa foram as mais diversas. Dentre eles
destacamos: Elias, o tesbita (1Reis 19:1-4); Jó (Jó 3:11; 6:11; 17:1); Abraão
(Gn 15); Jonas (Jn 4); Saul (1Sm
16:14-23); Davi (Sl 13:1-3;57:6,7) e Jeremias (Jr 9). Quando a depressão
chega, costumamos reagir através da fuga, como fez Moisés (Ex 2:15) e o próprio
Elias (1Rs 19:3,4).
A verdade é que a depressão é uma condição da qual
Satanás se aproveita para tornar o povo de Deus inútil para a Obra do Mestre.
Entende o cristão deprimido que Deus dá perdão, mas não o experimentou ou acha
que não foi salvo ou que perdeu a salvação (coisa que a Bíblia não ensina), ou
ainda que cometeu o pecado imperdoável (sem saber defini-lo). Satã ataca o
cristão com o cansaço que deprime, e, assim, vem o sentimento de fraqueza,
ansiedade e medo. Medo da morte, medo do amanhã, medo de gente, medo de coisas
específicas, e medos mal definidos também.
Mesmo em momentos de depressão, os servos de Deus
podem contar com o seu cuidado proteção e orientação. Deus não só habita no
alto e santo lugar, mas também com o contrito e quebrantado de coração (Is
57:15). Jeová jamais deixaria só seus filhos no quarto escuro e solitário da
depressão espiritual. O hino 193 da harpa cristã de Paulo Leivas Macalão traz a
confiança inabalável em Deus oriunda do usufruto de Sua presença apesar da
depressão: “Ele intercede por ti, minh’alma; Espera Nele, com fé e calma;
Jesus de todos teus males salva, E te abençoa dos altos céus”.
Foi a intercessão de Jesus por Pedro, quando este
lhe negou por três vezes, que o sustentou em seu choro de amargura e desespero:
“Eu, porém, roguei por ti, para que tua fé não desfaleça” (Lc 22:32a). O
salmista com veemência exclamou: “Por que estás abatida, ó minha alma?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl
42:5).
Fica claro que a cura da
depressão espiritual se centraliza em Deus. Fica claro também que todos os
grandes homens de Deus que caíram em depressão correram para o trono da graça a
fim de obterem socorro em ocasião oportuna. Quando esta força de buscar o trono
era inexistente, o Senhor ia ao encontro dos seus filhos, como no caso de Pedro
e especificamente no caso de Elias. Glórias a Deus!!
2. Síndrome do pânico (crise
ansiosa aguda). A síndrome do pânico “é uma condição mental
que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e
muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. É
importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se
isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental”(fonte: Wikipédia).
A insegurança nos grandes centros urbanos tem
fomentado a síndrome do pânico e outras desordens mentais. O tratamento do
transtorno do pânico inclui medicamentos e psicoterapia, além de muita oração,
apoio da família e da igreja.
Além do tratamento médico – que é válido e
necessário -, aqueles que cristãos dizem ser devem se conscientizar que a saúde
envolve a mente, esta faculdade que não é do corpo, mas, sim, da alma. Depende,
portanto, de cada um de nós permitir que o Espírito Santo habite em nós, para
que venhamos a conhecer as coisas de Deus e, assim, ter a “mente de Cristo”.
Sem a “mente de Cristo”, jamais teremos saúde mental. Sem o Espírito de Deus,
estaremos sujeitos a sermos cegados em nosso entendimento pelo adversário
de nossas almas, cujos ardis não podemos ignorar (2Co 2:11). Precisamos ter uma
vida de santidade, de comunhão com Deus, precisamos buscar a Deus para não
permitir que a nossa mente venha a ser enganada pelo inimigo.
Para termos a “mente de Cristo”, é indispensável que
meditemos na Palavra do Senhor de dia e de noite (Sl 1:1,2). É fundamental que
não permitamos que os nossos olhos sejam a porta de entrada daquilo que não
agrada a Deus (Mt 5:22,23). Se vigiarmos para que os nossos sentidos físicos
não sejam utilizados para levar à nossa mente aquilo que não é agradável ao
Senhor, certamente estaremos preparando terreno para que o Espírito possa atuar
em nossa mente e, assim, tenhamos a “mente de Cristo”, tudo discernindo
espiritualmente e evitando ser apanhados nos embaraços e laços que o adversário
sempre está a pôr diante de nós.
A saúde mental exige que tenhamos a “mente de
Cristo”. Sem ela, cairemos na mesma “onda” dos incrédulos, correndo de um lado
para outro, cegos pecadores, que nada enxergam por causa de seu pecado (Is
59:10; Sf 1:17), o que redundará em problemas psíquicos, que podem até gerar
doenças psicossomáticas. As síndromes de pânico e demais enfermidades mentais,
tão corriqueiras nos dias de hoje, relacionadas estão quase sempre com esta
falta da “mente de Cristo”. Que tenhamos saúde mental nos submetendo ao Senhor
e nEle pensando a todo instante!
3. As doenças psicossomáticas. O aumento
do pecado no mundo é, sem dúvida, o principal motivo para a intensificação dos
problemas psíquicos, das enfermidades mentais. Os tempos trabalhosos são tempos
de desamor, de egoísmo, de crueldade, de ingratidão, de falta de afeto natural.
O individualismo e egoísmo crescentes levam à completa desconsideração do
próximo, levam a um progressivo e contínuo isolamento das pessoas, a uma
desconfiança cada vez maior. Tudo isto abala a estrutura psíquica do ser humano.
Os dias de hoje são dias de crueldade, de egoísmo,
em que as pessoas temem relacionar-se com outras (muitas vezes face à
exorbitante violência que tem pairado sobre a sociedade, independente de
posição social), medo este que já está se tornando pavor diante da crueldade e
da ingratidão reinantes. Neste isolamento de tudo e de todos, os homens
angustiam-se, entram em depressão, recorrendo a subterfúgios que somente
aumentam ainda mais as suas carências.
O uso de drogas para se fugir da realidade e se alcançar
a alegria momentânea, a procura das riquezas para se fazer reconhecido e
respeitado no meio social, o uso da tecnologia para a criação de mundos
virtuais, tudo tem sido vão na solução deste impasse, nesta incessante e
incansável investigação para se obter o equilíbrio mental e psíquico, algo que
somente se obtém mediante o restabelecimento da comunhão com Deus, o que se faz
somente por intermédio de Jesus Cristo.
Fatores que contribuem para
doenças psicossomáticas.
a) Competitividade excessiva. O mundo
moderno é extremamente competitivo, razão pela qual grande parte das pessoas é
ansiosa. A Bíblia nos recomenda “descansar no Senhor” (Sl 37:5,7; Mt 6:30-34).
b) Luta pelo sucesso profissional. A falta
de preparo profissional, o desemprego e a obtenção de um bom desempenho
profissional, levam muitos a ficarem frustrados. O crente em Jesus não se
desespera, mas confia no Senhor (Sl 55:22; 1Pe 5:7).
c) Estresse. O
estresse ocasional não causa neuroses ou outro tipo de doença da mente.
Entretanto, o estresse constante tende a desenvolver enfermidades mais graves.
Por isso, a Bíblia ensina que não devemos andar ansiosos (Mt 6:25), e que
nossas ansiedades devem ser lançadas sobre o Senhor (1Pe 5:5-7). Nesse sentido,
a igreja deve ser instruída à luz da Palavra e da ciência social, pois,
conforme nos ensina a Bíblia, devemos entregar o nosso caminho ao Senhor;
confiar nele, e Ele tudo fará (Sl 37:5; Mt 6:33).
III. O
QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO
1. Não culpar ou questionar a
Deus. Querer questionar a Deus a cerca de dificuldades que
passamos - quer seja ela de natureza física, emocional ou social -, é fruto da
ignorância, da falta de conhecimento acerca de Deus. O silêncio de Deus às
vezes é muito doloroso, quando necessitamos de um socorro imediato. Porém,
temos apenas de demonstrar
a nossa pequenez e a necessidade de estarmos na nossa humilde posição de servos
do Senhor.
Aconteceu com Jó. Após os longos discursos de Eliú, antes que Jó pudesse
oferecer alguma resposta (se é que iria oferecer alguma), o debate é
interrompido pelo Senhor que, de dentro de um redemoinho, inicia um diálogo
direto com o patriarca. Era o final do silêncio de Deus de que o patriarca
tanto reclamara durante a discussão com seus amigos, mas Deus, em vez de
respostas, traria perguntas ao patriarca.
Deus Se apresenta ao patriarca e inicia seu discurso com uma pergunta:
"quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
"(Jó 38:2). Em outras palavras, quem é que quer ter o direito de dizer o que
Deus deve ou não fazer? Quem é aquele que está indignado por causa de seu
sofrimento e se sente um injustiçado? Quem é aquele que quer que Deus lhe dê
satisfação, lhe preste contas do que está fazendo na sua vida?
Será que o Senhor também não nos está fazendo esta mesma indagação?
Será que temos nos colocado no nosso devido lugar de servos, de pessoas
dispostas a obedecer e a fazer o que o Senhor nos manda? Ou será que estamos
como Jó, que, apesar de ser o homem mais excelente na terra no seu tempo (como
é a Igreja do Senhor na atualidade), não deixou de ser homem e, como tal, não
tinha o direito de querer questionar Deus ou querer que Ele lhe prestasse
contas do que estava fazendo em sua vida? Deus mostrou a Jó que, apesar de sua
excelência e de ser, efetivamente, uma pessoa inocente, não tinha o direito de
querer demandar com Deus, de arguir-Lhe num tribunal, como tinha desejado (Cf. Jó
7:20,21; 10:2-22;13:3,14-28; 23:1-17). Portanto, quando estivermos
passando por dificuldades não devemos culpar ou questionar a Deus. Devemos, sim,
questionarmos a nós mesmos, se estamos andando conforme a sua vontade.
2. Confiar em meio à dor. Jamais
conseguiremos entender
e discernir os desígnios e propósitos do Senhor. Não é esta a nossa função,
mas, sim, confiarmos no Senhor e entregarmos nosso caminho a Ele, sabendo que
Ele tudo fará e que este tudo sempre promoverá o nosso benefício (Sl 37:5; Rm 8:28).
3. A espera de um milagre. A promessa da cura divina é uma realidade para os nossos dias. É
algo destinado aos que crêem. É uma realidade atual e indispensável para que
demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja, para que o nome do Senhor
seja glorificado. A cura poderá ocorrer de forma milagrosa ou por meio dos
recursos da medicina. Uma pessoa pode ser vitima de câncer e estar desenganada
pelos médicos, e Deus restaurar sua saúde através da ministração de
determinados medicamentos ou realização de cirurgia.
Mas não devemos nos esquecer de
que nem sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que não se confundem com
a nossa vontade ou com os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos o
porquê alguém está doente, a fim de que compreendamos qual o propósito do
Senhor nesta doença. Uma vez tendo compreendido isto, o que nem sempre será o
enfermo que conseguirá entender sozinho, pois, muitas vezes, necessitará do
auxílio dos servos de Deus neste discernimento, então deve-se clamar a Deus
para que a sua vontade seja feita, bem compreendendo que a cura virá se este
for o propósito divino naquele caso.
O rei Ezequias havia sido informado pelo
profeta de que iria morrer, mas essa era apenas uma forma de Deus desenvolver a
sua fé. Após sua oração, ele recebeu de Deus mais quinze anos de vida(Is
38:1-22; 2Rs 20:1-11).
CONCLUSÃO
Um dia não haverá mais doenças nem morte
(Ap 21:4). Porém, enquanto estamos aqui, devemos zelar pela nossa saúde física,
mental e emocional. Precisamos lembrar que o nosso corpo é o templo do Espírito
Santo, por isso, temos de cuidar de nossa saúde por meio de uma alimentação
correta, repouso adequado, exercícios físicos, jejum e oração.
No sofrimento, lembre-se de que Jesus
nos alertou quanto às aflições (João 16:33). Aguarde com alegria aquele ditoso
tempo, quando Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte,
nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21:4).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Novo
Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Caramuru Afonso Francisco – Saúde física e mental.
Caramuru Afonso Francisco - A promessa da cura divina.
Olá Luciano, Graça e Paz.
ResponderExcluirParabéns pelo blog muinto edificante. Como sempre tenho dito; crescemos quando lemos, quando compartilhamos e que aprendemos. Aprendendo uns com os
outros crescemos na graça e conhecimento.
Aproveito a oportunidade para compartilhar também o nosso blog. Notícias, Eventos, Músicas, reflexões e tudo que move o meio gospel.
Ficaremos felizes por vossa visita e mais ainda se nos seguir-nos.
Deus continue lhe abençoando Ricamente
Josiel Dias
Mensagem Edificante para alma
http://josiel-dias.blogspot.com.br
Rio de Janeiro
Querido irmão Dias, obrigado pela tua importante visita neste blog; com certeza enobrece este veículo de ensino da Palavra de Deus. Que o Senhor de abençoe em todos os aspectos da tua vida, dentro da vontade do Senhor Jesus - o autor da nossa vida.
ExcluirLuciano Lourenço
Paz do Senhor meu querido irmão Luciano, mais uma vez venho parabenizar por este belo e edificante subsidio que tanto nos auxiliam na Escola Dominical. Meu amado irmão continue sempre usado por Deus, e tenha certeza que seus estudos preparados não são em vão, edifica muitos. Publiquei no meu blog e coloquei a fonte.
ResponderExcluirPaz http://luzevida123.blogspot.com.br/
Prezado irmão Marcelo, as tuas palavras catalisam o meu ânimo. Escrevo estes subsídios como muito amor, visando otimizar as aulas de centenas de professores da EBD. Faço este trabalho esperando, realmente não ser em vão. Querido, obrigado por compartilhar este subsídio em teu conceituado blog. Que o Senhor continue abençoando o teu ministério e a tua família.
ExcluirLuciano Lourenço
Prezado irmão Lucy, muito grato pelas tuas Palavras! Gostei da figura "chuva de bênçãos". Que esta figura seja concretizada na sua vida também.
ResponderExcluirO seu blog é uma bênção! Deus te abençoe sobremaneira!
Luciano Lourenço