Texto Básico: Fp 4:10-13
"Sei
estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as
coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter
abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me
fortalece" (Fp 4:12,13)
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo onde só há uma certeza: a presença
de momentos de aflição. Jesus, deixou claro que no mundo teríamos aflições(João
16:33b) e, ao anunciar a edificação da sua Igreja, já foi logo dizendo que ela
teria de enfrentar as portas do inferno(Mt 16:18).
Vimos ao longo deste trimestre situações difíceis
que o cristão está propenso a passar, tais como: dramas biológicos –
enfermidades na vida do crente(vimos nas lições 1, 2 e 3); dramas sociais (lição 4 e 5); dramas
familiares (lições 7 e 8); dramas materiais (lições 9 e 10); dramas de
relacionamento ( lições 11 e 12). Para onde nos viramos contemplamos o clamor
das pessoas, o desespero tomando conta dos corações, famílias enfrentando
problemas os mais sérios possíveis; assim caminham os povos do mundo
inteiro. São momentos de dores, de guerra, de conflitos, de incompreensão,
de sofrimento contínuo, a que tudo chamamos de aflições do presente século, confirmando
as palavras do Apóstolo Paulo.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, diz: “Porque
estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,
nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade,
nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm 8:38,39). A convicção firme e inabalável de
Paulo é que nem a crise da morte, nem as desgraças da vida, nem poderes
sobre-humanos, sejam eles bons ou maus(anjos, principados, potestades), nem o
tempo(presente ou futuro), nem o espaço (alto ou profundo), nem criatura
alguma, por mais que tente fazê-lo, poderá separar-nos do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus nosso Senhor. Temos vida plena como a de Paulo nos
momentos de aflições?
Quando as aflições nos cercarem a ponto de
pretenderem nos levar à morte ou nos proporcionar impiedoso sofrimento, quando
forças opositoras do presente século nos proporcionarem insuportável fardo,
quando as expectativas sombrias de um futuro incerto nos assustarem,
lembremo-nos: há um amor imensurável, aconchegante, ilimitado, incondicional
que pode nos proporcionar incomparável alívio. Esse amor é o Amor de
Deus. Lancemos, pois, mão desse trunfo e vençamos todas as aflições que
eventualmente nos sobrevierem. O próprio Senhor Jesus afirmou que no mundo
teríamos aflições. Todavia, Ele conclui dizendo: “…mas tende bom ânimo, eu
venci o mundo”(João 16:33).
I.
VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
Depois de Jesus, uma das pessoas que mais
experimentou aflições por amor a Cristo foi o apóstolo Paulo. Ouça-o: “...eu
ainda mais: em trabalhos, muito mais; em
açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte,
muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; três
vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri
naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em
perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em
perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no
mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias,
muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. Além das
coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2Co
11:23-28). Durante toda a sua dor e o seu sofrimento, Paulo podia dizer em
triunfo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo
presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18).
Além dos cruentos sofrimentos exarados em 2Co
11:23-33, Paulo padecia de uma aflição contínua, que o acompanhou a vida
inteira: uma enfermidade, que ele denominou de “espinho na carne”. No início de
2Coríntios 12, Paulo descreve seu arrebatamento ao terceiro céu e sua visão
gloriosa. Viu coisas que não é lícito ao homem referir. Depois da glória,
porém, vem a dor; depois do êxtase, vem o sofrimento. Em 2Coríntios 12:7-10,
Paulo faz uma transição das visões celestiais para o espinho na carne. Que contraste
gritante entre as duas experiências do apóstolo! Passou do paraíso à dor, da
glória ao sofrimento. Provou a bênção de Deus no céu e sentiu os golpes de
Satanás na terra. Paulo passou do êxtase do céu à agonia da terra. Vamos
examinar alguns pontos importantes:
1. O sofrimento é inevitável. Paulo dá
seu testemunho: "E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das
revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me
esbofetear, a fim de que não me exalte" (2Co 12:7). Não há vida
indolor. É impossível passar pela vida sem sofrer. O sofrimento é inevitável. O
sofrimento de Paulo é tanto físico quanto espiritual.
2. O sofrimento é indispensável. Por que o
sofrimento é indispensável?
a) Porque evita a soberba. O
espinho na carne impediu que Paulo inchasse ou explodisse de orgulho diante das
gloriosas visões e revelações do Senhor. O sofrimento nos põe em nosso devido
lugar. Ele quebra nossa altivez e esvazia toda nossa pretensão de glória
pessoal. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do sofrimento. O
propósito de Deus não é nossa destruição, mas nossa qualificação para o
desempenho do ministério. O fogo da prova não pode chamuscar sequer um fio de
cabelo da nossa cabeça; ele só queima nossas amarras. O fogo das provas nos
livra das amarras, e Deus nos livra do fogo. O apóstolo Paulo diz que o espinho
na carne era um mensageiro de Satanás. Mas o campo de atuação de Satanás é
delimitado por Deus. Satanás intenciona esbofetear Paulo; Deus intenciona
aperfeiçoar o apóstolo.
b) Porque gera dependência
constante de Deus. "Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor
que o afastasse de mim" (2Co 12:8). O sofrimento levou Paulo à oração.
O sofrimento nos mantém de joelhos diante de Deus para nos colocar de pé diante
dos homens. Paulo sabe que Deus está no controle, não Satanás. Se Satanás
realizasse seu desejo, ele teria preferido que o apóstolo Paulo fosse orgulhoso
em vez de humilde. Os interesses de Satanás seriam muito melhor servidos se
Paulo fosse se tornar insuportavelmente arrogante.
c) Porque mostra a suficiência da
graça. "Então, ele me disse: A minha graça te basta,
porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me
gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo"
(2Co 12.9). A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus é que nos
capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus é o tônico
para a alma aflita, o remédio para o corpo frágil, a força que põe de pé o
caído. A graça de Deus é a provisão de Deus para tudo de que precisamos, quando
precisamos. A graça nunca está em falta; ela está continuamente disponível. Não
devemos orar por vida fácil; devemos orar para sermos homens e mulheres
capacitados pela graça.
3. O sofrimento é pedagógico. A vida é
a professora mais implacável: primeiro, dá a prova e, depois, a lição. A dor
sempre tem um propósito, mais que uma causa. Deus não desperdiça sofrimento na
vida de seus filhos. Se Deus não remove o espinho é porque ele está trabalhando
em nós, para depois trabalhar por meio de nós.
4. O sofrimento pode ser um dom
de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que
Deus faz contra nós, e não por nós. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque,
por meio desse incômodo, Deus protegeu Paulo daquilo que ele mais temia: ser
desqualificado espiritualmente (1Co 9:27). Ele sabia que o orgulho destrói.
Viu-o como algo que Deus fez a seu favor, e não contra ele.
5. Satanás pode ser o agente do sofrimento. Espere
um pouco: é Satanás ou Deus quem está por trás do espinho na carne de Paulo?
Como é que um mensageiro de Satanás pode cooperar para o bem de um servo de
Deus? Parece uma contradição total. A inferência é que Deus, na sua soberania,
usa os mensageiros de Satanás na vida dos seus servos. As bofetadas de Satanás
não anulam os propósitos de Deus, mas contribuem para eles. Até mesmo os
esquemas satânicos podem ser usados em nosso benefício e no avanço do reino de
Deus. O diabo intentou contra Jó para afastá-lo de Deus, mas só conseguiu
colocá-lo mais perto do Senhor.
6. Deus nos conforta em nossas
adversidades. A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava
nem a que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus respondeu a Paulo que
ele não o havia abandonado. Não sofria sozinho. Deus estava no controle da sua
vida e operava nele com eficácia.
7. A graça de Deus é suficiente
nas horas de sofrimento. Deus não deu a Paulo o que ele pediu; deu-lhe algo
melhor, melhor que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a
vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a
provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. O nosso Deus é o Deus
de toda a graça (1Pe 5:10).
8.
Finalmente, o sofrimento é passageiro. O sofrimento deve ser visto à
luz da revelação do céu, do paraíso. O sofrimento do tempo presente não é para
se comparar com as glórias porvir a serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa
leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória (2Co
4:14-16). Aqueles que têm a visão do céu são os que triunfam diante do
sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras inefáveis do paraíso são os que não
se intimidam com o rugido do leão.
O sofrimento é por breve tempo; o
consolo é eterno. A dor vai passar; o céu jamais! A caminhada pode ser difícil.
O caminho pode ser estreito. Os inimigos podem ser muitos. O espinho na carne
pode doer. Mas a graça de Cristo nos basta. Só mais um pouco, e nós estaremos
para sempre com o Senhor. Então o espinho será tirado, as lágrimas serão
enxugadas, e não haverá mais pranto, nem luto, nem dor.
II. CONTENTANDO-SE EM
CRISTO
O
contentamento é um aprendizado, e não algo automático. O aprendizado do
contentamento cristão, porém, se dá pelo exercício da confiança na providência
divina.
1. Apesar
da necessidade não satisfeita. A vida de Paulo não floresceu
num paraíso de arrebatadoras venturas. Ele passou por grandes necessidades.
Sabia o que era fome, sede, frio, nudez, prisões, açoites, tortura mental e
perseguições(cf 2Co 11:23-27). Ele teve experiências de alegrias e aflições,
mas na urdidura dessa luta aprendeu a viver contente. Seu contentamento, porém,
não emanava dele mesmo, mas de outro, além de si mesmo. A base de seu
contentamento é Cristo. Humilhação ou honra, fartura ou fome, abundância ou
escassez eram situações vividas por ele, mas no meio delas, e apesar delas,
aprendeu a viver contente, pois a razão do seu contentamento estava em Deus, e
não nas circunstancias.
O que determina a vida de um
indivíduo não é o que lhe acontece, mas como reage ao que lhe acontece. Não é o
que as pessoas lhe fazem, mas como responde a essas pessoas. Há pessoas que são
infelizes tendo tudo; há outras que são felizes não tendo nada. A felicidade
não está fora, mas dentro de nós. Há pessoas que pensam que a felicidade está
nas coisas: casa, carro, trabalho, renda. Mas Paulo era feliz mesmo passando
por toda sorte de adversidades (2Co 11:24-27). Mesmo passando por todas essas
lutas, é capaz de afirmar: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte" (2Co 12:10).
2. Apesar das perseguições. No princípio da Igreja, os cristãos
enfrentaram muitas perseguições por causa da pregação do evangelho de Cristo,
entretanto, esta situação não lhes tirava a alegria, senão vejamos:
a) Os
discípulos, depois de serem açoitados por ordem do Sinédrio, saíram
regozijando, ou seja, cheios de alegria, porque haviam sido julgados dignos de
padecer afronta pelo nome de Jesus (At 5:40,41).
b) Estêvão, mesmo
enfrentando uma multidão enfurecida que o haveria de matar, exultou ao ver o
Filho do homem à direita de Deus, alegria esta que não diminuiu com o
apedrejamento que se seguiu a esta visão (At 7:54-57).
c) Paulo e
Silas, mesmo no cárcere interior (que era o compartimento mais
terrível de uma prisão romana, situado no subterrâneo, sem qualquer iluminação,
certamente úmido e fétido), com as mãos e pés amarrados, tendo sido açoitados,
à meia-noite, cantavam hinos a Deus (At 16:24,25), prova de que toda esta
situação não lhes roubara a alegria.
d) Paulo, apesar
de estar preso, não só mostrou a sua alegria, mas estimulou a que os filipenses
também a sentissem (Fp 3:1; 4:4). Por isso o apóstolo pôde dizer aos crentes de
Corinto que, mesmo que contristado, sempre estava alegre (2Co 6:10).
3. Apesar
da pobreza – “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi
a viver contente em toda e qualquer situação (Fp 4:11). Paulo ressalta que
ele é independente de circunstâncias seculares. Ele havia aprendido “a
viver contente”, qualquer que fosse a situação financeira. O
contentamento é muito melhor que as riquezas porque “mesmo que o contentamento
não produza riqueza, ele consegue atingir o mesmo objetivo banindo o desejo
delas”.
É válido ressaltar que nos primeiros dias do ministério de
Paulo, quando ele partiu da Macedônia, nenhuma igreja se associou a ele
financeiramente, a não ser os filipenses(cf Fp 4:15). Mesmo quando Paulo estava
em Tessalônica, os filipenses mandaram não somente uma vez, mas duas, o
bastante para as suas necessidades(cf Fp 4:16). É evidente que os filipenses
mantinham tão estreita comunhão com o Senhor que Deus podia orientá-los com
respeito às suas contribuições. O Espírito Santo fez pesar o coração deles com
relação às necessidades do apóstolo Paulo, e eles responderam enviando-lhe
dinheiro não somente uma vez, mas duas. Contudo, é importante destacar que
Paulo põe toda a ênfase de sua alegria no Senhor(Fp 4:10), e não na
generosidade dos filipenses. Ele sabia que os crentes de Filipos eram apenas os
instrumentos, mas que o Senhor era o inspirador. Paulo tinha profunda
consciência de que a providência de Deus, às vezes, opera por meio das pessoas.
Assim, Deus supriu suas necessidades por intermédio da igreja. Ele agradece à
igreja a provisão, mas sua alegria está no provedor.
III.
AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
1. Através das
experiências. "Sei estar abatido e sei também ter
abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a
ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade"
(Fp 4:12). Neste texto, Paulo expõe sua maturidade, sua experiência na jornada
cristã. A Bíblia Sagrada mostra-nos que o crescimento espiritual é progressivo.
É um processo. Jesus precisa ser formado em nós (Gl 4:19).
As grandes lições da vida nós as aprendemos no vale da dor.
O sofrimento é não apenas o caminho da glória, mas também o caminho da
maturidade. O rei Davi afirmou: “Foi-me bom ter passado pela aflição,
para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119:71). O patriarca Jó
disse que antes do sofrimento conhecia a Deus só de ouvir falar, mas por meio
do sofrimento seus olhos puderam contemplar o Senhor (Jó 42:5).
Paulo, em Romanos 5:3-5, descreve
os três estágios para se adquirir a maturidade cristã: “a tribulação produz
a paciência; a paciência, a experiência; a experiência, a esperança; a
esperança, a certeza”.
Ao comparar a vida espiritual ao
desenvolvimento de uma videira, Jesus mostrou que se trata de um processo
lento, continuado e não de um toque de mágica. A salvação é instantânea, pois a
vida é um milagre, que surge repentinamente, porém, o crescimento já não é
desta ordem, exige uma continuidade. A formação de qualquer fruto, da semente
gerada ao fruto maduro, será sempre um tempo prolongado. Assim, a formação do
Fruto do Espírito na vida do cristão não acontece num único ato, mas, é um
processo formado por muitos atos “até que todos cheguemos... a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”(Ef 4:13).
2. Não
pela auto-suficiência. A auto-suficiência leva-nos a uma sensação de
independência e quando somos tomados por este ilusório sentimento que se aflora
em ações inconsequentes, estamos já perto, muito perto, do iminente
fracasso. O servo de Deus por mais preparado que possa ser, por mais
experimentado que seja, deve sempre compreender que precisamos sempre de Deus,
o Todo Poderoso. Torna-se necessário, então, termos cuidado para não
incorrermos no errôneo caminho da auto-suficiência. Paulo estava sempre
consciente de sua total dependência de Deus. Ele mesmo escreveu: “...a nossa
suficiência vem de Deus”(2Co 3:5, ARA).
3. Tudo
posso naquele que me fortalece. “Tudo posso naquele que me
fortalece”(Fp 4:13 –ARA). Há pessoas que costumam usar esse texto de Paulo
aos Filipenses como um aval bíblico ativo para diversas empreitadas pessoais.
Os adeptos da Teologia da Prosperidade tomam-no fora do seu contexto e
utilizam-no imediatamente, fazendo com que muitos crentes acreditem que podem
possuir o que quiserem, já que é Deus quem lhes garante isso. Mas, o contexto
em que essa frase está inserida não corresponde ao que está sendo pronunciado
em muitos de nossos púlpitos. Como sempre, é necessário observar o contexto da
passagem. O contexto imediato, Fp 4:10-20, indica que Paulo está tratando de
necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como
“pobreza” (v. 11); “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e
receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases
tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele
pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo
lhe deu força para enfrentá-las.
Portanto, ao dizer “Tudo posso
naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O
que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado, que
necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e
necessidades, Cristo supria tudo que ele precisava. Pelo que já havia passado,
Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em
Filipos, de que “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo
Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4:19). Amém!
CONCLUSÃO
Em nossa jornada rumo à Formosa
Jerusalém, jamais haverá ausência de conflitos. Portanto, devemos saber
conviver com eles, sabendo que Jesus está conosco no barco, o que significa que
jamais seremos abandonados. Qualquer tempestade, não importando a sua origem ou
a sua magnitude, não pode resistir ao poder e à autoridade do Filho do Deus
vivo que criou todas as coisas e as tem sob o seu controle. Você precisa estar
cônscio dessa realidade. Deve ter convicção de que serve a um Senhor bom,
maravilhoso, que o ama, que é todo-poderoso e que detém o controle de tudo. Ele
prometeu estar conosco sempre, até a consumação dos séculos; por toda a
eternidade, e é fiel para cumprir isto. Lembre-se, todas as coisas contribuem
para o bem de quem ama a Deus(Rm 8:28). Quem não ama ao Senhor não tem condição
de entender que as aflições e bênçãos, juntas, são os meios com os quais Deus
faz com que cresçamos. Então, não importa a tribulação que você esteja
vivenciando na sua casa, no seu trabalho. Jesus está com você e irá conduzi-lo
em triunfo para fora dessa aflição ou dará uma ordem para que ela cesse, quando
tiver cumprido seu propósito em sua vida.
Quero
agradecer a todos que me seguiram ao longo deste trimestre letivo. Confesso que
as 14 Lições estudadas me deram mais solidez espiritual e maturidade cristã.
Espero que você, também, tenha se conscientizado de que, apesar dos percalços,
das aflições da vida, é possível ter uma vida plena da graça de Deus. Estamos
cientes de que "as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada"
(Rm 8:18). “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de
todas”(Salmo 34:19). Amém!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo
Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 51 – CPAD.
Buscando as coisas que são de
cima – Rev.Hernandes Dias Lopes.
Filipenses(A alegria triunfante no
meio das provas) – Rev.Hernandes Dias Lopes.
Paulo(o maior Líder do
Cristianismo) – Rev.Hernandes Dias Lopes.
STANLEY, Charles. Como lidar com o
sofrimento. Belo Horizonte:Betânia, 1995.
Paz do Senhor Luciano ótimo estudo, postei no meu blog indicando a fonte. Deus continue te abençoando
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