1º Trimestre/2013
Subsídio
para lição 13 da revista da EBD –
Educação Cristã Continuada.
Leitura Básica: 1Ts 4:15-17
“Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4:16,17)
INTRODUÇÃO
Na Aula passada estudamos sobre a
Igreja visível ou Militante, ou seja, a igreja que peregrina na Terra lutando
pelo reino de Deus. Nesta Aula, estudaremos sobre a Igreja invisível,
teologicamente, chamada de Igreja Triunfante, ou seja, a Igreja formada pelos
salvos já falecidos que se encontram no Paraíso, e que têm a alegria
indescritível de estar na presença de Deus, vendo-o como ele é, aguardando a
glorificação plena, que se dará no dia da Volta de Jesus. As atuais aflições da Igreja Militante não se comparam com a glória
que há de ser revelada no retorno triunfante de Cristo (Rm 8:18).
I.
A IGREJA TRIUNFANTE
O significado da palavra
triunfante em nossa língua portuguesa, remete a alguém que alcançou “grande
vitória”. Vitória: Ato de vencer o inimigo em uma guerra; triunfo brilhante em
qualquer campo de ação. O triunfante é alguém que lutou, batalhou, e
finalmente, prevaleceu, venceu a guerra, mostrando superioridade em qualquer
disputa.
A Igreja foi destinada por Deus
para vencer. A Bíblia nos mostra que todas as forças e potestades, que se levantaram,
e se levantam contra ela, serão destruídas pelo Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores. Para participarmos dessa vitória final, precisamos estar em comunhão
com Cristo. Como Jesus em breve voltará, então busque ter uma vida
irrepreensível diante daquele que tem todo poder nos céus e na terra.
1. O que
é a igreja triunfante? É a Igreja vitoriosa, invisível, composta de todos
os salvos, de todos os tempos, que já morreram em Cristo, e que estão no
Paraíso aguardando o cumprimento eterno das promessas de Deus(ler 1Ts 4:16,17;
João 14:1-3).
2. A Igreja Triunfante é composta de todos os salvos de todos os
tempos. Os que já morreram em Cristo, de todos os
tempos, já são considerados triunfantes. Esperam agora a ressurreição, ou seja,
o retorno à unidade entre corpo, alma e espírito, que havia quando da
vida física.
Na ressurreição, os santos
receberão corpos glorificados, dotados de vida eterna, e conforme o corpo do
Senhor Jesus, segundo o ensino de Paulo: “Mas a nossa cidade está nos céus,
de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu
eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”(Fp 3:20-21). Também o
Apóstolo João, declarou: “... Mas sabemos que, quando ele se manifestar
seremos semelhantes a ele...”(1João 3:2). Em 1Co 15:52, Paulo assim afirma:
“num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque
a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos
transformados”.
3. Condição para entrar na Igreja Triunfante. O Novo
Nascimento, ou Regeneração é o único caminho pelo qual a pessoa entra na Igreja
triunfante, ou como diz o Apóstolo Paulo: “...Igreja gloriosa, sem
macula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”(Ef
5:27). Você é membro desta Igreja? Se é, então “guarda o que tens, para
ninguém tome a tua corroa”(Ap 3:11).
Alguém poderá perguntar: Eu sou
batizado nas águas, membro da minha igreja. Isso me dá o direito de ser partícipe
da Igreja triunfante? Não! O Batismo nas Águas é um ato material e visível, realizado pelo homem.
Ele não confere o poder de Salvação, mas, destina-se aos que já estão salvos. É
possível ser Batizado nas Águas sem nunca ter sido salvo.
Por ele o homem adquire o direito de ser membro de uma
Igreja Evangélica, mas, não o direito, ou privilégio de ser Membro do Corpo de
Cristo, ou da Igreja Mística, conhecida como Igreja Triunfante - “A universal
assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus...”- Hebreus
12:23.
Nesta Igreja só se entra através do Novo Nascimento, e este
só se torna possível quando o homem crê no Evangelho de Cristo. Pelo Batismo
nas Águas, se o homem não estiver Salvo, então ele se torna membro de uma
Igreja Local, ou Visível, teologicamente conhecida como Igreja Militante.
Embora batizado, ele poderá ser uma “virgem louca”, um “peixe ruim”, ou,
simplesmente “joio”. Assim, possuir um cartão de membro, ou até uma credencial
de Ministro, por ter sido Batizado nas Águas, não é uma evidência de ser um
membro da Igreja Triunfante, quando da volta de Jesus Cristo.
Certamente que Demas, cooperador de Paulo, tinha sido
batizado nas águas, mas, perdeu Sua União com Cristo, ou seja, de ser
participante da igreja militante, bem como a perspectiva de ser aceito na
Igreja Triunfante, quando voltou para o mundo, visto que Paulo disse - “Porque
Demas me desamparou amando o presente século, e foi para Tessalônica...”(2Tm 4:10).
Por isso não cremos no determinismo fatalista, ou predestinação,
de que o ser humano “uma vez salvo, está salvo para sempre”. Os seguidores
deste segmento teológico ensinam que Deus, na sua presciência, determina, de
antemão, quem deverá ser salvo, bem como quem não será salvo. É claro que não
vamos discutir este assunto, nesta oportunidade, por não ser cabível. Contudo,
devemos afirmar que não somos seguidores desta corrente teológica que defende o
determinismo, ou a predestinação. Cremos no livre arbítrio, ou seja, na
liberdade de escolha dada por Deus, ao homem. Para nós, a Salvação preparada
por Deus destina-se a todos os homens - “Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna”(João 3:16). Nesse “todo aquele” não há
exclusão de ninguém. Todos podem crer, e Deus quer que todos creiam, pois “...a
graça de Deus se há manifestada, trazendo Salvação a todos os homens” (Tito
2:11). “Porque isto é bom e agradável diante de
Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao
conhecimento da verdade” (1Tm 2:3-4).
II.
A GLÓRIA DOS QUE MORREM EM CRISTO
1. A Igreja Triunfante
está no Céu. Todos os
salvos que morreram em Cristo, que compõe a Igreja triunfante, estão no
Paraíso. Aguardam o Dia da Igreja Triunfante ser completada e reunida em torno
do Senhor(1Ts 4:14). Mas, o que é o
Céu?
a) É o lugar da habitação de
Deus. O Céu não é uma alegoria bíblica.
É um lugar real (João 14:1-3), assim como é a Terra onde habitamos. É o lugar onde o Senhor está presente na plenitude de sua glória,
um local “fixado”, “estabelecido” para que Ele se revele tal como Ele é,
e não apenas pela expressão da suas obras, como o que ocorre com o Universo (Rm
1:20); é o lugar de sua presença, ao qual o Cristo glorificado retornou (At
1:11); e onde um dia o povo de Cristo estará com seu Salvador para sempre (Jo
17:5,24; 1Ts 4:16,17). Ele é retratado como um lugar de descanso (Jo
14:2), uma cidade (Hb 11:10), e um país (Hb 11:16). Logo, pensar
no Céu como um lugar é certíssimo.
No
Céu, como ensinou Paulo, o mortal será revestido da imortalidade, e o
corruptível, da incorruptibilidade (1Co 15:42-55), tudo numa dimensão acima da
compreensão humana. A Bíblia descreve o Céu como um local tangível, com ruas de
ouro e muros de pedras preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21:1-27).
b) O Céu é o lugar da
morada dos salvos, da Igreja Triunfante. É um lugar onde habitaremos com o Senhor em glória, visto que,
para ali entrarmos, necessariamente teremos de ser transformados, deixando este
corpo de carne e sangue, este corpo abatido e recebendo um corpo glorioso,
similar ao que Cristo teve quando ressurgiu dentre os mortos (Fp 3:21; 1Co
15:42,49-54).
Paulo ao dizer que
havia estado no terceiro Céu (no Paraíso), afirmou que o que viu e ouviu era
simplesmente inefável, ou seja, incapaz de ser traduzido em palavras (2Co
12:4).
c) No Céu teremos
consciência de quem somos. Veja o episodio contado por Jesus na
“parábola” do Rico e do Lázaro(Lc 16:19-31).
Muitos acham que,
como a Bíblia afirma que não nos lembraremos mais de nossas dores e tristezas
deste mundo, seremos pessoas sem noção do que fomos aqui na Terra e não teremos
condição de nos reconhecermos uns aos outros nos céus. Não entendemos assim,
entretanto. Por que Deus salvaria milhões e milhões de homens, para com eles
habitar, se estes homens não tivessem sequer a noção de quem são, de quem é
Deus e de onde estão? Como homens que venceram o pecado, que combateram o
bom combate, que foram fiéis até o fim, passariam a eternidade sem a mínima noção
de quem são? Como poderiam homens glorificados terem menos consciência do que
quando viviam ainda numa natureza sujeita ao pecado?
Quando a Bíblia nos
fala que não nos lembraremos das coisas desta vida, está nos dizendo que, ante
a glória que viveremos, ante o prazer que desfrutaremos, de modo algum teremos
saudade ou desejo do que passou na vida debaixo do sol.
2. Cristo reunirá as
igrejas militantes e triunfantes. O ápice da Igreja Triunfante ocorrerá quando
Jesus voltar para Arrebatar a sua Igreja Militante, e ressuscitar aqueles que
morreram em Cristo. Nessa ocasião, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro,
em corpos gloriosos; depois, os que estiverem vivos, pertencente a igreja
peregrina e militante, serão transformados, para encontrar com Jesus nos ares.
Foi assim que Paulo ensinou aos Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor
descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”(1Tes 4:16-17).
Observe que este texto trata do
Arrebatamento da Igreja e da Ressurreição dos santos. Face a exiguidade de
espaço nesta Aula, irei, em resumo, explicar estes dois acontecimentos da
igreja.
a) O Arrebatamento da
Igreja.
O arrebatamento da
Igreja é um fato repentino, sem data conhecida, que passará despercebido dos
povos. Nesta oportunidade, como afirmam as Escrituras, o Senhor virá como um
ladrão (ler Mt 24:43,44; 1Ts 5:2), de inopino, num abrir e fechar
de olhos (ler 1Co 15:52), como um relâmpago (Mt 24:27). Nesta
oportunidade, Jesus não pisará os seus pés sobre a Terra, mas a Igreja
Militante o encontrará nos ares (1Ts 4:17), e terá início a convivência entre
Jesus e a Igreja.
Apesar de, tradicionalmente, o arrebatamento da Igreja ter
sido chamado de “primeira fase da vinda de Jesus”, existem alguns estudiosos da
Bíblia que não entendem ser correto o uso da expressão “volta de Cristo” para
este evento. Afirmam (e entendemos que com razão) que alguém só volta quando
faz todo o caminho contrário da ida, ou seja, uma pessoa só pode dizer que
voltou quando vai até o ponto inicial da sua partida, da sua saída. Assim, uma
pessoa que saiu de São Paulo para o Rio de Janeiro só voltará quando, ao sair
do Rio de Janeiro, chegar novamente a São Paulo. Se parar pelo meio do caminho,
não terá ainda voltado. Por causa disto, estes estudiosos das Escrituras
afirmam que a expressão “volta de Cristo” só pode ser aplicada para o evento em
que Jesus voltará para o monte das Oliveiras, que foi o lugar de onde partiu
para os céus (At 1:9-12), como, aliás, foi anunciado pelos anjos que se
apresentaram aos discípulos após a ocultação do Senhor pelas nuvens. Somente
nessa ocasião é que Jesus voltará para a Terra, pois a Bíblia é clara ao dizer
que Jesus aparecerá segunda vez (Hb 9:28).
Segundo esta concepção, não se teria, pois, propriamente
uma “volta” quando do arrebatamento da Igreja, mas tão somente um rapto do
corpo de Cristo, uma retirada dos santos da Terra. Jesus não volta
propriamente, mas se encontra com a Igreja nos ares, nas regiões celestiais
(1Ts 4:17). Jesus vem ao encontro da Igreja, mas não volta para a Terra. A Sua
vinda, segundo este pensamento, será tão somente a chamada “segunda fase”, ou
seja, a Sua volta triunfal.
b) A volta de Jesus em Glória ou volta triunfal. A “segunda fase da vinda de Jesus”,
também conhecida como “vinda de Jesus em glória”, “volta triunfal de Cristo”,
“parousia” ou “revelação de Cristo em glória” é o evento que ocorrerá sete
anos depois do arrebatamento da Igreja (para os pré-tribulacionistas, pois,
para os midi-tribulacionistas, o episódio ocorrerá três anos e meio depois do
arrebatamento), ou seja, ao contrário do arrebatamento, é um evento com
tempo marcado e determinado na Bíblia Sagrada. Será um instante em que
Jesus será visto por todos os povos e nações, em especial pelos israelitas (Zc
12:10; Ap 1:7), porá os Seus pés sobre esta Terra (Zc 14:4; At 1:11) e se fará
acompanhado da Igreja triunfante (Mt 25:31-46; Judas 14).
Bem se vê, pelas referências bíblicas, que estamos diante
de dois eventos distintos, não havendo como confundi-los. É o que fazem os
pós-tribulacionistas, que confundem o arrebatamento da Igreja e a vinda de
Jesus em glória em um só evento, que chamamos de volta de Cristo. Para estes,
Jesus virá ao término da Grande Tribulação, arrebatará os escolhidos dos quatro
cantos da terra e, depois, em seguida, vencerá o Anticristo. Esta linha de
pensamento, entretanto, não pode ser aceita, pois, como vimos, as Escrituras
mostram que o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em glória tem
características totalmente diferentes e, se se tratasse do mesmo evento,
teríamos uma contradição insuperável na Bíblia, o que, evidentemente, não é
possível. Como conciliar que a Bíblia diz que Jesus vem como um ladrão em 1Ts
5:2, que ninguém O perceberá em Mt 24:43,44 e, em Ap 1:7, ser
dito que todo o olho O verá? Poderia acontecer coisas tão opostas em um mesmo e
único episódio? Vemos, portanto, que não é possível que se confundam estes dois
acontecimentos escatológicos, acontecimentos, porém, que são conhecidos, ambos,
como “volta de Cristo”. Tomemos, pois, cuidado para não nos confundirmos.
c) A
Ressurreição dos salvos (1Ts 4:16,17). Será o momento em que os santos
que já morreram receberão corpos glorificados, dotados de vida eterna, e
conforme o corpo do Senhor Jesus, segundo o ensino de Paulo: “Mas a nossa cidade está nos céus,
de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu
eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”(Fp 3:20-21). Também o Apóstolo
João, declarou: “...Mas sabemos que, quando ele se manifestar
seremos semelhantes a ele...”(1João 3:2).
A Igreja de Jesus Cristo é
composta de bilhões de almas, uma multidão que homem algum jamais poderá
calcular. Com certeza, a Igreja Triunfante será plenamente instaurada quando
todos os remidos, de todos os tempos, juntamente com o santos que morreram
desde o princípio da geração, e foram evangelizados por Cristo após a
ressurreição, estiverem reunidos em número incalculável, liderados pelo Senhor
Jesus Cristo, que irá adiante da grande multidão e nos apresentará ao Pai,
dizendo: “Eis-me aqui, a mim e aos filhos que Deus me deu ”(Hb 2:13).
Então haverá festa nos céus, todas as hostes celestiais se alegrarão juntamente
com todos os seus servos.
Paulo ensina que os mortos salvos
ressuscitarão primeiro e sua ressurreição será como a de Cristo, ou seja,
ressuscitarão em corpos gloriosos, que não obedecerão às leis da física, tanto
que se reunirão com o Senhor nos ares, desafiando a gravidade e tudo o mais que
domina a matéria neste mundo. Os crentes falecidos, portanto, terão
restabelecida a sua unidade(corpo, alma e espírito) e se apresentarão ao
Senhor, glorificados.
Este processo de ressurreição, de
transformação e de reunião dos crentes será efetuado pelo Espírito Santo, que
levará a Igreja ao encontro do Senhor Jesus nos ares, entregando-lhe a Noiva,
como o pai da noiva costuma fazer nas cerimônias de casamento que estamos
acostumados a assistir. É obra do Espírito Santo o mover, o movimentar (Gn 1:2), o
ressuscitar e o transformar (Rm 8:11). Após a
reunião e a realização tanto do Tribunal de Cristo e das Bodas do Cordeiro, o
Filho, então, entregará a Igreja ao Pai (1Co 15:28; Hb 2:13).
3. Juntos para sempre
com o Senhor. Morar no Céu é o
objetivo de todo salvo. Jesus Cristo morreu na Cruz do calvário com o objetivo
de reconciliar o ser humano com Deus e, finalmente, levá-lo para o Céu, o lugar
de sua morada e dos santos anjos de Deus. Se a nossa esperança
é a volta de Cristo, tal esperança se completa com a perspectiva de habitarmos
eternamente na dimensão espiritual, assim como o Senhor, dimensão esta que as
Escrituras denominam de “Céu”, pois seremos semelhantes a Ele e assim como é O
veremos (1Jo 3:2).
É quase indescritível a forma do corpo glorioso
que receberemos e a concretização de todas as promessas que se cumprirão na
vida da Igreja por ocasião do Arrebatamento (1Co 15:50-58). Como alguém,
sabendo disto, ainda pode deixar e abandonar a vida de comunhão na Igreja de
Cristo? Trocam a certeza da vida eterna, o Céu glorioso com Jesus, a Formosa
Jerusalém celestial, por coisas efêmeras desta vida? Temos de
visualizar a nossa vida terrena apenas como uma passagem, como uma
peregrinação; não devemos nos prender às coisas desta vida. “Se esperarmos em
Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”(1Co 15:19).
III. A GLÓRIA DA IGREJA
TRIUNFANTE
A Glória plena da Igreja Triunfante ocorrerá
quando da Vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatar a sua Igreja. Naquele
momento, os corpos dos mortos que estão no Paraíso bem como os corpos dos
salvos pertencentes a Igreja Militante, serão revestidos da imortalidade e,
então, a vitória final sobre a morte terá sido alcançada. Paulo bem se
expressou: “E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é imortal se revestir da imortalidade, então,
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”(1Co
15:54).
Certamente, a Igreja tem um futuro sobremodo
glorioso.
A vida eterna com o Senhor Jesus na glória, na cidade maravilhosa que ele foi
preparar exclusivamente para sua amada(João 14:1-3), já seria uma grande
proeza, mas Deus é infinitamente misericordioso e amoroso, de tal sorte que fez
promessas para todos aqueles que forem triunfantes. Por isso, o apóstolo disse
que não há como comparar as aflições deste tempo presente com o que está
reservado para os vitoriosos. Aliás, o apóstolo foi enfático ao dizer que “…as
coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do
homem são as que Deus preparou para os que o amam ”(1Co 2:9b).
Vejamos algumas das inúmeras promessas para a igreja
triunfante em seu estado de glória:
1. A graça de comer
da árvore da vida – ”... Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da
árvore da vida, que está no paraíso de Deus” (Ap 2:7). Este privilégio foi perdido pelo homem quando
pecou (Gn 3:22-24). Comer da árvore da vida é ter alimento espiritual abundante
e eterno junto de Deus, é voltar a ter um estado de comunhão perene com o
Senhor. Cessada a alimentação pela Palavra de Deus, da alimentação da palavra
que procede da boca de Deus, teremos acesso direto ao próprio Deus, um estado
de beatitude sem igual.
2. Não receber o dano
da segunda morte – “O que vencer, de modo algum sofrerá o
dado da segunda morte”(Ap 2:11). O vencedor por Cristo Jesus está
livre da condenação eterna. Temos, desde já, a vida eterna, desde que aceitamos
a Cristo, mas a salvação ainda está condicionada à nossa perseverança até o
fim. Se perseverarmos até o fim, porém, receberemos esta recompensa, qual seja,
a glorificação e nunca mais correremos o risco de nos perder. Não receber o
dano da segunda morte é atingir a glorificação e, portanto, nunca mais ter o
risco de pecar. Estaremos livres do corpo do pecado e poderemos exclamar as
palavras do apóstolo: “onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno,
a tua vitória?” (1Co 15:55).
CONCLUSÃO
Diante do exposto,
como, então, desanimar ou querer recuar diante das dificuldades que se
apresentam nos tempos trabalhosos em que vivemos? Como trocar a glória
sempiterna que nos está reservada, cuja revelação parcial já é muito mais do
que se tem neste mundo, por algum prazer ou vantagem passageiros, que, assim
como a vida humana, são fugazes e insignificantes perto do que está prometido a
quem vencer?
Os dias são difíceis.
As dificuldades são muitas e são capazes de nos desviar da rota para a Canaã
celestial. Por isso, não podemos subestimar as lutas e tentações, devendo
vigiar a cada instante para não sermos tragados pelo inimigo de nossas almas,
que anda a nosso derredor(1Pe 5:8).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal, CPAD.
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