1º Trimestre/2014
Texto Básico: Êxodo 3:1-17; 5:1-5; 6:1,2
“E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais:
Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Ex 3:14).
INTRODUÇÃO
Moisés figura junto
a Abraão e Davi como um dos três maiores personagens do Antigo Testamento.
Libertador, dirigente, mediador, legislador, profeta, foi sobretudo um grande
homem de Deus. Nesta Aula, veremos a sua vocação e sua preparação graduada, dia
a dia, por Deus a fim de que se tornasse o líder do seu povo e o conduzisse
rumo à Terra Prometida. Deus vocaciona e chama líderes para sua obra, porém
aqueles que forem chamados precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você
tem um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a sua parte e deixe que o
Senhor faça a dEle. Moisés é preparado para se tornar o libertador (Êx 3:1-22).
I. MOISÉS – SUA
CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3:1-17)
1. Deus chama o seu
escolhido - “E agora, eis que o
clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com
que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que
tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito” (Êx 3:9,10).
Quando Deus quer
realizar os seus desígnios Ele escolhe qualquer pessoa. Ele é o Criador e
administrador de todo o Universo, de todas as criaturas. Ele levantou Ciro (Is
45:1-5); Nabucodonosor (Dn 4:1-3); escolheu Moisés para libertar os
descendentes de Abraão no Egito. Não adianta resistir, Deus não aceita um “não”
por parte da pessoa que Ele designou para cumprir o seu propósito. Moisés resisti o
quanto pode ao chamado de Deus, mas acaba se rendendo. Ele torna-se uma referência ao seu povo Israel e à
humanidade. A ele é atribuída a autoria do Pentateuco, que é o compêndio
devocional basilar do povo judeu.
Moisés foi chamado
por Deus quando estava vivendo em Midiã, com o seu sogro Jetro. Ele chegara a
Midiã aos 40 anos, fugido do Egito, e agora, aos 80 anos, quando cuidava das
ovelhas do sogro, tem um encontro com Deus. Observe que Moisés era já idoso
quando foi escolhido. Aos 80 anos de idade muitas pessoas só pensam em se
aposentar e aproveitar os poucos anos que lhe restam sem se aborrecer. Mas aqui
reside um princípio divino: Deus não depende de nossa faixa etária para nos
convocar a ser úteis para Ele. Com certeza havia pessoas mais jovens e mais
dispostas a fazer o que Moisés faria, mas Deus escolheu Moisés para aquela missão.
Deus não apenas o escolheu para realizar tão grande obra, mas também o
convocou. Como Deus fez tudo de forma perfeita, Ele mesmo se encarregou de
falar com Moisés de modo sobrenatural e convincente. Esse é o nosso Deus.
Amado irmão, se Deus
te escolheu e te chamou para realizar sua Obra não adianta resistir, é você
quem Ele quer. Como Moisés, precisamos aprender que Deus pode fazer grandes
coisas sem utilizar ninguém, mas em diversas situações Ele se utiliza de
pessoas como eu e você, limitadas, para cumprir seus propósitos.
2. O preparo de Moisés (Êx 3:10-15). Deus se utiliza de diversos recursos para treinar
aqueles a quem escolheu. Com Moisés não foi diferente. Ele passou por pelo
menos três estágios em sua vida, onde fora colocado por Deus para exercer seu
ministério futuro como libertador, legislador e líder de um povo que deixaria
uma vida de escravidão para entrar em uma terra própria e se tornar uma nação.
- Em primeiro lugar,
Moisés foi criado em um lar piedoso,
pelo menos durante os primeiros cinco ou sete anos de sua vida. Neste ambiente,
aprendeu a ter não somente fé em Deus, mas também simpatia e amor por seu povo
oprimido. Joquebede, mãe de Moisés, inculcou-lhe de tal maneira, em sua
infância, as origens e tradições de seu povo, que todos os atrativos do palácio
pagão jamais puderam apagar aquelas primeiras impressões. Que mãe
impressionante!
- Em segundo lugar,
foi educado no palácio do Egito. O
Senhor preservou Moisés logo no seu nascimento, colocando-o sob a proteção da
filha de faraó, o qual ordenou a morte de todos os meninos hebreus
recém-nascidos (Êx 1:16). Pela providência divina, Moisés ficou sob os cuidados
de sua própria mãe (Êx 2:7-9), até ser recebido pela casa de faraó (Êx 2:10).
Ali recebeu a melhor educação que o maior e mais culto império daquele tempo
oferecia. A permanência no palácio não somente contribuiu para fazê-lo
“poderoso em suas palavras e obras” (At 7:22), mas também o livrou do espírito
covarde e servil de um escravo.
A filha do faraó que
o adotou como filho era possivelmente Hatchepsute que, segundo Eugene H.
Merrill, era esposa do faraó Tutmose II (1512-1504). Hatchepsute não tinha
filhos e desejava ardentemente ter um. Se, de fato, Moisés foi seu filho de
criação, há probabilidade de haver ele sido uma forte ameaça ao jovem Tutmose
III (sucessor de Tutmose II) - que era filho de uma concubina e tinha se casado
com sua meia-irmã, filha de Hatchepsute e Tutmose II - visto que Hatchepsute
não tinha filhos naturais. Isso significa que Moisés era um candidato a ser
Faraó, tendo apenas como obstáculo sua origem semítica. Parece-nos que houve
uma real animosidade entre Moisés e o Faraó Tutmose III. Isto fica claro em
virtude de Moisés, após matar um egípcio, ter sido forçado a fugir para salvar
a vida. O fato de ter o próprio Faraó considerado a questão - que, em outra
situação, seria pouco relevante - sugere que este Faraó especificamente tinha
interesses pessoais em se livrar de Moisés.
Moisés teve uma
educação primorosa no palácio de Faraó. O texto bíblico de Atos 7:22 declara
que ele foi "instruído em toda a ciência dos egípcios". O
conhecimento adquirido por Moisés muito o ajudou como líder do seu povo,
profeta, escritor e legislador.
Assim como Deus
tinha um propósito definido ao chamar Moisés, Ele também tem um propósito
definido na vida de qualquer servo dEle. Porém, muitos não querem assumir um
compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja assumir um compromisso com o
Todo-Poderoso?
- Em terceiro lugar,
Moisés adquiriu experiência no deserto.
O chamado de Moisés ocorreu em Midiã, durante os anos em que esteve exilado. De
acordo com Êxodo 2:11,12, aos 40 anos Moisés resolveu deixar o palácio e
visitar seu povo. Irado com a violência de um feitor de escravos do Egito,
matou-o e, por isso, teve que fugir, com medo da reação do faraó, provavelmente
Tutmose III, o qual ordenaria sua execução (Êx 2:15; At 7:29). Em Midiã, Moisés
experimentou o silêncio e a solidão do deserto através do qual guiaria Israel
em sua peregrinação de quarenta anos. Além disso, teve comunhão com Deus e
chegou a conhecê-lo pessoalmente. Ali aprendeu a confiar nele e não em sua
própria força.
Portanto, o preparo de Moisés durou muitos anos, cerca
de 80 anos, e mesmo que ele não o soubesse, Deus o estava preparando como
instrumento para uma grande missão.
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3:8-10). Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao seu
propósito: "Para que tires o meu povo do Egito" (Êx 3:10). Deus
desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias
da terra fossem abençoadas. O Senhor precisava de um único homem, Moisés, para
redimir seu povo da escravidão. Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um
único homem, porém este deveria ser perfeito. Então o Todo-Poderoso enviou seu
próprio Filho, Jesus Cristo. Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre
nós para nos libertar da escravidão do pecado (João 3:16). Glórias sejam dadas
a Deus pelo seu grande amor e misericórdia para conosco!
II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O receio de
Moisés e suas desculpas.
“Então, Moisés disse a Deus: Quem sou eu,
que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Êx 3:11). Aquele
Moisés impulsivo e vigoroso, que queria resolver os problemas à sua maneira e
de imediato, já não existia mais. Após 40 anos na escola do deserto, ele havia
sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial,
mas no Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
“Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos
de Israel?”. Aos seus próprios olhos,
Moisés não tinha capacidade de enfrentar Faraó. É provável que ele estivesse
pensando em seu passado, no crime que havia cometido, no prejuízo que teria se
retornasse ao Egito e alguém se lembrasse do que ele fizera. Mesmo se essa
possibilidade fosse remota, o certo é que Moisés não estava disposto a obedecer
à voz de Deus, e deixou claro que não era qualificado para falar com Faraó.
Moisés apresentou as
seguintes desculpas: (a) “Não sou capaz” (Êx 3:11); (b) “Não
tenho autoridade” (Êx 3:13); (c) “ Não crerão em mim” (Êx 4:1); (d) “Não sei
falar em público” (Êx 4:10); (e) “ Sinceramente, não quero ir, envia outro” (Êx
4:13). Em Sua grande paciência, Deus
proveu assistência para ele, com o envio de Arão (Êx 4:14), o qual fez o papel
de porta-voz de seu irmão (Êx 7:1). Desta vez, ele não teria mais alternativas
a não ser obedecer (Êx 4:13-17).
Quantos, ao serem
chamados pelo Senhor para alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de
desculpas? Precisamos nos conscientizar de que Deus é o nosso Criador e Senhor.
Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. As escusas de Moisés, assim como as
nossas, não vão impressionar o Senhor. Confie naquele que está chamando você e
não queira perder tempo com desculpas. Permita que Ele use seus dons e talentos
para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado.
2. Deus concede poderes a Moisés. Deus não apenas convocou Moisés para aquela
empreitada, mas deu-lhe poderes específicos para que o representasse. Por cinco
vezes, conforme descrito acima, Moisés rejeita o chamado de Deus com alguns
argumentos. Mas, o Senhor, por cinco vezes, apresenta argumentos para Moisés
ir. Vejamos:
- “Eu serei contigo” (Êx 3:12). O Senhor estava mostrando que Moisés não estava sozinho
nesta missão. Jesus diz o mesmo a nós em Mateus 28:20.
- “Eu Sou O Que Sou” (Êx 3:14). O Senhor revelou seu nome sagrado a Moisés, a fim de
que o povo reconhecesse sua autoridade e sua pregação de libertação. Deuses
deveriam ter nomes e os do Egito tinham suas nomenclaturas, e o nome das
divindades geralmente espelhava alguma característica relacionada a um poder ou
a um hábito dentro da teologia daquele povo. O Deus de Abraão, de Isaque e Jacó
deveria ter um nome também. A expressão “o Deus de vossos pais” é muito
impessoal. Se Deus tem um nome, porque Moisés não poderia sabê-lo? A resposta
divina foi: “Diga aos filhos de Israel que o EU SOU está mandando você para
libertá-los. Lembre-os de que Sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Deus
deveria ser identificado como o Deus dos antepassados dos israelitas.
- “Eu te darei poder” (Êx 4:2-9). O Senhor capacitou Moisés a fazer sinais maravilhosos
para que o povo cresse em sua pregação. Moisés poderia transformar seu cajado
em uma serpente, poderia fazer sua mão ficar leprosa e depois voltar ao normal,
e transformar água em sangue.
- “ Eu serei a tua boca e te ensinarei o que falar” (Êx
4:11,12). Deus capacita Moisés a
falar as palavras corretas, assim, como hoje, o Espírito Santo nos ensina o que
devemos pregar (João 14:26).
- “Enviarei alguém para te ajudar” (Êx 4:13-17). Deus enviou Arão com Moisés para falar por ele, visto
que Moisés não estava crendo na Palavra do Senhor. Deus se irou e mandou Moisés
ir cumprir sua missão.
3. O retorno de Moisés. Após a contestação de suas desculpas, Moisés aceitou o
chamado de Deus e deu início a sua missão, retornando ao Egito. A morte do
Faraó (Êx 2:23-25) provavelmente Tutmose III, por volta de 1450 a.C.,
possibilitava a Moisés retornar ao Egito, pois as autoridades egípcias
encerravam todas as acusações pendentes, mesmo em casos de crime capital (Êx
4:19).
Submisso ao plano de
Deus, primeiro foi obter permissão de Jetro para ir embora e retornar ao Egito
(Êx 4:18). Não lhe apresentou todas as razões para a mudança, mas o motivo que
deu foi suficiente para obter aprovação. Jetro disse: “Vai em paz”. Deu
liberdade a Moisés e, assim, não pôs impedimento ao plano de Deus. Moisés
começou a viagem com sua mulher e dois filhos (Êx 4:20; cf. 18:3,4), embora
pareça que depois do episódio da circuncisão (Êx 4:24-26), ele os tenha mandado
de volta a Jetro (Êx 18:2) e prosseguido sozinho com Arão (Êx 4:29).
Deus instruíra o
rito da circuncisão para todos os filhos de Israel. Parece que Moisés se
circuncidou e executou o rito em seu primeiro filho. Mas, a reação de Zípora
(Êx 4:25,26) indica forte desaprovação do ato e insinua que Moisés havia
concordado em não circuncidar o segundo filho a fim de agradar a esposa. Mas
Deus exigia obediência, e forçou Zípora a aceitar o que parece ter sido extrema
aflição para o marido (Êx 4:24). A obediência trouxe cura para Moisés (Êx
4:26), mas o incidente ocasionou a volta de Zípora para a casa de seu pai (Êx
18:2).
Deus não faz acepção
de pessoas, e os grandes servos de Deus devem obedecer-lhe tanto como os
demais. Alguém disse: “Se Moisés tivesse se apresentado perante o povo
israelita sem haver circuncidado seu filho, sem haver cumprido o Antigo
Concerto, teria anulado sua influencia junto deles”.
Quando Moisés
retornava ao Egito, Arão uniu-se a ele no caminho; juntos, trouxeram aos
anciãos a promessa de livramento e lhes demonstraram os sinais. Acendeu-se a fé
entre os hebreus, e em pouco tempo outras pessoas de Israel receberam as
noticias (possivelmente em reuniões secretas) e se inclinaram perante Deus em
louvor e adoração (cf. Êx 4:27-31).
III. MOISÉS SE
APRESENTA A FARAÓ (Êx 5:1-5).
1. Moisés diante de
Faraó. Com intrepidez, Moisés e
Arão se apresentaram na sala de audiência de Faraó, provavelmente Amenotepe II,
e lhe comunicaram a exigência do Senhor: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma
festa no deserto”(Êx 5:1). Esta exigência aparece várias vezes (Êx
7:16; 8:1,20,21; 9:1,13; 10:3,4), embora Deus tenha avisado Moisés e Arão sobre
o que esperar do faraó: um coração endurecido (Êx 7:13).
Faraó respondeu com
arrogância: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei?” (Êx 5:2). Os faraós eram
vistos como filhos de “Rá”, o deus solar do Egito, de maneira que Faraó
se considerava um deus. Não tardou em comunicar a Moisés e a Arão que nem eles
nem Deus lhe inspiravam respeito algum. Escarneceu deles dizendo que a única
razão pela qual desejavam celebrar a festa era estar demasiado ociosos e
tornou mais pesado o trabalho dos hebreus, negando-lhes a palha necessária para
produzir tijolos (Êx 5:7). A palha era misturada com barro para deixar mais forte
os tijolos secos ao sol. Embora houvesse o trabalho extra de juntar a palha, o
número dos tijolos fabricados devia permanecer o mesmo (Êx 5:8). Esse tirano
estava determinado a minar a vontade do povo. Nem se dava conta de que não
podia ir contra Deus. Ele poderia ser cruel com o povo de Deus, mas as palavras
que ouvira não eram palavras de mentira (Êx 5:9).
Com frequência,
quando Deus começa a emancipar o homem do pecado, o efeito imediato é o aumento
de dificuldades. Assim, os primeiros feitos de Moisés só pioraram a situação,
pois Satanás não se dá por vencido sem lutar tenazmente.
2. A queixa dos israelitas (Êx 5:20-22). Os exatores do povo e seus oficiais executaram as
ordens de Faraó (Êx 5:10,11). Os escravos se espalharam por toda a terra do
Egito a colher restolho (Êx 5:12). Leo G. Cox disse que “restolho era a
parte inferior do talo das gramíneas”. Segundo ele, os exatores (Ex 5:13),
com medo de perderem o emprego, pressionavam duramente os oficias hebreus.
Quando a cota de tijolos não foi atingida, açoitavam os oficiais dos filhos de
Israel (Êx 5:14).
Os esforços de
Moisés e Arão tiveram efeito oposto ao esperado. O povo de Israel sentiu-se prejudicado pela intervenção
de Moisés junto a Faraó. Esta deve ter sido uma prova dura para Moisés. Ele estava
no Egito obedecendo à voz de Deus, falando com Faraó para que o povo fosse
liberto, e como consequência o rei ordena que os hebreus trabalhem mais. Era
nitidamente claro que a situação piorara. Não havia sinal externo de que Deus
começara uma libertação. Moisés estava confuso, então, faz um apelo desesperado
a Deus: “Por que me enviaste?” (Êx 5:22). Quando a fé está em
crescimento sempre há retrocessos. Deus frequentemente nos humilha antes de
mostrar seu braço forte. Deus cuida de cada movimento dos seus filhos
sofredores.
Bem disse Alexandre
Coelho: “Não é incomum que lideres se vejam na mesma situação de Moisés:
obedecem a Deus, mas não veem de imediato um fruto positivo de sua obediência.
O que devemos saber é que obedecer a Deus não é uma garantia de que as coisas
que se seguirão não serão alvo de investida de Satanás. Além disso, os lideres
devem entender que nem sempre o povo vai entender determinadas atitudes, mas
que se estamos agindo de forma correta e dentro da vontade de Deus, Ele vai se
responsabilizar por nos honrar no devido tempo”.
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6:1,2). A promessa de Deus para com Israel não foi esquecida
por Ele. A demora na libertação não significava renúncia da promessa. Deus
estava trabalhando em seus propósitos. Depois do encontro com Faraó e das
reclamações dos hebreus, Deus diz a Moisés: “Agora verás o que hei de fazer
a Faraó; porque, por mão poderosa, os deixará ir; sim, por mão poderosa, os
lançará de sua terra. Falou mais Deus a Moisés e disse: Eu sou o SENHOR”. O
valor da promessa estava no fato de Deus endossá-la: “Eu sou o Senhor”
(Ex 6:2). Para este grande livramento, o próprio Deus revelou o pleno
significado de Yahweh, “o Senhor”. Esta narrativa trata de uma renovação
das promessas a Moisés com maior destaque a um povo desanimado.
Deus ordenou que
Moisés renovasse a confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam
libertos da servidão egípcia, que Deus os resgataria com ação especial e
vigorosa e com juízos grandes (Ex 6:6) sobre os opressores. Israel seria o povo
especial de Deus e lhe daria a terra da promessa por herança (Ex 6:7,8). Estas
palavras tranquilizadoras foram apoiadas pela declaração: “Eu, o SENHOR”
(6:8).
A razão de Deus
libertar Israel era por causa da Sua Aliança (Ex 6:4,5). Esta Aliança foi feita
com Abraão, antes mesmo dos israelitas nascerem. Não foi baseada na bondade
deles, mas no amor de Deus (Dt 7:6-8). Que maravilhoso quadro da Aliança da
graça, feita com a Igreja de Cristo (Ef 1:4).
Lembre-se: as
promessas de Deus são inexoráveis. Às vezes parecem demorar, mas no devido
tempo, Deus cumpre suas promessas e honra a fé daqueles que confiam nEle.
CONCLUSÃO
Ainda hoje, Deus
continua levantando homens como Moisés e Arão com esta nobre função de ser
canal para o Seu agir no mundo, a fim de resgatar povos e nações das trevas e
opressão do pecado.
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Elaboração:
Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela
Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista
Ensinador Cristão – nº 57 – CPAD.
Eugene H. Merrill –
História de Israel no Antigo Testamento. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco.
Ed. Vida.
Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual
do Pentateuco. CPAD.
Alexandre Coelho – Uma jornada de Fé
(Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.
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