2º Trimestre/2014
Texto Base:
1Corintios 12:4,9-11
“A minha palavra e a
minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas
em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co 2:4,5).
INTRODUÇÃO
Nesta aula
estudaremos os Dons de Poder – Dom da Fé, Dons de Curar e Dom de Operação de
Maravilhas. Aqui, a palavra Poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu Poder,
significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, os Dons de
Poder são aqueles que mostram a Soberania de Deus, a sua Onipotência, a sua
Autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os demônios.
Eles são concedidos pelo Espírito Santo à Igreja a fim de auxiliá-la na
propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Através
dos Dons de Poder a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua
presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a
exaltação pessoal.
I. O DOM DA FÉ
(1Co 12:9)
“A outro, no mesmo
Espírito, a fé” (1Co 12:9).
1. O que significa
Fé? A definição Bíblica de Fé,
bastante usual, está na Epístola aos Hebreus 11:1, onde se lê que “a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não onde se lê veem” (Hb 11:1). Esta
definição mostra a total confiança e dependência que devemos ter em Deus.
A Fé é um elemento fundamental na vida espiritual do crente,
a ponto de a Bíblia dizer que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb
11:6). Na caminhada para o Céu, a fé é o combustível e sem esta fé jamais
conseguiremos chegar ao destino, ao fim das nossas almas: a salvação eterna. O
apóstolo João também diz que a fé é a vitória que vence o mundo (1Jo.5:4), de
forma que podemos muito bem inferir que todas as promessas maravilhosas feitas
por Jesus à Igreja, constantes das sete cartas às igrejas da Ásia (Ap
2:7,11,17,26;3:5,12,21), estão destinadas somente aos que têm fé, vez que foram
dirigidas aos que vencerem e só vence, como explica João, quem tem fé. Por fim,
não nos esqueçamos que, como diz Paulo, Deus só requer uma coisa dos crentes:
que todos sejam fiéis (1Co.4:2). Aprender sobre a Fé é essencial para quem
deseja viver eternamente com o Senhor.
Explicando o que é
Fé Natural, Fé Salvadora e Fé Ativa
- Fé Natural. É a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé
nasce com o homem, faz parte da natureza humana. Ela é essencial para a vida
sobre a face da Terra. É a crença
baseada na habitualidade ou no raciocínio humano. Assim, quando nos sentamos em
uma cadeira, cremos que não iremos cair e que a cadeira nos aguentará, apesar
de sermos mais pesados do que ela. Quando estendemos um braço num ponto de
ônibus fazendo sinal para que ele pare, cremos que o motorista irá parar e
abrir a porta para que entremos e assim por diante.
A Fé Natural dá ao homem motivação para lutar,
para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a Fé Natural,
ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que
o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém
superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na
sua existência – “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem...”(Tg 2:19), ou
seja, nisto não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “... também os
demônios o creem e estremecem”. Não ouvindo falar de um Deus Criador, então
o homem inventa os seus próprios “deuses”. Ele sente necessidade de crer.
Porém, este crer, mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, não
muda nada em sua vida.
Esta fé nada
representa no campo espiritual, é fruto da lógica humana. Os cientistas e filósofos têm chegado à conclusão de
que toda atividade intelectual tem uma dose de fé, e esta fé é a fé natural,
que, entretanto, não pode ser o critério, o parâmetro a ser seguido pelo servo
de Deus. É óbvio que o servo do Senhor também possui esta fé, pois se trata de
um ser humano, mas não pode deixar que esta fé seja o seu guia exclusivo. Este,
aliás, é o sentido da afirmação de Paulo, de que devemos andar por fé e não por
vista (2Co 5:7).
- “Fé Salvífica” ou “Fé Salvadora”. É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e
Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho,
considera-se um pecador e se arrepende dos pecados e crê que Jesus pode
perdoá-lo e se submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe a vida
eterna e levá-lo ao Céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé
não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm
10:17), o Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte e do juízo (João
16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, mediante esta fé, é justificado (Rm
5:1), ou seja, posto numa posição de justo diante de Deus, o que lhe permite
ter paz, isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta Fé é a que
concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a
fé, ou não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não precisa
pedir; aquele que não tem, não adianta pedir – “... nós sabemos que Deus não
ouve a pecadores...”(João 9:31). Segundo a Bíblia, a fé não vem pelo pedir,
mas, pelo ouvir. Não adianta pedir porque não está escrito que a fé vem através
da oração, ou pelo pedir, mas, sim “... pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra
de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento da fé, como
pediram os discípulos – “Disseram então os apóstolos ao Senhor:
acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram: “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos
a fé”. Acrescentar significa ajuntar alguma coisa à outra para torná-la
maior.
- Fé Ativa.
É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado
em que se deve entender fé enquanto Fé Ativa. Esta Fé é exercida diariamente
pelo cristão, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da
atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas.
Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar
crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali. Esta fé é o combustível
que nos leva a caminhar em direção à Jerusalém celestial. É o elemento que nos
faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma
espiritual. Foi esta Fé que fez com que os antigos vencessem todas as
dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no capítulo 11. É esta Fé
que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
Portanto, todos os
salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem todos são contemplados com o Dom da
Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o
desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja
glorificado.
2. A Fé como Dom. “A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O Dom da Fé trata de uma confiança extraordinária,
especial, que faz com que pessoas tenham uma crença pontual além dos limites do
imaginável e que, mediante esta confiança, realizem coisas que estão além do
alcance da imaginação humana. Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do
Senhor que, tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com a
vontade de Deus e servem para a sua glorificação.
Não se trata da fé
para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito
Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas
extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (Mc 11:22-24) e que
frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais
como as curas e os milagres.
3. Exemplo bíblico do Dom da Fé. Este Dom só se manifesta quando surge uma necessidade.
Foi o que aconteceu com Paulo no navio que o levava a Roma. Ele usou de
autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um
simples prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali
estavam (At 27:30-36). Também, o Dom da Fé é visto na operação da cura do coxo
na porta do Templo, registrada em Atos 3.
Pedro teve
a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o Dom da Fé
segundo o relato de 2Reis 1:10-12(o fogo do céu consome 100 homens).
Outra demonstração de Fé registrada na Bíblia é episódio ocorrido no Mar
Vermelho, logo após a saída do povo de Israel do Egito. Diante daquela situação
sem saída, Moisés ergue-se como um gigante da fé ao encorajar o povo a não
temer o inimigo que se aproximava vorazmente (Êx 14:13,14).
II. DONS DE CURAR (1Co 12:9)
“E a outro, no mesmo
Espírito, dons de curar” (1Co 12.9).
1. O que são os Dons de curar? São recursos
espirituais, de caráter sobrenatural, que atuam na cura das doenças do corpo,
da alma e do espírito – tanto dos crentes quanto dos incrédulos (cf. Mt
4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja, esta experiência era
constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os Dons
de Poder, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
Não devemos
confundir os Dons de Curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a
confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de Curar são repartidos pelo
Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que, na operação de cura,
Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão
bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não deixa dúvidas de que
se trata de “dons especiais para casos específicos”; indica diferentes
atitudes de curar enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom
especial de Deus.
Os Dons de Curar não
são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1Co 12:11,30). Todavia,
todos eles podem orar pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt
10:8). Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura das
enfermidades na igreja é impedida por causa do pecado escondido, não
confessado; é o que diz Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos
outros e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes devem
confessar seus pecados a Deus e a Igreja (quando esta for ofendida e
escandalizada). O pecado na igreja estorva as orações dos crentes e impede a
manifestação do poder sanador divino na congregação.
Os “Dons de Cura”
são operados juntamente com a Fé do doente?
Em certas ocasiões
os doentes eram curados através da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração
– veja o caso da cura do coxo no templo formosa; não houve nenhuma iniciativa
de fé por parte do doente -, mas a fé por parte da pessoa aflita é importante e
algumas vezes essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na cidade de
Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária: “Este ouviu falar
Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado,
disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou”
(At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura, não obstante sua ordem para
que o coxo levantasse foi dada depois de perceber que ele tinha fé para ser
curado. Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra, nos ensina que a
pregação da Palavra de Deus é uma forma de incutir fé nas pessoas que nos
ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm
10:17).
Conforme Mateus
13:58, Cristo não curou todos os enfermos por causa da incredulidade do povo - “E
não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”. Desta feita,
deduz-se que quem possui o Dom da cura não tem poder de curar a todos os
enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude
e condição espiritual do enfermo.
A Fé do homem é uma
condição relativa, não absoluta, para o recebimento da cura divina.
A Fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele que
intercede por um outro, é a única condição para que a cura seja efetivada (Mt
9:22; At 3:6). Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa, não absoluta,
para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em
relação à cura, é negativa, e quando isso acontece devemos aprender a lidar com
a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter
suas orações atendidas (Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso
específico de Paulo, por motivos que estão além da compreensão humana,
disse-lhe que sua graça seria suficiente. Paulo fora usado por Deus para que
muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma
enfermidade estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm
5:23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo
a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não
podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de
Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar
sua confiança nos médicos, e não no Senhor. Há bons médicos que podem atuar
como instrumentos de Deus para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito
disse Jesus: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes”
(Mt 9:12).
2. O Propósito dos “Dons de Curar”. A cura tem sido uma das marcas identificadoras da
pregação pentecostal ao redor do mundo. É algo destinado aos que creem; é uma
realidade atual e indispensável para que demonstremos a presença de Deus no
meio da Igreja, para que o nome do Senhor seja glorificado; mas não devemos nos
esquecer de que o propósito da cura divina não é a saúde física de alguém, mas,
sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21), a confirmação da palavra da
pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5) e a comprovação da presença de Deus no meio do seu
povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem sempre Jesus cura, pois a cura
tem propósitos que não se confundem com a nossa vontade ou com os nossos
caprichos. Por isso é importante sabermos o por quê alguém está doente, a fim
de que compreendamos qual o propósito do Senhor nesta doença.
Portanto, aqueles
que pregam a cura divina não podem esquecer que o maior milagre continua sendo
o perdão dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que nem todos são
curados. Há exemplo na Bíblia em que apenas uma pessoa, em meio a uma multidão,
recebeu essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de Betesta(João
5:1-8). Isso porque a cura é um ato eminentemente divino e Deus cura a quem e
quando lhe apraz.
3. A necessidade desses Dons. Os Dons de Curar são de grande valor na pregação do
Evangelho, por isso a necessidade da atuação desses Dons. É promessa de Jesus à
Sua igreja a delegação de poder para curar enfermidades, como parte da missão
de pregar o evangelho (Mc 16:15-18). As pessoas em geral são descrentes do
poder de Deus, mas quando veem uma cura de impacto, como a cura de câncer, de
diabetes, de paralisia, ou de qualquer doença degenerativa, as pessoas são
compelidas a ter sua fé despertada para o poder de Deus em suas vidas. Milagres
de cura, sem transformação de vidas, pelo poder do evangelho de Cristo,
tornam-se apenas elementos de “shows” para glorificação do pregador. Mas,
quando as curas contribuem para glorificação a Deus, têm grande valor para a
divulgação do evangelho. (1)
O pr. Elinaldo
Renovato, citando Stanley Horton, diz “que ninguém pode dizer: Eu tenho o dom
de curar, como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da
pessoa. Infelizmente, o que se vê, em muitos programas de TV, de determinadas
igrejas, é o endeusamento do pastor, do bispo ou apóstolo, que ministra curas
de maneira cotidiana. Não ousamos dizer que pessoas não são curadas, em tais
igrejas. Mas a exaltação do ministrante de curas ofusca a glória que só
pertence a Deus”. (1)
4. Os salvos podem
adoecer? Claro que os salvos
adoecem! Vivemos no mundo sujeito às consequências do pecado, e a Terra foi
maldita por causa do pecado do homem (Gn 3:17). Portanto, enquanto estivermos
aqui estaremos sujeitos às doenças e à morte. Um dia, os salvos se revestirão
de incorruptibilidade (1Co 15:54); por enquanto, embora Jesus tenha poder para
nos curar, segundo a sua vontade (1Jo 5:14; Mt 6:9,10), estamos sujeitos às
enfermidades. Os pregadores da saúde perfeita sempre “exigem” a cura e dizem
que o Senhor cura sempre, pois a saúde é um direito do crente (CIC). Por que,
então, Eliseu morreu em decorrência de uma enfermidade (2Rs 13:14)? Por que
Timóteo e Trófimo não foram curados (1Tm 5:23; 2Tm 4:20)? Se a saúde é um
direito do crente, por que ele fica doente? Em Salmos 41:3, está escrito: “O Senhor o sustentará no leito de
enfermidade; tu renovas a sua cama na doença”. O fato de que a saúde faz
parte do plano de Deus para a salvação não significa que a doença venha a ser
erradicada da vida de todo aquele que aceita a Jesus Cristo como Senhor e
Salvador da sua vida. Assim como o fato de ser salvo não nos livra da morte
física, consequência praticamente inevitável do pecado e que acomete tanto os
salvos quanto os ímpios, assim também não estamos imunes à doença. Jesus cura
os enfermos, este é um sinal de que venceu a morte e o inferno, de que é o
Salvador do mundo, mas daí a se dizer que todo salvo não fica doente há uma
grande distância.
III. O DOM DE
OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1Co 12:10)
1. O Dom de Operação
de Maravilhas. “e a outro, a operação de maravilhas”
(1Co 12:10). São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder
de Deus. São fatos que fogem à explicação das leis naturais. São ocorrências
difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas.
Por isso, os sinais e maravilhas são uma demonstração de que Deus criou o
mundo, não se confunde com a sua criação e, além disso, participa desta
criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo
estabelecidas, quando isto é da sua vontade e atende aos seus sublimes
propósitos.
2. Exemplos bíblicos. Através deste dom Deus opera: Algo sobrenatural (2Rs
4:1-7 – Eliseu multiplica o azeite da
viúva); Algo que vai contra todas as leis da natureza (2Rs
4:32-37 – A ressurreição do filho da
sunamita); Algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs
6:1-7 – Eliseu faz flutuar o ferro de
um machado); Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano,
capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal (Josué 10:12-13 – Josué ora e Deus prolonga a luz do dia).
Mais exemplos:
Elias multiplica o azeite da viúva de
Sarepta (1Rs 17:13-16); a
transformação da água em vinho (João 2:7-11); a ressurreição de Lázaro (João
11.39-44); a multiplicação dos pães(Mt
14:19-21). A ressurreição é um
exemplo poderoso de operação de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo
já está morto. O expelir demônios
também é um exemplo de operação de maravilha.
Filipe - A Bíblia diz que pela instrumentalidade de Filipe Deus operava grandes maravilhas (Atos 8:6,13). Paulo
- A Bíblia ressalta que “Deus,
pelas mãos de Paulo, fazia
maravilhas extraordinárias”(Atos 19:11).
3. D diferença entre os Dons de Curar e o Dom de
Operação de Maravilhas. Enquanto o primeiro
estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a
esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora
algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a
perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.
4. O cuidado com a supervalorização dos milagres. Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do
seu povo santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais e
maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para
esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para a orientação de
Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como
se estes fossem o marco regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma
postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas
precisam aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a
Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles
que seguem a Palavra de Deus, e não os que creem seguem os milagres.
Afirma o pr.
Elinaldo Renovato: “O cristão não tem autorização divina para ‘decretar’,
‘determinar’ ou ‘exigir’ a cura de enfermos. A nossa relação com Deus não se dá
em forma de barganha”. Diz mais: “Quem opera os sinais e as maravilhas é o
Senhor, não o homem. Toda ação decorrente dos dons vem do Espírito Santo e, por
isso, não podemos agendar dias nem marcar horários para sua operação”. Concordo
com ele.
CONCLUSÃO
Jesus quer continuar
a confirmar a sua obra por meio de nós através dos Dons Espirituais de Poder.
Estes Dons não cessaram, continuam disponíveis à Igreja, pois a pregação do
Evangelho só vai cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos
diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso
corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos uma vida de consagração a
Deus, uma vida de santificação. O Senhor nosso Deus usa vasos
limpos, ou purificados pelo sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito
de Deus o use. Amém!
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Elaboração: Luciano
de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.
1Corintios
(como resolver conflitos na Igreja) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.
Comentário
Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald. Mundo Cristão.
Os
Dons do Espírito Santo – Dr. Caramuru Afonso Francisco. PortalEBD.
(1) Dons Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e
aos homens com poder extraordinário) – Elinaldo Renovato. CPAD.
MUITO BOM.
ResponderExcluirPR. PARABÉNS DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO , E QUE O SENHOR JESUS DERRAME UMA BENÇÃO DE CURA SOBRE OS OLHOS DE MEU IRMÃO PARA QUE POSSAS SER CURADO EM NOME DE JESUS. POIS AINDA E MUITO CEDO, PARA UM DIA PARA TÃO GRANDE OBRA. DEUS TE CONDEDA A PAZ E A BENÇÃO SOBRE TUA VIDA..
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