domingo, 1 de junho de 2014

AULA 10 – O MINISTÉRIO DE MESTRE


2º Trimestre/2014

 
Texto Base: Mateus 7:28,29; Atos 13:1; Romanos 12:6,7; Tiago 3:1

 

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: [...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12:6,7)

 

INTRODUÇÃO


O termo “mestre”, que aparece em Efésios 4:11, significa literalmente ensinador, isto é, aquele que ensina segundo os processos e métodos didáticos, apelando para as faculdades lógicas da mente, da razão, inspirado pelo Espírito Santo.  O Dom Ministerial de Mestre - ou o Dom de Ensino - é concedido por Deus a alguns de seus servos, que são vocacionados por Ele e capacitados pelo Espírito Santo, tendo como objetivo, por meio deles, instruir o rebanho do Senhor e defender a fé cristã contra os inimigos da Igreja. Não é dotação natural de conhecimento da letra, nem habilidade natural de professores e mestres de Escola Bíblica Dominical, colégios e faculdades; é uma aptidão do Espírito àqueles que são chamados para o exercício do Ministério de Ensino.

I. JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA


Se houve um título que Jesus sempre aceitou foi o de Mestre (João 13:13). O ensino foi um dos pilares de todo o Seu ministério terreno. Foi Ele quem ordenou aos discípulos: "Ide, ensinai todas as nações [...] ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28:19, 20).

Jesus foi o maior Mestre que já viveu. Como Filho de Deus Sua missão era instruir aos outros como conhecer a Deus. Sua mensagem principal era que Deus queria nos amar e nos conhecer. Ele ensinava enquanto andava com os seus seguidores. “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas...”(Mt 4:23). Ele ensinou em praias, em montes, em casas, caminhando, em sinagogas e no templo. Os métodos foram os mais variados, mas Ele preferia usar uma história ou uma parábola, isto é, as coisas simples e usuais do cotidiano. Na terra, Ele era o Mestre por excelência. Lucas, ao sintetizar o ministério terreno de Jesus, no início do livro de Atos dos Apóstolos, disse que Jesus, na terra, veio “fazer e ensinar” (At 1:1).

1. Jesus era o Mestre por Excelência porque ensinava com inteligência espiritual. Jesus dava às Escrituras o sentido divino, porque o Espírito de Deus nEle estava. As palavras que saíam de sua boca eram “palavras de graça”, ou seja, palavras que vinham com poder, como resultado de uma intimidade entre Deus e o ensinador. É neste ponto que se revela a inteligência de Jesus, uma inteligência que, seguindo os padrões atuais dos estudiosos, poderiam denominar de “inteligência espiritual”.

Ainda hoje, pessoas, como Jesus, que não frequentaram grandes universidades, nem ostentam títulos acadêmicos, nem tampouco são “doutoras em divindade”, são capazes de ministrar estudos profundíssimos, extraindo riquezas do texto bíblico, porque são dotadas de “inteligência espiritual”, ou seja, têm a unção do Espírito Santo, estão envoltas pelo Espírito de Deus e, por isso, compreendem as coisas espirituais, podendo nos transmitir o que o Senhor tem deixado em sua Palavra.

2. Jesus era o Mestre por Excelência porque ensinava com “autoridade”(Mt 7:29). Jesus apresentava um poderoso fator que distinguia o seu ensino de todos os outros mestres de seu tempo: ensinava com autoridade. O que causava admiração nas pessoas não era o que Jesus ensinava, pois a maioria dos seus ensinos já era do conhecimento do povo, mas o fato de que Ele, ao contrário dos escribas e fariseus, tinha um testemunho de vida condizente com o que ensinava. Jesus vivia o que ensinava - o grande diferencial entre seu ensino e o dos demais mestres; daí porque seu ensino tinha “autoridade”. Uma das grandes características dos ensinos religiosos dos dias de Jesus era, precisamente, a dissintonia entre o que era falado e o que era vivido. A maior crítica que Jesus fez aos fariseus, tidos e havidos como os “mais santos” do período era o fato de que ensinavam, mas não viviam o que ensinavam (ler Mt 23:3,4). Jesus, ao contrário, primeiro praticou para depois ensinar (At 1:1) e, por isso, seu ensino tinha autoridade. Só Ele cumpriu a Lei (Mt 23:8,10).

3. Jesus era o Mestre por Excelência porque o seu ensino era acessível a todo povo. Ao contrário dos “sabichões” da sua época e dos nossos dias, não queria demonstrar conhecimento, mas tinha por missão fazer com que Deus fosse compreendido pelo povo. Utilizando-se de circunstâncias da vida de seus ouvintes, permitia-lhes enxergar as “coisas de cima”, as realidades espirituais que, se fossem ensinadas em sua profundidade e dificuldade, estariam acima da capacidade de qualquer doutor, como Jesus deixou claro em seu diálogo com o “mestre de Israel” Nicodemos (João 3:9-12).

4. Jesus era o Mestre por Excelência porque usava uma linguagem acessível, universal. Nunca Jesus fez uso de histórias fantasiosas, de coisas complexas, de enigmas que exigissem capacidade invulgar para decifrá-los. Ele ensinava por Parábolas, ou seja, Ele revelava verdades desconhecidas com base em verdades e fatos conhecidos; eram histórias retiradas do cotidiano, do dia-a-dia dos seus contemporâneos, cuja profundidade é mostrada com elementos absolutamente triviais e simples. Ele usava figuras, ou pessoas que todo povo conhecia, tal como a figura de um Semeador que saiu a semear; da Semente que caiu na boa ou na terra ruim; de um Pastor que perdeu uma ovelha; de um Filho que abandonou a casa de seu pai; de uma Moeda perdida por uma mulher; de um Vestido novo que não podia ser remendado com pano velho; de um Pescador jogando sua rede para pescar; de um Construtor que construiu sua casa sobre a areia. Eram dezenas de historias e de figuras sobejamente conhecidas. Isto é uma eloquente demonstração da “simplicidade que há em Cristo” (2Co 11:3).

Ao contemplarmos este modelo de ensino de Jesus, devemos sempre lembrar que na igreja o ministério do ensino deve ser exercido com simplicidade, pois não será a complicação, a erudição excessiva que conferirá profundidade ao ensino, e as parábolas são a prova disto. A mensagem do Evangelho é para todo o mundo, para toda a criatura (Mc 16:15) e, por isso, temos de usar de uma linguagem facilmente acessível, universal, como eram as parábolas.

5. Jesus era o Mestre por Excelência porque ensinava pelo exemplo. O exemplo é essencial para que o ensino tenha eficácia, e Jesus foi, em todos os aspectos, um exemplo como Mestre, demonstrando na prática as verdades que anunciava. Quando lavou os pés dos discípulos, demonstrou a grandeza do serviço humilde, pois apenas os escravos lavavam os pés daqueles que chegavam de viagem nas estradas poeirentas da Palestina. Quando confrontado por seus inimigos em relação ao pagamento de tributos, pegou uma moeda e deu-lhes uma lição importante acerca do respeito ao Estado. César Moisés Carvalho, pedagogo e autor do livro Marketing para a Escola Dominical, editada pela CPAD, disse certa vez que o problema de muitos cristãos de nossos dias não é a ortodoxia – saber fazer o que é certo à luz da Bíblia -, e sim a ortopraxia – viver aquilo que sabemos ser o certo à luz da Bíblia. Aqui reside um dos maiores desafios para os que se dedicam ao ensino.

6. Jesus é o Mestre por Excelência porque o seu ensino é completo, ou seja, não se pode acrescentar coisa alguma ao que Ele ensinou. O que foi ensinado e registrado nas Escrituras não pode mais ser acrescido nem tampouco diminuído. Tanto assim é que o Espírito Santo tem por tarefa tão somente nos fazer lembrar o que foi ensinado pelo Senhor Jesus (João 14:26; 16:13-15) - ou seja, não ensina coisas novas -, mas tão somente nos revela o que foi ensinado. Por isso, não podemos permitir “novos ensinos”, “novas doutrinas”, inovações que nada mais são que “doutrinas de homens” (Cl 2:22) ou “doutrinas de demônios” (1Tm 4:1), trazidos por pessoas que querem nos desviar do verdadeiro e único Mestre: Jesus Cristo. Por isso, não podemos crer nestas invenções, uma das principais características dos dias que antecedem à vinda do Senhor (Mt 24:4,5,11,23-26).

II. O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO


Na igreja do primeiro século da era cristã, o Ministério de Mestre incluía não só o ensino aos discípulos, mas também a defesa da Palavra diante dos adversários da fé cristã. Estas duas esferas de atuação faziam parte do ministério da liderança didática, objetivando o cumprimento da Grande Comissão: “Ide... pregai o evangelho... fazei discípulos... ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei...” (Mt 28:19,20).

1. Uma ordem de Jesus. Ensinar é um imperativo de Jesus; faz parte da Grande Comissão: "Ide, ensinai todas as nações [...] ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28:19, 20). Portanto, a Comissão vai além de evangelismo; fazer prosélitos e deixá-los cuidar de si mesmos não é o bastante. Eles devem ser ensinados a obedecer aos mandamentos de Cristo como delineados no Novo Testamento. A essência do discipulado é tornar-se como o Mestre, e isso somente é conseguido por ensinamentos sistemáticos da Palavra e submissão à mesma.

Paulo, ao instruir Timóteo acerca do seu ministério, ordena: - “... aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino”(1Tm 4:13). - “Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino” (2Tm 4:2).  - “É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar”(1Tm 3:2). 

2. A doutrina dos apóstolos. A primeira nota característica que se escreve a respeito da Igreja Primitiva, a partir do dia de Pentecostes, foi o fato de que “perseveravam na doutrina dos apóstolos”(At 2:42). Essa “doutrina” eram os ensinamentos inspirados dos apóstolos, transmitidos incialmente de forma oral e, hoje, preservados no Novo Testamento. Foi fundamentada nessa doutrina bíblica que a Igreja primitiva em apenas três anos chegou aos pontos mais distantes do Império Romano (Rm 1:8). Qual o segredo? O segredo foi que eles estavam consolidados no ensino da Palavra de Deus, mantinham-se firmes “na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Em cada alma havia temor e reverência. E muitas maravilhas eram operadas pelo Senhor através deles (At 2:42-47). A preocupação dos apóstolos era orar e ensinar a Palavra de Deus à igreja, ou seja, dar doutrina (At 6:2,4). E os líderes atuais o que dizem sobre isso?

3. Ensinamento persistente. No início da Igreja o ensino das Escrituras Sagradas era persistente e sistemático. O povo era desejoso pelo alimento espiritual e os apóstolos eram constantes e incansáveis no mistério de ensino. Depreendemos isso do próprio texto sagrado: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar...” (At 5:42).

Paulo não mediu tempo para ensinar, instruir os crentes da igreja primitiva. Ele foi um exemplo de dedicação e persistência no ensino das Escrituras. Ele disse: “como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas(At 20:20). Em Trôade, ministrou aos irmãos até altas horas – “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos como o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia seguinte, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”(At 20:7,8). Nem o incidente que aconteceu com o jovem Êutico lhe arrefeceu o entusiasmo e o ardor doutrinário – “Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva”(At 20:11). O ardor pelo ensino também aconteceu em Antioquia  - “todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente”(At 11:26). Também em Corinto Paulo permaneceu “um ano e seis meses, ensinando entre eles a Palavra de Deus”(At 18:11b).

Pedro também era persistente e insistente no ensino: “Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade”(2Pe 1:12). Ele sabia que os crentes aos quais a sua carta foi enviada já possuíam certeza dos ensinos fundamentais, porém dava instrução contínua. Pedro sabia que em breve partiria para a glória(2Pe 1:14); seu desejo era que, após a sua partida para estar com o Senhor, o ensino bíblico estivesse na mente de todos(2Pe 1:15).

Ah se todos os líderes fossem como esses homens de Deus do princípio da Igreja! Creio que milhares de pessoas não deixariam o caminho da verdade! A Bíblia diz que o conhecimento é vital. O Israel do Antigo Testamento se apostatou da fé em Deus porque deixou os caminhos do Senhor, porque deixou de conhecer a Jeová. Por causa disso o Senhor destruiu Israel espalhando-o por todo o mundo. O Senhor lamentou essa situação: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento”(Oseias 4:6). E conhecimento não se adquire sem um ensino persistente e inspirado pelo Espírito Santo. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário.

III. A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE


O conhecimento das verdades bíblicas fundamentais é uma necessidade para a vida de qualquer cristão. A falta de conhecimento destas verdades foi apontada pelo autor da Epístola aos Hebreus como um dos motivos pelos quais aqueles crentes corriam o risco de apostatar da fé (Hb 5:12-6:2), numa repetição do que já havia afirmado o profeta Oséias, que denunciou que o motivo da destruição do Reino do Norte (o reino de Israel), se deu pela falta que o povo tinha de conhecimento das coisas de Deus.

1. Uma necessidade urgente da Igreja. Como já foi dito acima, no princípio da Igreja, o Ministério de Mestre atuava prioritariamente em duas esferas: o ensino aos discípulos e a defesa da Palavra diante dos adversários da fé cristã. A narrativa do texto de Atos 13:1,2 sugere que os mestres atuavam junto com os “profetas” e “apóstolos”. Eram capacitados para descobrir, coletar, analisar, formular informações e ideias essenciais para a edificação da igreja, em razão de sua vocação carismática para uma profunda percepção da verdade divina, podendo auxiliar no discernimento se um determinado comportamento ou palavra que supostamente fosse atribuído a Deus seria originado das esferas divina, humana ou satânica.

Hoje, também, o Dom Ministerial de Mestre é sobremodo importante na igreja, como o era antes, por causa da expansão da doutrina de homens que proliferam as igrejas locais. O Espírito Santo segue capacitando, sobrenaturalmente, pessoas para ensinar a Verdade aos filhos de Deus. Como qualquer outro Dom Ministerial, a pessoa chamada por Deus para ensinar deve apresentar-se a Deus aprovado, cheio do Espírito Santo e fé, conhecedor das Escrituras e como um trabalhador que não tem do que se envergonhar (1Tm 3: 2). As Escrituras afirmam que o povo de Deus perece por falta de conhecimento (Oséias 4:6). A fé vem pela pregação da Palavra de Cristo (Rm 10:17), enquanto o conhecimento vem pelo ensino.

2. A responsabilidade de um discipulado contínuo. O ensino da Palavra de Deus, na igreja local, é indispensável e de fundamental importância, por isso deve ser contínuo. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos, mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições bíblicas. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou por tempo de serviço. O discipulado cristão é para toda a vida! Na igreja do primeiro século o exercício deste ministério era contínuo; diz o texto bíblico: "E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar..." (At 5:42). Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2Pe 3:18).

3. Requisitos necessários ao mestre. Apresentamos alguns requisitos importantes para a igreja reconhecer pessoas com o dom ministerial de mestre:

a) Demonstra interesse em aprender. Para quem quer ser mestre, o aprendizado é indispensável. O homem é um ser educável e nunca acaba de aprender. Aprendemos com os livros; com nossos alunos; aprendemos enquanto ensinamos. Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. Devemos primeiro aprender para depois ensinar. Jesus só mandou seus discípulos ensinarem, depois que com Ele haviam aprendido mais de três anos. O apóstolo Paulo determinou que os que fossem escolhidos para ser obreiros deveriam ser “aptos para ensinar” (1Tm 3:2), ou seja, que, antes, tenham aprendido. No entanto, nos dias difíceis em que vivemos, muitos querem ensinar sem nunca terem sido alunos.

b) É dedicado ao ensino da Palavra de Deus. O vocacionado tem dedicação (esmero); é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-la. “...se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12:7. ARC) ou “... o que ensina, esmere-se no fazê-lo" (Rm 12:7. ARA). Esmero significa integralidade de tempo no Ministério - estar com a mente, o coração e a vida nesse Ministério. Ser mestre é diferente de ocupar o cargo de mestre.

c) Sabe o que ensina e como ensinar. Em Romanos 2:21 está escrito: “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?”. De acordo com Myer Pearlman, o professor não pode compartilhar o que não compreende, nem pode falar com autoridade se não tiver um conhecimento completo da matéria que ensina. Se você tem a intenção de entregar-se à dura tarefa de ensinar, estude sem cessar, leia com diligência acerca de tudo o que a Palavra de Deus ensina em diversos níveis, e faça um estudo sistemático das Escrituras.

d) Conhece bem a Bíblia, tem preparo intelectual. Em 2Timóteo 2:15 está escrito que devemos procurar, isto é, nos esforçarmos ao máximo para nos apresentarmos a Deus aprovados, como obreiros que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade. “Maneja”, aqui, denota “saber dividir”, como um profissional que, com perícia, utiliza a sua ferramenta de trabalho. Além do conhecimento bíblico, o mestre deve estar inteirado com o conhecimento secular. O avanço das ciências, das tecnologias, as mudanças rápidas no comportamento social provocam questões que exigem, não só o conhecimento bíblico e teológico, mas também secular.

e) Demonstra humildade. O mestre ou ensinador precisa ter o cuidado de não se considerar superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, modéstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por Deus de mais capacidade para se dedicarem ao ensino.

f) É exemplo para os seus alunos. “Assim falai, assim procedei (Tg 2:12). Na escola secular, o professor pode ser um mero transmissor de conhecimentos. Na igreja é diferente: o professor tem que ser didático e exemplar. Ensinar não é passar conhecimento simplesmente por meio de uma aula expositiva. É muito mais do que isso. Uma lição fica completa quando existe coerência entre o que é “falado” e o que é “vivido”. Pense nisso! Amém?

CONCLUSÃO


O Dom Ministerial de Mestre é de fundamental importância em todas as igrejas. Ao lado dos dons espirituais de revelação e dos outros dons ministeriais contribui para o fortalecimento da fé cristã, para o aperfeiçoamento e edificação dos crentes - novos convertidos ou não. Ser mestre não é sinal de superioridade diante dos que não possuem este Dom. Significa mais responsabilidade diante de Deus. Tiago exorta: “meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo" (Tg 3:1).

--------

Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.

William Macdonald - Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão.

Pr. Elinaldo Renovato -  Dons Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário). CPAD.

Efésios (Igreja, noiva gloriosa) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

Wayne Grudem - Teologia Sistemática. Vida Nova.

Carlos Alberto R. de Araújo – A Igreja dos Apóstolos. CPAD

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário