2ºTrimestre/2015
Texto Base: Lucas 8:1-3
“E também algumas mulheres que haviam
sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades... e muitas outras que o
serviam com suas fazendas” (Lc 8:2,3).
INTRODUÇÃO
Lucas 8:1-3 descreve que um grupo de
mulheres, de forma desinteressada, ajudou Jesus em seu ministério
evangelístico. É muito possível que a hostilidade cada vez maior da parte da
instituição das sinagogas tivesse levado Jesus a concentrar-se em pregar e
ensinar ao ar livre (Lc 8:1). Nessa ocasião, foi acompanhado pelos Doze e por
algumas mulheres as quais curara. Lucas cita o nome de algumas delas, mas ele
mesmo diz que havia muitas outras, que lhe prestavam assistência com os seus
bens (Lc 8:3). Estas mulheres correspondiam em amor e gratidão aquilo que Jesus
fizera para elas (cf. Mc 15:40,41). Elas não se sentiram constrangidas a
renunciar os seus bens para servir ao Senhor. O fato de um grupo e mulheres
serem citadas como seguidoras de Jesus mostra que a missão do Filho do Homem
não se limitou aos excluídos economicamente, mas também àquelas pessoas que
haviam sido excluídas socialmente.
I. JESUS, JUDAÍSMO E AS MULHERES
1. A presença feminina no ministério de
Jesus.. As mulheres sempre estiveram ao lado do Senhor Jesus.
Desde o seu nascimento, elas o acompanhavam. Quando Ele foi apresentado no
templo, a Bíblia relata que ali estava a profetisa Ana, segundo registro de
Lucas 2:36-38.
Elas o serviam: “Então Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito
preço, ungiu os pós de Jesus e enxugou-lhe com os cabelos; e encheu-se a casa
do cheiro do unguento” (João 12:3).
Elas
contribuíam com suas ofertas: “… e também o seguiam algumas mulheres que haviam sido curadas de
espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram
sete demônios; Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas
outras que o serviam com suas fazendas” (Lc 8:2-3).
Elas
estavam presentes na sua morte e também na sua ressurreição -
Mateus 27:55,56 relata: “Estavam ali,
olhando de longe, muitas mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, para o
servir. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José e mãe
dos filhos de Zebedeu”.
Foi
a uma mulher que Jesus apareceu pela primeira vez após a ressurreição: “Disse-lhe Jesus: Maria. Ela, voltando-se,
disse-lhe: Mestre... Maria foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor”
(João 20:15-18).
Portanto, a presença feminina no ministério
de Jesus é indubitável.
2.
Jesus valorizou as mulheres. Os rabinos recusavam-se a
ensinar as mulheres, e geralmente lhes atribuíam um lugar de inferioridade. Nos
cultos da sinagoga só os homens tinham permissão de participar plenamente. Nem
mesmo lhe era permitido aparecer em público descoberta, sendo dessa forma
impossível ver a sua fisionomia. A mulher não tinha voz nem rosto. Até hoje, a
tradição rabínica não permite que as mulheres se "apossem" de um rolo
da Torá (Livro da Lei) para orarem junto ao lugar mais sagrado para o judaísmo
- o Muro das Lamentações. Todavia, Jesus veio para mudar tudo isso. Na verdade,
Jesus promoveu uma verdadeira inversão de valores naqueles dias. O objeto
passou a ser sujeito. Ele livremente admitia as mulheres à comunhão e aceitava
o serviço delas, como se vê no registro de Lucas 8:1-3. Aqui, Lucas quis
mostrar que o cristianismo rompeu com a prática do judaísmo, que afastava as
mulheres dos assuntos religiosos.
João 4:5-42 descreve o diálogo de Jesus com
a mulher samaritana. Ela era uma pessoa que tinha tudo para ser relegada ao
desprezo. Além de pagã, essa mulher (inimiga dos judeus) tinha uma vida
totalmente desregrada. Ao acolher a samaritana, naquelas condições, Jesus abriu
caminho para que ela pregasse o seu Evangelho ao povo a que ela pertencia, o
que pode ser visto em João 4:26-29 - “Deixou,
pois, a mulher o seu cântaro e foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde e vê
um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade e foram com ter com ele”. É interessante
constatarmos que as pessoas que são libertas, que são salvas por Jesus,
transformam-se em seguidoras dEle; em proclamadoras do reino de Deus, usando os
recursos que tem em suas mãos. Você se sente liberto por Jesus? Você tem
seguido a Jesus de forma secreta ou pública? Está comprometida com a expansão
do reino de Deus?
II. MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA
OBEDECER
1. Maria, a mãe do Salvador.
Ser a mãe do Salvador era o desejo de qualquer mulher israelita. O povo
esperava um Messias da linhagem de Davi, porém um Messias ditatorial,
guerreiro, libertador, déspota, invencível, mas nunca jamais imaginaram vir o
Messias de alguma cidade da Galiléia, a Galiléia dos Gentios (Mt 4:15),
principalmente de uma família pobre de Nazaré. O povo de Jerusalém desdenhava
os judeus da Galiléia e dizia que eles não eram puros, em virtude do seu
contato com os gentios. Eles especialmente desprezavam os habitantes de Nazaré
(João 1:45,46), mas Deus, em sua graça, escolheu uma jovem pobre, da pequena
cidade de Nazaré, na pobre região da Galiléia, para ser a mãe do Messias
prometido. Essa escolha teve sua origem na graça de Deus e não em qualquer
mérito dela. Deus não chama as pessoas porque são especiais, mas elas se tornam
especiais porque Deus as chama.
Quando o anjo aparece a Maria, pela primeira
vez, quando da escolha para ser a mãe do Salvador ele diz: “...Salve, agraciada; o Senhor é contigo” (Lc
1:28). Agraciada significa favorecida, não merecedora, pois graça significa
favor não merecido. Observe, também, que a mensagem do anjo estava na criança,
e não em Maria. O Filho seria grande, não ela (Lc 1:31-33). O nome da criança
resumia o propósito do seu nascimento. Ele seria o Salvador do mundo (Lc 1:31;
Mt 1:21). O anjo revela a Maria que a concepção seria um milagre. Disse-lhe o
anjo: “Virá sobre ti o Espírito Santo, e
o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer
será chamado santo, Filho de Deus” (Lc 1:35).
De todos os úteros da terra, o útero de
Maria foi escolhido para ser o ninho que ternamente acalentaria o Filho de Deus
feito homem. A serva de Deus, Maria, se apresenta, bate continência ao Senhor
dos Exércitos e se coloca às suas ordens: “Disse
então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra” (Lc 1:38). Ela se entrega por completo, sem reservas ao Senhor.
Ela está pronta a obedecer e oferecer sua vida, seu ventre, sua alma, seus
sonhos ao Senhor. Ela está disponível para Deus. Ela está pronta a sofrer
riscos, a desistir dos seus anseios em favor dos propósitos de Deus. Ela está
pronta a ser uma sócia de Deus, não uma igual com Deus, mas uma serva. Ela diz:
“cumpra-se em mim conforme a tua palavra”. Estes termos mostram que ela estava
disponível para Deus.
Maria arriscou
tremendo reveses em sua vida quando se propôs em fazer a vontade de Deus: ser a
Mãe do Salvador do mundo, o Messias.
- Risco
de censuras do povo. Ao aparecer grávida na cidade de Nazaré
Maria estava exposta às mais aviltantes censuras, haja vista que o anjo
apareceu somente a ela, e não ao povo de um modo geral. Imagine explicar uma
gravidez, não explicável, para sua família! Maria passou um tempo da sua vida
sob uma nuvem de suspeita por parte da família e dos vizinhos.
-
Risco de ser abandonada pelo seu noivo, José, por não acreditar em sua gravidez
milagrosa. Já que assumiu o compromisso de obedecer a Deus, como
enfrentar o homem que amava e lhe dizer que estava grávida e que ele não seria
o pai? Certamente, não foi fácil! Mas ela estava disposta a sofrer o desprezo e
a solidão. Na verdade, José não acreditou em Maria, pois resolveu abandoná-la (Mt
1:19). Mas, o anjo apareceu para ele e lhe contou a verdade e ele creu na
mensagem do anjo e nas palavras de Maria (Mt 1:20). A Bíblia não registra
nenhuma palavra direta de José. Ele simplesmente obedeceu.
- Risco
de ser apedrejada em público. O risco de Maria ser
apedrejada era enorme, pois esse era o castigo para uma mulher adúltera. Como
ela já estava comprometida com José (Mt 1:19), ele poderia, com base nos
ditames da Lei Mosaica, mandar apedrejá-la. A Lei era enfática: “Se houver moça virgem desposada e um homem a
achar na cidade, e se deitar com ela, trareis ambos à porta daquela cidade, e
os apedrejareis até que morram: a moça, porquanto não gritou na cidade, e o
homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo. Assim exterminarás o mal do
meio de ti” (Dt 22:23,24). Percebe-se que Maria dispôs-se a pagar um alto
preço por sua obediência ao projeto de Deus. Maria era uma jovem pobre, agora
grávida, com o risco de ser abandonada pelo noivo e apedrejada pelo povo. Mas
ela não abre mão de ir até o fim, de lutar até a morte, de sofrer todas as
estigmatizações possíveis para cumprir o projeto de Deus.
2.
Isabel, a mãe do precursor. Em uma sociedade como a
israelita, em que o valor de uma mulher era largamente medido por sua
capacidade de gerar filhos, não ter um filho frequentemente levava ao
sofrimento pessoal e à vergonha pública. Para Isabel, avançar em idade sem ter
filhos foi doloroso e solitário, mas ela permaneceu fiel a Deus.
Em Lucas 1:6 lemos o seguinte a respeito de
Zacarias e Isabel: “Ambos eram justos
diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos
do Senhor. Eles estavam em comunhão com Deus”. Eles oravam constantemente
por um filho, e a oração desse casal foi ouvida. Disse o anjo a Zacarias: - “Isabel tua mulher, te dará à luz um filho, a
quem darás o nome de João” (Lc 1:13). Quando o seu bebê nasceu Isabel
insistiu em dar-lhe o nome ordenado por Deus: João. Ao concordar, Zacarias
voltou a falar, e todos na cidade se perguntaram o que aquela criança tão
especial se tornaria. Isabel sussurrava seu louvor a Deus ao cuidar do presente
que recebera dEle. As coisas aconteceram muito melhor do que ela poderia
planejar.
Assim como Maria, Isabel foi uma mulher
muito especial. Ela não mostrou dúvida alguma sobre a capacidade que Deus tem
de cumprir as suas promessas. Ela foi obediente e sua obediência foi recompensada.
Nós também precisamos nos lembrar de que
Deus está no controle de todas as situações. Quando você parou pela ultima vez
para reconhecer a providencia de Deus nos acontecimentos de sua vida?
III. MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA
SERVIR
1. Mulheres servas. As
mulheres aparecem com frequência no Evangelho de Lucas a serviço do Mestre. O
próprio texto base desta Aula (Lc 8:1-3) demonstra isso, tendo como principal
destaque Maria Madalena. Elas serviam ao Senhor com pleno amor, devoção e como
expressão de gratidão. Mas quero aqui destacar uma mulher que serviu ao Senhor
com aquilo que ela mais sabia e podia fazer. Estou falando da sogra de Pedro.
Certa feita, Jesus foi à casa de Pedro e chegando lá estava a sogra de Pedro
com febre. Jesus expulsou a febre como se fosse um espírito maligno (Lc
4:38,39). E qual foi o resultado de uma vida livre do mal? A sogra de Pedro se
levantou e começou a servi-los. Ela serviu a Jesus e aos que estavam com Ele.
Essa mulher, certamente idosa, se dispôs a servir a Jesus servindo os outros.
Ela se tornou um exemplo para nós. Quando queremos servir e trabalhar por
Jesus, sem dúvida temos que agir de modo prático, e a prática é ajudar os
outros; é participar do projeto de Jesus de anunciar as boas-novas de
libertação, mesmo sem estar na linha de frente anunciando o evangelho.
A sogra de Pedro passou imediatamente a
servi-los quando foi curada. Com o que sabia fazer ela serviu. Você tem
colocado diante do Senhor os seus dons, as suas habilidades e capacidades para
ajudar a proclamar as boas-novas do reino? Você não precisa ser um missionário,
um pastor ou um professor de teologia. Não! Com o que Deus lhe tem dado você
pode servir. Ele quer que você multiplique os talentos que lhe concedeu! É isso
que deve acontecer com a vida de cada um que é tocado pela mão poderosa de
Jesus.
2.
Mulheres abnegadas. É difícil destacar uma só mulher que
não serviu ao Senhor de forma desinteressada. A abnegação era uma
característica marcante nas mulheres que serviam ao Senhor Jesus. Mas quero aqui
destacar a atitude de mulher, que é registrado apenas por Lucas: trata-se da
mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus por ocasião de uma refeição na casa
de um fariseu chamado de Simão (Lc 7:36-50). Uma refeição tal qual aquela que
Jesus estava participando não era particular. As pessoas podiam entrar e ver o
que estava acontecendo. Entretanto, uma prostituta não seria benvinda na casa
de Simão, de modo que exigia coragem chegar até lá. A mulher levou um vaso de
alabastro com unguento. Muitas mulheres judias usavam um pequeno frasco de
perfume em um cordão ao redor do pescoço. Este vaso com unguento deve ter sido
um grande valor para esta mulher.
Embora a mulher não fosse uma convidada,
ainda assim ela entrou na casa e ajoelhou-se por detrás de Jesus, aos seus pés.
As pessoas estavam reclinadas para comer, de modo que a mulher ungiu os pés de
Jesus sem aproximar-se da mesa. Ela começou a chorar, e a regar-lhe os pés com
lágrimas, e os enxugou com os cabelos. Esta mulher compreendeu que Jesus era
muito especial. Talvez ela, como uma pecadora, tivesse vindo a Jesus com grande
tristeza pelos seus pecados. Ela pode ter vindo a Jesus agradecida por ter sido
perdoada, e por isto ofereceu a Ele o seu unguento caro, o melhor que ela
tinha. Foi um ato de sacrifício. Lavar os pés de Jesus era um sinal de profunda
humildade – este era o trabalho de um escravo. É uma conjectura razoável que
Jesus fizera esta mulher voltar-se dos seus caminhos pecaminosos, e que tudo
isto era a expressão do amor e da gratidão dela. A gratidão é um sinal da
conversão. Você é grato a Deus por sua salvação?
Algumas deduções são
possíveis a partir desse texto (extraído do livro: Lucas – o Evangelho de
Jesus, o Filho do Homem – pg.79/80):
1.
A mulher pecadora era “cobiçada” pelos homens, mas não se sentia amada por
Deus. Não há dúvida de que essa mulher, sempre disponível
para os homens, sendo cobiçada por eles, não se sentia uma mulher amada. É
somente quando ela encontra o Senhor Jesus que ela de fato vai saber o que é se
sentir realmente amada. Jesus fez com que a mulher pecadora se sentisse
perdoada por Deus.
2.
A mulher pecadora levava consigo um frasco de perfume, mas não conseguia
encobrir o fedor do seu passado. O fariseu que convidou
Jesus, ao observar a cena da mulher ungindo o Senhor, pensou: “Se este fora profeta, bem saberia quem e
qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora”. Pela lei, aquela
mulher de fato era uma pecadora! O fariseu e todos os presentes ali sabiam
disso. Parece que aquela mulher fedia a pecado. Foi somente quando teve o
contado com o Mestre que o seu pecado e consequentemente o seu passado foram
esquecidos diante de Deus. Agora ela não fedia mais a pecado, mas tornara-se o
bom perfume de Cristo (2Co 2.15).
3.
A mulher pecadora vendia o seu corpo, mas não conseguia comprar a paz. O
que de fato essa mulher procurava e buscava com intensidade era encontrar a
paz! Ela tinha os homens à sua volta, ganhava dinheiro com seu corpo, mas não
conseguia encontrar a paz. Jesus mostra-lhe que ser amada por Deus e perdoada
por Ele é o que importa. A paz vem quando o perdão de Deus é derramado em seu
coração.
4.
A mulher pecadora aprendeu que a Lei condena, mas a graça perdoa. A
Lei puniu aquela mulher, a graça a perdoou! A Lei a excluía, a graça a abraçou!
A Lei foi dada através de Moisés, a graça e a verdade vieram através de Jesus
Cristo (João 1.17).
IV. MULHERES COM DISPOSIÇÃO PARA
OFERTAR
A imagem de mulheres viajando com Jesus e
seus discípulos deve ter sido completamente atípica para os rabinos. Estes se
recusavam a ensinar mulheres, porque elas geralmente eram consideradas
inferiores. Jesus, entretanto, elevou as mulheres de uma condição de degradação
e servidão à comunhão e ao serviço a Deus. Ao permitir que estas mulheres
viajassem com Ele, Jesus estava mostrando que todas as pessoas são iguais
diante de Deus. Estas mulheres apoiavam o ministério de Jesus com o seu próprio
dinheiro. Elas tinham uma grande dívida para com Ele porque algumas haviam sido
curadas de espíritos malignos e outras de enfermidades.
Lucas destacou três mulheres: Maria
Madalena – da qual Jesus tinha expulsado sete demônios; Joana
- esposa de Cuza, que era procurador de Herodes (ou administrador). Este
homem, que é mencionado somente em Lucas 8:3, pode ter estado encarregado de
uma propriedade de Herodes Antipas. Joana
é também mencionada em Lucas 24:10 como uma das mulheres que, juntamente
com Maria Madalena, avisou aos discípulos da ressurreição de Jesus; Suzana
- que não é mencionada em nenhuma outra parte das Escrituras, e nada se
sabe a seu respeito. Talvez Lucas tenha destacado estas três mulheres porque
elas podem ter sido conhecidas dos seus leitores. Todas estas mulheres serviam
a Jesus com seus bens, com suas ofertas.
Além
destas mulheres havia muitas outras que, com os seus
próprios recursos, ajudavam Jesus e os seus discípulos. Isto nos dá uma ideia
de como Jesus e seus discípulos tinham suas necessidades satisfeitas. João
13:29 revela que Jesus e os discípulos tinham um fundo comunitário (uma bolsa)
com que compravam comida e davam aos pobres, e que Judas Iscariotes era o
tesoureiro. Essa passagem fala da origem deste fundo. Pessoas como as mulheres
listadas aqui davam dinheiro a Jesus e aos discípulos por gratidão pelo que Jesus
tinha feito a elas. Chamamos isso de gratidão demonstrada. Gratidão demonstrada
com atitudes. Como você tem demonstrado sua gratidão pelos benéficos que Ele
tem feito por você? Há algum bem maior que a Salvação? Creio que não!
CONCLUSÃO
Não há como negar: Jesus valorizou a mulher
como homem algum jamais o fez. Ela deixou de ser objeto para ser sujeito. Lucas
nos mostra que as mulheres tiveram uma participação expressiva na implantação
do Reino de Deus. Na igreja primitiva, o ministério das mulheres foi
amplamente fortalecido. Elas eram dedicadas à obra de Deus e exerciam seus
ministérios com o apoio das lideranças da época. A relação é extensa e inclui,
entre outras, Febe (Rm 16:1-2), Lóide e Eunice (2Tm 1:5), Maria, mãe de João Marcos (At 12:12); Priscila que juntamente com o esposo,
Áquila, passou a doutrina para várias outras pessoas, inclusive para um
intelectual e culto homem de Alexandria chamado Apolo (At 18:26); Lídia (Atos 16), a primeira pessoa
convertida na Europa. A sua casa foi o primeiro local de reuniões das igrejas
na Europa. Todas essas mulheres atuavam nas áreas de ensino, na evangelização,
intercessão e contribuição financeira, com amor e dedicação. São exemplos que
ficam para sempre e nos quais podemos nos espelhar para servir a Deus.
---------
Luciano
de Paula Lourenço - Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista
Ensinador Cristão – nº 62. CPAD.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD
Comentário
Lucas – à Luz do Novo Testamento Grego. A.T. ROBERTSON. CPAD
Guia
do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
John
Vernon McGee. Através da Bíblia – Lucas. RTM.
Leon
L. Morris. Lucas (Introdução e Comentário). VIDA NOVA.
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