domingo, 6 de dezembro de 2015

Aula 11 – MELQUISEDEQUE ABENÇOA ABRAÃO


4º Trimestre/2015

Texto Base: Gênesis 14:12-20

 
“E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra” (Gn 14:19)

 

INTRODUÇÃO

Quando Abraão retorna da renhida batalha para libertar Ló, entra em cena Melquisedeque. Pouco se sabe a respeito desse Ser, que abençoou Abrão e o acolheu com alimentos. Embora pareça que fosse cananeu, servia ao Deus verdadeiro, El Elyon (Deus Altíssimo). Seu nome significa "rei de justiça" e era rei de Salém (paz), isto é, que também era "rei de paz". Considerando que a Bíblia não menciona sua genealogia, seu sacerdócio era singular em sua ordem. Não dependia de sua genealogia, mas de sua nomeação direta por Deus (Salmo 110:4; Hb 7:1-3,11,15-18) e simboliza um sacerdócio perpétuo. Assim, Melquisedeque prefigurava o Rei-sacerdote eterno Jesus Cristo. O autor de Hebreus entende que o fato de Melquisedeque abençoar a Abraão indica que Melquisedeque é maior do que Abraão (Hb 7:7).

I. MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM

Melquisedeque é, no texto sagrado, alguém que não tinha genealogia, ou seja, não tinha estabelecido a sua etnia, a sua origem, sendo apresentado tão somente como rei de Salém. Isto não quer dizer que não fosse uma pessoa que tivesse uma origem, uma família. Não merecem guarida as interpretações que fazem de Melquisedeque um anjo, ou, mesmo, o próprio Jesus numa “aparição teofânica”, porquanto o sacerdote era, antes de tudo, um ser humano e a apresentação de Jesus como “sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque” enfatiza esta humanidade.

1. Rei de Salém (Gn 4:18). Salém é aparentemente um nome antigo para Jerusalém (Sl 76:2). Enquanto rei, Melquisedeque é apresentado como rei de Salém, ou seja, rei de paz, pois este é o significado do nome da cidade por ele governada.

Jesus, enquanto rei, também é assim apresentado: Ele é profetizado como o Príncipe da Paz (Is 9:6); ao nascer é apresentado como Aquele que traz paz aos homens (Lc 2:14); antes de ser separado dos Seus discípulos para sofrer e morrer por nós, deixa a eles a paz (João 14:27); quando se reencontra com os seus discípulos, concede-lhes esta mesma paz (João 20:19). Como disse o apóstolo Paulo, Ele é a nossa paz (Ef 2:14), sendo o Seu evangelho o evangelho da paz (Ef 2:17; 6:15).

2. Sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:18). Melquisedeque (que significa “rei de justiça”) era tanto “rei de Salém” (possivelmente a Jerusalém primitiva), como “sacerdote do Deus Altíssimo”. Ele servia ao único Deus verdadeiro, assim como Abrão. Melquisedeque é um tipo ou figura da realeza e sacerdócio eternos de Jesus Cristo (Sl 110:4; Hb 7:1,3). Melquisedeque é a primeira pessoa que foi chamada de “sacerdote” nas Escrituras Sagradas, sendo um gentio, denominado de “sacerdote do Deus Altíssimo”, que abençoou Abrão e dele recebeu o dízimo de tudo, ou seja, dos despojos da guerra (Gn 14:18-20).

A Bíblia não nos diz como e porque Melquisedeque, que também era rei de Salém, era sacerdote do Deus Altíssimo, Deus este que era o mesmo Deus de Abrão, pois assim foi identificado pelo próprio sacerdote, quando o abençoou. Melquisedeque, portanto, era um sacerdote que servia a Deus, entre as nações, apesar da idolatria reinante, da rejeição a Deus por parte dos gentios.

Como entender que o "Deus Altíssimo" de Melquisedeque era o mesmo Deus de Abrão? Isto nos mostra, com grande clareza, que o discernimento que havia aqui era um discernimento espiritual. O Espírito de Deus testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8:16) e há uma comunhão entre os servos de Deus, de forma que surge uma sintonia tal que culturas, cerimônias, rituais e nomes não são capazes de desfazer. 

3. Figura de Jesus (Gn 4:18) - “rei de Salém...sacerdote do Deus Altíssimo”. A apresentação de Melquisedeque não só enfatiza que ele era um rei, mas também um sacerdote. Desta forma, ele é um tipo de Cristo, que é nosso Profeta, Sacerdote e Rei.

a) enquanto rei, Melquisedeque é apresentado como rei de justiça, pois este é o significado de seu nome (Hb 7:2). Jesus, enquanto rei, também é assim apresentado: Ele é profetizado como o Justo (Is 53:11); ao ser apresentado no templo é mostrado como Aquele que é colocado para queda e elevação de muitos em Israel, ou seja, como o aferidor, o julgador(Lc 2:34); ao ser levado perante as autoridades, nele não é encontrada culpa alguma pelo presidente que ali representava a autoridade de César(João 18:38, At 3:14); enquanto era crucificado, foi reconhecido como inocente por um dos malfeitores(Lc 23:41); bem como quando expirou foi reconhecido como justo (Lc 23:47) e, porque era justo, não pôde ser mantido na sepultura(At 2:24-27) e permanece justo para sempre(1João 3:7).

b) como sacerdote, Melquisedeque trouxe pão e vinho para o ritual da bênção. Jesus, como sacerdote, ofereceu-se a Si mesmo como oferta para satisfação da justiça de Deus - corpo e sangue que são representados, em comemoração, exatamente pelo pão e pelo vinho na igreja até o dia da Sua vinda (1Co 11:26).

c) como sacerdote, Melquisedeque intercedeu por Abrão perante Deus, abençoando-o e reconhecendo sua fidelidade ao Senhor. Jesus, como Sacerdote, intercede pelos transgressores (Is 53:12, 1João 2:1,2), obtém para nós a bênção e aguarda o momento em que nos levará para que com Ele estejamos para sempre (João 14:3).

II. A OCASIÃO DA BÊNÇÃO

“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou” (Hb 7:1).

Abrão conquista grande vitória militar e, por direito, assume uma posição que lhe poderia dar a liderança e a chefia de Canaã, a terra prometida por Deus. Entretanto, Abrão não se deixa levar pelo sentimento humano, nada levando para si, nem poder, nem fama, nem riquezas, contentando-se, tão somente, em desfrutar do reconhecimento divino. Neste passo, é abençoado por um rei, personagem estranho e enigmático, mas que ressalta o caráter devocional da operação militar do patriarca.

1. Objetivo da visita. Depois de uma vitória espetacular, Abraão, já nas imediações de Salém, foi recepcionado por Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 4:18). Melquisedeque celebra a Abraão como guerreiro de Deus e o abençoa. Abraão reconhece Melquisedeque como o legítimo sacerdote e rei de seu Deus.

O objetivo de Melquisedeque outro não era senão o de abençoar a Abrão. Abrão identificou este objetivo daquele rei-sacerdote e aceitou ser por ele abençoado, inclusive reconhecendo a sua supremacia (Gn 14:20). Abraão reverencia Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo, com o dízimo do despojo (cf. Hb 7:4). A prática de se pagar o dízimo ao rei ou a um deus era comum no antigo Oriente Próximo (Gn 28:22; Lv 27:30-33; Nm 18:21-32). O presente de Abraão a Melquisedeque não era, provavelmente, o pagamento do “dízimo do rei” (cf 1Sm 8:15,17), porém, uma oferta que refletia o respeito de Abraão para com Melquisedeque como sacerdote do Deus verdadeiro. O tributo de Quedorlaomer (o rei-líder invasor) é pago como um dízimo ao Senhor. O texto não insinua que Melquisedeque chegasse a coletar seu dízimo, ainda que alguns lhe impinjam essa insinuação.

2. A autoridade de Melquisedeque. A autoridade de Melquisedeque não residia propriamente em sua realeza; fundamentava-se no ofício que exercia. Todos sabiam que, ali, na principal cidade da região, achava-se um homem de Deus. Por seu intermédio, os peregrinos consultavam o Eterno. Até Abraão foi à sua procura, pois sabia que, espiritualmente, havia alguém superior a si. Por intermédio de Abraão, toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer haviam nascido (Hb 7:9). Não resta dúvida de que o sacerdócio de Melquisedeque era diferente do levítico. Este sobressaía-se pelas oferendas cruentas; aquele tinha como essência o sacrifício único e suficiente de Jesus que, na presciência divina, jazia vicariamente morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Não podemos descartar, porém, a imolação de animais, porque, desde Abel, cordeiros e novilhos eram oferecidos ao Senhor, prefigurando a morte do Unigênito Filho de Deus.

3. A simbologia da visita (Gn 14:18) – “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo”.

Segundo o pr. Claudionor de Andrade, o pão e o vinho faziam parte do cardápio oriental; eram alimentos básicos. Mas, agora, o pão e o vinho de Salém adquirem um caráter sacramental. A vitória de Abrão, portanto, será comemorada com uma ceia que se faz santa. Observemos como a narrativa sagrada descreve a celebração: "Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn 14:18).

Observemos a precisão da narrativa bíblica. Melquisedeque traz pão e vinho a Abraão na qualidade de sacerdote, e não como rei de Salém. Era, pois, uma refeição sacramental, não um banquete oficial. Conclui-se que o pão e o vinho ali servidos já prefiguravam o corpo e o sangue de Cristo. Levemos em conta, também, que o sacerdócio de Melquisedeque era superior ao de Levi, porquanto messiânico, eterno e universal. O que isso significa? Acima de tudo, que o pão e o vinho, naquele momento, eram mais adequados do que um cordeiro.

III. A LIÇÃO DE ABRAÃO

Diz o texto sagrado (Gn 14:1-4;11-14):

“1 - E aconteceu, nos dias de Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, 2 - que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Bela (esta é Zoar). 3 - Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o mar de Sal). 4 - Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, mas, ao décimo-terceiro ano, rebelaram-se. 11- E tomaram toda a fazenda de Sodoma e de Gomorra e todo o seu mantimento e foram-se. 12 - Também tomaram a Ló, que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda e foram-se. 13 - Então, veio um que escapara e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão. 14 - Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã”.

O líder desses reis invasores foi Quedorlaomer. Nada se sabe a respeito desse rei, exceto o que temos na Bíblia, mas aparentemente ele era muito poderoso. No tempo de Abrão, a maioria das cidades possuía seus próprios reis, e eram comuns as guerras e rivalidades entre estes. Uma cidade conquistada pagava imposto ao rei vitorioso. Cinco cidades, incluindo Sodoma, haviam pago impostos a Quedorlaomer durante 12 anos (Gn 14:4). Quando as cinco cidades fizeram uma aliança e se negaram a pagar os impostos (Gn 14:4), Quedorlaomer reagiu rapidamente e reconquistou todas elas. Ao derrotar Sodoma, foram capturados Ló, sua família e seus pertences.

Abrão reagiu com fé a invasão dos reis invasores e Deus lhe deu vitória plena. Sua fé e ação, seu caráter, nesse episódio, traze-nos lições preciosas.

1. Fé Ativa e amor fraternal. Ao ser avisado do desastre militar que haviam sofrido as cidades do vale, Abraão armou seus 318 servos, conseguiu a ajuda de seus aliados amorreus e perseguiu os invasores. Abraão arrisca sua vida e fortuna para resgatar o seu sobrinho Ló, o qual foi sequestrado, perdeu suas posses e estava enfrentando escravidão. Abraão recuperou os cativos e o despojo, mediante um ataque de surpresa à noite. Não obstante, o elemento mais importante foi a intervenção de Deus: “bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos” (Gn 14:20).

Nota-se que Abraão, o homem separado do mundo, não era indiferente aos sofrimentos dos que se encontravam ao seu derredor. Estava disposto a proteger seu indigno sobrinho e os de Sodoma. Isto demonstra que os que mantêm uma vida separada da pecaminosidade são os que atuam com mais prontidão e êxito em favor de outros no momento de crise.

2. Rejeitando um reino temporal. Após vencer os exércitos dos reis mesopotâmicos e conquistar os cativos e seu patrimônio, Abrão, pela lógica natural da lei de guerra, tornar-se-ia o novo senhor de Canaã (ou, pelo menos, da parte de Canaã ocupada pelos reis palestinos que haviam lutado contra os reis mesopotâmicos). Entretanto, tal não ocorreu, para surpresa de todos. Abrão não assumiu esta posição que as armas lhe haviam dado nem mesmo quis ter qualquer despojo pela vitória alcançada. Seu objetivo não era outro senão a cidade celestial (Hb 11:14-16).

Dia após dia, também, encontramo-nos em situações de vitória e de glória, em que, após grande esforço, luta e dedicação, alcançamos os objetivos a que nos propusemos. Mas é neste momento que o adversário vem ao nosso encontro, oferecendo-nos a fugaz e passageira glória deste mundo (Mt.4:8,9), que promete nos entregar se tão somente com ele nos comprometermos. Será que temos tido o mesmo desprendimento e a mesma sinceridade de propósitos do patriarca, ou temos sucumbido como tantos outros na história da humanidade?

3. Resistindo à tentação do enriquecimento ilícito (Gn 14:22,23). Obtida a vitória, vem ao encontro de Abrão nada mais, nada menos que o rei de Sodoma, depois que Abrão voltava vitorioso, após ter liquidado seus inimigos. Abrão manteve a sua sobriedade e, quando o rei de Sodoma sai ao seu encontro, recebe-o, como deveria fazer qualquer pessoa civilizada. O rei de Sodoma ofereceu a Abrão todas as riquezas sodomitas, mas ele recusa a sua oferta. Segundo o costume daquele tempo, o libertador guardava para si o despojo quando resgatava do inimigo; mas Abraão não quis que ninguém, exceto Deus, pudesse dizer que o havia enriquecido. Demonstrou que ele não dependia de um rei humano, mas do Rei do Céu a quem havia "levantado a sua mão" -"Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, que desde um fio até a correia de um sapato, não tomarei coisa alguma do que é teu, para que não digas: eu enriqueci a Abrão".

Temos tornado esta expressão do patriarca uma realidade, ou já temos sido enriquecidos pelas benesses e vantagens aparentes do mundo de pecado? Será que não temos tido dores e problemas em nossas vidas por causa do "enriquecimento" proveniente do inimigo? Não nos esqueçamos que a Bíblia não nega que o adversário pode nos trazer riquezas. O que a Bíblia diz é que só as bênçãos do Senhor é que enriquecem e não acrescentam dores (Pv 10:22). Por isso, recusemos todo e qualquer enriquecimento que não provenha de Deus!

4. Discernindo entre o bem e o mal (Gn 14:21). O rei de Sodoma ofereceu a Abrão que ficasse com todas as riquezas sodomitas, mas que lhe entregasse as almas, ou seja, os homens. Aqui verificamos, de pronto, que o interesse do rei de Sodoma era com as pessoas. Ele tratava seus súditos como verdadeira propriedade, como verdadeiros escravos. O rei de Sodoma é, assim, o verdadeiro tipo de nosso adversário, cujo objetivo é matar, roubar e destruir o homem. O diabo odeia o ser humano, quer, a todo custo, destruí-lo e, para tanto, oferece ao homem as fugazes e passageiras riquezas materiais em troca da alma humana.

Abrão, com seu discernimento espiritual, logo percebeu a falácia e o engano na expressão do rei de Sodoma. Se entregasse os homens de Sodoma ao seu rei, que havia, inclusive, fugido da batalha, sem os seus bens, como poderiam estes homens sobreviver? Se deixasse os homens nas mãos do rei de Sodoma, como permitir uma escravidão dura de tantas almas? Abrão foi consciente, colocou a pessoa humana em primeiro plano e não aceitou qualquer comprometimento com Sodoma e sua gente ímpia.

5. Reconhecendo que Deus é o dono de tudo (Gn 14:22). Quando reconhecemos que Deus é o dono de tudo e que nada somos do que simples mordomos, administradores destes bens que pertencem a Deus (Sl 24:1), teremos o mesmo comportamento que teve Abrão. Não era do rei de Sodoma toda aquela fazenda que havia sido recuperada, nem tampouco as vidas humanas que estavam cativas. Eram de Deus. E Deus não as havia dado a Abrão, de forma que o patriarca, que tudo fazia sob a direção divina, não ousou tomar aquilo que não era seu, por direito divino, embora a ética humana até lhe concedesse direito sobre tudo, por força da lei da guerra.

6. Expressando civilidade (Gn 14:24). Abrão continuava o mesmo homem independente e social de sempre. Entrara na luta, vencera. Não era um isolado nem um alienado. Tinha recebido, inclusive, ajuda de seus confederados, mas continuava diferente dos demais, com seus próprios valores, princípios e propósitos. Tanto assim é que, apesar da recusa do despojo da guerra, deixa seus amigos completamente livres para tomar do referido despojo (Gn 14:24), prova de que a aliança que Abrão tinha com Manre, Escol e Aner preservava a independência de cada um (daí porque eram "confederados", como se vê em Gn 14:13).

É exatamente este o relacionamento que o crente deve ter com os ímpios, visto que o isolamento é impossível, já que estamos no mundo, sendo, igualmente, indispensável que mantenhamos nossa santidade, ou seja, nossa separação do pecado. Só assim poderemos nos apresentar como "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo"(Fp 2:15). Em suma: o crente não deve nem pode se separar dos pecadores, mas, sim, do pecado.

CONCLUSÃO

“Abraão encontrou-se com Melquisedeque, e foi espiritual e teologicamente edificado. Em Salém, teve uma visão mais clara de seu chamamento. Sabia, agora, que a sua missão ia além do tempo; era eterna. Nele, seriam abençoadas todas as nações da terra por intermédio de Jesus Cristo, seu mais ilustre descendente. Hoje, através de Cristo, é-nos facultada a entrada ao trono da graça. E, agora, podemos adentrar não a Salém terrena, mas a Jerusalém Celeste, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus” (Claudionor de Andrade).

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 64. CPAD.

Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.

George Herbert Livingston - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.

O Pentateuco. Paul Hoff.

Gênesis. Bruce K. Waltke. Editora Cultura Cristã.

Manuel do Pentateuco. Victor P. Hamilton. CPAD.

O Começo de todas as coisas – Estudos sobre o Livro de Gênesis. Claudionor de Andrade. CPAD.

O Sacerdócio Eterno de Cristo. Caramuru Afonso Francisco. PORTALEBD-2008.

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