1º Trimestre/2016
Texto Base: Mateus 24:21,22; Apocalipse
7:13,14
“Como
guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”
(Ap 3:10).
INTRODUÇÃO
A Grande Tribulação é o maior juízo que Deus
lançará sobre a Terra por causa da iniquidade do ser humano. Deus é justo (Sl 145:17)
e, portanto, em retribuição à rejeição da mais ampla oportunidade de salvação
que já houve, mandará o maior juízo que já se abateu sobre a Terra. A Grande
Tribulação terá a duração de sete anos, e todos aqueles que ficarem para trás
no Dia do Arrebatamento sofrerão os piores sofrimentos e males já vividos pela
humanidade, vez que Deus permitirá que o Diabo tenha ampla liberdade de atuação
sobre a Terra. Será um tempo de angústias e aflições incomuns. Porém, quando
isto ocorrer, a Igreja do Senhor Jesus – a Universal Assembleia dos Santos -
não mais estará neste mundo. Será o juízo de Deus sobre todos aqueles que não
se arrependeram de seus pecados. Que possamos estar preparados para o Dia do
Arrebatamento, pois depois deste evento glorioso se dará a Grande Tribulação, o
pior período da história da humanidade.
I. A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O que é a Grande Tribulação? Tribulação é o nome dado ao
período de sete anos iniciado pelo acordo do Anticristo com Israel, propondo
uma falsa paz, conforme Daniel 9:27.
“E
ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá
o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador”.
Jesus afirmou que esse período será o mais
terrível pelo qual a humanidade já passou (Mt 24:21,22).
“Porque
haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até
agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados,
nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados
aqueles dias”.
Esse período durará sete anos, conforme as
profecias bíblicas, em especial, as que se encontram no livro de Daniel (Dn 9:24-27). Deus determinou um tempo para
restaurar Israel, que seria contado a partir da saída do cativeiro da Babilônia
(Dn
9:25), mais
precisamente a contar do decreto do rei Artaxerxes para restaurar Jerusalém,
que seria interrompido com a morte do Messias (Ne 1-2; Dn 9:25,26). Sessenta e
nove semanas de sete anos, ou seja, 483 anos, já foram literalmente cumpridas,
com uma precisão espantosa. De acordo com a revelação dada ao profeta Daniel,
essas semanas se subdividem em três períodos. Eurico Bergstén explica isso com
muita clareza:
·
A primeira parte compreende "sete semanas",
isto é, 7x7, ou 49 anos (Dn 9.25), e destaca, com clareza, o começo da contagem
dessas "semanas"— "desde a saída da ordem para restaurar e
edificar Jerusalém" (...) Daquela data até à conclusão desse trabalho (Ne
6.15) passaram-se realmente 49 anos.
·
A segunda etapa compreende "sessenta e duas
semanas", isto é, 62x7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de
Jerusalém ao Messias, o Príncipe (Dn 9.25). É realmente impressionante observar
que desde a data do decreto para a restauração até à data da entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém (Mt 21.1-10) passaram-se exatamente 69
"semanas" ou 69x7, que são 483 anos.
·
A terceira parte compreende a última semana, isto é, a
septuagésima semana, sobre a qual a profecia diz: "Ele firmará um concerto
com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o assolador..."(Dn
9.27). Comparando esta expressão com a palavra de Jesus, quando profetizava
sobre esses acontecimentos (Mt 24.15,21), fica provado que a septuagésima
semana, sem dúvida, representa o tempo da grande aflição” (Teologia Sistemática
Pentecostal. CPAD. p. 514).
2. Períodos da Grande Tribulação. Quando
analisamos a profecia das setenta semanas de sete anos de Daniel, observamos
que o profeta recebe uma mensagem que divide a Grande Tribulação em dois
períodos distintos, cada um de três anos e meio (ou 42 meses, ou, ainda, 1.260
dias, períodos que são mencionados no livro do Apocalipse – respectivamente: Ap
11:2 e 13:5; Ap 11:3 e 12:6).
a) O Primeiro período. Descrito
nos capítulos 6 a 9 do livro do Apocalipse é chamado por alguns de “Tribulação”
ou “princípio das dores”. Neste período haverá uma sensação de paz e de
segurança no mundo, ao mesmo tempo em que o Anticristo angariará o poderio
sobre todo o mundo. Ele assumirá o poder com uma mensagem de paz (Ap 6:1,2) e
sua mensagem encontrará guarida nos corações dos homens. Ao mesmo tempo, porém,
o Anticristo estará agindo conforme seu caráter, porque violará o acordo com
três das dez nações que lhe entregaram o poder e as dominará diretamente,
retirando-lhes a independência (cf. Dn 7:8,20,24), ou seja, falando em
paz, promoverá a guerra e, à medida em que proclama a paz, irá fazendo guerra
aos seus inimigos, vencendo-os, pois, como a Bíblia afirma, nada mais lhe
resistirá.
Ao trazer uma mensagem de paz e esperança
aos homens, o Anticristo cuidará de mudar uma série de estruturas políticas,
econômicas e sociais, modificações estas que revelarão excelentes intenções e
uma coragem e ousadia nunca antes vistas na história da humanidade. Isto,
certamente, trará algumas resistências, o que explica o seu gesto de abatimento
de três das dez nações que o apoiaram. Esta demonstração de força, ademais,
servirá para impor seu poderio sobre a sua base política, o que será suficiente
para, então, iniciar seu intento de dominação mundial. Seu pacto com Israel,
também, insere-se dentro desta ótica da paz mundial e, sem dúvida alguma, a
solução para o conflito do Oriente Médio trará a ele credibilidade e respeito
de todo o mundo. Por isso, Daniel afirma que o Anticristo “…por causa da tranquilidade destruirá muitos…”
(Dn 8:25).
b) O Segundo período. É
a “Grande Tribulação propriamente dita”, ou seja, o período em que os juízos de
Deus, descritos nos capítulos 10 a 16 de Apocalipse, irão se manifestar com todo
rigor. A Grande Tribulação terminará com a batalha do Armagedom (Ap 19). Antes
disso, João mostra alguns episódios parentéticos, que ocorrerão nos capítulos
17 e 18. Nestes dois capítulos, o escritor sagrado nos revela a falsa igreja do
Anticristo (a Babilônia religiosa) e a capital do reino do Anticristo (a
Babilônia comercial).
O Segundo período da Grande Tribulação
inicia-se com a quebra do pacto entre o Anticristo e Israel, com a profanação
do templo reconstruído e a cessação dos sacrifícios (Dn 9:27). Jerusalém voltará a ficar sob o controle dos gentios (Ap 11:2), passando o templo a ser
local de adoração da imagem do Anticristo (a “abominação da desolação” de Mt
24:15), bem como Jerusalém passará ser local de visitação pública dos corpos
das duas testemunhas (Ap 11:8).
Nesse período tenebroso, o Anticristo
consolidará a nova religião mundial, de adoração a sua pessoa, pois todo o
mundo se convencerá dos seus poderes sobrenaturais, provavelmente em razão de
uma suposta ressurreição, como será pregado por parte do falso profeta (Ap 13:8,12-15). Também, consolidará o
seu poder político-econômico-militar, estabelecendo um governo mundial
ditatorial (o “domínio” de Dn 7:25,
o “rei” de Dn 8:25 e o “poder”
de Ap 13:7b, o “oitavo rei” de Ap 17:11). Terá, então, todo o
controle sobre as transações econômicas e exigirá que todos os homens
ponham sobre si o seu sinal, mas quem o fizer estará irremediavelmente perdido
na eternidade (Ap 13:8-11,14:11). Iniciará a implacável
perseguição sobre Israel a fim de destruí-lo totalmente, o que somente não
conseguirá porque o Senhor Jesus, pessoalmente, o impedirá.
Enquanto o Anticristo terá todos estes
pontos de êxito e de vitória sobre os homens, Deus começará a mostrar a Sua
soberania sobre todas as coisas, derramando sobre a Terra todos os juízos
estabelecidos para o “Dia do Senhor”, o “Dia da vingança do nosso Deus”, “Tempo
da angústia de Jacó”, “Dia de trevas”, “aquele Dia”, “o grande Dia”, “Dia de
ira”, “ira futura”, entre outros. Durante os sete anos
de Tribulação, Deus enviará três julgamentos à Terra: o Julgamento dos Selos
(Ap 6); o Julgamento das Trombetas (Ap 8 e 9); o Julgamento das Taças (Ap 16).
Veremos a análise destes julgamentos no tópico III desta Aula.
3. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Absolutamente não. O objetivo principal da Grande Tribulação é
restaurar a nação de Israel, que foi criada e formada por Deus, a partir da
chamada de Abraão (Gn 12:2). Deus prometeu que Israel seria sua propriedade
peculiar e uma nação santa, que duraria para sempre (Ex 19:5,6; 2Sm 7:10). E
para que Deus trate com Israel é necessário que a Igreja seja tirada da Terra.
Quando isto acontecer, se reiniciará a contagem da septuagésima semana de
Daniel, que corresponde o período da Grande Tribulação, e se encerrará com a
volta gloriosa do Senhor Jesus para livrar Israel e implantar o seu reino
milenar (Mt 24:29,30; Ap 1:7,8).
O apóstolo Paulo é claro ao afirmar que esse
período da história terá como finalidade julgar todos os que não creram na
verdade, mas antes, tiveram prazer na iniquidade (2Ts 2:12). Ora, se a Grande
Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por que haveria
de a Igreja sofrer, vivendo na Terra durante esse período? Como poderíamos
dizer que Deus é o Justo juiz (Jr 11:20; 2Tm 4:8), se estabelecesse um juízo
por causa da rejeição de Jesus e o derramasse tanto sobre os que creram em
Jesus quanto sobre os que nEle não creram?
Muitas são as evidências na
Bíblia Sagrada de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. O pr. Ciro Sanches, na sua participação
em a “Teologia Sistemática Pentecostal”,
páginas 512 e 513, enumera as seguintes evidências:
a) A Noiva de Cristo estará no Céu durante esse período e
voltará com Ele para pôr termo ao império do mal: "vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E
foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o
linho fino são as justiças dos santos. (...) E seguiam-no os exércitos que há
no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro"(Ap
19.7-14).
b) A Palavra de Deus nos exorta a
"esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber,
Jesus, que nos livra da ira futura" (1Ts 1:10). E o próprio Senhor Jesus
disse: "Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de
todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do
homem" (Lc 21.36, ARA). Note: "escapar de todas estas coisas", e
não "participar delas".
c) Em Apocalipse 3.10, Jesus fez uma
promessa à igreja de Filadélfia: "Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo
o mundo, para tentar os que habitam na terra". Contudo, esta mensagem não
foi apenas para aquela Igreja, haja vista o que está escrito nos versículos 13
e 22 do mesmo capítulo -"Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às
igrejas".
A promessa de livramento da
tentação mundial é extensiva às igrejas. Conquanto os crentes de Filadélfia
estivessem passando por tribulações, naqueles dias, não passaram pela "hora
da tentação que há de vir sobre todo o mundo", pois todos os mortos em
Cristo têm a garantia de que não passarão pela Grande Tribulação; ressuscitarão
e serão tirados da Terra antes dela. Da mesma forma, os vivos que guardarem a
Palavra não passarão pelo tempo da angústia.
d) Antes de o Cordeiro de Deus desatar
o primeiro selo, dando início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24
anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4:4,10). Eles representam a totalidade da
Igreja: as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova
que, desde o início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu.
e) Em Apocalipse 13.15, está escrito
que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo. Se este fará
guerra aos santos, a fim de vencê-los (13:4), quantos deles restariam para um
arrebatamento durante ou depois do período tribulacionista? Tais santos mortos
pela Besta serão os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá
sido arrebatada.
f) Em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses, a ênfase de Paulo foi o Arrebatamento da Igreja. Ao mencionar
esse glorioso evento pela primeira vez, ele deixou claro que Jesus nos livrará
da ira vindoura (1Ts 1:10). E isso é confirmado ainda na primeira Epístola -
"quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição (...) e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em
trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão" (1Ts 5:3,4).
Conforme o texto acima são os
que estão "em trevas" que não escaparão da destruição. Os filhos da
luz (1Ts 5:5) já terão sido arrebatados (1Ts 4.16-18). Por isso, mais adiante,
Paulo reafirma que os salvos escaparão da ira futura: "Porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus
Cristo" (1Ts 5.9).
g) Na passagem de 2Tessalonicenses 2.6-8 vemos a reiteração de que a Igreja não estará sob o domínio do Anticristo
e seu comparsa, o iníquo Falso profeta:
“E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo
seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que,
agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a
quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da
sua vinda”.
Se o mistério da injustiça
opera, por que a Besta e o Falso profeta ainda não se manifestaram de maneira
visível? O que os detém? Quem os resiste? Quem será tirado da Terra, para que o
Anticristo e seu aliado tenham total liberdade até à esplendorosa vinda de
Cristo? A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo, é
que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14;
1Ts 4.17). E, se é "depois disso" que será revelado o Iníquo (gr. anomos, "transgressor", "sem lei", "desordeiro",
"subversivo"), então estamos diante de mais uma prova de que a
Igreja não passará pela Grande Tribulação.
Todas as mensagens registradas
em Apocalipse às igrejas da Ásia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje,
quanto à manutenção do amor e da fidelidade (Ap 2.4,10; 3.11); quanto às falsas
profecias (Ap 2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora do
nosso coração (Ap 3.20), etc. Portanto,
não há dúvidas de que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva
a todos os salvos.
II. A MANIFESTAÇÃO DA TRINDADE SATÂNICA
NA GRANDE TRIBULAÇÃO
Conforme escreveu o pr. Ciro Sanches, na Grande Tribulação,
o Diabo terá permissão para dominar todas as ações na Terra. Quando a Igreja
sair do mundo, ele será precipitado de onde está - nas regiões celestiais (Ef 2:2;
6:12) -, juntamente com as suas hostes, e terá permissão para agir com mais
liberdade entre os homens. A Palavra de Deus diz que ele estará cheio de fúria,
sabendo que pouco tempo lhe resta (Ap 12:9,12).
Como lemos em Apocalipse 16:13,
duas Bestas - uma que sobe do mar (cf. Ap 13:1-10), e outra, que emerge da
terra (Ap 13:11-18) - se aliarão ao Adversário: "E da boca do dragão, e da
boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos,
semelhantes a rãs". Deus também revelou ao apóstolo Paulo essas duas
Bestas, em 2Tessalonicenses 2: os versículos 3 a 6 se referem ao Anticristo; e
os versículos 7 a 12 se referem ao Falso profeta.
O Diabo, o Anticristo e o Falso profeta
tomarão posse, temporariamente, da Terra. Se a Santíssima Trindade é composta
de Deus Pai, Cristo e Espírito Santo (Mt 28:19; 2Co 13:13), a falsa trindade
satânica terá como protagonistas o Antideus, o Anticristo e o Antiespírito. Assim
como Cristo veio ao mundo para revelar a glória do Pai (João 1:14), o
Anticristo revelará a natureza funesta do Diabo, agindo segundo o seu poder (Ap
13:1,2). E, da mesma forma que o Espirito convence os pecadores e glorifica a
Jesus (João 16:8-14), o Falso Profeta induzirá todos a adorarem o Anticristo (Ap
13:11-15).
1.
A manifestação do Anticristo (Ap 13:11-10). A manifestação do Anticristo acontecerá logo após
Arrebatamento da Igreja. Buscamos esta certeza no ensino de Paulo, quando diz:
”E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja
manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora
resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua
boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”(2Ts 2:6-8).
- “...E agora, vós sabeis o
que o detém...”. O mundo pode ser comparado a
uma grande represa. Existe um poder que detém a força das águas, existe uma
sólida e inquebrável barreira que não permite a ação livre e desenfreada de
Satanás. Ele, pela sua influência “agita as águas”, mas não pode fazer com que
elas se transformem numa grande e tempestuosa corrente, arrastando tudo para o
mar da eternidade e para a perdição eterna. Contudo, essa barreira que contém a
fúria das águas, não será destruída pelo inimigo, mas será removida, de acordo
com o plano divino.
- “...Somente há um que,
agora, resiste...”. Para resistir o poder de
Satanás, e é ele que irá ungir o Anticristo, tem que ser alguém maior e mais
forte do que ele. Este alguém, para nós, não é outro, senão, o Espírito Santo,
que sendo a Terceira Pessoa da Trindade, tem em si mesmo a Onipotência. Ele, o
Espírito Santo é aquele que “agora, resiste”. Há quem sustente ser a Igreja.
Porém, podemos afirmar que a Igreja, sem o Espírito Santo, não tem nenhum poder,
em si mesma.
- “...E, então, será
revelado o iníquo...”. Este “iníquo” que será
revelado não é outro senão o próprio Anticristo, aquele que “cuidará em mudar
os tempos e a lei”(Dn 7:25). A expressão “iníquo” está ligado à iniquidade, ao
desrespeito às leis. Ele estará acima das leis, será senhor absoluto, sem
qualquer reconhecimento aos direitos individuais e à equidade. Paulo,
referindo-se ao Anticristo, diz: “...esse
cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e
prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça...”(2Ts 2:9-10).
Algumas características do Anticristo:
- Será um “gentio” ou um judeu não praticante(Ap 13:2) que se
levantará dentre as nações, com apoio dos governantes do mundo da época(Império
Romano Restaurado).
- Será um poderoso líder mundial, apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11:36; 2Ts 2:3,4).
- Será um orador famoso (Ap 13:5).
- Será um personagem habilitado pelo Diabo para operar o mal numa escala jamais vista ou imaginada. Ele será
pior que Nero, Stalin, Hitler e Mussolini; Ele não se submeterá a Deus e nem
aos homens.
- Será um cientista político. Suas
mãos manusearão as forças do invisível. Será um mago nas finanças, um gênio na
área militar. Os homens sentir-se-ão orgulhosos em estar sob o seu comando (Dn
7:20; Ap 6:2; 13:4; 17:17).
2.
O Falso profeta (Ap 13:11-18; 16:13). Elemento
integrante da trindade satânica que induzirá todos a adorarem o Anticristo. Ele
se levantará depois do Anticristo, mas ambos atuarão ao mesmo tempo: o
Anticristo agirá no campo político; o Falso profeta, no campo religioso. O
Falso profeta emergirá da terra (Ap 13:11), ou seja, de Israel. Deverá ser um
judeu. Também, o Anticristo provavelmente seja um judeu, talvez nascido em
outro país. O fato de ser aceito como Messias reforça a ideia de ser um judeu.
- O
Falso profeta foi
visto como tendo “dois chifres semelhantes aos de um cordeiro”
(Ap 13:11). Ora, o fato de ter a aparência de um cordeiro é a indicação de que
surgirá com uma aparência de pureza, de santidade, de grande religiosidade. O
falso profeta aparecerá como um homem santo, um homem que se encaixará,
perfeitamente, nas descrições religiosas de devoção, de espiritualidade elevada
e de santidade. Uma das principais características das falsas religiões é se
prender à aparência. Sabendo disto, o diabo promoverá o surgimento de um homem
que “será semelhante ao cordeiro”, ou seja, terá a aparência, o perfil, o
comportamento exterior de um santo homem. Entretanto, o texto bíblico diz que
será semelhante, ou seja, não será como o cordeiro, apenas parecerá com ele.
Seu interior, porém, será iníquo, extremamente mau, pois, diz-nos o texto
sagrado, que este falso profeta falará como o dragão, ou seja, no seu interior,
a exemplo do que ocorre com a outra besta, este falso profeta estará totalmente
dominado e envolvido pelo diabo, que será quem falará por ele. Sua missão será
ser o porta-voz do próprio diabo. Quando o falso profeta abrir a boca, será o
próprio diabo que estará falando.
- O
Falso profeta, líder religioso (Ap 13:11), promoverá a união de
todas as seitas e credos existentes. Época em que o ecumenismo se fortalecerá,
formando um tempo de operações de sinais e prodígios de mentira (2Ts 2:9). O
seu trabalho será o de promover a adoração do Anticristo pela humanidade. À
frente da liderança religiosa do mundo, o Falso profeta promoverá o reencontro
do poder político com o poder religioso, pois, uma vez no controle dos
movimentos religiosos mundiais, fará com que todos reconheçam o poder do
Anticristo. Por isso, é dito em Apocalipse 13:12 que ele exercerá todo o poder
da primeira besta na sua presença, ou seja, levará todas as religiões do mundo
a reconhecer o Anticristo como sendo um verdadeiro deus, o salvador do mundo.
- O
Falso profeta usará a arma do controle para garantir a adoração do Anticristo (Ap 13:16-18). Esse será um
tempo de cerco, de perseguição, de controle, de monitoramento das pessoas - no
aspecto político, religioso e econômico. Todo regime totalitário busca
controlar as pessoas e tirar delas a liberdade. A recusa na adoração a primeira
besta implicará em morte (Ap 13:15b).
- O
Falso profeta fará, também, sinais e maravilhas, a fim de levar o povo a adorar
o Anticristo (Ap 13:13). Entendem alguns que será o falso
profeta quem explicará a suposta ressurreição do Anticristo (cf. Ap 13:12),
mostrando aos homens que essa ressurreição será verdadeira e a prova de que o
Anticristo é um deus, um homem superior e que merece adoração. Diz-nos, porém,
as Escrituras Sagradas que o falso profeta fará cair fogo do céu (Ap 13:13), o
que, certamente, provocará na população a mesma reação que tiveram os
israelitas no Monte Carmelo (vide 1Rs 18:25-39), bem como aparentemente dará
vida a uma imagem do Anticristo (cf Ap 13:15), que mandará que seja construída
para que todos a adorem. Estes e outros sinais darão suporte para o
estabelecimento da religião mundial de adoração ao Anticristo.
Com todos esses prodígios que o Falso
profeta realizará à vista das pessoas e da mídia, certamente não terá
dificuldade para convencer todos a aceitarem a plataforma de governo do
Anticristo.
3.
Um governo único (Dn 7:24,25). Desde Ninrode (bisneto de
Noé), governantes anseiam por estabelecer um governo único no mundo. Aconteceu
com os governadores dos impérios: Egípcio, Assírio, Babilônico, Persa, Grego e
Romano. O Anticristo será o último déspota governador mundial. A Bíblia o chama
de Besta, isto é, de fera, porque não terá dó nem piedade de quem quer que seja.
Sendo o mais exímio líder
político de todos os tempos, o Anticristo exercerá o poder na sua forma mais nua
e crua, sem qualquer traço de moralidade ou de ética. Como odeia tudo que se
relaciona com Deus, será um implacável e sanguinário perseguidor dos santos
naquele dia (isto é, dos que se converterem a Cristo durante a Grande
Tribulação), bem como de Israel, que é propriedade peculiar de Deus (Ex 19:5,6).
Fará, por isso, guerra aos santos e os vencerá e destruirá (Dn 7:25; Ap 13:7).
Sua crueldade não encontrará similar em toda a história da humanidade, e
observemos que a história traz-nos retratos de grandes carnificinas, como as
dos milhares de mortos durante as dez perseguições romanas contra os cristãos,
dos milhares de mortos durante a Inquisição na Idade Média, dos sucessivos
martírios em massa de judeus na Europa nas Idades Média e Moderna, do holocausto
de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial pelos nazistas, dos mais de
trinta milhões de mortos por Stálin na União Soviética, mas, pasmem, nada disto
se compara ao banho de sangue que está preparado para ocorrer durante o governo
do Anticristo. A crueldade é uma marca tão proeminente do seu governo que as
Escrituras costumam identificá-lo com o nome de Besta, não cessando de lembrar
que vem de um império (império romano restaurado) cuja característica principal
é o de devorar e partir em pedaços as suas presas (Dn 7:23).
Após os sete anos de domínio mundial do
Anticristo virá Jesus com a sua Igreja (Ap 19:11,13-16) para destruir o império
do Anticristo, julgar as nações e estabelecer o seu reino milenar (Is 9:6; Dn
7:13,14; Lc 1:33). Todos aqueles envolvidos com o Anticristo serão mortos, não
haverá nenhum sobrevivente, com exceção do Anticristo e do Falso profeta, os
quais serão jogados, vivos, no lago de fogo e enxofre (cf. Ap 19:20,21).
III. O JUÍZO DE DEUS SOBRE O MUNDO (Ap
6:1-17; 8:1-14)
Antes de Cristo voltar em poder e grande
glória, com a sua Igreja, muitos juízos divinos serão derramados sobre a Terra,
conforme descritos em Apocalipse sob selos, trombetas e taças. Como disse Jesus
em Mateus 24:22:"se aqueles dias não
fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos
[israelitas remanescentes], serão abreviados aqueles dias".
Um dos objetivos dos juízos apresentados em
Apocalipse, sob selos, trombetas e taças (Ap 6-17), é levar Israel ao
arrependimento. Como resultado, o remanescente desse povo se voltará para Deus
arrependido, aceitando Jesus como o Messias (Rm 9:27; 11:25,36; Mt 23:39; Zc 12:10-14;
13:1). Esse juízo divino ocorrerá durante a Grande Tribulação, como está
escrito em Daniel 12:1:“E, naquele tempo,
se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu
povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação
até àquele; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se
achar escrito no livro”.
1.
O livro selado e sua abertura (Ap 5:1). As atenções de
João, em Apocalipse 5, passam da visão do Trono de Deus a um objeto em sua mão
direita: um rolo selado com sete selos - "Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro
escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos" (Ap 5:1).
Como consequência da
impossibilidade e da tristeza de não haver um ser humano digno de abrir este
rolo, João chora desesperadamente, por temer o que ocorreria com o destino da
humanidade (Ap 5:2-4). Ao que tudo indica, o rolo representa a posse, a
legalidade, o direito de governo sobre toda a Terra e seus habitantes e João
chora desesperado porque ninguém é capaz de abrir esse documento e retomar a
posse da Terra. Na realidade, o direito de governar sobre a Terra havia sido
dado por Deus a Adão, que pecou e entregou o direito à serpente, Satanás.
Muitos não prestam atenção a um detalhe que Satanás disse a Jesus no episódio
da tentação de 40 dias no deserto. Vejam o que ele arrogantemente disse a Jesus
em Lucas 4:6: "Disse-lhe o diabo:
Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi
entregue, e a dou a quem eu quiser".
Em outras palavras, o Diabo
disse a Jesus: "Eu tenho a posse, o direito de governar sobre a
humanidade, e dou a quem bem entendo". João sabia muito bem disso e por
isso chorava profundamente. Entretanto, Jesus veio para desfazer as obras do
diabo (1João 3:8). E João é consolado imediatamente (ler Ap 5:5,6) - “E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis
aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e
desatar os seus sete selos”.
a) O
Primeiro Selo: o Cavalo Branco (Ap 6:2) – “E olhei, e eis um
cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada
uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer”.
Imediatamente após Jesus abrir o
Primeiro Selo nos céus, aparece na Terra o primeiro dos quatro cavaleiros do
Apocalipse. Este primeiro cavalo (branco) representa o Anticristo. Não é o
mesmo cavalo branco em que Jesus vem montado na ocasião do seu Aparecimento
Glorioso, em Apocalipse 19. Definitivamente são contextos diferentes.
A ascensão do Anticristo será favorecida com o cenário
político-econômico atual. A ONU simplesmente não é mais respeitada pelas
nações. Cada nação segue seu curso independentemente de respeitar as vizinhas.
Um exemplo de como o mundo está clamando por um líder mundial ocorreu no
momento da posse do presidente Barack Obama. Obviamente não estamos dizendo que
Obama seria o Anticristo, mas o que vimos em sua posse confirma que a reação da
população mundial à chegada do Anticristo será muito similar, confirmando a
profecia bíblica de que ele será adorado. Obama foi ovacionado, comemorado ao
redor do mundo como a ideal esperança da liderança mundial. Alguns telejornais
se referiam a ele como "o salvador do mundo", o que é assustador.
Exatamente assim será a recepção do Anticristo por parte da população mundial,
o que facilitará sua rápida ascensão. O Anticristo será adorado, a ponto de
usurpar a posição de Messias que só pode ser dada a Jesus Cristo. Por isso
Apocalipse 6:2 diz que ao cavaleiro do cavalo branco foi "dada uma coroa,
e ele saiu vencendo e para vencer”.
b) O
Segundo Selo: o Cavalo Vermelho (Ap 6:3,4) – “E, havendo aberto o segundo selo, ouvi
o segundo animal, dizendo: Vem e vê! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que
tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma
grande espada”.
O Segundo Selo aberto pelo Cordeiro revelou
o Cavalo Vermelho, cujo cavaleiro retirou, precisamente, a paz da terra,
permitindo que os homens se matassem uns aos outros e a quem foi dada uma
grande espada (Ap 6:4). Dar uma espada, na Bíblia, muitas vezes é uma forma de
dizer que se dá a autoridade a alguém. No caso, a autoridade mundial é dada ao
Anticristo.
O Cavalo Vermelho representa uma guerra de
grandes proporções, muito provavelmente uma terceira guerra mundial. Isso
porque o Cavalo Vermelho consegue "tirar a paz da terra para que os homens
se matassem uns aos outros". Esta guerra será provocada porque nem todos
os líderes mundiais cederão facilmente o seu controle ao Anticristo. Por isso,
estas nações preferirão guerrear até a morte a simplesmente a submeterem-se
passivamente ao governo do Anticristo.
c) Terceiro
Selo: o Cavalo Preto (Ap 6:5,6) – “E,
havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E
olhei, e eis um cavalo preto; e o
que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio
dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três
medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho”.
O Terceiro Selo trouxe o Cavalo Preto, cujo
cavaleiro trazia uma balança na mão. Este cavalo representa a inflação
incontrolável por causa da guerra. Alguns teólogos concordam que o Cavalo Preto
possa representar também a fome causada pela guerra. A palavra
"denário" (em outras traduções, "dinheiro") significa o
salário diário - nos tempos bíblicos - para o mínimo de subsistência. Equivale
ao nosso salário mínimo dos tempos de hoje, que nem sempre garante
necessariamente a subsistência. O versículo 6 diz: "Uma medida de trigo por um denário [um salário de um dia de trabalho],
e três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho".
Isto significa que o dinheiro das pessoas irá valer muito pouco, e que para se
comprar o mínimo, será necessário todo o salário, devido à inflação alta
provocada pela guerra mencionada em Apocalipse 6:4,5.
O
texto fala também do azeite e do vinho. Somente como informação
histórica, estes dois elementos, no tempo bíblico, eram produtos caríssimos.
Somente os ricos tinham acesso a grandes quantidades destes produtos. O fato do
versículo 6 dizer para não se danificar o azeite e o vinho, pode muito bem
indicar que os produtos dedicados aos ricos não serão afetados pela inflação e
pela guerra. Como sempre, quem sofrerá com a guerra serão as pessoas comuns.
d) Quarto
Selo: o Cavalo Amarelo (Ap 6:7,8) – “ E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz
do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por
nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta
parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”.
O Quarto Selo revelou um Cavalo Amarelo, cujo
cavaleiro era a Morte e que era seguido pelo inferno e a quem foi dado o poder
para matar a quarta parte da população mundial, com espada, com fome, com peste
e com as feras da terra. Toda guerra obviamente gera morte. Entretanto, o
pós-guerra provocado pelos cavalos anteriores contribuirá para o cenário de mortandade.
A taxa de mortalidade até este momento da
Tribulação será absurda: tomando como base que somos, hoje, mais de 7 bilhões
de habitantes no planeta, e sem considerar quantas pessoas seriam arrebatadas
antes do início da Tribulação, um quarto de toda população mundial (mais de 1,75
bilhão de pessoas) morrerá " à espada" (durante a guerra) ou
"por meio das feras da terra" (ficarão ao relento e sofrerão ataques
até dos animais da terra).
e) Quinto
Selo: os Mártires (Ap 6:9-11) - “E,
havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos
por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com
grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e
vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E a cada um foi dada uma
comprida veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo,
até que também se completasse o número de seus conservos e
seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram”.
Este Selo mostra os mártires, ou seja,
aqueles que morreram por Cristo durante a Tribulação. Eles fazem parte da
colheita de almas que acontecerá durante a Tribulação. O Anticristo perseguirá
e matará quantos cristãos ele puder durante seu governo mundial. Todos que
morrerem durante a Tribulação, por darem testemunho verdadeiro de Jesus, "por causa da palavra de Deus e por
causa do testemunho que sustentavam", serão feitos mártires no Céu.
Esses mártires clamam por justiça diante do
Trono de Deus (Ap 6:10). Apesar do clamor, o período de Tribulação cumprirá sua
duração prevista na profecia bíblica e seguirá seu curso até o final - "até que também se completasse o número dos
seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram".
Será o período de maior crueldade contra os cristãos, mas a esses que clamam
por justiça é pedido "que
repousassem ainda por pouco tempo", até que o Período da Tribulação
seja completado.
f) O Sexto Selo: terremoto mundial (Ap.6:12-14) – “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis
que houve um grande tremor de terra;
e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. E
as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os
seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro
que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar”.
Os acontecimentos a partir do Sexto Selo
ocorrerão no segundo período da Grande Tribulação. Este Selo, assim que é
aberto, dispara uma série de catástrofes na Terra. O primeiro deles é um
terremoto gigantesco, em nível mundial, indicando que chegou o grande dia da
ira de Deus. A violência do terremoto será tamanha que até montes e ilhas se
moverão de seus lugares originais. Vimos exatamente isso acontecer na ocasião
do tsunami provocado pelo megaterremoto em dezembro de 2004 na Tailândia. A
intensidade do movimento das placas tectônicas foi tão grande que houve um
ligeiro deslocamento da latitude e longitude de algumas ilhas da região. Houve,
na realidade, um deslocamento de alguns metros das ilhas da região no
pós-terremoto.
Além disso, o Sexto Selo indica que haverá
enegrecimento nos céus, a lua tornar-se-á em cor de sangue (cumprindo Joel
2:31) e que estrelas (muito provavelmente meteoritos) cairão sobre a Terra,
provocando destruição.
A passagem diz também que "os reis da terra, os grandes, os
comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam
nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos:
Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira
do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?"
(Ap 6:15-17). Em outras palavras, as pessoas terão plena consciência de que
estarão vivenciando o período da Grande Tribulação. O mundo saberá que estará
debaixo de juízo divino nessa ocasião. E sabem muito bem que o juízo vem de
Deus Pai e de Jesus Cristo, porque se referem aos autores do juízo como a
"face daquele que se assenta no
trono" e a "ira do Cordeiro".
g)
o Sétimo Selo (Ap 8:1,2) – “E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia
hora. E vi os sete anjos que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete
trombetas”.
O Sétimo Selo traz a revelação de sete
trombetas, que são sete ais, ou seja, sete lamentos que serão pronunciados em
virtude do sofrimento que terão os habitantes da Terra. As trombetas são
respostas às orações dos santos, uma demonstração da vingança de Deus pelos
males sofridos por seus servos durante o primeiro período da Grande Tribulação,
pela rejeição de Cristo pelos desobedientes (Ap 8:4).
Eis
os juízos das sete trombetas:
-
PRIMEIRA TROMBETA: SARAIVA, FOGO E SANGUE (Ap 8:7)
“E
o primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue,
e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a
terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada”.
Trata-se de uma chuva de saraiva (granizo),
misturado com fogo e sangue que descerá do céu. Esta chuva queimará um terço de
toda terra fértil, das árvores e de todas as plantas.
-
SEGUNDA TROMBETA: UMA MONTANHA DE FOGO (Ap 8:8,9)
“E
o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande
monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a
terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das
naus”.
João usou o termo "montanha de
fogo" para descrever um grande meteoro (ou cometa) que cairá no mar,
matando um terço da vida marinha, transformará um terço da água do mar em
sangue e destruirá um terço de todas as embarcações. Será o maior desastre
ecológico marinho de todos os tempos.
-
TERCEIRA TROMBETA: ESTRELA CHAMADA ABSINTO (Ap 8:10,11)
"E
o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo
como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das
águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em
absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas".
Mais um cometa (ou meteoro) que cairá na
Terra, e ao cair, afetará um terço de todas as fontes de água, tornando-as
amargas e venenosas. O nome Absinto foi dado por João porque o fruto absinto é
amargo, e neste caso, o cometa tornará amargas as águas, ou seja, a terça parte
das águas doces potáveis da Terra tornar-se-ão impróprias para a bebida. Muitas
pessoas morrerão porque beberão dessa água.
-
QUARTA TROMBETA: TREVAS (Ap 8:12)
“E
o quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça
parte da lua, e a terça parte das estrelas, para que a terça parte deles se
escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite”.
Deus fará com que o sol, a lua e as estrelas
diminuam sua luz e calor (no caso do sol) em um terço. Significa que o dia terá
um terço a mais de escuridão e, mesmo quando for durante o dia, a luminosidade
e o calor do sol serão um terço menor. O dia será mais frio e menos iluminado.
-
QUINTA TROMBETA: ATAQUE DOS GAFANHOTOS DE APOLIOM (Ap 9:1-11)
“E
o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e
foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu
fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e, com a fumaça do poço,
escureceu-se o sol e o ar. E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e
foi-lhes dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes
dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore
alguma, mas somente aos homens que não têm na testa o sinal de Deus. E foi-lhes
permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o
seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião quando fere o homem. E
naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; e desejarão morrer, e
a morte fugirá deles. E o aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos
aparelhados para a guerra; e sobre a sua cabeça havia umas como coroas semelhantes
ao ouro; e o seu rosto era como rosto de homem. E tinham cabelos como cabelos
de mulher, e os seus dentes eram como de leão. E tinham couraças como couraças
de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos
cavalos correm ao combate. E tinham cauda semelhante à dos escorpiões e
aguilhão na cauda; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses.
E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em
grego, Apoliom”.
João vê espíritos malignos, chamados de
“gafanhotos” que, por cinco meses, atormentarão os homens, período em que
ninguém morrerá. Só o fato de, durante cinco meses, a morte não ocorrer irá
trazer enormes problemas para o mundo, até porque se estará em época de grande
escassez de alimentos, por causa dos juízos das trombetas anteriores. Como se
não bastasse isso, o sofrimento atroz causado por estes espíritos malignos, que
as Escrituras informam serem anjos caídos que estiveram aprisionados até então,
pela sua perversidade, bem demonstram quão terrível será o sofrimento nessa
época.
-
SEXTA TROMBETA: OS QUATRO ANJOS LIBERTADOS (Ap 9:13-19)
“E
tocou o sexto anjo a trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do
altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha
a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio
Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para a hora, e
dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. E o número dos
exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles. E
assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças
de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e a cabeça dos cavalos era como cabeça de
leão; e de sua boca saía fogo, e fumaça, e enxofre. Por estas três pragas foi
morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre,
que saíam da sua boca. Porque o poder dos cavalos está na sua boca e na sua
cauda, porquanto a sua cauda é semelhante a serpentes e tem cabeça, e com ela
danificam”.
Nesta Sexta Trombeta, espíritos malignos
serão soltos para matar a terça parte dos homens. Após cinco meses sem morte,
haverá uma grande peste que matará a terça parte dos homens, de uma hora para
outra, o que, certamente, trará enormes transtornos. Enquanto os homens sem
Deus morrem, a Bíblia afirma que, de forma sobrenatural, as duas testemunhas
serão ressuscitadas e subirão para o céu em uma nuvem na presença de todos (Ap
11:11,12) e, nessa ocasião, haverá um grande terremoto, que destruirá a décima
parte de Jerusalém e onde morrerão sete mil pessoas, enquanto que os demais
darão glória a Deus (Ap 11:13). Entendem alguns que será nesse momento que os
judeus se decidirão por Cristo.
Até este ponto,
podemos concluir que:
· Com
o julgamento do Quarto Selo, morrerão 1/4 da população mundial que ficar do
Arrebatamento. Sobrarão, portanto, 3/4 da população.
· Até
o julgamento da sexta trombeta, morrerão mais 1/3 da população, daqueles 3/4
que sobraram até o momento. Portanto: 3/4 × 1/3 = 1/4.
· 1/4
(do quarto selo) + 1/4 (da sexta trombeta) = 1/2 (metade da população mundial
morrerá até aqui).
Isto significa que metade da população
mundial morrerá, desde os juízos dos Selos. E ainda não findou.
-
SÉTIMA TROMBETA: GRANDES VOZES NO CÉU (Ap 11:15-19)
“E
tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os
reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará
para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu
trono, diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus,
dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que
hás de vir, que tomaste o teu grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e
veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de
dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu
nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.
E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu
templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande
saraiva”.
Esta Trombeta é uma introdução aos novos juízos
de Deus. Também anuncia a chegada do reino milenial de Cristo, ou seja, a
completa destruição e término do governo do Anticristo. Esta queda é anunciada
no livro do Apocalipse por sete pragas, que se encontram em Sete Taças, onde é
consumada a ira de Deus (Ap 15:1). Esse é o último dos três julgamentos que o
Senhor enviará à Terra durante o período da Grande Tribulação. Será uma punição
especialmente focada no Anticristo e a todos aqueles que aceitaram sua marca.
-
PRIMEIRA TAÇA: FERIDAS MALIGNAS E DOLOROSAS (Ap 16:2)
"E
foi o primeiro [anjo], e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga
má (úlcera dolorida) e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que
adoravam a sua imagem".
Este primeiro juízo atingirá somente aos que
optarem e receberem a marca da besta. É importante lembrar que a marca da besta
será uma escolha consciente, ou seja, a pessoa terá a escolha de recebê-la ou
não. Após escolher a marca, a pessoa perderá, de uma vez por todas, a sua
chance de salvação. Nestes últimos 42 meses, quem optou por Jesus e não recebeu
a marca, e ainda não foi morto (guilhotinado) pelo Anticristo, não será afetado
por estas feridas.
-
SEGUNDA TAÇA: O MAR TRANSFORMA-SE EM SANGUE (Ap 16:3)
"E
o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um
morto, e morreu no mar toda a alma vivente".
Todo o mar se transformará em sangue em
estado de putrefação (como de morto). Como consequência, toda vida marinha
morrerá. O versículo não menciona, mas é óbvio que, com o mar transformado em
sangue em putrefação, mais os seres marinhos todos mortos, o odor que se
espalhará pelos mares será insuportável.
-
TERCEIRA TAÇA: OS RIOS E OUTRAS FONTES DE ÁGUA TAMBÉM SE TRANSFORMAM EM SANGUE
(Ap 16:4-7)
“E
o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se
tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és tu, ó Senhor,
que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como
derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste sangue a
beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na
verdade, ó Senhor, Deus Todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus
juízos”.
Imediatamente após a Terceira Taça, o mundo
inteiro ficará sem água para beber. O alvo deste julgamento é o Anticristo.
Como ele derramou o sangue de muitos crentes matando-os, agora Deus dará a ele
o que ele quer: sangue, e sangue de morto. Este juízo cumprirá a súplica dos
crentes em Apocalipse 6:10: "E
clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador
[Deus Soberano], não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a
terra?".
-
QUARTA TAÇA: O SOL PASSA A QUEIMAR OS SERES HUMANOS (Ap 16:8,9)
“E
o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que
abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores,
e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se
arrependeram para lhe darem glória”.
Deus aumentará a temperatura do sol, de modo
que todos os homens passarão a ser queimados quando expostos aos raios solares.
Mesmo assim, muitos ainda blasfemarão contra Deus e não se arrependerão. Há um
ponto interessante aqui: a Palavra diz que toda língua confessará que o Senhor
é Deus (Rm 14:11). Mesmo aqueles que rejeitaram a Deus através da marca da
besta, Deus exigirá deles que se arrependam e confessem que Ele é Deus. Durante
esse julgamento, ainda haverá os que não confessarão a soberania do Senhor.
-
QUINTA TAÇA: HAVERÁ TREVAS SOBRE O REINO DO ANTICRISTO (Ap 16:10,11)
“E
o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez
tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor. E, por causa das suas dores e
por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não se arrependeram das
suas obras”.
Este juízo de Deus visará o reino do
Anticristo, que se autodeclarará deus. É importante perceber que as feridas da
Primeira Taça ainda estão fazendo efeito sobre os homens. Contudo, os
versículos acima enfatizam que as feridas pioram com a escuridão do reino da
besta. Ainda muitos insistirão em não confessar a soberania de Deus.
-
SEXTA TAÇA: O RIO EUFRATES SECA (Ap 16:12)
“E
o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água
secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente”.
O rio Eufrates, um dos mais antigos rios do
planeta, que separa o Oriente Médio do resto da Ásia, secar-se-á, a fim de
preparar o caminho para os reis do Oriente (leste asiático, como China e Japão
entre outras potências bélicas), ao mesmo tempo em que os reis das nações
submissas ao Anticristo serão convencidos por demônios a congregar seus
exércitos no vale do Armagedom para destruir efetivamente Israel.
Observação:
A batalha de
Armagedom (Ap 16:14,16) se refere a uma guerra necessária entre Jesus e as
hostes malignas de Satanás. Esta guerra se faz necessária por causa das
ambições perversas da humanidade e sua fonte de poder, que é Satanás. Jesus
descreve quando será esta batalha, em Mateus 24:29-31:
“E,
logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua
luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra
se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder
e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os
quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus”.
A Batalha do
Armagedom começará quando “no tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele” (Dn
11:40). O rei do Sul é o Egito juntamente com uma força militar pan-islâmica em
direção a Jerusalém. Após uma aliança russo-arábica ter varrido a cidade de
Jerusalém eles se retirarão para a planície do Megido, que é Armagedom. Ali,
Deus os destruirá, para que as nações gentias possam saber que ele é Deus e que
“não dormita o guarda de Israel”(Sl 121:4). Com a Rússia e as nações árabes
destruídas, o Anticristo dos estados confederados vai para Israel para
estabelecer o seu governo mundial, mas, conforme Dn 11:44, o Anticristo será
perturbado pela notícia sobre um exército de 200 milhões de soldados que estará
marchando em direção ao leito seco do rio Eufrates para uma luta titânica pela
supremacia do mundo (Ap 9:14-16; 16:12). A batalha do Armagedom é concluída com
outra invasão, agora vinda do céu: é Jesus, vindo com a sua Igreja (Ap
19:11,13-16) para destruir o último império mundial, julgar as nações e
estabelecer o Seu reino milenar (Is 9:6; Dn 7:13: Mt 6:10). Todos os soldados
envolvidos serão mortos, não haverá nenhum sobrevivente, com exceção do
Anticristo e do Falso profeta, numa matança sem precedentes na história da
humanidade (Ap 19:20,21).
-
SÉTIMA TAÇA: O MAIOR TERREMOTO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, SEGUIDO DE UMA CHUVA
DE PEDRAS (Ap 16:17-21)
“E
o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do
trono, dizendo: Está feito! E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande
terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi
este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as
cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus para lhe dar o
cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda ilha fugiu; e os montes não se
acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um
talento [cerca de 34kg]; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da
saraiva, porque a sua praga era mui grande”.
É o último dos juízos de Deus na Grande
Tribulação. Um grande terremoto, qual nunca houve antes, será desencadeado,
começando a ocorrer os eventos físicos que acompanharão a vitória de Cristo
sobre o Anticristo na batalha do Armagedom. Como disse o anjo que derramará
esta última taça: “… está feito…” (Ap 16:17). É o fim da Grande Tribulação. Esse
terremoto será desencadeado pela presença do Senhor em forma corpórea (é a
pedra lançada sem mão - Dn 2:34), no Monte das oliveiras, para destruir o
governo do Anticristo, julgar as nações (Mt 25:31-46) e estabelecer o seu Reino milenial. Com
isto, terminará os julgamentos de Deus sobre a Terra. Com isto, tudo estará
preparado para o Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo.
Diante
do que foi visto, vale a pena o cristão viver em santidade para que não venha
fazer parte da Grande Tribulação.
CONCLUSÃO
Deus preparou para o homem um esconderijo,
um lugar seguro, inclusive contra todos os horrores da Grande Tribulação. O
Profeta Isaias falou desse esconderijo, dizendo: “E será aquele varão como um
esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, e como
ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em
terra sedenta” (Is 32:2). O Profeta certamente estava falando do Senhor Jesus
Cristo. É somente nele que o homem pode se sentir seguro, hoje, e para sempre. Pense
nisso!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo –
Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico
popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Guia do Leitor da
Bíblia – Lawrence O. Richards
Manual de Escatologia
(uma análise detalhada dos eventos futuros). J. Dwight Pentecost. Vida.
Joel Leitão de Melo - Sombras, Tipos mistérios da Bíblia.
Vem o Fim, o Fim Vem. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD. 2004.
Revista Ensinador
Cristão – nº 65. CPAD.
Elinaldo Renovato de Lima – O Final de Todas as Coisas. CPAD.
Caramuru Afonso Francisco. A Grande Tribulação. PortalEBD_2004.
Pr. Ciro Sanches Zibordi. Escatologia Doutrina das últimas Coisas.
Teologia Sistemática. CPAD.
Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins. Estamos Vivendo os últimos dias?
Tim Lahaye.
Enciclopédia popular de Profecia Bíblica. CPAD.2015.
Antônio Gilberto.
Calendário do Apocalipse. CPAD.
Wayne Grudem.
Teologia Sistemática. Vida Nova. 2012.
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