2º Trimestre/2016
Texto Base: Romanos 9:1-5; 10:1-8;
11:1-5
Objetivo desta Aula:
“Compreender a “sorte” de Israel no plano da salvação” (LBP).
INTRODUÇÃO
Nesta Aula, estudaremos os capítulos 9 a 11
de Romanos, os quais tratam das relações existentes entre judeus e gentios, e
em especial abordam a posição singular do povo judeu no principal propósito de
Deus: receber o Messias. Cada capítulo aborda um aspecto diferente da relação
de Deus com Israel. O tema dominante é a incredulidade dos judeus, assim como
os problemas daí resultantes. Os judeus foram escolhidos para receberem o
Messias, independente das obras dos patriarcas, mas não foi somente isto; Deus
desejava, também, que por intermédio deles, todas as famílias da Terra fossem
abençoadas. Os judeus, porém, não compreenderam essa verdade, nem o plano da
redenção de Deus, rejeitando, portanto, o Salvador. Como é que esse povo,
privilegiado por Deus, pôde deixar de reconhecer o seu Messias? Já que o
evangelho havia sido prometido nas Escrituras Sagradas (Rm 1:2), por que eles
não o aceitaram? Para Paulo, a incredulidade dos judeus é muito mais do que um
problema intelectual. Ele escreve sobre a tristeza e a angústia que sente em
relação a eles (Rm 9:1ss.), sobre o seu ardente desejo e oração para que sejam
salvos (Rm 10:1) e sobre a sua convicção de que Deus não os rejeitou (Rm
11:1s.). Eles rejeitaram o Messias, porém, Deus não os rejeitou e por sua
misericórdia fez com que nós, ”zambujeiros”, fôssemos enxertados na oliveira
(Rm 11:17). A Igreja, o povo da nova aliança, é composta por judeus e gentios
que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
I. A ELEIÇÃO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO
DA REDENÇÃO (Rm 9:1-29)
Dentro do seu propósito de salvar o homem,
ante a rebeldia gentílica, Deus promoveu a formação de uma nação, de um povo
que, a exemplo dos demais povos, teria população (Gn 12:2; 15:4,5; 17:1,2), território
((Gn 15:7; 17:8) e governo (Êx 19:6), a fim de que pudesse ser vista e
observada por toda a humanidade. Deus, assim, mostra seu intento em cumprir a
promessa feita no jardim do Éden. Deus chama Abrão (cujo significado do nome é
“pai da elevação”, “pai da exaltação”), tornado posteriormente em Abraão (cujo
significado é “pai de multidões”) - “Ora,
o Senhor disse a Abraão: sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de
teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Far-te-ei uma grande nação, e
abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção”(Gn
12:1-2). Ele atende ao chamado divino e, assim, mediante a obediência e
fidelidade de Abraão é retomado o propósito divino para a realização do seu
objetivo de salvação da humanidade.
A partir do instante em que Abrão creu em
Deus e isto lhe foi imputado por justiça (Gn.15:6), o plano de Deus começou a
se cumprir integralmente na vida deste patriarca. Notamos, pois, que, assim
como a comunidade pós-diluviana fora constituída mediante a fé de Noé, também
Israel teve, em seu nascedouro, a fé do patriarca Abrão que correspondeu ao
chamado e à escolha da parte de Deus.
Não resta dúvida que Deus usou de sua
soberania para escolher Abrão e a nenhum outro dos habitantes da Terra do seu
tempo para dar início à formação de Israel, mas, também, não há qualquer dúvida
que o plano não se realizou a não ser a partir do instante em que Abrão
respondeu com a sua fé, com a confiança nas promessas divinas que o levaram a
abandonar a sua casa e a sua parentela, atendendo ao chamado do Senhor.
Deus formou o Seu povo e, nesta formação,
passaram-se cerca de quatrocentos anos, como, aliás, já havia sido predito ao
próprio Abraão (Gn.15:13). Depois, Deus os libertou da escravidão no Egito, com
mão forte (Ex.13:3; Dt.5:15) e, já liberto e tornada uma nação independente na
comunidade das nações, o Senhor lhes propôs um pacto, segundo o qual Israel
seria uma nação sacerdotal, a propriedade peculiar de Deus entre os povos,
pacto que foi aceito e firmado (Ex.19:5-9). É por isso que Israel é chamado de
“o povo eleito do Senhor”, expressão, aliás, que tem sido alvo de calúnias e de
antipatia ao longo dos séculos, notadamente nos últimos anos, em que tem se
intensificado um sentimento antissemita na comunidade internacional, sentimento
este que é um dos mais claros sinais da manifestação do espírito do anticristo
no planeta, às vésperas do Arrebatamento da Igreja.
1.
O anseio de Paulo e a incredulidade de Israel. O
apóstolo Paulo deixa claro o grande apreço que ele tinha por seus compatriotas.
Ele os chamava de “meus irmãos” (Rm 9:3). Mas os judeus não acreditavam que Paulo
os amava. Então, o apóstolo reforça seu argumento: “Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha
consciência no Espírito Santo” (Rm 9:1). Aqui, Paulo afirma seu amor pelos
israelitas, evocando o testemunho de Cristo e do Espírito Santo. Sua confissão
de amor por seus compatriotas não é uma retórica vazia nem uma vanglória
hipócrita, dissimulada e fingida, mas uma realidade insofismável. Ele desejava
profundamente que todos os judeus, assim como ele, entendessem o plano perfeito
da salvação revelado em Jesus Cristo. Porém, eles endureceram o entendimento e
não se dispuseram a crer que Jesus Cristo era o seu Messias tão esperado. Essa
incredulidade do povo judeu trouxe profunda tristeza a Paulo: “tenho grande tristeza e contínua dor no meu
coração” (Rm 9:2). Os judeus, irmãos e compatriotas de Paulo segundo a
carne, ainda estavam aferrados à sua tradição religiosa, sem Cristo e sem
salvação, e isso provocava no apóstolo grande tristeza e incessante dor, por
ver o seu povo ainda endurecido ao evangelho da graça.
A angústia do apóstolo em face da
incredulidade de Israel é ainda mais intensa quando ele considera os
privilégios inigualáveis que Deus concedeu a seu povo. Paulo descreve que o
povo judeu pertencia à nação escolhida por Deus que, como tal, havia
testemunhado sua glória, recebido
seus concertos e sua lei, prestado o seu culto e recebido suas promessas (Rm 9:4,5). Os ancestrais
desse povo haviam sido o grande povo de Deus e o próprio Cristo tinha sido judeu, no cumprimento de todas as promessas.
Entretanto, Cristo era mais que judeu, Ele era e é Deus, que reina “sobre
todos, Deus bendito eternamente”. Foi neste ponto que os judeus se confundiram.
Portanto, mesmo tão favorecido por Deus com todas estas bênçãos, Israel fracassou
em reconhecer Cristo como seu Salvador; isto causou profunda tristeza em Paulo.
A tristeza profunda e a dor contínua do
apóstolo Paulo o levam a fazer uma ousada confissão: “Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de
meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne” (Rm 9:3). Ele desejou
ser apartado de Cristo para que seus irmãos fossem reconciliados com Cristo.
Desejou ser maldito para que seus compatriotas fossem benditos. Desejou ir ao
inferno para que os seus irmãos fossem ao céu. O sentimento de Paulo, aqui, nos
lembra de Judá que, como substituto de seu irmão Benjamim, disse: “Agora, pois,
fique teu servo em lugar do moço por servo de meu senhor” (Gn 44:33); faz-nos lembrar
das palavras emocionantes de Moisés ao interceder pelo povo: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não,
risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito” (Êx 32:32).
2.
Os eleitos e as promessas de Deus. Deus quis escolher, por
Sua soberana vontade, quem formaria o Seu povo, tanto que escolheu a Abrão, a
Isaque e a Jacó sem que, em tal escolha, houvesse qualquer participação humana.
No entanto, a escolha feita dependia para a sua concretização da observância,
por parte do escolhido, do atendimento ao chamado divino. Em Romanos 9:13 Paulo
argumenta: “Como está escrito: Amei Jacó
e aborreci Esaú”. Este versículo não significa que Jacó e seus descentes
foram eleitos para salvação eterna, enquanto que Esaú e seus descendentes foram
eleitos para condenação eterna. Trata-se, antes, da eleição dos descentes de
Jacó para serem o canal da revelação e benção de Deus para o mundo. Observe
que, segundo os capítulos 9-11, a maioria dos descentes de Jacó deixou de
cumprir a sua vocação e, portanto, acabou sendo rejeitada por Deus (Rm
9:27,30-33; 10:3; 11:20). Além disso, aqueles que não eram “amados” (isto é, os
gentios) obedeceram a Deus pela fé e se tornaram “filhos do Deus vivo” (Rm
9:25,26). Deus escolheu a Jacó e não a Esaú, por um ato Seu de soberana
vontade, mas Esaú, de livre e espontânea vontade, desprezou a bênção da
primogenitura, tornou-se um fornicário e profano, não se arrependendo do que
fizera, ainda que tenha tido remorso e, com lágrimas, procurado rever a bênção
perdida (cf. Hb.12:16).
A eleição, portanto, provém de Deus e é
soberana, mas a perda da bênção oferecida indistintamente a todos é consequência
do mau exercício do livre-arbítrio pelo homem. Foi, aliás, exatamente o que
ocorreu com Israel. Embora escolhido por Deus e, de livre e espontânea vontade,
tenha aceito viver conforme os preceitos provenientes do Senhor, Israel cedo
fracassou neste seu propósito, tendo, a partir da primeira geração adulta do
êxodo, aquela mesma que havia firmado o compromisso com o Senhor no monte
Sinai, deixado de observar o pacto, endurecendo o seu coração continuadamente;
ao longo da história, Israel mostrou-se um povo obstinado (Ex.32:9; Dt.9:6;
Ez.3:7).
É oportuno dizer que a eleição para a
salvação é cristocêntrica, isto é, a eleição de pessoas ocorre somente em união
com Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação (Ef 1:4). Ninguém é
eleito sem estar unido a Cristo pela fé. E esta eleição para salvação em Cristo
é oferecida a todos (João 3:16,17; 1Tm 2:4-6; Tt 2:11; Hb 2:9), e torna-se uma
realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar
o dom da salvação em Cristo (At 20:21; Rm 1:16; 4:16). Mediante a fé, o
Espirito Santo admite o crente ao corpo eleito de Cristo (a Igreja) (1Co
12:13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto Deus quanto o homem tem
responsabilidade na eleição (cf. Rm 8:29; 2Pd 1:10,11).
- Promessas. Deus
fez pactos com Israel, tendo-lhes prometido que seria propriedade peculiar
dentre os povos, um reino sacerdotal e um povo santo (Êx.19:5,6). Ora, sabemos
que o Senhor é fiel e, por isso, cumpre as Suas promessas. O argumento de Paulo
em Romanos 9:6-13 revela que as promessas de Deus relativos à nação de Israel
não falharam, conquanto a nação judaica como um todo não tenha respondido ao
Evangelho. À primeira vista pode parecer que a Palavra de Deus haja faltado aos
judeus, mas não foi isso que aconteceu, foram os seres humanos que erraram. A circunstância
de Israel ter rejeitado a Cristo em nada abala a fidelidade divina. Portanto,
daí se infere que as promessas de Deus em relação a Israel que ainda não foram
cumpridas têm de ser cumpridas e, portanto, fatos devem ocorrer para que estas
promessas se cumpram integralmente.
A existência de promessas a cumprir em
relação a Israel é uma das evidências de que a história humana não se esgota
com a volta de Cristo e o Arrebatamento da Igreja, o povo de Deus que
substituiu ao Israel étnico. Após o arrebatamento, deve, então, haver o
cumprimento das promessas divinas com relação a Israel, promessas, aliás, que
estavam bem vivas na mente dos discípulos do Senhor no dia da ascensão (Atos 1:6).
Esta certeza é dada, também, pelo apóstolo Paulo, na sua discussão a respeito
de Israel. De forma explícita diz: “porque
não quero, porém, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de
vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel até que a plenitude
dos gentios haja entrado” (Rm 11:25). Portanto, após o Arrebatamento da
Igreja, que é o instante em que se termina o período de entrada dos gentios na
oliveira, Deus Se voltará, uma vez mais, a Israel, o Israel étnico, a fim de
cumprir as promessas feitas em relação a esta nação que formou, cumprimento que
se deve antes à Sua fidelidade que a eventuais méritos dos judeus.
3.
Eleição, justiça e soberania de Deus. “Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos
por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os
dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11:28,29). Paulo diz
que a eleição de Israel é irrevogável porque é decreto divino. Mesmo sendo os
judeus indiferentes ao evangelho, não importa, os conselhos divinos são
incondicionais (Rm 11:29).
Deus escolheu Israel para ser o Seu povo e
isto se deve exclusivamente à Sua soberania, pois, como Senhor de todas as
coisas, não deve satisfação a pessoa alguma. Não podemos, portanto, tentar
discutir ou debater porque Deus escolheu Israel e não uma das tribos aborígenes
da América para ser o Seu povo, a Sua propriedade peculiar dentre os povos,
pois tamanha discussão seria uma tolice sem precedentes, como, aliás, alinhava
o apóstolo em Rm 9:20,21.
II. O TROPEÇO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO
DA REDENÇÃO (Rm 9:30-10:21)
1. Tropeçaram em Cristo (Rm 9:30-33). “Mas Israel, que buscava a lei da justiça,
não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que
pelas obras da lei. Tropeçaram na pedra
de tropeço, como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de
tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será
confundido”.
Paulo afirma que os judeus buscaram a
justificação pelos méritos das obras, mediante a observância da lei, e não
alcançaram essa justiça, ao passo que os gentios que não a buscavam,
encontraram-na, ou seja, a justiça que decorre da fé. A justificação que os
judeus buscavam não decorria da fé, mas das obras da lei. Assim, eles
tropeçaram em Cristo e desprezaram seu sacrifício. Cristo tornou-se para eles
pedra de tropeço e rocha de escândalo (veja 1Pd 2:4-8). Para os judeus, o Cristo
crucificado era “escândalo”(1Co 1:23) que os irritava e os levava à indignação.
Jesus não era o que eles esperavam, logo eles não o reconheceram. Eles
tropeçaram na pedra de tropeço (Rm 9:33). Por isso, perderam o único meio para
a salvação.
A “pedra” fez com que eles tropeçassem;
ouviram falar a respeito de Cristo, mas não entenderam. Portanto, tropeçaram no
único que poderia salvá-los. Segundo o
Rev. Hernandes Dias Lopes, Jesus é pedra de esquina ou pedra de tropeço; é o
rochedo da nossa salvação ou rocha de escândalo. Israel fracassou em reconhecer
Cristo como seu Salvador. Enquanto confiasse nas obras, Israel não poderia
abraçar a Cristo. Tinha de ser um ou outro. Não havia como ser ambos.
Algumas pessoas ainda hoje tropeçam em
Cristo porque a salvação pela fé parece não fazer sentido para elas. Elas
preferem tentar abrir caminho até chegarem a Deus, ou esperam que Ele
simplesmente ignore os pecados que praticam. Cristo pede humildade e muitos não
estão dispostos a se humilhar perante Ele. Ele exige obediência, mas muitos se
recusam a colocar sua vontade à disposição de Cristo. Portanto, para os judeus
e para todos que, por orgulho, preferem ser reconhecidos por agir por conta
própria do que confiar em Cristo, este ainda representa um obstáculo.
John Stott argumenta que só há duas
possibilidades: uma é colocar nossa confiança em Cristo, fazer dele o alicerce
de nossa vida e construir sobre esse fundamento; a outra é esfolar as canelas
na pedra, tropeçar e cair. Aqueles que não encontrarem em Cristo sua rocha de
refúgio se arruinarão ao tropeçar na pedra de tropeço (Rm 9:33).
2.
Tropeçaram na Lei. Os ensinamentos de Paulo eram
extremamente ofensivos para os judeus inconversos. Eles o consideravam um
traidor e inimigo de Israel. Mas, em vez de condená-los como ímpios e
irreligiosos, o apóstolo dá testemunho de que eles têm zelo por Deus e na
prática da lei – “Porque lhes dou
testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento” (Rm 10:2). Paulo
sabia muito bem disso através da sua própria experiência. Entretanto esse zelo
era mal direcionado e sem entendimento. O problema deles não era mornidão
espiritual, mas fervor fora da verdade, zelo sem entendimento. E zelo sem
entendimento é fanatismo.
Os judeus estavam tão ocupados em obedecer à
lei que seu zelo os impedia de realmente entender os caminhos de Deus para a
salvação. Como já tinham uma opinião formada, não podiam entender os caminhos
de Deus, ou seja, que a justiça lhes seria concedida através da fé em Jesus
Cristo, e que “o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm
10:4). Se os judeus houvessem crido em
Cristo, teriam compreendido essa verdade. Em sua morte, Cristo pagou a pena da
lei que os homens transgrediram. Quando um pecador recebe o Senhor Jesus Cristo
como seu Salvador, a lei não pode mais condená-lo. Graças à morte de seu
Substituto, o pecador está morto para lei. Deixa de lado as tentativas fúteis
de obedecer à lei perfeitamente e obter a justificação por meio dela.
O que manteve Israel fora do privilégio da
salvação não foi ausência de religiosidade, mas religiosidade fora da verdade.
O que faltou a Israel não foi sinceridade, mas discernimento. Concordo com John
Stott quando ele diz que sinceridade não basta, pois sempre existe a
possibilidade de alguém estar sinceramente equivocado. Portanto, o zelo não é
suficiente em si mesmo. Se não for combinado com a verdade, pode fazer mais mal
que bem. Esta era a situação do apóstolo Paulo antes de seu encontro com
Cristo. Ele foi um implacável perseguidor da igreja. Fez isso por zelo. Entrava
nas casas e nas sinagogas em Israel e fora de seus limites para açoitar os
crentes, forçá-los a blasfemar, encerrá-los em prisões e dar seu voto para
matá-los. E fazia tudo isso com o propósito de agradar a Deus. Porém, esse zelo
estava baseado num entendimento errado da Palavra de Deus, e o mesmo acontecia
com todos os demais judeus, que queriam alcançar a justiça divina obedecendo à
lei e aos seus rituais. Tropeçaram na Lei.
3.
Tropeçaram na Palavra. A tristeza constante de Paulo era que
nem todos do povo de Israel deram ouvidos ao Evangelho (cf. Rm 10:16). Isaias
profetizou que isso aconteceria ao perguntar: “Senhor, quem acreditou na tua
pregação?” (Rm 10:16; cf. Is 53:1). A pergunta exige a resposta: “Não muitos”.
Quando a primeira vinda do Messias foi anunciada, poucos creram (cf. João 1:12).
A rejeição do Evangelho pela maioria dos judeus abriu as portas para os
gentios. Deus advertiu que ele poria em Israel ciúmes com um povo que não é nação
(os gentios) e, com gente insensata e idólatra, provocaria os israelitas à ira
(Rm 10:19; cf. Dt 32:21). Usando uma linguagem ainda mais ousada, Isaías diz
que o Senhor foi achado pelos gentios que nem sequer o estavam procurando e
revelou-se aos que não ao perguntavam por Ele (Rm 10:20; cf. Is 65:1). Os
gentios como um todo não procuravam Deus, pois estavam envolvidos com suas
religiões pagãs. Porém, muitos deles atenderam ao chamado quando ouviram o
Evangelho. Em termos comparativos, os gentios se mostraram mais abertos para o
Evangelho que os judeus. Finalmente, com base em Isaias 65:2, Paulo explica que
Deus foi bondoso com o seu povo, estendendo pacientemente suas mãos para chamá-lo
(Rm 10:21). Porém eles só o desobedeceram, e discutiram com Ele. O convite de
Deus havia sido rejeitado, e as suas dádivas recusadas (Rm 10:21)
Com vimos, a desobediência de Israel foi
castigada pela recepção que Deus deu aos gentios (embora isso estivesse nos seus
planos há muito tempo). Mas Ele ainda aceitaria o seu povo, se pelo menos se
voltasse a Ele. Deus permanece fiel às suas promessas, a despeito dos israelitas
terem sido infiéis para com Ele. Deus ainda continua com as suas mãos
estendidas.
III. A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL DENTRO DO
PLANO DA REDENÇÃO (Rm 11:1-32)
1. Israel e o remanescente. Sempre
houve ao longo da existência de Israel, um remanescente fiel aos ditames de
Deus. Observe que toda a geração do Êxodo pereceu no deserto, porque não creu
em Deus; mas isto não ocorreu com Josué e Calebe, que ingressaram na Terra
Prometida, embora pertencessem àquela geração. E por quê? Por um simples
motivo, porque creram em Deus e nas suas promessas, ao contrário do restante,
que se manteve incrédulo (Nm.14:24; Dt.1:36,38; Hb.3:19).
Na sua obstinação em desobedecer aos ditames
de Deus, Israel sofreu progressivas sanções da parte do Senhor, pois Deus
corrige a quem ama e castiga a quem quer bem (Hb.12:5-11), numa escalada já
prevista na lei de Moisés (Dt 28:15-68), escalada esta que foi rigorosamente
cumprida por Deus que chegou a tirar o povo da própria Terra Prometida para
Babilônia (2Cr.36:15-21), sem falar na integral destruição das dez tribos do
Norte (cf. 2Rs.17:1-18). No entanto, apesar de todos os seus pecados, em Israel
sempre houve um remanescente fiel, ou seja, pessoas que, ainda que anônimas e
despidas de poder político, social ou econômico, serviam a Deus com
sinceridade, cumprindo a Sua Palavra.
Este
remanescente fiel, que sempre existiu em cada geração, é o
que constitui o verdadeiro e genuíno Israel. Este remanescente existiu mesmo
nos períodos mais negros da história de Israel, como nos dá conta o apóstolo
Paulo, ao mencionar a existência dele no macabro reinado de Acabe e sua ímpia
mulher Jezabel, período em que praticamente Deus deixou de ser a divindade
adorada pelo povo que o substituiu por Baal e Asera (cf. Rm 11:4).
Com relação à Igreja, também, isto não é
menos verdadeiro. Somos o “Israel de Deus” (Gl 6:16), no âmbito espiritual, e,
portanto, nesta expressão do apóstolo, está presente a ideia de que só pertence
à igreja aquele que for “filho da promessa”, ou seja, aquele que, por fé, tiver
crido em Cristo Jesus e “andar conforme esta regra” (cf. Gl 6:16).
É
bom ressaltar que nós, dispensacionalistas, cremos que a
Igreja sucedeu Israel durante a presente era da Igreja, entretanto, Deus tem
uma época futura em que Ele restaurará o Israel nacional para a administração
da bênção divina ao mundo. Jeremias declara que Israel jamais deixará “de ser
uma nação” (Jr 31:35-37). Paulo, em apenas um sermão, refere-se três vezes a
Israel como uma entidade ininterrupta (Atos 13:17,23,24). Portanto, a falaciosa
teologia da substituição – que ensina que a igreja substituiu Israel - não tem
nenhuma sustentação bíblica.
Ressalto,
ainda, que o remanescente de Israel alcançará, a exemplo dos
que fazem parte da igreja, a vida eterna porque obedecerão a Deus, aceitando a
Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador e, portanto, Deus mostrará
que Seu plano não falhou e que todos foram encerrados debaixo da desobediência,
para que todos os que atenderam ao chamado divino sejam alcançados por Sua
misericórdia (Rm 11:32). Esta visão privilegiada de todo o sentido da história
só poderia mesmo ter levado o apóstolo Paulo ao êxtase e à glorificação do nome
do Senhor, pelo Seu tão grande amor, como se vê no lindo e inspirado hino de
adoração que encerra a parte dogmática da epístola aos romanos (Rm 11:33-36).
2.
Israel e o enxerto gentílico. Os
judeus perderam a oportunidade de salvação, enquanto povo, no exato instante em
que rejeitaram o Messias (João 1:11,12). No entanto, essa rejeição operada
gerou uma bênção para nós, gentios, pois, através dela, pudemos ter livre e
independente acesso à graça de Deus por meio de Cristo Jesus, como bem
argumenta Paulo: “… pela sua transgressão,
veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes” (Rm 11:11b). Mas Paulo
levanta uma questão: “porventura, tropeçaram, para que caíssem?”
(Rm 11:11a). Ou seja, tropeçaram de modo
a cair e nunca mais ser restaurados? Paulo nega essa ideia com veemência: ”De
modo nenhum!” (Rm 11:11a). O propósito de Deus é restaurador. Sua intenção é
que, como resultado da queda de seu povo escolhido, a salvação possa chegar aos
gentios e, assim, provocar os “ciúmes” de Israel. Esses “ciúmes” visam a conduzir
Israel de volta a Deus no devido tempo (Zc 12:10-14).
Portanto,
foi graças ao tropeço de Israel que os gentios entraram como “enxerto” no plano
da salvação, como bem argumenta o apóstolo Paulo: “E,
se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os
ramos o são” (Rm 11:16). “E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar
deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira” (Rm 11:17). Somos
como zambujeiros enxertados no lugar dos judeus, e, assim, participamos da raiz
e da seiva da oliveira (Rm 11:15-19).
Compreendendo
melhor as duas metáforas acima...
- A
primeira metáfora trata das primícias (Rm 11:16). Aqui, o
apóstolo Paulo quer dizer que, assim como o primeiro fruto, Abraão, é santo
para Deus, também são santos seus descendentes. Todos os descendentes de
Abraão, a despeito de sua falta de fé e santidade pessoal, encontram-se ainda
de uma forma especial consagrados a Deus. O Senhor ainda os considera como
seus. Obviamente a palavra “santa”, no versículo 16, não significa “moralmente
puro”, mas é usada para descrever a separação especial dos judeus do mundo para
servir a Deus.
- A
segunda metáfora refere-se à oliveira
(Rm 11:17). Aqui, a “raiz” remete a Abraão, Isaque e Jacó. Os “ramos” naturais
são todos os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Os “ramos” naturais que têm
permanecido na árvore são a pequena parte de Israel, o remanescente que tem crido
em Jesus Cristo. Os “ramos” naturais que foram quebrados são a maioria de
Israel que rechaçou a Jesus como seu Messias. Os “ramos” silvestres que foram
enxertados são os gentios que receberam a Jesus. A “oliveira” em sua totalidade
é a Igreja de Jesus Cristo composta por crentes tanto judeus quanto gentios. Na
visão de William Macdonald, a “oliveira” representa a linhagem privilegiada por
Deus ao longo dos séculos.
Portanto, o fracasso de Israel abriu a
oportunidade para a formação de um novo povo de Deus formado por todos os povos
da terra, inclusive pelos Judeus, e com aquelas mesmas três características que
Deus queria do povo de Israel: um povo seu, especial, eleito, ou escolhido por
Ele; um reino sacerdotal; um povo santo. Por causa da rebeldia de Israel o
Senhor Deus não alcançou, com ele, estes três objetivos, porém alcançou, nesta
dispensação da Graça com a Igreja, conforme afirmou Pedro: “Mas vós sois a geração eleita, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo,
mas, agora, sois povo de Deus...”(1Pd 2:9). Compare 1Pedro 2:9 com Êxodo
19:5,6 e perceba a similitude do que Deus queria com Israel e do que Ele
alcançou com a Igreja. Ela é a sua propriedade peculiar, ou seu povo especial;
ela é um povo santo; ela é seu reino sacerdotal, proclamando suas virtudes, ou
o seu poder a todos os povos.
Mas
Paulo adverte os “ramos” silvestres, os gentios crentes, contra o orgulho: “não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és
tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram
quebrados, para que eu fosse enxertado” (Rm 11:18,19). Eles não devem
gloriar-se por terem sido “enxertados”, nem se gloriar contra os “ramos” que
foram quebrados, uma vez que não são eles que sustentam a “raiz”, mas a “raiz”
é que os sustenta. Paulo diz que os “ramos” (os judeus) foram arrancados pela
incredulidade e os “ramos” silvestres (os gentios) foram “enxertados” mediante
a fé, sem mérito algum. Por isso, não há espaço para a soberba, mas motivos
para temor (Rm 11:20).
Cada cristão, portanto, deve valorizar a sua
posição diante de Deus. O que Deus fez conosco é de uma grandeza infinita. Quem
vacilar pode ser cortado por Deus assim como aconteceu com Israel. Pense nisso!
3.
Israel e a restauração futura (Rm 11:25-32). Num
futuro mui breve, Israel será plenamente restaurado: espiritual e
territorialmente. A rejeição de Israel é temporária, em virtude de sua eleição
consubstanciada através da aliança do Sinai, pela qual Israel será sempre o
povo de Deus – “Porque eu sou contigo,
diz o Senhor, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as
quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e,
de todo, não te terei por inocente”(Jr 30:11). A misericórdia do Senhor,
demonstrada ao povo de Israel, trará a compaixão de Deus aos filhos de Abraão
(Rm 9:27; 11:30,31).
A Visão do vale dos ossos secos, em Ezequiel
37, está relacionada com o futuro de Israel. Veja algumas fases da visão do
vale de ossos secos, retratadas pelo Pr. Caramuru Afonso Francisco:
a)
ruído seguido de um reboliço, com junção dos ossos, cada osso ao seu osso (Ez 37:7). Nesta
primeira fase, há a reunião do povo de Israel num só lugar, o que ocorreu a
partir do início do movimento sionista e das imigrações por ele patrocinadas,
do final do século XIX até o instante da declaração de independência de Israel.
É o fim da suspensão do pacto palestiniano e a repatriação de Israel à terra de
Canaã.
b)
vinda de nervos sobre os ossos, crescimento da carne e extensão da pele sobre
eles por cima (Ez 37:8). Nesta segunda fase, a reunião do povo
se organiza politicamente e nasce um Estado, um país na comunidade
internacional. É o que ocorre com Israel a partir de 1948, quando, então, passa
a ter um lugar no mapa mundial. Retoma o Senhor o pacto palestiniano com Israel
e as circunstâncias tornam viável tanto a restauração do pacto davídico, pois
ressurge um governo judeu independente e próprio, como também se criam
condições para a reconstrução do templo, o que porá fim à suspensão do pacto
mosaico.
c)
sopro para que venha o espírito sobre Israel e ele torne a viver (Ez 37:9,10).
Nesta terceira fase, Israel será, de novo, enxertado na oliveira, porque
voltará a crer em Deus, aceitando a Cristo como seu único e suficiente
Salvador, ou, pelo menos, o seu remanescente, quando, então, se cumprirá a
profecia mencionada pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:26. Isto somente ocorrerá
quando Israel reconhecer a Cristo como o Messias, o que acontecerá no final da
Grande Tribulação, sete anos depois do glorioso arrebatamento da Igreja, na
batalha do Armagedom (cf. Zc 14:1-9; Ap 19:11-21).
Vencido o Anticristo pelo Senhor Jesus na
batalha do Armagedom, Israel, que terá no momento decisivo se voltado ao Senhor
e O reconhecido como o Messias, verá cumpridas as promessas que ainda faltam.
Jesus será entronizado como Rei de Israel,
cumprindo-se, assim, a promessa do pacto davídico, de que o reinado da casa de
Davi perduraria para sempre sobre a nação de Israel. Israel, durante o reino
milenial de Cristo, cumprirá o papel de propriedade peculiar de Deus dentre os
povos, nação sacerdotal e povo santo e tudo isto, como diz Paulo, “porque os
dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11:29).
No Milênio, Israel ocupará todo o território
bíblico prometido por Deus a Abraão. Jerusalém será a capital do mundo, e a
nação de Israel será a nação mais importante da Terra – “E virão muitos povos, e dirão: vinde e subamos ao monte do Senhor, à
casa de Deus de Jacó; para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e
andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra
do Senhor”(Is 2:3).
Israel foi expulso
pelos romanos em 70 d.C., sob a permissão de Deus, mas não para sempre! Deus
havia dito que os traria de volta à sua terra e restabeleceria as suas cidades.
Veja a profecia inexorável de Ezequiel 37:21-25:
21. Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que
eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os
congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra.
22. E deles farei uma nação na terra, nos montes de
Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações; nunca
mais para o futuro se dividirão em dois reinos.
23. E nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem
com as suas abominações, nem com as suas prevaricações; e os livrarei de todos
os lugares de sua residência em que pecaram e os purificarei; assim, eles serão
o meu povo, e eu serei o seu Deus.
25. E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na
qual habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles, e seus filhos, e os filhos
de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
O Senhor, em sua fidelidade,
começou a cumprir estas palavras diante de nossos olhos! Hoje, Israel é uma
potência econômica, científica e militar. No dia 14/05/2016, Israel comemorou
68 aniversários, com um dos maiores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do
planeta. Não existe nenhuma outra nação na Terra que se possa orgulhar de
feitos e desenvolvimentos tão rápidos e tão notáveis! E isto, estando rodeado
de inimigos por todos os lados.
Diríamos que para Israel, hoje, só falta
cumprir o finalzinho de Ezequiel 37:8: “...mas
não havia neles espírito”. Israel hoje existe como nação soberana, tem sua
base territorial, seu governo próprio, tem vida física, social, política, mas
não tem vida espiritual, continua privada da comunhão com Deus. Mas esta
situação será mudada em breve - “Então,
me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem:
Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados.
Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu abrirei
as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos
trarei à terra de Israel. E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir as
vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo meu. E porei
em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que
eu, o SENHOR, disse isso e o fiz, diz o SENHOR” (Ez 37:11-14).
CONCLUSÃO
Israel é a Nação mais amada e, ao mesmo
tempo, a mais odiada do mundo, por Satanás e pelos seus súditos. Temos motivos
para amar Israel, pois, foi através desta Nação que: (a) Deus mostrou ao mundo
a sua grandeza, poder e glória (Rm 9:17). Desde Moisés até os nossos dias quem
olhar para Israel e sua história tem que reconhecer o poder de Deus; (b) a
Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, foi dada à humanidade. Israel foi receptáculo
dos segredos divinos. O apóstolo Paulo pergunta aos irmãos de Roma: "Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a
utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as
palavras de Deus lhes foram confiadas" (Rm 3:1,2); (c) Deus trouxe Seu
Filho ao mundo. Jesus disse para a mulher samaritana: “...porque a salvação vem
dos judeus” (João 4:22). Estes três objetivos cumpridos por Deus através da
Nação de Israel devem justificar o nosso amor e nossas orações por Jerusalém e
por Israel. “Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te buscam”
(Salmo 122:6).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Guia
do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
Revista
Ensinador Cristão – nº 66. CPAD.
Romanos – O Evangelho segundo Paulo. Rev. Hernandes Dias Lopes.
Hagnos.
A Mensagem de Romanos. John Stott. ABU.
Maravilhosa
Graça. José Gonçalves. CPAD.
Comentário Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco.
PortalEBD_2006.
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