Por: Deborah
Srour
Nesta
última quinta-feira a UNESCO, a Agência da ONU para a Educação, Ciência e
Cultura, aprovou uma resolução submetida pelos palestinos, declarando o Monte
do Templo e o Muro das Lamentações da cidade de Jerusalém, como locais
unicamente sagrados aos árabes e muçulmanos. A UNESCO oficialmente cortou os
laços que o Judaísmo e o Cristianismo têm com este local.
Dos
58 membros da UNESCO, 24 votaram a favor, 26 se abstiveram e somente 6 votaram
contra! Os heróis foram a Estônia, a Alemanha, a Lituânia, a Holanda, o Reino
Unido junto com a Irlanda do Norte e os Estados Unidos.
Esta
não é a primeira vez que esta resolução vai ao voto e é aprovada. Em abril
deste ano, a versão inicial desta resolução recebeu 33 votos a favor, 17
abstenções e os mesmos 6 contra.
A
diferença desta vez é que houve um clamor no mundo cristão o que causou que 7
países trocassem seu voto de a favor para a abstenção, entre eles os países
europeus como a França, a Espanha, a Suécia, a Eslovênia e a Argentina na
América do Sul.
Mas
aparentemente, este clamor não chegou ao Brasil. Nas duas votações a
representante permanente do Brasil na UNESCO, a Sra. Eliana Zugaib, de origem
árabe e que mora em Paris, com apenas o levantar de sua mão, em nome de todos
os brasileiros, ela despedaçou a Bíblia e os Evangelhos e os jogou no lixo.
Na
primeira votação em abril, o Brasil ainda tinha ao leme a ignorância
personificada, para a qual os fatos, a história, a tradição ou a religião não
tinham qualquer significância. O que interessava era a implantação da agência
socialista e do alinhamento do nosso país com membros altamente culturais,
científicos e educados da UNESCO como a Argélia, Bangladesh, Chade, Irã,
Líbano, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Senegal, Sudão e Vietnã.
Aonde
está o novo governo Temer, e o novo Ministro das Relações Exteriores José Serra
que deveriam ter restaurado a lucidez à política externa do Brasil?
Aonde
está a bancada evangélica do Congresso? Será que o Senador Magno Malta, um dos
seus líderes, ficou ciente que em seu nome, o governo do Brasil revogou os
laços do Cristianismo com Jerusalém?
Daqui
para frente, queridos ouvintes cristãos, não se poderá mais dizer que Jesus
esteve no Templo fazendo perguntas aos sábios, ou que tenha purificado o Templo
expulsando os trocadores de dinheiro. Não poderão nem mesmo dizer que Jesus foi
crucificado ou que ressuscitou em Jerusalém. A resolução é clara ao dizer que o
Monte do Templo e a Esplanada do Muro das Lamentações são só sagrados para o
Islamismo e os muçulmanos. A mídia palestina reitera isso negando que jamais
existiu qualquer Templo no local! E ainda, que Jesus não era judeu mas o
primeiro mártir palestino da história!
Até
a França, que tem que se preocupar com seus constituintes muçulmanos que já são
10% de sua população, desculpou-se por ter votado a favor da resolução em abril
e nesta última pelo menos se absteve de votar por este estupro da história e da
religião. Mas por que o Brasil votou a favor???
Por
que esta obsessão em se aconchegar com o mundo muçulmano, e com os palestinos
em particular? Será que devemos a eles uma grande dívida por sua imensa
contribuição ao Brasil ou à humanidade? (Como os sequestros de aviões e os
homens-bombas).
Ou
será que são eles que devem ao Brasil? Sim, porque estes mendigos-chefes
receberam R$25 milhões de reais por decreto do governo Dilma em 2010 e depois
mais 10 milhões de dólares (outros 35 milhões de reais) para a construção de um
hospital de ponta em Ramallah, enquanto os contribuintes destes milhões continuam
a morrer na fila dos SUS ou são atendidos no chão dos hospitais por falta de
verbas para comprar macas.
Ou
será que a obsessão é mesmo com aprovar qualquer resolução por mais absurda que
seja, desde que fira Israel e os judeus de algum modo? Mesmo ao preço de negar
sua própria tradição, sua própria Bíblia?
Como
judia, não posso deixar de lembrar que Jerusalem está mencionada na Bíblia 669
vezes e como Sião outras 154 vezes, totalizando 823 vezes. Durante os dois mil
anos de exílio, o povo judeu continuou a rezar três vezes por dia por
Jerusalém. A cada nascimento, a cada circuncisão, a cada casamento, a cada
morte, sempre Jerusalém.
No
Evangelho, Jerusalém está mencionada 154 vezes e Sião 7 vezes. Quantas vezes a
cidade está mencionada no Al-Corão??? Nenhuma. Zero. Nil.
A
passagem que muitos muçulmanos citam, do sonho de Maomé em que ele teria voado
em seu cavalo até a mesquita mais longínqua, que eles interpretam como sendo
El-Aqsa em Jerusalém, não faz qualquer sentido porque não só não havia
islamismo fora da Arábia Saudita durante a sua vida, como esta mesquita só
começou a ser construída em 705, 73 anos após a morte de Maomé.
Mas
a coisa não para aí. O próprio Corão reconhece o direito dos judeus à Terra
Santa! Sim, vocês leram bem. Então não só esta resolução nega o que está
escrito na Bíblia e nos Evangelhos, mas para mais uma investida política contra
Israel, a Autoridade Palestina não teve qualquer escrúpulo em negar o que diz
seu próprio livro sagrado.
E
a verdade é que Jerusalém nunca foi sagrada para o Islamismo. Tanto que quando
rezam na mesquita de Al-Aqsa, eles se dirigem para Meca, levantando seu sagrado
traseiro para o Domo da Pedra, o local mais sagrado do Templo.
Alguns
dos exemplos do Corão são: Sura 29, versículo 47: Quando D-us fala ao povo de
Israel ele diz: “Entre, Meu Povo, a Terra Santa que Alá designou para vocês.
Não dê as costas à ela ou será sua ruína”. Ou a Sura 5, versículo 21: “Alá
assentou os Israelitas na terra abençoada e deu à eles tudo o que era bom”. E a
Sura 10, versículo 93: E Alá disse aos Israelitas: Vivam nesta Terra. Quando a
promessa do mundo vindouro será cumprida, Eu reunirei todos vocês nesta Terra
no Fim dos Tempos”.
Esta
resolução não é só uma declaraçãozinha inócua. Ela tem consequências
devastadoras para Israel e o mundo cristão. Em vez de apaziguar, ela irá
encorajar mais violência muçulmana em Jerusalém contra judeus e cristãos.
Toda
a base legal para a presença judaica nesta Terra é o que está escrito na
Bíblia! Para aonde, está escrito, o Messias irá, ou se for cristão, retornará?
Para Tel Aviv? Não, para Jerusalem, para o Templo! Imaginem que amanhã, os
muçulmanos proíbam o acesso dos cristãos na esplanada do Templo. Como poderão
protestar? Se hoje os cristãos aceitam como verdadeira a retórica apresentada
pelos palestinos de que nunca houve qualquer Templo ou judeus em Jerusalém, não
houve Jesus, ou os apóstolos, ou Maria, ou a crucificação ou a ressurreição!
Para
supostamente se alinhar com o terceiro mundo do qual nunca se gradua, o Brasil,
um dos maiores países cristãos do mundo, senão o maior, vendeu suas crenças,
deu as costas às suas preces, e destruiu suas esperanças. Ele se curvou à
ignorância, ao radicalismo, e para quê??? É esta a minha pergunta. O que o
Brasil ganhou com isso??
Mas
a sabedoria e a cultura hoje não pertencem a mim. Pertencem à UNESCO. 3.500
anos de história e das tradições judaico-cristãs no Brasil apagadas com o
simples levantar do dedo da honorável embaixadora Elaine Zugaib.
Da
mesma forma que demos um basta à ignorância e retomamos o leme do nosso
destino, temos que questionar nossos parlamentares, nossos senadores, sobre o
racional usado e quem foi o responsável por este voto do Brasil. E não faço
isso de modo leviano. Todo aquele que ficou escandalizado com esta votação,
deveria escrever para seu deputado, seu senador e expressar seu protesto e
dizer “Não em meu Nome”. Para que na próxima votação o Brasil não faça mais
este papel vergonhoso. Que ele orgulhosamente faça parte daqueles que não
comprometem nem seus valores nem os de seu povo.
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Fonte: http://deborahsrour.blogspot.com.br/
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