4º TRIMESTRE/2018
TEXTO BASE: LUCAS 18:9-14
"E O QUE A SI MESMO SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO; E O QUE A SI MESMO SE
HUMILHAR SERÁ EXALTADO" (MT.23:12).
INTRODUÇÃO
DANDO CONTINUIDADE AO ESTUDO
DAS PARÁBOLAS DE JESUS, TRATAREMOS NESTA AULA DA PARÁBOLA DO “PUBLICANO E DO
FARISEU”. É A HISTÓRIA DE DOIS HOMENS, DUAS ORAÇÕES E DOIS RESULTADOS.
OS DOIS HOMENS FORAM
AO MESMO TEMPLO, EM UMA MESMA HORA E COM O MESMO PROPÓSITO: ORAR. O RESULTADO, PORÉM, FOI BASTANTE DIFERENTE: DEUS
OUVIU A ORAÇÃO DE UM, MAS NÃO RESPONDEU A ORAÇÃO DO OUTRO.
COM ESTA PARÁBOLA, JESUS
NOS MOSTRA QUE A ORAÇÃO DEVE SER FEITA SEMPRE COM HUMILDADE, COM RECONHECIMENTO
DA SOBERANIA DIVINA E DA INDIGNIDADE DO HOMEM COMO TAL.
NÃO PODEMOS JAMAIS ORAR COM ARROGÂNCIA, COMO QUE A MOSTRAR
MÉRITOS OU "DIREITOS" DIANTE DO SENHOR.
ORAMOS PORQUE PRECISAMOS DE DEUS E DA SUA
MISERICÓRDIA.
ORAMOS PORQUE NOS RECONHECEMOS PECADORES E
CARENTES DA GRAÇA DE DEUS, ALGO BEM DIVERSO DAS ORAÇÕES DOS MODERNOS
FARISEUS, QUE SÃO UMA SEQUÊNCIA DE "EXIGÊNCIAS",
"DETERMINAÇÕES", "DECRETOS", “PROFETADAS” E TANTAS
OUTRAS INVENCIONICES, CUJO ÚNICO RESULTADO É FAZER COM QUE AS PESSOAS
ORGULHOSAS E SOBERBAS SAIAM SEM JUSTIFICAÇÃO DO LOCAL DE CULTO ONDE VOCIFERARAM
SUAS TOLICES.
NOSSAS ORAÇÕES DEVEM SER PERMEADAS DE SINCERIDADE, HUMILDADE,
REVERÊNCIA, SUBMISSÃO E ARREPENDIMENTO. É ISTO QUE DEUS QUER.
QUANDO ORAMOS A DEUS,
DEVEMOS CONFIAR EM QUEM ELE É, E NÃO EM QUEM NÓS SOMOS.
I. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO
PUBLICANO
DEPOIS DE HAVER ENSINADO,
POR MEIO DA PARÁBOLA DO "JUIZ INÍQUO", A RESPEITO DA NECESSIDADE
E DA PERSISTÊNCIA DA ORAÇÃO, JESUS CONTA ESSA PARÁBOLA COM O OBJETIVO DE
ENSINAR A ATITUDE CORRETA NA HORA DA ORAÇÃO.
A ORAÇÃO DEVE SER TANTO COM PERSEVERANÇA
(LC.18:1-8) QUANTO COM HUMILDADE (LC.18:9-14).
NA PARÁBOLA EM EPÍGRAFE, VEMOS DOIS EXTREMOS DA
SOCIEDADE JUDAICA: O FARISEU, QUE SE JULGAVA JUSTO, E O PUBLICANO (COBRADOR
DE IMPOSTOS), CONSIDERADO UM TRAIDOR DA NAÇÃO DE ISRAEL.
1. O FARISEU.
FARISEU É O NOME DADO A
UM GRUPO DE JUDEUS DEVOTOS DO PENTATEUCO (TORÁ), SURGIDO NO SÉCULO II A.C..
OPOSITORES DOS SADUCEUS, SEGUIAM MUITAS TRADIÇÕES
ORAIS, EM CONJUNTO COM A LEI ESCRITA, E FORAM OS PRINCIPAIS MENTORES DA
INSTITUIÇÃO DA SINAGOGA.
PERTENCIAM AO GRUPO DA ELITE RELIGIOSA CONHECIDA
POR SUA OBSERVÂNCIA CUIDADOSA DA LEI JUDAICA.
ACREDITAVAM QUE PARA
AGRADAR A DEUS CADA PESSOA TINHA DE OBEDECER RIGOROSAMENTE A TODAS AS REGRAS
DAS ESCRITURAS E DA TRADIÇÃO (MT.15:1,2).
ELES OBSERVAVAM AS PRÁTICAS DE FORMA MINUCIOSA, CONTUDO, ESQUECIAM DO
ESPÍRITO DA LEI, COMO SE NOTA NA FORMA COMO SE LAVAVAM ANTES DE FAZER AS
REFEIÇÕES, NO LAVAR DOS COPOS, JARROS, OS VASOS DE METAL E AS ROUPAS
DE CAMA (MC.7:3,4), EM PAGAR CUIDADOSAMENTE O DÍZIMO (MT.23:23), NA OBSERVÂNCIA
DO SÁBADO, ETC.
NEM TUDO ERA REPROVÁVEL NESTA CLASSE DE JUDEUS. ELES ACREDITAVAM NA
RESSURREIÇÃO E AGUARDAVAM A VINDA DE UM SALVADOR DE ISRAEL.
FARISEU SIGNIFICA "SEPARADO". ERA ASSIM
IDENTIFICADA PORQUE NÃO SOMENTE SE SEPARAVA DOS OUTROS POVOS, MAS
TAMBÉM DOS OUTROS JUDEUS, PRINCIPALMENTE OS PUBLICANOS.
JESUS CONDENOU-OS POR SUA HIPOCRISIA (MT.23:27,28).
27. AI DE VÓS, ESCRIBAS E
FARISEUS, HIPÓCRITAS! POIS QUE SOIS SEMELHANTES AOS SEPULCROS CAIADOS, QUE POR
FORA REALMENTE PARECEM FORMOSOS, MAS INTERIORMENTE ESTÃO CHEIOS DE OSSOS DE
MORTOS E DE TODA IMUNDÍCIA.
28. ASSIM, TAMBÉM VÓS
EXTERIORMENTE PARECEIS JUSTOS AOS HOMENS, MAS INTERIORMENTE ESTAIS CHEIOS DE
HIPOCRISIA E DE INIQUIDADE.
NA PARÁBOLA EM EPÍGRAFE, O FARISEU ERA SEPARATISTA, MAS O SEU SEPARATISMO E
O SEU DESEJO DE PERMANECER PURO PERANTE DEUS TINHAM RESULTADO NUM MODO DE
VIDA DE FANATISMO RELIGIOSO.
OS FARISEUS FAZIAM
MUITAS COISAS SÓ PARA MANTER AS APARÊNCIAS E DAVAM MAIS ATENÇÃO À
TRADIÇÃO ORAL DO QUE À PALAVRA DE DEUS.
MUITOS CAÍRAM NO LEGALISMO: OBEDECER A TODAS AS
REGRAS SE TORNOU MAIS IMPORTANTE QUE UM CORAÇÃO SINCERO E
ARREPENDIDO.
É IMPORTANTE ENTENDER QUE
JESUS NÃO REPROVAVA O QUE ERA CERTO DO ENSINAMENTO DOS FARISEUS (MT.23:1-3),
MAS DESABONAVA A CONDUTA DELES, A HIPOCRISIA, QUE ERA UMA MARCA
PERSISTENTE DA PERSONALIDADE DOS FARISEUS.
NA PARÁBOLA EM COMENTO, O FARISEU:
·
NÃO FOI
CRITICADO POR ORAR EM PÉ, QUE ERA A POSIÇÃO JUDAICA MAIS USADA NA ORAÇÃO.
·
TAMBÉM NÃO FOI CRITICADO PELO QUE DISSE, AFINAL, FAZIA MAIS DO QUE
A LEI EXIGIA.
·
O PROBLEMA DO
FARISEU FOI O QUE ELE NÃO DISSE: ELE NÃO CONTOU NADA SOBRE OS SEUS PECADOS.
SÓ LEVOU EM CONTA A SUA POUPANÇA DE MÉRITOS. PIOR AINDA, CREU QUE DEUS O
ESCUTAVA E NÃO ESCUTAVA O PUBLICANO. ELE NÃO TINHA MESMO COMO SER PERDOADO,
PORQUE NEM TINHA CONSCIÊNCIA DE QUE ERA PECADOR.
JESUS DISSE QUE O FARISEU NÃO ESTAVA ORANDO A DEUS. ELE ORAVA DE SI PARA
SI MESMO (LC.18:11). E ESSE É O TIPO DE ORAÇÃO HIPÓCRITA.
SUA ORAÇÃO NÃO IA ALÉM DO TEMPLO, NÃO CHEGAVA À PRESENÇA
DE DEUS. SABE POR QUÊ? PORQUE SE TRATAVA DE UMA ORAÇÃO VAZIA,
EGOÍSTA, VAIDOSA, CHEIA DE ARROGÂNCIA, EXALTAÇÃO E PEDANTISMO RELIGIOSO.
ORA, NÓS SABEMOS QUE DEUS NÃO OUVE A ORAÇÃO FEITA COM ARROGÂNCIA.
2. O
PUBLICANO.
OS PUBLICANOS ERAM ALGUÉM
DA PERIFERIA DA SOCIEDADE JUDAICA E QUE NÃO SEGUIAM A LEI MOSAICA.
ERAM CONSIDERADOS
DESTERRADOS, E PESSOAS RELIGIOSAS TENDIAM A EVITAR ASSOCIAÇÃO COM ELES.
ERAM COBRADORES DE IMPOSTOS PARA O IMPÉRIO ROMANO.
OS IMPOSTOS DO IMPÉRIO
ERAM PESADOS E OS PUBLICANOS MUITAS VEZES COBRAVAM ALÉM DO DETERMINADO.
ALGUNS ACABAVAM EXTORQUINDO GRANDES QUANTIAS DE
DINHEIRO DO SEU PRÓPRIO POVO (LC.3:12,13; 19:8). POR ISSO, ERAM CONHECIDOS
COMO LADRÕES, AVARENTOS, SEM CORAÇÃO.
ERAM JULGADOS COMO PESSOAS DE VIL CARÁTER.
OS JUDEUS, QUE NÃO GOSTAVAM DO DOMÍNIO ROMANO, SENTIAM-SE
TRAÍDOS PELOS PUBLICANOS.
OS FARISEUS E OUTROS RELIGIOSOS, PARA NÃO SEREM
CONTAMINADOS, SE RECUSAVAM A CONVIVER COM ELES.
TODAVIA, JESUS NÃO REJEITOU NENHUM PUBLICANO QUE QUERIA SEGUI-LO.
JESUS NUNCA REJEITOU NINGUÉM QUE QUISESSE
SEGUI-LO.
JESUS VIA QUE OS PUBLICANOS ERAM PESSOAS QUE
MUITO PRECISAVA DA SALVAÇÃO. POR ISSO, ELE FAZIA AMIZADE COM
PUBLICANOS, VISITAVA SUAS CASAS E ATÉ COMIA COM ELES.
MAS, O POVO,
PRINCIPALMENTE OS FARISEUS, MURMURAVA PELO FATO DE JESUS COMER COM ELES
(MT.9:11; 11:19; LC.5:29; 15:1,2).
JESUS NÃO APROVAVA SUAS CONDUTAS, PORÉM OFERECIA A
ELES PERDÃO E UMA CHANCE PARA MUDAREM DE VIDA (MT.9:11-13).
“E OS FARISEUS, VENDO
ISSO, DISSERAM AOS SEUS DISCÍPULOS: POR QUE COME O VOSSO MESTRE COM OS
PUBLICANOS E PECADORES? JESUS, PORÉM, OUVINDO, DISSE-LHES: NÃO NECESSITAM DE
MÉDICO OS SÃOS, MAS SIM, OS DOENTES. IDE, PORÉM, E APRENDEI O QUE SIGNIFICA:
MISERICÓRDIA QUERO E NÃO SACRIFÍCIO. PORQUE EU NÃO VIM PARA CHAMAR OS JUSTOS,
MAS OS PECADORES, AO ARREPENDIMENTO” (MT.9:11-13).
NA PARÁBOLA EM EPÍGRAFE, O PUBLICANO, AO CONTRÁRIO
DO FARISEU, VIA MUITO BEM A SI MESMO E SÓ TINHA OLHOS PARA OS SEUS
PECADOS.
NÃO TINHA NENHUMA
PRETENSÃO, MAS APENAS A CONVICÇÃO DE QUE ERA PECADOR.
ESSE HOMEM HUMILDE E
CONVICTO DE SEU ESTADO DE PECADOR ESTAVA ARREPENDIDO DIANTE DE DEUS. SEU ÚNICO
PEDIDO ERA POR PIEDADE, OU SEJA, POR PERDÃO.
O FARISEU AGRADECEU A DEUS POR SER “MUITO MELHOR” E “MAIS SANTO”
QUE O PUBLICANO. MAS, O PUBLICANO RECONHECEU QUE ERA PECADOR E PEDIU
PERDÃO DOS SEUS ERROS.
DEUS PERDOOU O PUBLICANO ARREPENDIDO, MAS NÃO O FARISEU
ARROGANTE (LC.18:13,14).
O PUBLICANO SAIU DO TEMPLO PERDOADO E JUSTIFICADO.
“DIGO-VOS QUE ESTE
PUBLICANO DESCEU JUSTIFICADO PARA SUA CASA, E NÃO AQUELE FARISEU...”(LC.18:14).
3. A
ORAÇÃO.
A ORAÇÃO É IMPORTANTE,
MAS A ATITUDE DE ORAR É DE VITAL IMPORTÂNCIA.
NA PARÁBOLA EM COMENTO, O
FARISEU E O PUBLICANO SUBIRAM AO TEMPLO, EM UMA MESMA HORA, COM O
PROPÓSITO DE ORAR (LC.18:11-13).
O PROPÓSITO DOS DOIS DE BUSCAR A DEUS EM ORAÇÃO ERA PLAUSÍVEL,
MAS A ORAÇÃO DOS DOIS ESTAVA EM CONTRASTE, E O RESULTADO FOI TOTALMENTE
DIFERENTE.
DEUS OUVIU A ORAÇÃO DO PUBLICANO, QUE ERA CONSIDERADO UMA
PESSOA QUE VIVIA EM GRANDES PECADOS E VÍCIOS, SENDO MESMO EQUIPARADO AOS
GENTIOS, MAS NÃO RESPONDEU À ORAÇÃO DO FARISEU, QUE ERA TIDO COMO UM
HOMEM PIAMENTE RELIGIOSO, E QUE CUMPRIA A LEI COM RIGOR EXEMPLAR.
O FARISEU TINHA UMA AURA DE AUTOCONFIANÇA E
ARROGÂNCIA.
EM POSIÇÃO NORMAL DE ORAÇÃO, OU SEJA, DE PÉ, ELE ANUNCIOU A DEUS O TIPO DE
PESSOA QUE ELE ERA:
“O FARISEU, ESTANDO EM
PÉ, ORAVA CONSIGO DESTA MANEIRA: Ó DEUS, GRAÇAS TE DOU, PORQUE NÃO SOU COMO OS
DEMAIS HOMENS, ROUBADORES, INJUSTOS E ADÚLTEROS; NEM AINDA COMO ESTE PUBLICANO.
JEJUO DUAS VEZES NA SEMANA E DOU OS DÍZIMOS DE TUDO QUANTO POSSUO” (LC.18:11).
SUA ORAÇÃO APENAS
REGISTROU SUAS ATIVIDADES DE MANEIRA AUTOGLORIFICADORA.
ELE LEMBROU A DEUS DOS
VÍCIOS DOS QUAIS ELE SE PRIVAVA E DAS PRÁTICAS PIEDOSAS NAS QUAIS SE DEDICAVA.
A LEI EXIGIA UM DIA ANUAL DE JEJUM, NO DIA DA EXPIAÇÃO
(LV.16:29; 23:27), E O DÍZIMO A SER PAGO DE CERTAS COLHEITAS (LV.27:30-32;
DT.14:22-27). MAS, O FARISEU FOI ALÉM DESSAS EXIGÊNCIAS, JEJUANDO DUAS
VEZES POR SEMANA E DAVA DÍZIMOS DE TUDO.
SUAS DECLARAÇÕES REFLETEM QUE ELE ERA UM HOMEM
ORGULHOSO E INSENSÍVEL, E NÃO PERCEBIA A GRAÇA PROVEDORA DE DEUS.
ELE NÃO PEDIU NADA A
DEUS, NEM LHE EXPRESSOU GRATIDÃO.
ELE QUERIA QUE DEUS APRECIASSE QUE HOMEM MARAVILHOSO ELE
ERA.
O PUBLICANO, A QUEM OS FARISEUS MENOSPREZAVAM, ESTAVA TAMBÉM EM PÉ
NO TEMPLO. MAS, EM CONTRASTE COM O FARISEU, ELE ESTAVA SOB
CONVICÇÃO DOS ERROS QUE FEZ.
EMBORA NA POSIÇÃO NORMAL
DE ORAÇÃO, OU SEJA, DE PÉ, O PUBLICANO “NEM AINDA QUERIA LEVANTAR OS OLHOS
AO CÉU”.
COMO SINAL DE TRISTEZA E ARREPENDIMENTO, ELE SE ENTREGOU À GRAÇA
DE DEUS E OROU DA SEGUINTE MANEIRA:
“... Ó DEUS, TEM MISERICÓRDIA DE MIM,
PECADOR!”(LC.18:13).
ELE PEDIU A DEUS QUE REMOVESSE SUA IRA CONTRA ELE
POR HAVER PECADO.
ELE SABIA QUE PECOU E, AO PLEITEAR O PERDÃO,
ELE IMAGINAVA O QUE MERECIA, CASTIGO.
OS RESULTADOS DAS DUAS ORAÇÕES FORAM TOTALMENTE DIFERENTES.
FORAM DIFERENTES PORQUE AS SUAS ORAÇÕES FORAM DIFERENTES.
O PRÓPRIO JESUS ANUNCIOU OS RESULTADOS:
“DIGO-VOS QUE ESTE
PUBLICANO DESCEU JUSTIFICADO PARA SUA CASA, E NÃO AQUELE FARISEU...”(LC.18:14).
COM HUMILDADE, O PUBLICANO CLAMOU POR MISERICÓRDIA E RECEBEU A APROVAÇÃO DE
DEUS SENDO-LHE PERDOADO OS SEUS PECADOS.
POR OUTRO LADO, O FARISEU HIPÓCRITA NÃO FOI
JUSTIFICADO.
E JESUS DISSE O PORQUÊ: “PORQUE TODO O QUE SE EXALTA SERÁ HUMILHADO;
MAS O QUE SE HUMILHA SERÁ EXALTADO” (LC.18:14).
SERMOS CRENTES RELIGIOSOS, IRMOS AO TEMPLO TODOS OS
DOMINGOS,
COLOCARMOS A BÍBLIA DEBAIXO DO BRAÇO E PARTICIPARMOS DO CULTO, DARMOS OFERTAS E
DÍZIMOS, NÃO SIGNIFICA QUE ESTAMOS AGRADANDO A DEUS. É SÓ DÁ UMA LIDA
NAS CARTAS QUE JESUS ENVIOU ÀS IGREJAS DA ÁSIA (AP.CAP.2 E 3).
A RELIGIOSIDADE QUE OSTENTAMOS EM NOSSA VIDA NÃO
SIGNIFICA NADA PARA DEUS, SE NÃO BROTAR DE UM CORAÇÃO SINCERO, HUMILDE E SE NÃO FOR DE ACORDO COM
A VONTADE DELE.
O ORGULHO RELIGIOSO É UMA DESGRAÇA NA VIDA DE UMA
PESSOA,
E MOSTRA O QUANTO ELA ESTÁ DISTANTE DE DEUS.
FOI O CASO DO FARISEU. ELE MOSTROU O QUANTO
ESTAVA DISTANTE DE DEUS QUANDO EXALTOU SUAS PRÓPRIAS OBRAS COMO
SENDO, NA VISÃO DELE, O MOTIVO DE DEUS O ACEITAR EM SUA PRESENÇA. PORÉM, ELE
APENAS MOSTROU O QUANTO ADORAVA A SI MESMO E NÃO A DEUS (CF.
LC.18:11).
O ORGULHO É PERIGOSO, POIS NOS LEVA A
CONFIAR EM NÓS MESMOS E EM NOSSAS HABILIDADES, E NOS INFLUENCIA A SER
INSENSÍVEIS ÀS NECESSIDADES DOS OUTROS.
COMO ESTAMOS COMPARECENDO DIANTE DE DEUS?
COM QUE MENTALIDADE NÓS ORAMOS? COMO AQUELE QUE JÁ SABE
TUDO E POR ISSO SÓ ORA POR OBRIGAÇÃO, OU COMO ALGUÉM QUE ESTÁ
CONVICTO DE SUA PRÓPRIA FRAQUEZA E POR ISSO BUSCA O SENHOR COM ARDENTE
DESEJO INTERIOR?
EM UM DOS SALMOS ENCONTRAMOS A SEGUINTE ORAÇÃO:
"COMO SUSPIRA A
CORÇA PELAS CORRENTES DAS ÁGUAS, ASSIM, POR TI, Ó DEUS, SUSPIRA A MINHA ALMA. A
MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS, DO DEUS VIVO" (SL.42:1,2).
SOMOS PESSOAS QUE DE FATO TÊM SEDE E FOME POR UM
ENCONTRO COM O SENHOR, OU ESTAMOS CONTENTES QUANDO TERMINAMOS O NOSSO TEMPO DIÁRIO DE
ORAÇÃO?
CADA UM DE NÓS DEVE DAR UMA RESPOSTA SINCERA A ESTA
PERGUNTA.
UMA COISA É CERTA: A PRESUNÇÃO, O
FATO DE SE CONSIDERAR MELHOR QUE OS OUTROS, FAZ PARTE DO PERFIL DOS
FARISEUS.
MAS, SE ESTIVERMOS CONSCIENTES DA NOSSA IMPERFEIÇÃO NO MOMENTO EM QUE ORAMOS
A DEUS, ENTÃO, COMO JESUS DISSE, VOLTAREMOS "JUSTIFICADOS" PARA NOSSA
CASA.
"QUEM A SI MESMO SE
EXALTAR SERÁ HUMILHADO; E QUEM A SI MESMO SE HUMILHAR SERÁ
EXALTADO"(MT.23:12).
AO DESENVOLVER NOSSA VIDA DE ORAÇÃO, SEJAMOS HUMILDES
PARA CONFESSAR A NOSSA PECAMINOSIDADE, A NOSSA NECESSIDADE DE DEUS E A
NECESSIDADE DO PERDÃO QUE SÓ ELE OFERECE.
II. A HIPOCRISIA DO FARISEU
O QUE É HIPOCRISIA? É UM DISFARCE, UMA
MENTIRA, UM ENGANO.
QUEM É HIPÓCRITA? É UM ATOR QUE REPRESENTA UM PAPEL DIFERENTE
DAQUILO QUE É NA VIDA REAL. ELE FAZ O PAPEL DE OUTRA PESSOA. ELE APRESENTA-SE
COMO UMA PESSOA TOTALMENTE DISTINTA DA SUA VERDADEIRA PERSONALIDADE.
O HIPÓCRITA VIVE DE APARÊNCIAS. ELE SE PROTEGE ATRÁS
DE MÁSCARAS. VIVE UMA MENTIRA, UMA FARSA.
NADA HÁ PIOR DO QUE UMA PESSOA SER POR FORA AQUILO QUE
NÃO É POR DENTRO.
A HIPOCRISIA DOS FARISEUS FOI ALTAMENTE REPROVADA
POR JESUS
DURANTE TODO O SEU MINISTÉRIO TERRENO.
CITO DUAS ADVERTÊNCIAS DE JESUS NO QUE
TANGE À POSIÇÃO HIPÓCRITA DESSE SEGMENTO RELIGIOSO DO POVO JUDEU:
“E, QUANDO ORARES, NÃO
SEJAS COMO OS HIPÓCRITAS, POIS SE COMPRAZEM EM ORAR EM PÉ NAS SINAGOGAS E ÀS
ESQUINAS DAS RUAS, PARA SEREM VISTOS PELOS HOMENS. EM VERDADE VOS DIGO QUE JÁ
RECEBERAM O SEU GALARDÃO (MT.6:5).
“AI DE VÓS, ESCRIBAS E
FARISEUS, HIPÓCRITAS! POIS QUE SOIS SEMELHANTES AOS SEPULCROS CAIADOS, QUE POR
FORA REALMENTE PARECEM FORMOSOS, MAS INTERIORMENTE ESTÃO CHEIOS DE OSSOS DE
MORTOS E DE TODA IMUNDÍCIA” (MT.23:27).
TODAVIA, É IMPORTANTE ENTENDER QUE JESUS NÃO
REPROVOU O QUE ERA CERTO DO ENSINAMENTO DOS FARISEUS (MT.23:1-3), MAS
DESABONAVA A CONDUTA DELES.
“ENTÃO, FALOU JESUS À
MULTIDÃO E AOS SEUS DISCÍPULOS, DIZENDO: NA CADEIRA DE MOISÉS, ESTÃO ASSENTADOS
OS ESCRIBAS E FARISEUS. OBSERVAI, POIS, E PRATICAI TUDO O QUE VOS DISSEREM; MAS
NÃO PROCEDAIS EM CONFORMIDADE COM AS SUAS OBRAS, PORQUE DIZEM E NÃO PRATICAM”.
NA PARÁBOLA EM COMENTO, AS AÇÕES E A ORAÇÃO
DO FARISEU FORNECEM UMA IMAGEM DA SUA VIDA E DO SEU TRABALHO.
A HIPOCRISIA DO FARISEU FOI TÃO ABOMINÁVEL QUE BLOQUEOU
QUALQUER ATENDIMENTO DE SUA ORAÇÃO.
AS PALAVRAS DE SUA ORAÇÃO, EMBORA PROVAVELMENTE
SINCERAS, NÃO ERAM PRONUNCIADAS COM A ATITUDE CORRETA DE HUMILDADE
DIANTE DE DEUS.
VEJA A SEGUIR O PORQUÊ DA SUA ORAÇÃO NÃO TER
SIDO ATENDIDA (ADAPTADO DO LIVRO “LUCAS – JESUS, O HOMEM PERFEITO”, DO REV.
HERNANDES DIAS LOPES).
1. A
SUA ORAÇÃO NÃO FOI ATENDIDA PORQUE FOI APENAS UM DISCURSO RETÓRICO PARA EXALTAR
SUAS PRÓPRIAS VIRTUDES (LC.18:11,12).
ORAR NÃO É PROFERIR
FÓRMULAS BONITAS, BEM COLOCADAS RETORICAMENTE, AINDA QUE REGADAS DE LÁGRIMAS.
ORAR NÃO É SE EXALTAR NEM PROCLAMAR SUAS
PRÓPRIAS VIRTUDES.
·
O FARISEU NÃO
OROU; ELE
FEZ UM DISCURSO ELOQUENTE PARA SE AUTOPROMOVER.
·
ELE NÃO OROU; ELE TOCOU TROMBETAS.
·
ELE NÃO OROU; ELE APLAUDIU A SI
MESMO.
·
ELE NÃO OROU; ELE FEZ CÓCEGAS NO SEU
PRÓPRIO EGO.
·
ELE NÃO OROU; ELE FEZ UM SOLO DO HINO
"QUÃO GRANDE ÉS TU" DIANTE DO ESPELHO.
·
ELE NÃO OROU; ELE APENAS INFORMOU A
DEUS ACERCA DO GRANDE HOMEM QUE ELE ERA.
NÃO EXISTE NADA MAIS
ABOMINÁVEL AOS OLHOS DE DEUS DO QUE A SOBERBA.
É IMPOSSÍVEL ORAR SEM PRIMEIRO CALÇAR AS SANDÁLIAS
DA HUMILDADE.
SOBERBA E ORAÇÃO NÃO PODEM HABITAR NO MESMO CORAÇÃO
AO MESMO TEMPO.
2. A
SUA ORAÇÃO NÃO FOI ATENDIDA PORQUE NÃO SE DIRIGIA PRECISAMENTE A DEUS
(LC.18:11).
A ORAÇÃO DO FARISEU ERA VOLTADA PARA A EXALTAÇÃO DE
SI MESMO
E DIRIGIDA AO PLENÁRIO QUE ESTAVA ALI CONCENTRADO.
DEUS ERA APENAS UMA MOLDURA PARA REALÇAR OS SEUS
FEITOS NOTÁVEIS E A PERFEIÇÃO DE SUAS AÇÕES.
DEUS ERA APENAS UM TRAMPOLIM PARA O FARISEU ALCANÇAR
A NOTORIEDADE PÚBLICA E A ADMIRAÇÃO DO POVO.
ELE AGRADECE NÃO AS DÁDIVAS DIVINAS, MAS SUAS PRÓPRIAS
VIRTUDES.
A ORAÇÃO DO FARISEU ESTAVA
EMPAPUÇADA DE ORGULHO, RECHEADA DE VAIDADE, ENTUPIDA DE SOBERBA.
O FARISEU ESTAVA TÃO
CHEIO DE SI MESMO QUE NÃO CONSEGUIA VER A DEUS NEM AMAR O PRÓXIMO.
A ORAÇÃO DO FARISEU NÃO FOI DIRIGIDA
AO CÉU, MAS ÀS PROFUNDEZAS DA SUA PRÓPRIA VAIDADE.
ELE NÃO FALOU COM O DEUS SUPREMO QUE ESTÁ NO TRONO DO
UNIVERSO, MAS SE DIRIGIU AO SEU PRÓPRIO EU, ENCASTELADO NA TORRE
DE SUA SOBERBA INSANA.
3. A SUA ORAÇÃO NÃO FOI ATENDIDA PORQUE ESTAVA FORA
DOS PRINCÍPIOS DE DEUS.
A ORAÇÃO DO FARISEU ESTAVA
FORA DOS PRINCÍPIOS DE DEUS EM QUATRO ÁREAS.
a) PELA SUA POSIÇÃO (LC.18:11). ELE OROU DE PÉ, EM LUGAR
ELEVADO, À VISTA DE TODOS.
ELE SE COLOCOU DE PÉ PARA
MELHOR DESTACAR A SUA PESSOA E OS SEUS DECANTADOS MÉRITOS.
ELE OROU PERTO DO ALTAR, O LUGAR DO SACERDOTE. BUSCAVA AS LUZES DO
PALCO E QUERIA QUE OS HOLOFOTES ESTIVESSEM COM O SEU FEIXE DE LUZ CONCENTRADO
NELE.
SUA ORAÇÃO FOI REJEITADA NÃO POR CAUSA DE SUA
POSIÇÃO FÍSICA, MAS POR SUA ALTIVEZ DIANTE DE DEUS E DO PRÓXIMO.
b) PELAS SUAS PALAVRAS (LC.18:11,12). ENGENHOSAMENTE, ELE
ESCOLHEU AS PALAVRAS QUE MELHOR ENFOCARAM AS SUAS VIRTUDES E TORNARAM MAIS
ABOMINÁVEIS E DESPREZÍVEIS A PESSOA DOS OUTROS.
AVULTOU O PRONOME EU EM IGUALDADE AO NOME DE
DEUS E SUPERIOR AOS DEMAIS HOMENS.
CONSIDEROU-SE O MELHOR DE TODOS OS CRENTES E VIU AS DEMAIS PESSOAS
COMO LADRÕES, INJUSTOS E ADÚLTEROS.
c) PELAS SUAS INTENÇÕES (LC.18:9,10). O FARISEU PROCUROU O
TEMPLO NO MOMENTO EM QUE HAVIA MUITA GENTE. ELE QUERIA PLATEIA. DESEJAVA
DESTAQUE E EVIDÊNCIA. ENTROU NO TEMPLO PARA ORAR E NÃO OROU, DIRIGINDO-SE
A DEUS COMO ALGUÉM AUTOSSUFICIENTE. ELE ENTROU NO SANTUÁRIO SEM AMOR NO
CORAÇÃO PELO PRÓXIMO E, POR ISSO, SEM AMOR A DEUS.
d) PELOS SEUS SENTIMENTOS (LC.18:11). SUA ORAÇÃO É UMA PEÇA
DE ACUSAÇÃO LEVIANA CONTRA TODOS OS HOMENS E MAIS PARTICULARMENTE CONTRA O
HUMILDE PUBLICANO.
O FARISEU OLHA PARA O
PRÓXIMO COM DESDÉM E DESFERE CONTRA ELE PERVERSAS ACUSAÇÕES E CALUNIOSAS
REFERÊNCIAS.
ELE ERA UM MEGALOMANÍACO, UMA PESSOA ADOECIDA PELO
SENTIMENTO DE AUTO EXALTAÇÃO.
4. A SUA ORAÇÃO NÃO FOI ATENDIDA PORQUE NÃO SE
BASEAVA NA MISERICÓRDIA DE DEUS, MAS NA CONFIANÇA PRÓPRIA (LC.18:14).
A BASE DA SUA ORAÇÃO NÃO ERA A GRAÇA DE DEUS.
ELE CONFIAVA NÃO EM DEUS, MAS EM SI MESMO. ELE ORAVA
NÃO PARA SE QUEBRANTAR, MAS PARA EXALTAR-SE.
NENHUM ORGULHOSO QUE MENOSPREZE SEU SEMELHANTE PODE
PREVALECER NA ORAÇÃO.
O FARISEU ENTROU NO TEMPLO CHEIO DE NADA E SAIU
VAZIO DE TUDO.
III. A SINCERIDADE DO PUBLICANO
1.
SINCERIDADE, HUMILDADE E ARREPENDIMENTO.
O PUBLICANO QUANDO FOI AO LOCAL DE ORAÇÃO PARECIA
SABER MUITO BEM A EXTENSÃO DO SEU PECADO.
ELE NÃO OUSAVA SEQUER LEVANTAR OS OLHOS AO CÉU, PARA O TRONO DE DEUS. EM
LUGAR DISTO, ELE BATIA NO PEITO (UM SINAL DE PESAR) PEDINDO QUE
DEUS TIVESSE MISERICÓRDIA DELE (LC.18:13).
ELE ESTAVA POSSUIDO DE UMA
CONTRIÇÃO DOLOROSA E ARREPENDIDA, TAL COMO APARECE EM LUCAS 23:48 - “E TODA A MULTIDÃO QUE SE AJUNTARA A ESTE
ESPETÁCULO, VENDO O QUE HAVIA ACONTECIDO, VOLTAVA BATENDO NOS PEITOS”.
ELE ADMITIA SER UM PECADOR. ELE TEVE CONSCIÊNCIA
DE SUA CONDIÇÃO, POR ISSO, PROSTROU-SE EM SINAL DE SINCERIDADE E
ARREPENDIMENTO.
ELE TINHA SE CONVENCIDO DO SEU PECADO E TINHA VINDO
AO ÚNICO LUGAR ONDE PODERIA ENCONTRAR PERDÃO.
ELE TINHA VINDO ATÉ DEUS, HUMILDEMENTE, RECONHECENDO
QUE NÃO MERECIA MISERICÓRDIA.
ASSIM SENDO, SOMENTE
ELE VOLTOU PARA CASA JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS.
“JUSTIFICADO” SIGNIFICA O ATO DE DEUS DECLARAR
A PESSOA “INOCENTE” DO PECADO.
O FARISEU FANÁTICO E ARROGANTE TINHA DITO QUE NÃO
TINHA PECADO. ASSIM, NÃO HAVIA NADA QUE DEUS PUDESSE JUSTIFICAR NELE. ELE VOLTOU
PARA CASA EXATAMENTE COMO TINHA ENTRADO NO TEMPLO.
“A
ORAÇÃO QUE O PECADOR FAZ COM HUMILDADE E ARREPENDIMENTO LEVA À CONVERSÃO
GENUÍNA, QUE, POR SUA VEZ, SE EVIDENCIA PELA CONVERSÃO COMPROVADA, PELA
REPARAÇÃO DOS ERROS COMETIDOS E A VOLTA ÀS ATIVIDADES QUE HONRAM A OBRA DE DEUS
E O GLORIFICAM.
OS
ATOS FALAM MAIS ALTO QUE AS PALAVRAS.
SÃO
OS ATOS DA PESSOA QUE ATESTAM A SINCERIDADE DA SUA CONVERSÃO.
SE
VOCÊ ESTÁ EM FALTA DIANTE DE DEUS, QUANTO MAIOR FOR SEU ERRO, TANTO MAIOR DEVE
SER A HUMILDADE E O ARREPENDIMENTO DEMONSTRADOS EM SUA ORAÇÃO.
VOCÊ
ESTARÁ ORANDO A UM DEUS VIVO QUE CONHECE TUDO QUE É RICO EM MISERICÓRDIAS"
(SOUZA, ESTEVAM ÂNGELO DE. GUIA BÁSICO DE
ORAÇÃO, 1.ED. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2002, PP.124,125-26).
2. A
ORAÇÃO DO PUBLICANO FOI ACEITA.
A ORAÇÃO ARROGANTE DO FARISEU FOI REJEITADA, MAS A
ORAÇÃO SINCERA E HUMILDE DO PUBLICANO FOI ACEITA (LC.18:13,14). POR QUÊ?
·
PRIMEIRO, PORQUE FOI UMA PETIÇÃO GENUÍNA - O PUBLICANO SE APRESENTOU A DEUS COMO UM
SUPLICANTE NECESSITADO DE MISERICÓRDIA.
·
SEGUNDO, PORQUE FOI UMA ORAÇÃO PESSOAL - ELE NÃO FALOU A RESPEITO DE SEU PRÓXIMO,
MAS DE SI MESMO.
·
TERCEIRO, PORQUE FOI UMA ORAÇÃO HUMILDE E SINCERA - ELE RECONHECEU SEU
PECADO E O CONFESSOU.
·
QUARTO, PORQUE FOI UMA ORAÇÃO QUE BROTOU DE UM CORAÇÃO QUEBRANTADO, HUMILDE, SINCERO E
COM PROFUNDO ARREPENDIMENTO - ELE SUPLICOU MISERICÓRDIA, PROPICIAÇÃO.
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QUINTO, PORQUE FOI UMA ORAÇÃO PROFUNDA, QUE BROTOU DO SEU CORAÇÃO - ELE BATIA NO PEITO E
DIZIA: “Ó DEUS, SÊ PROPÍCIO A MIM, PECADOR”.
O TEXTO BÍBLICO CONCLUI
DIZENDO QUE O PUBLICANO, E NÃO O FARISEU, DESCEU PARA A SUA CASA JUSTIFICADO,
OU SEJA, PERDOADO E "INOCENTADO" DOS SEUS PECADOS, PORQUE TODO
AQUELE QUE SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO, E TODA AQUELE QUE SE HUMILHAR SERÁ
EXALTADO (LC.18:14).
“PORQUANTO, QUALQUER QUE
A SI MESMO SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO, E AQUELE QUE A SI MESMO SE HUMILHAR SERÁ
EXALTADO” (LC.14:11).
O PECADOR ARREPENDIDO QUE
HUMILDEMENTE BUSCA A MISERICÓRDIA DE DEUS, CERTAMENTE, A ENCONTRARÁ.
ATUALMENTE É MUITO COMUM
LÍDERES ENSINAREM, AOS FIÉIS, FORMAS DE ORAR, QUE EM NADA TÊM A VER COM AS
ESCRITURAS SAGRADAS.
VOCÁBULOS COMO "DETERMINAR",
"NÃO ACEITAR" OU "SE REVOLTAR" SÃO INCOMPATÍVEIS COM OS
PRINCÍPIOS BÍBLICOS DE COMO DEVE SER FEITA UMA ORAÇÃO.
NA PARÁBOLA, O
PUBLICANO NOS MOSTRA QUE A ORAÇÃO DEVE SER FEITA COM HUMILDADE E
SINCERIDADE, RECONHECENDO DIANTE DE DEUS QUE SOMOS MISERÁVEIS PECADORES.
·
O TESTEMUNHO DA
MULHER SÍRIO-FENÍCIA - “SIM, SENHOR, MAS TAMBÉM OS
CACHORRINHOS COMEM DAS MIGALHAS QUE CAEM DA MESA DOS SEUS SENHORES"
(MT.15:27) -, CONFIRMA ESTE PRINCÍPIO.
·
A ORAÇÃO DO PAI
NOSSO
- "SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM
NA TERRA COMO NO CÉU" (MT.6:10) -, REAFIRMA TAL CONDUTA.
ENTÃO, DEVEMOS REJEITAR COMPLETAMENTE ATITUDE DE
ORAÇÃO QUE ENALTEÇA O NOSSO EGO, A NOSSA NATUREZA, QUE TENHA A PRETENSÃO
DE NOS ELEVAR DIANTE DE DEUS, E QUE NÃO NOS COLOQUE EM NOSSO DEVIDO
LUGAR, ENQUANTO FALAMOS COM O CRIADOR DOS CÉUS E DA TERRA. PENSE NISSO!
CONCLUSÃO
DEVEMOS NOS APROXIMAR DE
DEUS COMO O PUBLICANO, RECONHECENDO NOSSA PECAMINOSIDADE E ARREPENDENDO-NOS DE
PECADO COMETIDO.
DEVEMOS ORAR COM
SINCERIDADE E ARREPENDIMENTO DIANTE DE DEUS.
QUEM SE HUMILHA, QUEM SE
CURVA ATÉ AO PÓ, SERÁ AMOROSAMENTE CONDUZIDO AO CORAÇÃO DO PAI.
“OS SACRIFÍCIOS PARA DEUS
SÃO O ESPÍRITO QUEBRANTADO; A UM CORAÇÃO QUEBRANTADO E CONTRITO NÃO
DESPREZARÁS, Ó DEUS” (SL.51:17).
NENHUMA ORAÇÃO PROSPERA
DIANTE DE DEUS A NÃO SER QUE O CORAÇÃO ESTEJA VAZIO DE VAIDADE E CHEIO DE AMOR.
ONDE HÁ INVEJA, MÁGOA OU
DESPREZO PELO PRÓXIMO, PODEMOS ENCONTRAR ABUNDANTE RELIGIOSIDADE, MAS NÃO
COMUNHÃO COM DEUS; PODEMOS VER POMPOSA ENCENAÇÃO, MAS NÃO ORAÇÃO QUE CHEGA AOS
CÉUS.
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Luciano de Paula Lourenço
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