4º TRIMESTRE/2018
TEXTO BASE: MATEUS
18:21-35
"ASSIM VOS FARÁ
TAMBÉM MEU PAI CELESTIAL, SE DO CORAÇÃO NÃO PERDOARDES, CADA UM A SEU IRMÃO, AS
SUAS OFENSAS" (MT.18:35).
INTRODUÇÃO
DANDO CONTINUIDADE AO
ESTUDO DAS PARÁBOLAS DE JESUS, ESTUDAREMOS NESTA AULA A RESPEITO DA PARÁBOLA DO
CREDOR INCOMPASSIVO, OU SEJA, O CREDOR QUE NÃO TEM COMPAIXÃO, O CREDOR QUE NÃO
TEM MISERICÓRDIA.
ELA É UMA ILUSTRAÇÃO
QUE JESUS FAZ A RESPEITO DO PERDÃO ILIMITADO COMO UMA NOTA DO CARÁTER
QUE DEVE TER O FILHO DE DEUS (Mt.5:45).
SE DEUS NOS PERDOA POR
INTERMÉDIO DE SUA INFINITA GRAÇA, POR OUTRO LADO, TEMOS A RESPONSABILIDADE DE
PERDOAR AQUELES QUE NOS OFENDEM.
QUEM NÃO TEM CONDIÇÃO DE
PERDOAR, MOSTRA, COM ESTE GESTO, QUE NÃO NASCEU DE NOVO E QUE NÃO PERTENCE,
POIS, AO REINO DE DEUS.
I. INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO
VEJAMOS OS ELEMENTOS
DESTACADOS NA PARÁBOLA.
1. O REI.
EMBORA O CREDOR
INCOMPASSIVO SEJA A PERSONAGEM PRINCIPAL DA PARÁBOLA, NÃO É O
PRIMEIRO ELEMENTO QUE SURGE.
O PRIMEIRO ELEMENTO DA
PARÁBOLA É O REI. ELE É O SÍMBOLO DE DEUS.
DISTO TEMOS ABSOLUTA
CONVICÇÃO, PORQUE JESUS, AO TÉRMINO DA PARÁBOLA, FAZ A APLICAÇÃO, AO
DIZER QUE, ASSIM COMO O REI TRATOU O SERVO INCOMPASSIVO, ASSIM SEU PAI HAVERIA
DE TRATAR AQUELE QUE NÃO PERDOASSE OS SEUS IRMÃOS, INDICANDO, DESTE MODO,
QUE O REI NÃO É OUTRO SENÃO O PAI CELESTIAL (MT.18:35).
2. O CREDOR INCOMPASSIVO.
É O PERSONAGEM DE DESTAQUE NA PARÁBOLA.
AS CIRCUNSTÂNCIAS DA
PARÁBOLA PERMITEM-NOS AFIRMAR QUE ESSE SERVO SE TRATAVA DE UMA ALTA
AUTORIDADE DO REINO, DE UM PARTICIPANTE DA CORTE REAL. É, PORTANTO, ALGUÉM
QUE ESTÁ JUNTO AO REINADO DO REI, DE UM ASSESSOR IMPORTANTE DO REI.
ESTA É A CONDIÇÃO DOS INTEGRANTES DA IGREJA, A AGÊNCIA DO REINO DE
DEUS AQUI NA TERRA.
OS SALVOS SÃO SERVOS DE DEUS, ESTÃO A SEU SERVIÇO,
MAS GOZAM DE UM RELACIONAMENTO ÍNTIMO COM O SENHOR, TÊM LIVRE ACESSO AO
TRONO E DESFRUTAM DA CONFIANÇA DE DEUS.
NÃO É À TOA QUE, NO
REINO MILENIAL DE CRISTO, TEREMOS PARTICIPAÇÃO ATIVA NO GOVERNO PESSOAL DE
JESUS NA TERRA.
CONTUDO, ESSE SERVO TEM TAMBÉM O SEU SIMBOLISMO
EXPLICITAMENTE MENCIONADO POR JESUS NA CONCLUSÃO DA PARÁBOLA: É O DISCÍPULO DE JESUS
QUE NÃO SABE PERDOAR DE CORAÇÃO AS OFENSAS DE SEUS “IRMÃOS” (MT.18:35).
AGIR DESSA MANEIRA CORRE
O RISCO TREMENDO DE FICAR FORA DO REINO (MT.18:34).
3. UMA DÍVIDA IMPAGÁVEL.
O CREDOR INCOMPASSIVO (O SERVO) POSSUÍA UMA DÍVIDA MUITO
ALTA, QUIÇÁ A MAIOR DE TODOS OS DEVEDORES, DAÍ PORQUE TER SIDO CHAMADO LOGO NO
INÍCIO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS.
A DÍVIDA DESSE SERVO ERA
DE 10(DEZ) MIL TALENTOS. UM VALOR HUMANAMENTE IMPAGÁVEL.
NA VERDADE, JESUS NÃO
CONTOU APENAS UMA PARÁBOLA, ELE CONTOU UMA HIPÉRBOLE, PORQUE NENHUM
JUDEU PODIA DEVER 10 MIL TALENTOS NO PRIMEIRO SÉCULO DA ERA CRISTÃ.
O QUE SÃO 10 (DEZ) MIL TALENTOS?
1(UM) TALENTO SÃO 35 QUILOS DE OURO OU PRATA. 10
(DEZ) MIL TALENTOS SÃO 350 MIL QUILOS DE OURO OU PRATA.
PARA VOCÊ TER UMA IDEIA,
À ÉPOCA DE JESUS, TODOS OS IMPOSTOS DA GALILÉIA, JUDÉIA, PERÉIA E SAMARIA,
DURANTE UM ANO, ERAM 800 TALENTOS. PORTANTO, 10 MIL TALENTOS ERAM OS
IMPOSTOS DE TODA A REGIÃO DURANTE TREZE ANOS.
NAQUELA ÉPOCA O
SALÁRIO DIÁRIO DE UM TRABALHADOR ERA 1(UM) DENÁRIO.
PARA UM HOMEM AJUNTAR 10 MIL TALENTOS GANHANDO 1(UM) DENÁRIO
POR DIA ELE TERIA QUE TRABALHAR, ININTERRUPTAMENTE, DURANTE 150 MIL ANOS.
PORTANTO, QUANDO AQUELE
HOMEM PROMETE PAGAR A SUA DÍVIDA ELE ESTAVA FAZENDO UMA PROMESSA QUE NÃO
PODIA CUMPRIR.
JESUS QUER NOS INFORMAR QUE ESTA É O TAMANHO DA
DÍVIDA QUE DEUS PERDOOU A VOCÊ E A MIM, UMA DÍVIDA IMPAGÁVEL.
NÓS JAMAIS PODÍAMOS PAGAR
ESSA DÍVIDA COM DEUS, MAS JESUS CRISTO, SEU AMADO FILHO, PAGOU TODA ESSA DÍVIDA
(CL.2:14).
“HAVENDO RISCADO A CÉDULA
QUE ERA CONTRA NÓS NAS SUAS ORDENANÇAS, A QUAL DE ALGUMA MANEIRA NOS ERA
CONTRÁRIA, E A TIROU DO MEIO DE NÓS, CRAVANDO-A NA CRUZ”.
NESTA PARÁBOLA, JESUS NÃO
INDICA COMO SE REALIZOU O PAGAMENTO DA DÍVIDA, POIS NÃO ERA ESTE O SEU
OBJETIVO.
O PROPÓSITO DA PARÁBOLA É MOSTRAR O VALOR E O
SIGNIFICADO DO PERDÃO NA IGREJA, PARA O SALVO. DAÍ PORQUE NÃO TER ADENTRADO
NESTA QUESTÃO.
MAS É IMPORTANTE SABERMOS
QUE O PERDÃO REALIZADO POR DEUS NÃO SE DEU GRATUITAMENTE.
PARA NÓS, FOI DE GRAÇA,
NADA CUSTOU, MAS, PARA A SATISFAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA, REPRESENTOU O PREÇO
DO SANGUE DE CRISTO (1PD.1:18,19).
4. A RECUSA EM PERDOAR.
O SERVO SAIU DA PRESENÇA DO REI, ESTAVA LIVRE E DEVERIA
ESPERAR TÃO SOMENTE A FORMALIZAÇÃO DO PERDÃO, MEDIANTE A QUITAÇÃO DA
DÍVIDA, O QUE OCORRERIA, CERTAMENTE, AO TÉRMINO DA SESSÃO REAL DE
PRESTAÇÃO DE CONTAS.
EIS QUE O SERVO ENCONTROU COM UM CONSERVO SEU, OU SEJA, COM ALGUÉM
QUE TAMBÉM ESTAVA SOB O GOVERNO DO REI, COM ALGUÉM QUE PERTENCIA AO MESMO GRUPO
QUE PARTICIPAVA DA CORTE REAL.
O CONSERVO DEVIA AO SERVO UMA QUANTIA IRRISÓRIA.
A DÍVIDA ERA DE CEM DENÁRIOS, QUANTIA CORRESPONDENTE
A CEM DIAS DE TRABALHO DE UM ASSALARIADO, OU SEJA, TRÊS MESES E UM TERÇO
DIAS DE SERVIÇO, VALOR PERFEITAMENTE PASSÍVEL DE PAGAMENTO.
A QUANTIA ERA, REALMENTE,
INSIGNIFICANTE EM SI MESMA. ALGUNS INTÉRPRETES ENTENDEM QUE A QUANTIA REPRESENTAVA
MENOS DE 30g DE OURO.
AO ENCONTRAR O CONSERVO, O
SERVO NÃO SE CONTEVE E LOGO LHE FOI COBRAR A DÍVIDA.
O CONSERVO USOU DAS MESMAS PALAVRAS QUE O SERVO HAVIA USADO PERANTE O
REI:
“SÊ GENEROSO PARA COMIGO E TUDO TE PAGAREI”
(MT.18:29).
ELE NÃO DISCUTE A
DÍVIDA, PEDE APENAS UM PRAZO PARA PAGAR.
ENTRETANTO, O SERVO,
SEM USAR DE MISERICÓRDIA, LANÇOU MÃO DO SEU COLEGA E EXECUTOU A DÍVIDA,
SUFOCANDO-O E EXIGINDO O PAGAMENTO (MT.18:28).
O GESTO DE SUFOCAR SIGNIFICA, PROVAVELMENTE, QUE O
SERVO FAZIA QUESTÃO DE MALTRATAR O SEU DEVEDOR, PROVAVELMENTE TORCENDO
O SEU PESCOÇO, QUE ERA UM COSTUME, INCLUSIVE ENTRE OS JUDEUS, DE LEVAR O
DEVEDOR AO TRIBUNAL COM O PESCOÇO TORCIDO.
O SERVO, ASSIM,
DEMONSTROU QUE USAVA DOS SEUS DIREITOS NOS MÍNIMOS DETALHES, NÃO DEIXAVA
PASSAR UMA SÓ VÍRGULA DAQUILO QUE LHE ERA PERMITIDO POR LEI.
O SERVO MOSTROU, ASSIM,
QUE, APESAR DE TER SIDO ALVO DA BENEVOLÊNCIA, DO FAVOR DO REI, PREFERIU
SEGUIR O CAMINHO DA LEI. LEI, ALIÁS, QUE NUNCA LHE FAVORECERIA ENQUANTO
DEVEDOR.
O SERVO PODERIA TER ATENDIDO O CLAMOR DO CONSERVO DEVEDOR, MAS O TEXTO
SAGRADO DIZ QUE ELE NÃO QUIS (MT.18:30).
O SERVO NÃO QUIS FAZER O BEM AO SEU SEMELHANTE, NÃO
QUIS USAR DE MISERICÓRDIA.
ELE QUE FOI PERDOADO
DE UMA DÍVIDA DE 150 MIL ANOS, MAS NÃO SE DISPÔS A PERDOAR UMA DÍVIDA DE
TRÊS MESES E 10 DIAS, FACILMENTE PAGÁVEL.
DEUS QUER A NOSSA MISERICÓRDIA, DEUS QUER QUE NOS
GUIEMOS PELO O AMOR QUE ELE DERRAMOU NOS NOSSOS CORAÇÕES.
DEUS EXIGE DE SEUS SERVOS PERDOADOS O MESMO CRITÉRIO DE
GRAÇA, O MESMO CRITÉRIO DE MISERICÓRDIA.
A LEI VIGENTE NA IGREJA É A MISERICÓRDIA, É A COMPAIXÃO. MISERICÓRDIA
É COLOCAR O CORAÇÃO NA MISÉRIA DO OUTRO.
O SERVO, POR CAUSA DO PERDÃO RECEBIDO, ESTAVA OBRIGADO
A DAR A MORATÓRIA PEDIDA PELO CONSERVO. NÃO APENAS ISSO, MAS ESTAVA
OBRIGADO A PERDOAR A DÍVIDA, ASSIM COMO HAVIA SIDO PERDOADO.
O PERDÃO DAS OFENSAS COMETIDAS CONTRA NÓS NÃO É, NO REINO DE
DEUS, UMA FACULDADE, UMA PERMISSÃO DADA AO OFENDIDO, COMO É NA LEI CIVIL,
COMO É NA LEI DOS HOMENS, MAS UM DEVER DO FILHO DO REINO.
O PERDÃO É A NOTA DISTINTIVA DA ÉTICA DO REINO DE
DEUS E
NÃO SE PODE, PORTANTO, QUERER PERTENCER A ELE SEM QUE SE TENHA ESTA QUALIDADE
DE PERDOAR.
SEM O PERDÃO, NÃO AGIREMOS COMO FILHOS DO REINO.
SEM O PERDÃO, NÃO SEREMOS IGREJA.
SEM O PERDÃO, NÃO TEREMOS COMO DIZER QUE TEMOS PARTE COM
DEUS.
SEM PERDÃO, NÃO PODEREMOS SER CHAMADOS DE CRISTÃOS.
O REI, AO VERIFICAR A FALTA DE PERDÃO POR PARTE DO SERVO,
VIU NELE A AUSÊNCIA DA NATUREZA DIVINA, VIU NELE A FALTA DE COMUNHÃO
COM O REI.
O PERDÃO JÁ NÃO MAIS LHE SERVIA, POIS HAVIA COMETIDO
NOVA INIQUIDADE.
ANTES DE RECEBER A QUITAÇÃO, DEMONSTRARA MALDADE. POR ISSO, O
REI NÃO FORMALIZOU O PERDÃO, QUE REVOGOU.
O SERVO INCOMPASSIVO PERDEU A SALVAÇÃO E NÃO TEVE MAIS CHANCE
DE ARREPENDIMENTO, NÃO PORQUE DEUS SEJA MAU, NÃO PORQUE DEUS SEJA
CONTRADITÓRIO, MAS SIMPLESMENTE PORQUE O SERVO NÃO QUIS SER SALVO,
NÃO QUIS OBEDECER À LEI DO AMOR.
PARA ALCANÇARMOS A SALVAÇÃO, PRECISAMOS PERSEVERAR
ATÉ O FIM (M.24:13), OU SEJA, PRECISAMOS QUERER SER SALVOS DESDE O MOMENTO DO PERDÃO
DOS NOSSOS PECADOS ATÉ O INSTANTE DE SUA PASSAGEM PARA A ETERNIDADE,
SEJA PELA MORTE FÍSICA, SEJA PELO ARREBATAMENTO DA IGREJA. VOCÊ QUER SER SALVO?
QUERER NÃO É UMA QUESTÃO DE FALAR, MAS UMA QUESTÃO DE
AGIR.
5. O PERDÃO É ILIMITADO.
QUAL O LIMITE DO PERDÃO?
PEDRO UM DIA PERGUNTOU, TALVEZ NUM MOMENTO IMEDIATAMENTE
ANTERIOR ÀQUELE EM QUE O SENHOR JESUS PROFERIU ESTA PARÁBOLA:
“…SENHOR, ATÉ QUANTAS
VEZES PECARÁ MEU IRMÃO CONTRA MIM, E EU LHE PERDOAREI? ATÉ SETE?(MT.18:21,22).
TENDO POR BASE ALGUMAS
PASSAGENS DO LIVRO DE AMÓS (AM.1:11,13; 2:1,6), ONDE SE ANUNCIAVA A
EXPRESSÃO DIVINA: “POR TRÊS TRANSGRESSÕES
OU POR QUATRO, NÃO RETIRAREI O CASTIGO”, ENTENDIA-SE QUE UMA PESSOA
PODERIA SER PERDOADA TRÊS OU QUATRO VEZES POR ALGUÉM, QUE SERIA ESTE O
LIMITE DO PERDÃO A ALGUÉM.
ALGUNS, MAIS “LIBERAIS”, CHEGARAM MESMO A AFIRMAR
QUE O LIMITE DO PERDÃO SERIA DE SETE VEZES, BASEANDO-SE EM
PV.24:16, TENDO SIDO, TALVEZ, ESTA A DISCUSSÃO QUE LEVOU PEDRO A INDAGAR A
JESUS QUAL O LIMITE DO PERDÃO QUE SE DEVERIA DAR, ADOTANDO, INCLUSIVE, A
CORRENTE MAIS FAVORÁVEL EXISTENTE.
PARA SUA SURPRESA, PORÉM, JESUS MOSTRA-LHE QUE A DIMENSÃO DO
REINO DE DEUS ESTÁ BEM ACIMA DO MAIS LIBERAL INTÉRPRETE DA LEI.
SIMPLESMENTE, NÃO HAVERIA LIMITE PARA O PERDÃO.
NÃO SE TERIA SETE PERDÕES, MAS, MUITO MAIS DO QUE
ISTO, SETENTA VEZES SETE, EXPRESSÃO QUE NÃO SIGNIFICA,
LITERALMENTE, QUATROCENTAS E NOVENTA VEZES, MAS QUE TEM COMO SENTIDO “SEMPRE”,
OU SEJA, NÃO HÁ LIMITE PARA O PERDÃO ENTRE OS FILHOS DO REINO.
PORTANTO, PARA
ILUSTRAR ESTE ENSINO, JESUS PROFERIU A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO,
RETRATANDO A GRANDE DISPOSIÇÃO DE DEUS EM PERDOAR E A SUA EXIGÊNCIA DE
QUE O HOMEM PERDOADO TENHA A CAPACIDADE DE LIBERAR O PERDÃO AOS SEUS
DEVEDORES, TAMBÉM DE FORMA ILIMITADA.
JESUS QUER NOS ENSINAR
QUE NUNCA PODEREMOS DIZER: NÃO PERDOO FULANO, NÃO PERDOO SICRANO,
PORQUE FUI MUITO HUMILHADO, MUITO MACHUCADO, MUITO FERIDO.
A BÍBLIA DIZ QUE DEVEMOS
PERDOAR ASSIM COMO DEUS EM CRISTO NOS PERDOOU.
A BÍBLIA DIZ QUE DEUS
PERDOA NOSSOS PECADOS E DELES NÃO MAIS SE LEMBRA.
SÓ QUE AS PESSOAS
PENSAM QUE QUANDO A BÍBLIA DIZ QUE DEUS PERDOA E ESQUECE ACHAM QUE DEUS
TEM AMNÉSIA. MAS, DEUS NÃO TEM AMNÉSIA. DEUS É ONISCIENTE.
ENTÃO O QUE QUER DIZER QUE DEUS PERDOA E ESQUECE? QUER DIZER QUE DEUS
NUNCA LANÇA EM SEU ROSTO AQUELE PECADO QUE ELE JÁ PERDOOU.
DEUS NUNCA MAIS VAI COBRAR UMA DÍVIDA DE VOCÊ QUE ELE JÁ PERDOOU.
É ASSIM QUE É PERDÃO. JAMAIS VOCÊ ESQUECERÁ UMA SENA. MAS, QUANDO VIER À MEMÓRIA VOCÊ DIRÁ: ESSA DÍVIDA JÁ FOI PAGA. POR ISSO PERDOAR É LEMBRAR SEM SENTIR DOR.
É ASSIM QUE É PERDÃO. JAMAIS VOCÊ ESQUECERÁ UMA SENA. MAS, QUANDO VIER À MEMÓRIA VOCÊ DIRÁ: ESSA DÍVIDA JÁ FOI PAGA. POR ISSO PERDOAR É LEMBRAR SEM SENTIR DOR.
PORTANTO, NÃO GUARDE MÁGOAS. TOME A DECISÃO DE
PERDOAR. PORQUE O PERDÃO CURA, O PERDÃO LIBERTA, O PERDÃO RESTAURA,
O PERDÃO RENOVA A ALMA.
VEJAMOS O EXEMPLO DO DIÁCONO ESTEVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR DO
CRISTIANISMO.
NO MOMENTO QUE ESTAVA SENDO APEDREJADO E MORTO ELE NÃO PEDIU
VINGANÇA E NEM JUÍZO DE DEUS AOS SEUS ALGOZES. ESTÁ ESCRITO ASSIM A RESPEITO
DELE:
“E, PONDO-SE DE JOELHOS, CLAMOU COM GRANDE
VOZ: SENHOR, NÃO LHES IMPUTES ESTE PECADO” (ATOS 7:30).
II. EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
1. A
NOSSA DÍVIDA ERA IMPAGÁVEL.
NA PARÁBOLA, O SERVO FOI
APRESENTADO DIANTE DO REI E SUA DÍVIDA ERA DE DEZ MIL TALENTOS.
COMO JÁ DISSE
ANTERIORMENTE, 10 MIL TALENTOS CORRESPONDIAM A 350 MIL QUILOS DE OURO OU PRATA.
PARA UM HOMEM AJUNTAR 10 MIL TALENTOS GANHANDO 1(UM) DENÁRIO POR DIA ELE TERIA
QUE TRABALHAR, ININTERRUPTAMENTE, DURANTE 150 MIL ANOS.
JESUS QUIS MOSTRAR QUE SE
TRATAVA DE UMA QUANTIA IMPAGÁVEL.
ESTA DÍVIDA IMPAGÁVEL SIMBOLIZA O PECADO DO HOMEM E O QUE ELE REPRESENTA
DIANTE DE DEUS.
ASSIM COMO O SERVO NÃO
TINHA COMO PAGAR UMA DÍVIDA DESTA NATUREZA, O HOMEM, POR SI SÓ, NÃO TEM COMO
SALDAR A SUA DÍVIDA DIANTE DE DEUS RESULTANTE DO PECADO QUE COMETEU.
COMO O HOMEM É UM SER
DOTADO DE LIVRE-ARBÍTRIO, DE LIBERDADE, ELE PÔDE ESCOLHER ENTRE OBEDECER A
DEUS, OU NÃO (GN.2:16,17).
COM A QUEDA, TORNOU-SE DEVEDOR DE DEUS, FICOU EM DÉBITO, PERDEU O
CRÉDITO QUE TINHA DIANTE DO SENHOR.
UMA DÍVIDA IMPAGÁVEL PARA COM DEUS. TODOS OS RECURSOS
EXISTENTES NO UNIVERSO SÃO INSUFICIENTES PARA O RESGATE DE UMA SÓ ALMA
(SL.49:6,8).
“AQUELES QUE CONFIAM NA
SUA FAZENDA E SE GLORIAM NA MULTIDÃO DAS SUAS RIQUEZAS, NENHUM DELES, DE MODO
ALGUM, PODE REMIR A SEU IRMÃO OU DAR A DEUS O RESGATE DELE (POIS A REDENÇÃO DA
SUA ALMA É CARÍSSIMA, E SEUS RECURSOS SE ESGOTARIAM ANTES)”.
NA PARÁBOLA, JESUS DIZ,
CLARAMENTE, QUE O SERVO NÃO TINHA COM QUE PAGAR A DÍVIDA. ASSIM É A SITUAÇÃO DO
HOMEM: NÃO HÁ COMO SE PAGAR A DÍVIDA GERADA PELO PECADO, QUE É REPRESENTADO,
AQUI, POR DEZ MIL TALENTOS.
O PECADO TEM DE SER REMOVIDO, POIS O HOMEM NÃO
CONSEGUE, POR SI SÓ, REMOVER O PECADO.
FOI ESTE O TRABALHO EFETIVADO POR CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS QUE
TIRA O PECADO DO MUNDO (JOÃO 1:29B). ELE PAGOU PLENAMENTE AS NOSSAS DÍVIDAS.
ALI NA CRUZ ELE ELIMINOU A GRANDE DÍVIDA QUE ERA CONTRA NÓS; DEUS
EM CRISTO PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS.
NA PARÁBOLA, ENQUANTO O SERVO PEDIA UM PRAZO PARA
FAZER O PAGAMENTO, PRAZO QUE SERIA MAIS UMA TOLERÂNCIA, JÁ QUE A DÍVIDA ERA IMPAGÁVEL,
O REI RESOLVE, SIMPLESMENTE, DADO A SUA CONDIÇÃO DE SOBERANO, PERDOAR
A DÍVIDA.
JESUS MOSTRA-NOS,
PORTANTO, QUE, POR VONTADE UNILATERAL DE DEUS, PELA SUA GRAÇA
SALVADORA, ALCANÇAMOS A POSSIBILIDADE, NÃO DE TER UM PRAZO MAIOR PARA PAGAMENTO,
NÃO DE ADIAMENTO DA EXECUÇÃO DA DÍVIDA, MAS, MUITO MAIS DO QUE ISTO, TEMOS A
POSSIBILIDADE DE TERMOS A NOSSA DÍVIDA SIMPLESMENTE PERDOADA, QUITADA, PAGA.
O REI ETERNO QUIS FAZÊ-LO. PARA TANTO, MANDOU
JESUS PARA MORRER EM NOSSO LUGAR NA CRUZ DO CALVÁRIO.
POR ISSO, NA CRUZ, JESUS
EXCLAMOU: “TELETESTAI”, OU
SEJA, “ESTÁ CONSUMADO”; QUE SIGNIFICA: “ESTÁ PAGO”, QUITADO.
JESUS PAGOU O PREÇO DA
NOSSA SALVAÇÃO, PAGOU, COM A SUA VIDA IMACULADA, A DÍVIDA QUE TÍNHAMOS PARA COM
DEUS.
“HAVENDO RISCADO A CÉDULA
QUE ERA CONTRA NÓS NAS SUAS ORDENANÇAS, A QUAL DE ALGUMA MANEIRA NOS ERA
CONTRÁRIA, E A TIROU DO MEIO DE NÓS, CRAVANDO-A NA CRUZ”.
PORTANTO, ESTAMOS LIVRES DA CONDENAÇÃO DO PECADO. SÃO AS ESCRITURAS
SAGRADAS QUE NOS ASSEGURAM QUE "NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ PARA OS QUE ESTÃO
EM CRISTO JESUS, QUE NÃO ANDAM SEGUNDO A CARNE, MAS SEGUNDO O
ESPÍRITO" (RM.8:1).
2. O
PERDÃO FOI DECIDIDO, MAS NÃO FORMALIZADO.
O TEXTO SAGRADO DIZ QUE O
REI SOLTOU O SERVO E LHE PERDOOU A DÍVIDA (MT.18:27).
MAS, ERA NECESSÁRIO QUE SE TIVESSE A QUITAÇÃO, OU SEJA, UM ATO PELO
QUAL ATESTASSE INEQUIVOCAMENTE QUE O DEVEDOR PAGOU A DÍVIDA. É O QUE O POVO
COMUMENTE CHAMA DE “RECIBO”.
SEGUNDO A LEI JUDAICA, UMA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA
POR ESCRITO, SOMENTE SERIA CONSIDERADA CANCELADA QUANDO SE DESTRUÍSSE O
DOCUMENTO QUE A CONTINHA, O QUE, ALIÁS, TAMBÉM SE DAVA NA LEI ROMANA, O QUE
EXPLICA A FIGURA USADA PELO APÓSTOLO PAULO NA CARTA AOS COLOSSENSES, PARA DIZER
QUE A NOSSA CÉDULA (ISTO É, O DOCUMENTO QUE CONTINHA A NOSSA DÍVIDA) FORA
RISCADA E SE ENCONTRAVA CRAVADA NA CRUZ DE CRISTO (CL.2:14).
O REI ESTAVA AINDA EM PRESTAÇÃO DE CONTAS E NÃO HÁ NOTÍCIA NA
PARÁBOLA DE QUE A CÉDULA HAVIA SIDO RISCADA, DE QUE O PERDÃO HAVIA SIDO
FORMALIZADO.
PORTANTO, NÃO TINHA OCORRIDO A QUITAÇÃO, APESAR DE JÁ HAVER A
DECISÃO DE PERDÃO, TANTO QUE O SERVO FOI SOLTO E NÃO MANDADO PARA A PRISÃO.
ISTO NOS FALA DE QUE O
FATO DE ADORARMOS A DEUS, ACEITADO NOS SUBMETER A ELE, ASSIM COMO O SERVO
FEZ DIANTE DO REI, NÃO GARANTE, DE PRONTO, QUE NOS MANTENHAMOS NESTA
SITUAÇÃO ATÉ O FINAL.
COM EFEITO, SOMOS PERDOADOS E, IMEDIATAMENTE, SOMOS
LIBERTOS, SOMOS SOLTOS, POIS CONHECEMOS A VERDADE E A VERDADE NOS LIBERTOU
(JO.8:36).
ENTRETANTO, ISTO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO SE POSSA
PERDÊ-LO, POIS
AINDA NÃO HÁ O “RECIBO” DA QUITAÇÃO, A FORMALIZAÇÃO DESTE PERDÃO.
NA PARÁBOLA, O PERDÃO SÓ SERIA TORNADO IRREVERSÍVEL
NO INSTANTE EM QUE, TRAZIDO NOVAMENTE À PRESENÇA DO REI, O SERVO OBTIVESSE O
“COMPROVANTE” DE QUITAÇÃO, A DESTRUIÇÃO DOS DOCUMENTOS DO DÉBITO.
ATÉ ENTÃO, DEVERIA CONTINUAR SERVINDO, AGORA
LIBERTO DA DÍVIDA, AGRADANDO AO REI.
NO ENTANTO, NA SEQUÊNCIA DA PARÁBOLA, VEMOS QUE O
SERVO ASSIM NÃO PROCEDEU, E A DÍVIDA VOLTOU A STATUS QUO.
ESPIRITUALMENTE FALANDO, ISTO PODE OCORRER COM
QUALQUER UM DE NÓS.
FOMOS LIBERTOS PELO SENHOR JESUS DOS NOSSOS PECADOS. A
PARTIR DE ENTÃO, DEVEMOS CORRER COM PACIÊNCIA A CARREIRA QUE NOS ESTÁ
PROPOSTA, OU SEJA, PASSAR A VIVER DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS, MANTENDO-NOS
SEPARADOS DO PECADO A CADA INSTANTE, ATÉ O FIM DE NOSSA CARREIRA,
QUANDO, ENTÃO, SEREMOS NOVAMENTE CHAMADOS À PRESENÇA DO SENHOR, SEJA POR
OCASIÃO DE NOSSA MORTE (HB.9:27), SEJA POR OCASIÃO DO ARREBATAMENTO
DA IGREJA (I TS.4:17).
III. UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
O PERDÃO DO REI ESTAVA EXCLUSIVAMENTE FUNDADO EM
SEU AMOR,
EM SUA MISERICÓRDIA. JESUS DIZ QUE O REI FOI MOVIDO DE ÍNTIMA COMPAIXÃO.
O SERVO NÃO TINHA DIREITO ALGUM, SEJA AO PERDÃO DA
DÍVIDA, SEJA A UM NOVO PRAZO. O QUE LHE FOI DADO FOI POR CAUSA DA
COMPAIXÃO, DA MISERICÓRDIA DO REI.
ENTRETANTO, O SERVO NÃO USOU DE MISERICÓRDIA E LANÇOU O CONSERVO NA
PRISÃO.
SABENDO DISSO, O REI REVOGOU O PERDÃO DA DÍVIDA E MANDOU LANÇÁ-LO NA
PRISÃO, DEIXANDO-O À DISPOSIÇÃO DOS ATORMENTADORES.
JESUS EXORTOU DIZENDO QUE ASSIM SEU PAI TRATARÁ OS
QUE NÃO PERDOAREM AS OFENSAS DOS SEUS IRMÃOS.
PORTANTO, UMA VEZ QUE
RECEBEMOS O PERDÃO DE DEUS, DEVEMOS AGORA PERDOAR AQUELES QUE NOS TEM OFENDIDO.
·
O PERDÃO É UMA NECESSIDADE VITAL PARA NOSSA ALMA,
PARA NOSSO BEM-ESTAR.
TODAVIA, PERDOAR NÃO É FÁCIL. UM CERTO ESCRITOR DISSE
QUE O PERDÃO “TEM A ENLOQUECEDORA QUALIDADE DE SER NÃO MERECIDO, INJUSTO E
SEM MÉRITO“. ELE ESTÁ CERTO.
É FÁCIL PREGAR UM SERMÃO SOBRE O PERDÃO ATÉ SE DEPARAR
COM ALGUÉM PARA PERDOAR.
MAS JESUS CRISTO NOS INFORMA E NOS ENSINA QUE:
- SE EU NÃO PERDOAR
NÃO POSSO ORAR.
- SE EU NÃO PERDOAR
NÃO POSSO ADORAR.
- SE EU NÃO PERDOAR
NÃO POSSO OFERTAR.
- SE EU NÃO POSSO
PERDOAR EU NÃO POSSO SER PERDOADO.
- SE EU NÃO PERDOAR,
EU ADOEÇO FISICAMENTE, EMOCIONALMENTE, ESPIRITUALMENTE.
- SE EU NÃO PERDOAR,
A MINHA ALMA, A MINHA VIDA SERÁ ENTREGUE AOS VERDUGOS DA CONSCIÊNCIA E EU
FICAREI CATIVO E PRISIONEIRO, SEM PAZ.
·
O PERDÃO É UMA TERAPIA PARA A ALMA, UM TÔNICO PARA
O CORAÇÃO, UMA CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA A SAÚDE EMOCIONAL E FÍSICA.
MUITAS ENFERMIDADES
DEIXARIAM DE EXISTIR SE APRENDÊSSEMOS A TERAPIA DO PERDÃO.
QUEM NÃO PERDOA ADOECE FÍSICA, EMOCIONAL E ESPIRITUALMENTE.
O PERDÃO É O REMÉDIO NECESSÁRIO QUE TONIFICA O CORAÇÃO
PARA CAMINHARMOS PELA VIDA SEM AMARGURA.
SEM PERDÃO A VIDA TORNA-SE UM FARDO INSUPORTÁVEL E A ALMA FICA
PRISIONEIRA DO ÓDIO E DA VINGANÇA.
SEM PERDÃO SOMOS
DESTRUÍDOS PELOS NOSSOS SENTIMENTOS.
·
O PERDÃO NÃO É SIMPLESMENTE UMA QUESTÃO DE AÇÃO,
MAS DE REAÇÃO.
JESUS ILUSTRA ISSO NO SERMÃO DO MONTE (MT.5:39-41). ELE DIZ
QUE:
- QUANDO UMA PESSOA NOS FERIR A FACE DIREITA,
DEVEMOS VOLTAR-LHE A OUTRA FACE.
- QUANDO A PESSOA NOS FORÇAR A ANDAR UMA MILHA, DEVEMOS IR COM ELA DUAS
MILHAS.
- QUANDO UMA PESSOA PROCURAR NOS TIRAR A CAPA, DEVEMOS DAR-LHE TAMBÉM A
TÚNICA.
O QUE, NA VERDADE, JESUS ESTAVA ENSINANDO? ELE NÃO ESTAVA FALANDO DE
AÇÃO, MAS DE REAÇÃO.
O QUE REPRESENTA ESSAS TRÊS FIGURAS ALISTADAS POR
JESUS?
ü PRIMEIRO, QUANDO UMA PESSOA NOS FERE NO ROSTO, ELA AGRIDE
A NOSSA HONRA.
ü SEGUNDO, QUANDO UMA PESSOA NOS FORÇA A FAZER O QUE NÃO
DESEJAMOS, ELA AGRIDE A NOSSA VONTADE.
ü TERCEIRO, QUANDO UMA PESSOA NOS TOMA AS VESTES
PESSOAIS, ELA AGRIDE O NOSSO BEM MAIS ÍNTIMO E SAGRADO.
JESUS, ENTÃO, REALÇA QUE MESMO
QUE OS PONTOS MAIS VITAIS DA VIDA SEJAM ATINGIDOS - COMO A HONRA, A VONTADE
E OS BENS INALIENÁVEIS -, DEVEMOS REAGIR TRANSCENDENTALMENTE, OU SEJA, COM
PERDÃO.
·
O PERDÃO É A TRANSCENDÊNCIA DO AMOR, É VENCER O MAL
COM O BEM.
- PERDOAR É TRATAR O OUTRO NÃO COMO ELE MERECE, MAS SEGUNDO A MISERICÓRDIA
EXIGE.
- PERDOAR É ABRIR MÃO DOS SEUS DIREITOS.
- PERDOAR É COLOCAR O OUTRO NA FRENTE DO EU.
- PERDOAR É NÃO SE RESSENTIR DO MAL, MAS VENCER O MAL COM O
BEM, ABENÇOANDO O PRÓPRIO MALFEITOR.
·
O PERDÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA.
“... PERDOAI E SEREIS PERDOADOS” (LC.6:37). AQUI, JESUS MOSTRA QUE O
PERDÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA.
VOCÊ JÁ PERCEBEU QUE NA
PALAVRA PERDOAR TEM A PALAVRA DOAR?
QUEM PERDOA ESTÁ DOANDO ALGUMA COISA.
DE CERTA FORMA
MISTERIOSA, O PERDÃO DE DEUS DEPENDE DE NOSSO PERDÃO.
O QUE JESUS ENSINOU NA ORAÇÃO
DO PAI NOSSO? (Mt.6:12). DUAS VEZES ELE FALA SOBRE O PERDÃO.
ELE DIZ ASSIM: “PERDOA AS NOSSAS DIVIDAS, ASSIM COMO NÓS
PERDOAMOS”. DEPOIS NO VERSÍCULO 15 ELE DIZ: “SE, PORÉM, NÃO PERDOARDES AOS HOMENS VOSSO PAI CELESTIAL TAMBÉM NÃO
VOS PERDOARÁ”.
PORTANTO, SE EU NÃO
PERDOAR, EU TAMBÉM NÃO RECEBO PERDÃO DE DEUS, POIS É UMA VIA DE NÃO
DUPLA.
JESUS TERMINA A PARÁBOLA
DO CREDOR INCOMPASSIVO ASSIM:
“ASSIM TAMBÉM MEU PAI CELESTE VOS FARÁ, SE DO
ÍNTIMO NÃO PERDOARDES CADA UM A SEU IRMÃO”.
CONCLUSÃO
APRENDEMOS NESTA AULA QUE
O PERDÃO DEVE SER, ANTES DE TUDO, UMA DECISÃO PESSOAL, UMA
MANIFESTAÇÃO QUE VENHA DO INTERIOR DA PESSOA.
MUITOS SE CONTENTAM COM O “PERDÃO DE BOCA”,
COM O “PERDÃO SEM ESQUECIMENTO”, COM O “PERDÃO APARENTE”, COM O “PERDÃO
CERIMONIAL”.
ENTRETANTO, JESUS NÃO É AQUELE QUE SE IMPRESSIONA
COM AS APARÊNCIAS, MAS QUE CONHECE O QUE HÁ NO CORAÇÃO DO HOMEM (JOÃO 2:24,25).
DE NADA ADIANTAM AS ENCENAÇÕES, AS LÁGRIMAS DE CROCODILO, OS CHOROS
E AS REPRESENTAÇÕES TEATRAIS.
O PERDÃO DEVE SER ALGO QUE VENHA DO CORAÇÃO, SEM O QUE NENHUM VALOR
TERÁ DIANTE DE DEUS.
DEUS NOS PERDOOU DO SEU ÍNTIMO, DE SUA PRÓPRIA ESSÊNCIA
E QUER QUE ASSIM FAÇAMOS.
SOMENTE ESTE PERDÃO VERDADEIRO, QUE LANÇA NO MAR DO
ESQUECIMENTO AS OFENSAS SOFRIDAS, QUE NÃO TEM RANCOR, RECEIO OU DESCONFIANÇA, É
O PERDÃO QUE PRODUZ A MANUTENÇÃO DE NOSSA COMUNHÃO COM DEUS.
TUDO O MAIS É HIPOCRISIA QUE REDUNDARÁ,
IMPLACAVELMENTE, EM PREJUÍZO ESPIRITUAL ETERNO. APRENDAMOS, POIS, A PERDOAR!
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Luciano de Paula Lourenço
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