Lição 1 – A Pessoa do Espírito Santo.
Lição 2 – A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção.
Lição 3 – O Batismo no Espírito Santo.
Lição 4 – A Atualidade dos Dons Espirituais.
Lição 5 – Fruto do Espírito: o Eu Crucificado.
Lição 6 – Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito.
Lição 7 – Cultuando a Deus com Liberdade e Reverência.
Lição 8 – Comprometidos com a Palavra de Deus.
Lição 9 – Vivendo o Fervor Espiritual.
Lição 10 – O Senhor Jesus Cura Hoje.
Lição 11 – Compromissados com a Evangelização.
Lição 12 – A Urgência do Discipulado.
Lição 13 – Voltados os olhos para a Bendita Esperança.
CAPA DA REVISTA
A capa da revista
mostra-nos uma pomba em movimento sobre a Bíblia Sagrada. A Bíblia Sagrada é a
Palavra de Deus. A pomba é um dos símbolos do Espírito Santo, pois foi em forma
corpórea como de uma pomba que o Espírito Santo desceu sobre Jesus (Mt.3:16;
Mc.1:10; Lc.3:22). A pomba em movimento é precisamente o que representa o
“movimento pentecostal”, o “movimento do Espírito Santo” enquanto Jesus não vem
para arrebatar a Sua Igreja. A Bíblia sendo foleada pela movimentação da pomba
simboliza que jamais o movimento pentecostal deve estar dissociado das Escrituras
Sagradas. Sem atentar para os ditames que a Palavra de Deus exara, não há
verdadeiro pentecostalismo.
O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO
Pentecostalismo é um movimento cristão que dá
ênfase especial numa experiência direta e pessoal de Deus através do Batismo no
Espírito Santo. O verdadeiro pentecostalismo está fundamentado sobre duas
colunas vitais: A Palavra (a Bíblia Sagrada) e o Poder de Deus pela ação do
Espírito Santo. Assim era a Igreja no seu princípio. A história do movimento
pentecostal mundial é, até os dias de hoje, a história da busca do revestimento
de poder e dos dons espirituais por parte daqueles que, crendo na Palavra de
Deus, dão atenção aos ensinos e relatos bíblicos relativos à igreja primitiva.
O Espírito Santo
tem sido derramado sobre aqueles que, em vez de se iniciarem em controvérsias
teológico-filosóficas a respeito da operação do Espírito de Deus, têm prestado
atenção ao texto bíblico e têm seguido os mesmos passos dos discípulos da
igreja primitiva, orando e buscando o dom do Espírito Santo. Onde tem havido
busca do revestimento do poder e dos dons espirituais, o Senhor tem cumprido a
Sua Palavra e batizado crentes no Espírito Santo e concedido dons espirituais.
Este é o caminho para que se tenha o “respeito ao verdadeiro Pentecostes”,
pois, quem presta atenção e leva em conta o que dizem as Escrituras, sabe que o
Senhor disse que “…se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho
pedirem?” (Lc.11:13).
A ORIGEM DO PENTECOSTES
CRISTÃO
A origem do
movimento pentecostal está no coração de Deus. Ele proclamou isso através do
profeta Joel:
“Mas isto
é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus,
que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne”(Atos 2:16,17).
Esta declaração
profética cumpriu-se no dia da festa de Pentecostes, justamente cinquenta dias
após a Ressurreição de Cristo. Neste dia de festa, Deus encheu os primeiros
discípulos do Espírito Santo, a fim de que testificassem do poder de Jesus.
O PONTO DE
PARTIDA
O poderoso
derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugurou o movimento
pentecostal (At.2:1-47). Como nos explica a própria Bíblia, a lei, com todas as
suas cerimônias, ritos e prescrições, tinha uma finalidade educativa,
pedagógica, pois servia de “sombra” das coisas que estavam para vir (Cl.2:16,17;
Hb.10:1), tudo tendo sido escrito para nosso ensino (Rm.15:4). Assim, a festa
judaica de Pentecostes é uma figura, um símbolo, um tipo do derramamento do
Espírito Santo e, por isso mesmo, este derramamento se iniciou num dia de
Pentecostes, para que, através do que está escrito sobre esta festa judaica,
entendêssemos o significado desta operação espiritual, que é fundamental para a
nossa vida cristã.
Não é coincidência
que o derramamento do Espírito Santo tenha se iniciado no dia de Pentecostes.
Em primeiro lugar é importante salientar que estamos diante do "ano
aceitável do Senhor" (Lc.4:19), ou seja, o tempo em que haveria a pregação
do evangelho. Este ano se iniciou com a morte de Jesus Cristo no Calvário, que
nos abriu um novo e vivo caminho para o Pai (Hb.10:20), episódio que, por
inaugurar este ano do Senhor, nada mais é que a Páscoa (1Co.5:7). Tanto assim é
que, no dia seguinte ao sábado da Páscoa, era oferecido um molho das primícias
da colheita ao sacerdote (Lv.3:10), que seria movido perante o Senhor, primícias
estas que eram figuras do Primogênito dentre os mortos, Aquele que ressuscitou
no primeiro dia da semana, Cristo Jesus (1Co.15:20,23; Cl.1:18).
Em seguida,
cinquenta dias depois, vinha o Pentecostes, a festa que indicava o início da
colheita no ano, ou seja, a ocasião que demonstra o início da salvação da
humanidade através da Igreja, o início do movimento do Espírito Santo, baseado
no sacrifício de Cristo, com poder e eficácia, em prol da colheita das almas
para o reino celestial, algo que perdurará até a festa da colheita final, que
se dará com a terceira festa, a festa das trombetas ou festa dos tabernáculos,
que representava a volta de Cristo, o arrebatamento da Igreja.
Assim, a descida
do Espírito Santo somente poderia ocorrer, mesmo, na festa das primícias, na
festa das semanas, que indica o início da colheita, o início da manifestação
plena do Espírito Santo no meio da humanidade com vistas à salvação das almas.
Era o começo do Movimento Pentecostal, e o Espírito Santo sempre esteve
relacionado com o mover, como vemos desde a Sua primeira aparição no texto
sagrado (Gn.1:2).
A Festa de
Pentecostes, que tipificava o derramamento do Espírito Santo, era comemorada cinquenta
dias depois da Festa das Primícias, uma prefiguração da ressurreição de Cristo.
Nesse dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Em
um determinado momento o Espírito Santo veio sobre eles acompanhada de um SOM a
ser ouvido, uma VISÃO a ser vista e um MILAGRE A SER EXPERIMENTADO.
- O
SOM que veio do céu e encheu toda a casa era como de um vento impetuoso.
- A
VISÃO assumiu a forma de línguas como de fogo, distribuídas entre os
discípulos que pousou uma sobre cada um deles. Para aqueles que
vivenciaram esse fenômeno naquela época, o aparecimento de línguas como
que de fogo, que se distribuíam sobre cada um, simbolizava a purificação
individual de cada pessoa (At.2:3).
- No
MILAGRE EXPERIMENTADO no dia de Pentecostes, os discípulos ficaram cheios
do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas (Atos 2:4).
Até então, o
Espírito de Deus havia estado com os discípulos, mas agora ele passa a habitar
dentro deles (João 14:17). O texto de Atos 2:4 marca um ponto crítico na
relação entre o Espírito e a humanidade. No Antigo Testamento, o Espírito era
derramado sobre as pessoas, mas não habitava dentro delas de forma permanente
(Sl.51:11). A partir do Pentecostes, o Espírito de Deus passou a habitar nos salvos
em caráter permanente - Ele veio para ficar (João 14:16).
Em Pentecostes, o
Espírito Santo não apenas veio habitar com os cristãos, mas os encheu. O
Espírito de Deus vem habitar em nós a partir do momento em que somos salvos,
mas a fim de sermos cheios do Espírito precisamos estudar a Palavra, dedicar
tempo à meditação e oração e viver em obediência ao Senhor.
COMO SURGIU O
TERMO “PENTECOSTALISMO”
O termo
"pentecostalismo" vem da palavra "Pentecostes"(nome
atribuído no Antigo Testamento a uma das três principais festas do povo Judeu:
Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos), haja vista ter sido na Festa de
Pentecostes que os discípulos de Jesus receberam a virtude do Espírito (cf.
Atos 2). Os Pentecostais creem no batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado
por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em
outras línguas, conforme a Sua vontade, e na atualidade dos dons espirituais
distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a Sua
soberana vontade. Isto é pentecostalismo. Todavia, este termo é do início do
século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos Estados Unidos da
América, semelhante à manifestação de Atos dois. O Pentecostalismo iniciado na
Rua Azusa, em Los Angeles, deu-se no ano de 1906. E, como resultado de sua
consistência e seriedade, tem-se mantido por todo esse tempo e com certeza
continuará até a volta do Senhor Jesus. Os desvios e abusos que eventualmente
têm surgido não podem descaracterizar aquilo que nasceu no coração de Deus, que
é reavivar o seu povo para uma obra do fim.
O NEOPENTECOSTALISMO
O pentecostalismo é um movimento bíblico, e
suas doutrinas também são. Um culto legitimamente pentecostal não ignora
1Coríntios 14; antes, oferece um culto racional a Deus, com ordem e decência.
Portanto, está com razão aqueles que não aceitam a palavra
“neopentecostalismo”, que vem sendo utilizada por estudiosos da religiosidade
nos últimos anos, para identificar os movimentos e denominações que têm surgido
a partir da década de 1970 e que se constituem, hoje, no ramo que mais cresce
entre os chamados “evangélicos”, pelo menos nos países sul-americanos. Não se
pode ter um “novo Pentecostes”, ou seja, uma “nova doutrina pentecostal”, ou
ainda, para se usar de expressão tão em moda naqueles segmentos referidos, de
uma “nova unção”.
A doutrina
pentecostal não é uma “inovação”, nem uma “novidade”, mas é algo que está
presente na Igreja desde o seu primeiro dia de manifestação ao mundo, ou seja,
o dia de Pentecostes, pois é algo que está na Palavra de Deus e, sabemos todos,
que esta Palavra não muda nem jamais mudará (Sl.33:11; Mt.24:35; Lc.21:33; 1Pd.1:23,25).
Por isso, seria correto falarmos em “neoigrejas pentecostais”, mas não em
“igrejas neopentecostais”. Sal grosso, fita vermelha, oração por copo d'água,
manto de prosperidade, "batismo no Espírito Santo" para glorificar
ídolos, falsas línguas, falsos dons... Não há base bíblica para isso. Tudo isso
é fruto dos manipuladores da Palavra da Verdade.
O verdadeiro Pentecostalismo
é bíblico, e seus frutos são excelentes. Contudo, sempre há aqueles que dizem o
que a Bíblia não diz e mancham o nome de todo um povo. Afastemo-nos, pois, dos
falsos ensinos e não larguemos a Palavra de Deus. Busquemos o batismo no
Espírito Santo e os dons espirituais, para sermos testemunhas eficazes de Jesus
até os confins da Terra!
CONCLUSÃO
Ser “pentecostal”
nada mais é que crer que a realidade vivida pela Igreja nos dias apostólicos
tem de ser a mesma realidade vivida pela Igreja no presente e até que o Senhor
Jesus venha buscar a Sua Igreja. O “pentecostal” entende que não há qualquer
mudança na operação de Deus através da Igreja de Cristo Jesus nos dias dos
apóstolos e nos dias de hoje. Deus não muda e, portanto, não há por que
entendermos que a ação divina através da Igreja seja diversa daquela que se
encontra descrita na Bíblia Sagrada. Para tanto, torna-se necessário, e é o que
faremos neste trimestre letivo, estudar como se dá a atuação divina através da
Igreja segundo as Escrituras, para que esta mesma realidade descrita na Bíblia
seja desfrutada e experimentada pelos que se dizem servos do Senhor Jesus
nestes dias tão difíceis em que está tão próxima a volta de Jesus.
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Luciano de Paula Lourenço
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