Texto Básico: Jeremias 17:7
"Bendito aquele que confia no
Senhor e cuja esperança é o Senhor”.
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Queridos
ouvintes, a Esperança é o esteio principal da estrutura espiritual do crente.
Isto significa que o crente não pode subsistir sem esperança. Vivemos num mundo
tão hostil que remetem as pessoas para um vácuo, sem esperança. As turbulências
que sacodem o mundo, em todas as áreas, têm levado as pessoas a uma indagação
quase unissonante: “ainda há esperança?”. Para o crente verdadeiro, sim. A
Esperança do crente está intimamente vinculada:
- a uma fé firme:
"ora, o Deus de esperança vos
encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo
poder do Espírito Santo"
(Romanos 15:13);
"ora, a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem" (Hebreus 11:1).
- a uma sólida
confiança em Deus:
"pois nEle se alegra o nosso
coração, porquanto temos confiado no seu Santo Nome. Seja a tua benignidade, Senhor,
sobre nós, assim como em ti esperamos" (Salmos 33:21-22).
O que é
esperança? Para aqueles que cristãos dizem ser, esperança:
Ø
É
esperar com confiança.
Ø
É
a perseverante confiança no futuro.
Ø
No
sentido teológico, é esperar com confiança pela ação do poder de Deus que nunca
falha.
Ø
É
aguardar a ação de Deus mesmo que todos sinalizem que você não vai conseguir e
que não vai dar certo, mas que você confia que o poder de Deus vai entrar em
ação e vai realizar isto que você espera.
Ø
É
o fator que não nos permite desanimar, que nos mantém firmes e
constantes, aguardando o cumprimento da promessa que nos foi feita por Deus. Diz
o texto sagrado: “porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nEle o
sim; porquanto também por Ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”(2Co.1:20).
Isto quer dizer que é impossível Deus deixar de cumprir o que prometera.
Uma das
maiores dificuldades do ser humano hoje é esperar. O mundo em que
vivemos é o mundo do imediatismo. Paciência parece ser uma virtude em extinção.
Somos a geração do fast-food, da comunicação virtual, da internet 5G, da
celeridade, do nanosegundo. Alcançamos o mundo na ponta de nossos dedos, e o
colocamos dentro da nossa sala de estar com um clique. Em tempo real,
assistimos concomitantemente ao que se passa no planeta terra, essa pequena
aldeia global.
Exige-se
que tudo funcione dentro das leis do imediatismo. Esperar um dia, uma
semana, um mês, um ano, parece-nos uma eternidade. Exige-se que até mesmo Deus
se enquadre dentro desse cronograma. Muitas Igrejas fazem campanhas de oração, vigílias
e esperam que Deus resolva seus problemas dentro daquele limite de espaço
estabelecido. Porém esquecem que o tempo de Deus é diferente do nosso. O de Deus
é o kairós(eterno); o nosso é o cronos(temporal). Portanto, Deus não
está limitado ao nosso tempo e nem ao nosso querer!
Contudo,
existe um povo, cuja esperança está acima da normalidade da esperança dos seres
humanos: o povo de Deus. Nós cristãos, temos uma esperança transcendental, que
ninguém tem. Transcendental é tudo
aquilo que ultrapassa o limite da experiência.
Em
1Pedro 1:3-4 está
escrito: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que,
segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança,
pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para
vós”.
Pedro
quis dizer que:
Ø
além
de termos esperança de dias melhores;
Ø
além
de termos esperança de que Deus vai responder nossas orações;
Ø
além
de termos esperança de que Deus vai abrir portas em vários setores da vida, em
várias questões da vida;
Ø
nós
temos a esperança de que um dia, todo o sofrimento, toda dor, todo mal, vai ser
debelado para sempre, e sempre e sempre. Portanto, a nossa esperança é
superlativa.
-O
Salmista foi enfático quando disse: “agora, pois, Senhor, que espero eu?
A minha esperança está em Ti”(Sl.39:7). “Ó minha alma, espera silenciosa
somente em Deus, porque dEle vem a minha esperança”(Sl.62:5).
-Isaias
sabia muito bem o que significava esperar no Senhor, por isso disse: ”mas os
que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias;
correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão”(Is.40:31).
-Paulo
disse perante o governador Félix: “tendo esperança em Deus, como estes
mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição tanto dos justos como
dos injustos”. Paulo quis enfatizar que um dia todos nós morreremos, caso o
Senhor Jesus não venha antes disso. Mas, temos a esperança que ressuscitaremos
e viveremos com Ele para sempre – é sem dúvida a nossa mais sublime esperança.
Em
Roma, por ocasião de sua segunda prisão, na antessala do martírio, Paulo
afirmou com inefável alegria: “eu sei em quem tenho crido, e estou certo de
que Ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia” (2Tm.1:12).
Paulo
foi perseguido, rejeitado, esquecido, apedrejado, fustigado com varas, preso,
abandonado, condenado à morte, degolado. Mas, em vez de fechar as cortinas da
vida com pessimismo, amargura e ressentimento, terminou erguendo ao céu um
tributo de louvor ao Senhor. Disse ele: “combati o bom combate, acabei a
carreira e guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a
qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a
todos aqueles que amarem a sua vinda” (2Tm.4:7,8). “a Ele [o Senhor Jesus
Cristo], glória pelos séculos dos séculos. amém” (2Tm.4:18b).
A
esperança da glória manteve esse bandeirante do cristianismo de pé nas lutas
mais renhidas. Ele tombou na terra, pelo martírio, mas ergueu-se no céu para
receber a recompensa, como o mais vitorioso e destacado bandeirante da fé.
Há
muitos que vivem o próprio desespero, sem esperança. Exemplo: o paralítico do
tanque de Bethesda. Certa feita, Jesus foi ao tanque de Bethesda - cujo
significado é casa de misericórdia -, na cidade de Jerusalém, onde havia cinco
pavilhões com uma multidão de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Os enfermos
se aglomeravam ali por nutrirem uma vaga esperança de cura. Segundo uma crença
comum, um anjo descia do céu, em certo tempo, e agitava a água do tanque. O
primeiro que conseguisse a façanha de pular na água era curado de qualquer
doença. E perto daquele tanque havia um paralítico deitado numa esteira, há 38
anos. Aquele homem era a maquete da desesperança:
·
seu
corpo estava surrado pela doença.
·
suas
emoções estavam turvas pelas circunstâncias adversas.
·
sua
alma estava doente pela autoestima aniquilada.
Quando Jesus
o viu, perguntou-lhe: “queres ficar são?”. Ele respondeu com uma evasiva
(subterfúgio, escapatória). Ele não foi direto. Não foi objetivo. Não disse sim
nem não. Em vez de responder à pergunta objetiva de Jesus, saiu pela tangente e
acentuou sua dor emocional: “Senhor, não tenho ninguém...”.
- O
desprezo era a doença mais avassaladora na vida daquele paralítico do que a
paralisia.
- O
abandono doía-lhe mais do que a incapacidade de andar.
- A
falta de solidariedade naqueles longos anos era como farpas cravadas em seu
peito que envenenavam sua alma.
- A
mágoa havia aberto feridas cheias de pus em seu coração.
No
entanto, Jesus se compadece desse homem fazendo-lhe uma pergunta maravilhosa:
“queres ficar são?” (João 5:6).
Jesus
deu-lhe uma ordem maravilhosa: “levanta-te, toma o teu leito e anda” (Jo.5:8).
O resultado dessa pergunta e dessa ordem foi maravilhoso: “imediatamente, o
homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar” (Jo.5:9).
Não há
dúvida, Jesus é a maior esperança para aqueles que não têm mais esperança, que
se desanimaram, cuja esperança está em desespero.
A
mulher do fluxo de sangue (Mc.5:21-34) é outro exemplo de pessoa que viveu o
próprio desespero, sem esperança. Havia
12 anos que essa mulher padecia de um distúrbio ginecológico crônico. Era uma
situação difícil para qualquer mulher, mas para uma judia era ainda pior, pois
a lei vinha de encontro a todos os aspectos de sua vida:
-
Conjugalmente, não podia tocar em seu marido;
- Como
mãe, não podia ter filho;
-
Espiritualmente, não podia ir ao culto;
- Socialmente,
não poderia relacionar-se com as pessoas; antes, deveria viver confinada, na
caverna da solidão, no isolamento, sob a triste realidade do ostracismo social.
- Em
casa, tudo o que ela tocava seria considerada impura – uma louça, uma vassoura,
qualquer coisa. Por doze anos ela não pôde abraçar nenhum familiar sem
causar-lhe dano.
Essa
mulher estava destituída da sociedade. Era considerada quase como uma leprosa.
Foram
doze anos de enfraquecimento constante; anos de copiosas lágrimas, de noites
mal dormidas, de madrugadas insones, de sofrimento sem trégua, que gerava
desesperança.
Ela
bateu em várias portas, buscando uma saída para o seu problema. Contudo, apesar
de todos os seus esforços, perdeu não só o seu dinheiro, mas também,
progressivamente, a sua saúde. Marcos 5:26 assim descreve: “e que havia
padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe
aproveitando isso, antes indo a pior”.
Ela
buscou incansavelmente uma solução para seu impiedoso problema.
Seu
diagnóstico era sombrio; ela parecia morrer pouco a pouco.
A vida
parecia esvair-se aos borbotões do seu corpo.
Seu
sangue em vez de ser um canteiro de vida, tinha se tornado o deserto da morte.
Essa
mulher havia chegado ao fundo do poço, na “estação” chamada “desesperança”.
Mas, essa
mulher ouviu falar de Jesus. O texto diz: “ouvindo falar de Jesus, veio por
detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta”. Ela ouvira falar de Jesus
e das maravilhas que Ele fazia (Mc.5:27). A fé vem pelo ouvir (Rm.10:17). Ela
ouviu sobre a fama de Jesus:
-Que Ele
dava vista aos cegos e purificava os leprosos;
-Que
libertava os cativos e levantava os coxos;
-Que
ressuscitava os mortos e devolvia o sentido da vida aos pecadores que se
arrependiam.
O que
ela ouviu produziu tal espírito de fé que dizia para si: “se tão somente
tocar-lhe as vestes, ficarei curada “(Mc.5:28).
Jesus
estava atendendo a uma urgente necessidade: indo à casa de Jairo, um homem
importante, para curar a sua filha que estava à morte. Mas Jesus parou para
cuidar dessa mulher. Ela não teve valor nem prioridade para a multidão, mas
para Jesus ela teve todo o valor do mundo.
No meio
da multidão que comprimia a Jesus, a mulher tocou em suas vestes e Ele
perguntou: “quem me tocou nas vestes?” (Mc.5:30).
O que
houve de tão especial no toque dessa mulher?
-Foi um
toque confiante.
-Ela
foi movida pela fé, pois acreditava que Jesus tinha poder para restaurar a sua
saúde.
-Foi um
toque eficaz. Quando ela tocou em Jesus, ficou imediatamente livre do seu mal.
Por
isso, sua cura foi completa e cabal. Ela recebeu três curas distintas:
- A
cura física, o fluxo de sangue foi estancado;
- A
cura emocional, Jesus não a desprezou, mas a chamou de filha (Mc.5:34), e lhe
disse: “tem bom ânimo” (Mt.9:22);
- A
cura espiritual, Jesus lhe disse: “a tua fé de salvou” (Mc.5:34).
Essa
mulher nunca esqueceu o que Jesus fez por ela. A tradição diz que ela era
aquela mulher que enxugava o rosto de Jesus quando ele carregava a cruz em
direção ao calvário.
CONCLUSÃO
Queridos
ouvintes, Deus está no controle de todas as coisas! Portanto, não perca a
esperança, mesmo que tenhamos que esperar contra a esperança.
Quando o
profeta Jeremias estava preso no “pátio da guarda”, e Jerusalém estava cercada
pelo exército inimigo (Nabucodonosor), foi um período mui negro na vida do
profeta e da nação de Judá. A nação de Judá foi cercada por um ano pelos
inimigos. Houve a ocorrência de fome; peste e miséria estavam por toda parte na
cidade. Mas essa hora pesarosa deu origem a uma das passagens mais bonitas de
toda a Bíblia: a esperança: “porque eis que dias vêm, diz o Senhor, em que
farei tornar do cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; e
torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão”(Jr.30:3).
E Jeremias, em suas lamentações, lembrou-se
dessa promessa que o Senhor lhe fizera, quando ele estava preso. Então ele disse: “quero trazer à memória
aquilo que me dá esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não
sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada
manhã; grande é a tua fidelidade”(Lm.3:21-23).
Confiar
na fidelidade de Deus dia após dia nos faz crer em Sua grande promessa para o
futuro.
Que
posamos dizer como Davi: “esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou
para mim, e ouviu o meu clamor” (Sl.40:1). “Pois tu és a minha esperança, Senhor
Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade” (Sl.71:5).
“bom é
ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lm.3:26).
Deus os
abençoe e lhes conceda uma esperança inabalável, firmada além do véu (Hb.6:19).
Amém!
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Luciano de Paula Lourenço
Paz do senhor pastor estou sentindo muita falta da ajuda do senhor nos comentários da EBD.oro a Deus para que o senhor volte.pas do senhor.Elias IBIPORÃ Paraná.
ResponderExcluirGraça e Paz do Senhor Jesus Cristo irmão e pastor Luciano. O senhor não irá postar mais conteúdo para a EBD?
ResponderExcluirMensagem Maravilhosa!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirNão consigo mais encontar as postagens da escola bíblica dominical. O q houve?
ResponderExcluirEstá fazendo muita falta o comentário das Lições bíblicas , rogo ao senhor lhe abençoe .
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