Introdução
Quase
vinte séculos depois do afastamento forçado dos judeus de seu
território natal (Israel), a ONU autorizou a fundação do Estado de Israel, que
se deu em 1948. Isto foi precedida por uma longa história de
aspirações sionistas, que buscavam um lar nacional para o povo judeu, e por
disputas territoriais complexas com a população árabe na Palestina. Neste
documentário-panorama trataremos dessa trajetória desde o início, embora de
forma raso, destacando o conflito entre Israel e os seus inimigos
circunvizinhos, principalmente o Ramas, que é uma das organizações terroristas
mais proeminentes envolvidas no contínuo enfrentamento.
1. As Raízes do Conflito entre Israel e os seus
inimigos circunvizinhos
A análise
das raízes do conflito que levou à criação do Estado de Israel é fundamental
para compreender a complexidade histórica e geopolítica dessa região e as
tensões entre judeus e árabes palestinos.
A
história da criação do Estado de Israel remonta ao final do século XIX, quando
o movimento sionista ganhou força, defendendo o direito dos judeus a uma pátria
na Palestina. Esse desejo coincidiu com o declínio do Império Otomano, que
controlava a região. No pós-Primeira Guerra Mundial, o Mandato Britânico na
Palestina ampliou a presença judaica e árabe, levando a uma tensão crescente.
O
movimento sionista, que surgiu no final do século XIX, teve como objetivo
principal o retorno dos judeus à Terra de Israel, defendendo-a como sua pátria
histórica e sagrada. Esse movimento ganhou força especialmente na Europa, onde
os judeus enfrentavam perseguições e discriminação. Theodor Herzl, considerado
o pai do sionismo moderno, defendeu a ideia de um Estado judeu para garantir a
segurança e a autodeterminação do povo judeu.
O
declínio do Império Otomano no início do século XX coincidiu com o
fortalecimento do movimento sionista. A Primeira Guerra Mundial acelerou o
declínio do império e levou ao desmantelamento de suas possessões, incluindo a
Palestina, que era uma parte do Império Otomano. As potências vencedoras,
notavelmente Grã-Bretanha e França, começaram a redefinir as fronteiras na
região.
Após a
Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações concedeu um mandato à Grã-Bretanha
sobre a Palestina, que incluía a promessa de estabelecer um lar nacional judeu
na região, como declarado na Balfour
Declaration de 1917. No entanto, o mesmo mandato também enfatizou que nada
deveria prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades existentes na
Palestina. O Mandato Britânico na Palestina ampliou a presença de colonos
judeus, o que gerou tensões com a população árabe local. A terra tornou-se uma
questão central, com ambas as comunidades reivindicando-a como sua. Essas
tensões aumentaram à medida que mais judeus migraram para a Palestina durante e
após a Segunda Guerra Mundial, fugindo do Holocausto e buscando um novo lar.
Em 1947,
a ONU propôs a partição da Palestina em um Estado judeu e um Estado árabe, com
Jerusalém como uma cidade internacional. Os líderes judeus aceitaram a
proposta, enquanto os líderes árabes a rejeitaram. Em 1948, logo após a
declaração de independência de Israel, os países árabes vizinhos atacaram,
resultando em uma guerra que culminou na criação do Estado de Israel.
Essas
raízes históricas lançaram as bases para o conflito contínuo entre Israel e os
palestinos, incluindo grupos como o Hamas. As questões de território,
nacionalismo, direitos e aspirações de ambas as comunidades são fundamentais
para entender a complexidade e a persistência do conflito.
2. O restabelecimento do Estado de Israel
Deus já
havia predito, desde a época de Moisés, que se Israel não O obedecesse, seria
disperso entre todas as nações (Dt.28:15,34). O próprio Jesus profetizara que
Israel seria disperso entre todas as nações da terra e que cairia à espada.
Isto ocorreu no ano 70 d.C, quando o exército do general Tito cercou Jerusalém
matando milhares de pessoas, e os que escaparam estiveram cativos entre as
várias nações da terra. Contudo, o Senhor também predisse que tornaria a
congregar o seu povo, transferindo-o de entre as nações da terra para a sua
terra de origem (Dt.30:3; Is.11:11-16; Ez.36,8,24; 37:11,12; 38:8) - “Então o
Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro e se apiedará de ti; e tornará
a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o Senhor teu
Deus” (Dt.30:3).
A criação
da primeira colônia judia em 1882, nas proximidades de Jaffa, marcou o início
da imigração de Judeus para a região. Em 1923, quase vinte séculos depois da
diáspora (dispersão dos Judeus), milhares de famílias judaicas começam a
retornar à região, que após o domínio turco, se tornara protetorado inglês,
desde 1922. É o cumprimento da profecia que diz:
“... Eis
que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para onde eles foram, e
os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra”(Ez.37:21).
“E
removerei o cativeiro do meu povo Israel, e reedificarão as cidades assoladas e
nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho e farão pomares, e
lhes comerão o fruto. E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados
da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus” (Amós 9:14,15).
Em 14 de
maio de 1948, quando os ingleses deixaram a região, os Judeus, apoiados pelos
Estados Unidos, proclamaram oficialmente o novo Estado de Israel. Entretanto,
os árabes em hipótese nenhuma concordaram com a restauração de Israel. A
intenção deles, muitas vezes reafirmada, é a de expulsar os Judeus e riscar
Israel do mapa. Nesse sentido foram travadas cinco grandes guerras: em 1948 - a
Guerra da Independência; em 1956 - a Guerra de Suez; em 1967 - a Guerra dos
Seis Dias; em 1973 - a Guerra do Yom Kippur; em 1982 - a Guerra do Líbano. Em
todos esses embates, as forças judaicas têm saído vencedoras, porque o Senhor
dos Exércitos está ao seu lado. Nunca se intimidou com as inúmeras ameaças de dos
inimigos hostis que os cerca de todos os lados.
3. A Declaração de Independência de Israel
Após a
Segunda Guerra Mundial e a tragédia do Holocausto, a situação política e social
no mundo começou a se transformar de maneira significativa, especialmente no
que diz respeito à questão judaica e à busca por um Estado judeu. O Holocausto,
que resultou no genocídio de aproximadamente seis milhões de judeus durante o
regime nazista, evidenciou a necessidade crítica de um refúgio seguro para os
sobreviventes e para os judeus em geral. O Holocausto deixou uma marca
indelével na consciência global, gerando uma onda de simpatia e apoio ao
movimento sionista e à criação de um Estado judeu. A comunidade internacional
começou a reconhecer a necessidade de garantir um lugar onde os judeus pudessem
se estabelecer e viver em segurança, evitando assim futuros genocídios.
O
movimento sionista, que havia ganhado força nas décadas anteriores, agora
estava mais enfocado e determinado a garantir a criação de um Estado judeu. A
pressão sobre a Grã-Bretanha, que controlava o Mandato Britânico na Palestina,
aumentou para permitir a criação de um Estado judeu. A opinião pública
internacional, bem como a influência dos Estados Unidos e da União Soviética,
desempenhou um papel crucial nesse processo.
A Balfour Declaration de 1917, na qual o
governo britânico expressou apoio a um lar nacional judeu na Palestina,
tornou-se um instrumento central na reivindicação sionista para o
estabelecimento de um Estado. O reconhecimento internacional, incluindo a
aprovação das Nações Unidas em 1947 para a partição da Palestina, impulsionou
os esforços sionistas e fortaleceu sua determinação de proclamar a
independência.
Em 14 de
maio de 1948, David Ben-Gurion, líder da Agência Judaica e futuro
primeiro-ministro de Israel, declarou a independência do Estado de Israel. A
declaração foi um momento histórico que simbolizou a realização de um sonho
sionista de séculos, proporcionando uma pátria para o povo judeu. Este evento
foi acompanhado pela retirada das forças britânicas da Palestina. Chaim
Weizmann, escolhido presidente da Organização Sionista Mundial, foi eleito pelo
Knesset como o primeiro Presidente.
A
declaração de independência foi seguida imediatamente por uma invasão
coordenada de cinco países árabes vizinhos: Egito, Síria, Jordânia, Líbano e
Iraque. Esta invasão foi uma reação ao estabelecimento do Estado de Israel,
marcando o início da Guerra de sua Independência. Este conflito durou até 1949,
resultando em mudanças territoriais e na consolidação da independência de
Israel.
A
Declaração de Independência de Israel foi um marco histórico significativo que
estabeleceu as bases para o Estado de Israel moderno, mas também foi o ponto de
partida para um conflito prolongado e complexo entre Israel e os países árabes
da região, configurando o cenário geopolítico do Oriente Médio até os dias de
hoje.
4. A Guerra de Independência e seus desdobramentos
A Guerra
de Independência de Israel, que ocorreu de 1947 a 1949, foi um conflito armado
de grande escala entre Israel e uma coalizão de países árabes vizinhos,
incluindo Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano. Este conflito marcou um
período crucial na história do Oriente Médio, determinando a configuração
política e territorial da região.
Os
antecedentes da Guerra de Independência remontam à partilha proposta da
Palestina pelas Nações Unidas em 1947. A partição foi aceita pelos líderes
judeus, mas rejeitada pelos líderes árabes, o que levou a um aumento das
tensões na região. A declaração de independência de Israel em 1948 foi um ponto
de ignição para o conflito armado.
A guerra
começou em 14 de maio de 1948, o mesmo dia em que Israel declarou sua
independência. As tropas de cinco países árabes invadiram o território
recém-criado para impedir a formação do Estado judeu. Isso marcou o início de
um conflito sangrento, com lutas em várias frentes. A guerra foi caracterizada
por batalhas intensas e brutalidade de ambos os lados. Israel, embora em
desvantagem em termos de armamento e treinamento, conseguiu organizar suas
forças de maneira mais eficaz. Houve uma série de embates, com as tropas
israelenses repelindo as forças árabes e, posteriormente, ganhando terreno.
A guerra
teve várias fases, começando com uma guerra civil entre a comunidade judaica e
árabe na Palestina. Isso foi seguido pela intervenção dos países árabes,
marcando a fase da intervenção externa. A luta foi travada em vários fronts,
incluindo na Galileia, na cidade de Jerusalém, no Neguev e em outras regiões
estratégicas. A guerra resultou em grandes mudanças territoriais. Israel
conseguiu expandir suas fronteiras além do território atribuído a ele pela
partição da ONU. A Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito, enquanto a Cisjordânia
foi ocupada pela Jordânia. Isso estabeleceu um novo cenário geopolítico na
região.
Em 1949,
após negociações mediadas pela ONU, armistícios foram assinados entre Israel e
os países árabes envolvidos no conflito. Apesar da violência e das
adversidades, Israel emergiu como um Estado independente, consolidando sua
existência e estabelecendo sua legitimidade no cenário internacional.
A Guerra
de Independência de Israel teve um impacto duradouro na região do Oriente
Médio. O conflito deixou profundas divisões e inimizades entre Israel e os
países árabes, estabelecendo a base para futuros confrontos e desafios
políticos que ainda ressoam nos dias de hoje. Além disso, a guerra contribuiu
para a questão dos refugiados palestinos, um tema central nas negociações de
paz subsequente. A Guerra de Independência de Israel não apenas definiu a
fundação do Estado de Israel, mas também marcou o início de décadas de
conflitos e tensões na região, moldando a história e a política do Oriente
Médio até os dias atuais.
5. A Guerra dos Seis dias – 1967
A Guerra
dos Seis Dias foi um conflito militar que ocorreu entre Israel e os países
árabes vizinhos: Egito, Jordânia e Síria, com a participação posterior do
Iraque e do Líbano. O conflito teve início em 5 de junho de 1967 e terminou em
10 de junho do mesmo ano.
O
contexto histórico que levou a essa guerra é crucial para entender as tensões
que culminaram no conflito. Desde a criação de Israel em 1948 houve uma série
de confrontos entre os países árabes e Israel, principalmente sobre a questão
da soberania e dos territórios disputados. Em 1967, as tensões atingiram um
ponto crítico, principalmente devido à mobilização militar egípcia liderada
pelo presidente Gamal Abdel Nasser, que resultou no fechamento do estreito de
Tiran para navios israelenses. Além disso, as forças da ONU se retiraram da
Península do Sinai, deixando-a desguarnecida. Israel viu essas ações como uma
ameaça à sua segurança e respondeu lançando um ataque preventivo contra as
forças aéreas egípcias, destruindo grande parte da força aérea egípcia no
primeiro dia do conflito. Esse ataque surpresa foi um fator determinante no
sucesso inicial de Israel na guerra. Nos dias seguintes, Israel lançou
ofensivas terrestres e aéreas contra o Egito, Jordânia e Síria, conquistando
territórios significantes. Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai
do Egito, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental da Jordânia, além das Colinas de
Golã da Síria.
O
conflito terminou com um cessar-fogo mediado pela ONU. A Guerra dos Seis Dias
resultou em importantes mudanças territoriais, transformando o mapa político da
região. Além disso, a guerra teve consequências duradouras para as relações
entre Israel e os países árabes, desencadeando uma série de conflitos
subsequentes e contribuindo para a complexidade e a tensão no Oriente Médio até
os dias atuais.
5.1. Contexto,
Causa e Consequências
Para
entender completamente o contexto, causas e consequências desse conflito, é
essencial examinar o período que antecedeu a guerra.
a) Contexto:
ü Criação do Estado de Israel (1948): Após a Segunda
Guerra Mundial e o Holocausto, a ONU aprovou o Plano de Partilha de 1947, que
resultou na criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948. No entanto, isso
foi contestado por vários países árabes, desencadeando o primeiro conflito
árabe-israelense.
ü Guerra de Suez (1956): O conflito envolveu Israel,
Reino Unido e França contra Egito, com Israel invadindo o Sinai em resposta ao
nacionalismo de Nasser e à nacionalização do Canal de Suez. Pressões
internacionais levaram à retirada das forças invasoras, mas a ONU estabeleceu
uma força de paz no Sinai.
ü Hostilidades crescentes: Nas décadas de 1950 e
1960, as tensões entre Israel e seus vizinhos árabes, especialmente Egito,
Síria e Jordânia, continuaram a crescer, com ameaças e hostilidades frequentes,
incluindo ataques terroristas e confrontos militares.
b) Causas:
ü Tensões e conflitos anteriores: As tensões entre
Israel e os países árabes persistiram desde a criação do Estado de Israel em
1948. Questões territoriais, acesso à água, controle do Canal de Suez e a
situação dos refugiados palestinos foram fontes contínuas de conflito.
ü Bloqueio do estreito de Tiran: Em maio de 1967, o
presidente egípcio Gamal Abdel Nasser bloqueou o Estreito de Tiran, uma via
crucial para o transporte de petróleo para Israel, o que foi visto como um ato
de guerra por Israel.
ü Preocupações de segurança: Israel percebeu a
concentração de tropas e atividades militares dos países árabes vizinhos como
uma ameaça iminente e, diante disso, decidiu lançar um ataque preventivo para
neutralizar essa ameaça.
c) Consequências:
ü Aquisição de Territórios: Israel obteve uma vitória
rápida e decisiva, expandindo seu território para incluir a Faixa de Gaza e a
Península do Sinai do Egito, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental da Jordânia,
além das Colinas de Golã da Síria.
ü Alteração do Equilíbrio de Poder: A guerra alterou
drasticamente o equilíbrio de poder na região, estabelecendo Israel como uma
potência militar dominante no Oriente Médio.
ü Conflitos Futuros: As conquistas territoriais de
Israel na Guerra dos Seis Dias foram o pano de fundo para futuros conflitos e
tensões na região, incluindo a Guerra do Yom Kippur (1973) e o conflito
contínuo entre Israel e os palestinos.
ü Busca pela Paz: A guerra também incentivou esforços
diplomáticos para resolver o conflito no Oriente Médio, incluindo a Conferência
de Paz de Madri em 1991, que iniciou as negociações entre Israel e seus
vizinhos árabes.
Em
resumo, a Guerra dos Seis Dias teve um impacto duradouro no cenário geopolítico
do Oriente Médio, alterando fronteiras, políticas e as dinâmicas de poder na
região, bem como influenciando as relações internacionais e os conflitos
subsequentes.
5.2. A
retomada de Jerusalém
Jerusalém
foi destruída, pela primeira vez, em 586 a.C. por Nabucodonozor. Esta é
considerada a data inaugural em que Jerusalém não seria dominada, de forma
plena, pelos Judeus, mas seria pisada pelos gentios. E Jesus afirmou que
Jerusalém seria pisada até que se completem os tempos dos gentios (ver Lc.21:24).
No entanto, Deus começou a reverter tal situação em junho de 1967, quando os
exércitos israelenses retomaram o lado oriental da Cidade Santa. Em 1980, o
então primeiro-ministro Menachen Begin proclamou Jerusalém como a capital una e
indivisível de Israel. Mas, não foi tão fácil! Os inimigos de Israel procuraram
com toda veemência impedir isso!
Após o
renascimento de Israel como nação soberana, os árabes lançaram sucessivas ondas
de terror sobre o bairro judaico de Jerusalém. Os Judeus passaram a viver dias
de tensão e medo. Apesar da estrondosa vitória obtida na ONU, obtendo o direito
de voltar à sua terra natal, continuavam peregrinos em sua própria terra,
estrangeiros no próprio solo. No dia 28 de maio de 1948, os árabes invadem o
setor hebreu de Jerusalém e tomam a cidade, não permitindo, a partir daí, o
acesso dos judeus ao Muro das Lamentações, na velha Jerusalém. Assim, os Judeus
foram obrigados a ficarem distantes de seu santuário maior. Em maio de 1967, o
presidente do Egito, Gama Abdel Nasser, faz a seguinte declaração: ”Nosso
objetivo básico é destruir Israel”. E na segunda quinzena de maio do mesmo ano
ele começa a arquitetar-se a fim de concretizar o seu intento. Nasser assina um
acordo militar com a Jordânia e o Iraque. Ao mesmo tempo, tropas argelianas,
marroquinas, kuaitianas e sauditas unem-se aos exércitos egípcios e sírios.
No dia
seis de junho de 1967, Israel reage. Em menos de uma semana, os soldados
israelenses, comandados pelo general Ytzark Rabin, conquistam toda a península
do Sinai até o Canal de Suez. Com a mesma eficiência, tomam a Cisjordânia e as
colinas de Golan. E, no auge dos combates, reconquistaram Jerusalém. Os árabes
sofrem enormes prejuízos. Todos, na verdade, esperavam a destruição de Israel,
mas o Altíssimo saiu em defesa de seu povo. Da esperada derrota, brotou um dos
mais espetaculares triunfos da nação judaica. Até o que não esperavam, os
israelitas conseguiram: a posse definitiva da Cidade Santa.
5.3. Poderio
bélico utilizado pelas nações envolvidas na guerra dos seis dias
Na Guerra
dos Seis Dias, em 1967, várias nações estiveram envolvidas, sendo os principais
atores Israel e uma coalizão de países árabes, incluindo Egito, Síria, Jordânia
e Iraque, com apoio de outros países árabes. Vamos descrever o quantitativo do
poderio bélico dessas nações:
a) Israel:
ü Forças Armadas: Israel possuía cerca de 275.000
soldados ativos, incluindo as forças de reserva.
ü Força Aérea: A Força Aérea Israelense (IAF) tinha
aproximadamente 800 aeronaves, incluindo caças a jato modernos como o Mirage
III e aeronaves fornecidas pelos Estados Unidos.
ü Marinha: A marinha israelense contava com navios de
guerra modernos, incluindo submarinos, contratorpedeiros e embarcações de
patrulha.
b) Egito:
ü Forças Armadas: O Egito tinha uma das maiores
forças armadas da região, com cerca de 320.000 soldados ativos.
ü Força Aérea: A Força Aérea Egípcia tinha cerca de
450 aeronaves, incluindo caças MiG-21 e Sukhoi Su-7.
ü Marinha: A marinha egípcia contava com navios de
guerra e submarinos, embora não estivesse tão avançada quanto a de Israel.
c) Síria:
ü Forças Armadas: A Síria tinha uma força militar de
cerca de 75.000 a 80.000 soldados ativos.
ü Força Aérea: A Força Aérea Síria possuía
aproximadamente 300 aeronaves, incluindo caças MiG-21 e Su-7.
ü Marinha: A Síria não tinha uma marinha
significativa para este conflito.
d) Jordânia:
ü Forças Armadas: A Jordânia possuía uma força
militar de cerca de 55.000 a 60.000 soldados ativos.
ü Força Aérea: A Força Aérea da Jordânia tinha cerca
de 100 aeronaves, incluindo caças Hawker Hunter.
ü Marinha: A Jordânia não tinha marinha de relevância
para a guerra.
e) Iraque:
ü Forças Armadas: O Iraque tinha uma força militar de
aproximadamente 50.000 soldados ativos.
ü Força Aérea: A Força Aérea Iraquiana possuía cerca
de 200 aeronaves, incluindo caças MiG-21 e Su-7.
ü Marinha: O Iraque não tinha uma marinha de
relevância para este conflito.
É
importante notar que, além desses números de soldados e equipamentos, a
eficácia, treinamento, liderança e estratégia também desempenharam papéis
cruciais no desfecho da guerra. O treinamento das forças israelenses, sua
coordenação eficaz e a estratégia de ataque preventivo foram fatores decisivos
para a rápida vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias. Pode-se perceber que
pelo poderio bélico dos inimigos, Israel não tinha condição de vencer, mas a
lógica humana foi superada e Israel venceu a guerra em seis dias. Creio que era
impossível Israel vencer essa guerra sem ajuda divina.
5.4. Estatística
de baixas na Guerra dos Seis dias
A Guerra
dos Seis Dias, que ocorreu em junho de 1967, resultou em um número
significativo de baixas, tanto em termos de mortos como de feridos, para os
países envolvidos. É importante observar que as estatísticas exatas podem
variar dependendo das fontes e dos relatórios específicos de cada país. Abaixo
estão estimativas gerais das baixas para os principais participantes da guerra:
a) Israel:
ü Mortos: Cerca de 776 soldados israelenses perderam
a vida durante a guerra.
ü Feridos: O número de feridos foi consideravelmente
maior do que o número de mortos, totalizando cerca de 2.586 soldados feridos.
b) Egito:
ü Mortos: As estimativas para as baixas egípcias
variam, mas estima-se que o Egito tenha perdido entre 10.000 a 15.000 soldados.
ü Feridos: O número de feridos no lado egípcio também
foi substancial, com milhares de soldados feridos durante o conflito.
c) Síria:
ü Mortos: A Síria sofreu um número significativo de
mortos, estimado entre 1.000 a 2.500 soldados.
ü Feridos: Milhares de soldados sírios foram feridos
durante os combates.
d) Jordânia:
ü Mortos: A Jordânia teve uma estimativa de mortos
que varia entre 700 a 1.000 soldados.
ü Feridos: O número de feridos jordanianos também foi
substancial, com muitos soldados sofrendo ferimentos graves.
e) Iraque:
ü Mortos: As baixas iraquianas foram estimadas entre
10 a 50 soldados mortos.
ü Feridos: O número de feridos no lado iraquiano foi
menor em comparação com outros países envolvidos.
Vale
ressaltar que esses números são estimativas e podem variar dependendo das
fontes e dos registros históricos disponíveis. Além disso, a guerra teve
impacto não apenas em termos de perdas humanas, mas também em termos de
deslocamento de pessoas, danos materiais e mudanças geopolíticas na região do
Oriente Médio.
6. Guerra do Yom Kippur: contexto, causas e
consequências
A Guerra
do Yom Kippur, também conhecida como Guerra de Outubro ou Ramadã, foi um
conflito militar importante que teve início em 6 de outubro de 1973, quando as
forças armadas do Egito e da Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel.
Este conflito foi um ponto de inflexão crucial no cenário geopolítico do
Oriente Médio e teve sérias implicações em várias esferas, incluindo a economia
global devido à Crise do Petróleo.
6.1. Contexto e Causas
A Guerra
do Yom Kippur teve suas raízes nas tensões persistentes entre Israel e os
países árabes vizinhos, especialmente após a Guerra dos Seis Dias em 1967. Após
a derrota nessas batalhas, Egito e Síria buscaram recuperar territórios que
haviam perdido, principalmente o Sinai e as Colinas de Golã, respectivamente.
O Egito,
liderado pelo presidente Anwar Sadat, e a Síria, sob o comando de Hafez
al-Assad, planejaram uma ofensiva militar conjunta. O elemento surpresa era
crucial para equilibrar a superioridade militar de Israel, que havia sido uma
das razões para a rápida vitória israelense na Guerra dos Seis Dias.
Além
disso, a escolha da data de início da guerra, o Yom Kippur, um dos feriados
mais sagrados do calendário judaico, foi estratégica. As forças árabes
esperavam pegar os israelenses despreparados, já que muitos soldados estariam
ausentes devido às observâncias religiosas.
6.2. Desenvolvimento
e Consequências
O início
da guerra foi marcado por surpreendentes avanços das forças egípcias e sírias.
O Egito recuperou parte do Sinai e a Síria inicialmente avançou nas Colinas de
Golã. No entanto, as forças israelenses, lideradas por Moshe Dayan, conseguiram
organizar uma defesa eficaz e, eventualmente, lançaram contraofensivas
bem-sucedidas. Os Estados Unidos e a União Soviética, superpotências da época,
desempenharam papéis importantes na mediação de um cessar-fogo. O conflito
resultou em milhares de mortes de ambos os lados, bem como grandes perdas
materiais.
As
consequências foram profundas. A Crise do Petróleo foi uma delas, onde os
países árabes embargaram o fornecimento de petróleo para os Estados Ocidentais,
incluindo os EUA, em retaliação pelo apoio a Israel. Isso levou a aumentos
acentuados nos preços do petróleo e a uma recessão econômica global.
Além
disso, o conflito gerou um novo impulso para o processo de paz no Oriente
Médio, culminando nos Acordos de Camp
David em 1978, que estabeleceram a paz entre Israel e Egito. A Guerra do
Yom Kippur também teve um impacto duradouro nas estratégias militares e
políticas da região, moldando as relações internacionais até os dias de hoje
6.3. Poderio
bélico envolvido na guerra do Yom Kippur:
a) Israel. As Forças de Defesa de Israel (IDF) eram altamente
organizadas e possuíam uma força militar moderna e bem equipada, com uma
estratégia centrada na mobilidade e superioridade aérea. Algumas das
características do poderio bélico israelense incluíam:
ü Força Aérea Israelense (IAF): Era uma das mais poderosas do mundo na época,
possuindo uma ampla variedade de aeronaves de combate, incluindo caças Mirage,
Phantom, Skyhawk e F-4 Phantom II. Eles também tinham uma força considerável de
helicópteros de ataque e transporte.
ü Exército Terrestre: Israel tinha uma força militar terrestre altamente
treinada e bem equipada, com uma ênfase significativa na mobilidade. Eles
possuíam tanques, veículos blindados, artilharia pesada e infantaria altamente
treinada.
ü Marinha: Embora a
marinha não tenha desempenhado um papel tão significativo nesta guerra, Israel
tinha uma marinha relativamente forte, com navios de guerra e uma marinha de
combate bem equipada.
b) Egito. As Forças Armadas egípcias eram bem treinadas e
contavam com o apoio soviético em termos de armamentos e tecnologia militar. O
Egito era um dos principais países árabes envolvidos na guerra e tinha um
grande contingente de tropas, bem como uma estratégia militar elaborada.
ü Exército
Egípcio: O exército egípcio tinha uma
considerável força de infantaria, tanques soviéticos T-54 e T-55, veículos
blindados e artilharia pesada.
ü Força
Aérea Egípcia: A Força
Aérea Egípcia tinha uma ampla variedade de aeronaves, incluindo caças MiG e Sukhoi,
bem como helicópteros de combate. No início da guerra, eles lançaram ataques
aéreos surpresa contra alvos israelenses.
ü Marinha: A marinha egípcia tinha navios de guerra e
embarcações de patrulha, embora não tenha desempenhado um papel tão significativo
no conflito.
c) Síria. As Forças Armadas sírias também estavam envolvidas
no conflito e colaboraram com o Egito na ofensiva contra Israel.
ü Exército Sírio: O exército sírio tinha tanques soviéticos T-54 e T-55, artilharia
pesada e uma força de infantaria considerável.
ü Força Aérea Síria: A Força Aérea Síria tinha aeronaves soviéticas, incluindo caças MiG e
Sukhoi, que foram usadas no início da guerra.
A Guerra
do Yom Kippur envolveu um grande poderio bélico de todos os lados, com Israel
mantendo uma vantagem notável em termos de tecnologia, treinamento e táticas
militares. As táticas e estratégias empregadas por todas as partes
desempenharam papéis cruciais no desenrolar do conflito e nas consequências
posteriores.
6.4. Estatística
de baixas na guerra do Yom Kippur
A Guerra
do Yom Kippur resultou em um número considerável de baixas para todas as partes
envolvidas. Vamos fornecer uma visão geral das estatísticas de baixas para
Israel, Egito e Síria, as principais nações envolvidas no conflito.
ü Israel: As baixas em Israel foram significativas,
especialmente nos estágios iniciais da guerra, quando as forças árabes lançaram
um ataque surpresa. Estima-se que Israel tenha sofrido cerca de 2.688 a 2.800
mortos e cerca de 7.250 feridos durante o conflito.
ü Egito: As forças egípcias sofreram um grande número de
baixas. Estima-se que o Egito tenha sofrido de 8.500 a 10.000 mortes, com
milhares de feridos durante a Guerra do Yom Kippur. A artilharia israelense e
os contra-ataques terrestres foram responsáveis por muitas dessas perdas.
ü Síria: A Síria também sofreu um número substancial de
baixas. Estima-se que tenha havido entre 1.000 a 4.000 mortos e vários milhares
de feridos durante a guerra. As forças israelenses conseguiram repelir os
avanços sírios nas Colinas de Golã, infligindo pesadas perdas.
É
importante ressaltar que as estimativas exatas de baixas podem variar em
diferentes fontes e, devido à natureza do conflito, algumas informações podem
não ser precisas. Além disso, as baixas civis e os danos materiais também foram
significativos, afetando as populações civis nos países envolvidos. Esses
números ilustram o custo humano e o impacto devastador que a Guerra do Yom
Kippur teve nas vidas das pessoas envolvidas, bem como nas nações afetadas pela
violência e pelos conflitos na região do Oriente Médio.
7. Outras guerras travadas após guerra do Yom
Kippur
Após a
Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra de Outubro ou Guerra de
Ramadan, que ocorreu em outubro de 1973, Israel enfrentou diversas outras
guerras e conflitos, cada um com suas próprias circunstâncias, motivações e
desafios. Algumas das principais guerras e conflitos que se seguiram à Guerra
do Yom Kippur incluem:
a) Guerra do Líbano (1982). Israel invadiu o sul do Líbano para combater
organizações militantes palestinas. A operação levou à ocupação de partes do
Líbano até 2000.
b) Primeira Intifada (1987-1993). Um levante popular dos palestinos nos territórios
ocupados, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, contra a ocupação
israelense.
c) Guerra do Golfo (1990-1991). Embora não tenha sido um conflito direto com
Israel, Israel foi atacado por mísseis Scud lançados pelo Iraque de Saddam
Hussein durante a Guerra do Golfo, resultando em uma resposta de Israel.
d) Segunda Intifada (2000-2005). Outro período de conflito entre palestinos e
israelenses, marcado por atentados suicidas e uma resposta militar israelense.
e) Guerra do Líbano (2006). Conflito entre Israel e o grupo militante libanês
Hezbollah, que resultou em hostilidades prolongadas e danos significativos de
ambos os lados.
f) Operação Chumbo Fundido (2008-2009). Uma incursão militar israelense na Faixa de Gaza
em resposta ao lançamento contínuo de foguetes e morteiros por parte de grupos
militantes palestinos.
g) Operação Margem Protetora (2014). Outra operação militar em Gaza, em resposta a
ataques com foguetes e túneis de ataque construídos por grupos militantes em
Gaza.
h) Protestos na Fronteira de Gaza (2018). Conflitos e protestos contínuos na fronteira entre
a Faixa de Gaza e Israel, envolvendo confrontos entre manifestantes palestinos
e as forças de segurança israelenses.
Esses são
alguns dos principais conflitos e eventos que ocorreram após a Guerra do Yom
Kippur em 1973. É importante notar que a situação geopolítica e os conflitos na
região continuam a evoluir, como a que estamos presenciando entre Israel e o
Ramas.
8. A Guerra Israel x Hamas
O
conflito Israel-Palestina é uma das questões mais complexas e persistentes do
século XX e XXI, marcado por disputas territoriais, nacionalismo, diferenças
religiosas e aspirações nacionais de ambas as partes. O Hamas, uma organização
islâmica, tornou-se uma peça significativa nesse cenário, especialmente após a
ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
a) Contexto Histórico: Ocupação da
Faixa de Gaza e Cisjordânia (1967). Após a Guerra dos Seis Dias, em 1967,
Israel ocupou territórios anteriormente controlados pelos palestinos, incluindo
a Faixa de Gaza (anteriormente governada pelo Egito) e a Cisjordânia
(anteriormente sob controle da Jordânia). Essa ocupação marcou um ponto de
virada no conflito, gerando tensões significativas entre Israel e os
palestinos.
b) O surgimento do Hamas. O Hamas, ou Movimento de Resistência Islâmica,
foi fundado em 1987 durante a Primeira Intifada, um levante palestino contra a
ocupação israelense. A organização nasceu com o objetivo de resistir à ocupação
e promover uma visão islâmica fundamentalista da sociedade, baseada nos
princípios do Islã.
c) Ideologia e objetivos do Hamas. A ideologia do Hamas é fundamentada no Islã e tem
como objetivo libertar toda a Palestina histórica (incluindo Israel, a
Cisjordânia e a Faixa de Gaza) e estabelecer um Estado islâmico na região. Eles
rejeitam a legitimidade de Israel e se opõem às negociações de paz, defendendo
o uso da violência como meio legítimo de resistência.
d) Hamas e o Terrorismo. O Hamas divide a opinião pública internacional,
sendo considerado uma organização terrorista por alguns países, enquanto outros
veem suas ações como uma resposta à ocupação israelense. As atividades do
Hamas, bem como a reação de Israel, têm consequências humanitárias sérias para
a população civil, especialmente em Gaza, onde a vida é marcada pela escassez,
bloqueios e destruição.
O Hamas
adotou táticas de guerrilha e terrorismo para contestar a presença israelense e
reivindicar a autodeterminação palestina. Ataques a alvos civis e militares
israelenses, incluindo suicídios e foguetes, se tornaram uma característica
marcante do conflito.
e) Atividades e métodos. O Hamas se envolveu em atividades militares,
políticas e sociais. Além de ataques armados contra Israel, a organização procura
deixar a impressão de que também fornece serviços sociais, como assistência
médica, educação e auxílio a comunidades necessitadas, o que lhes granjeia
apoio popular. Mas isso é só uma impressão, porque toda as doações que são
enviadas do mundo inteiro à faixa de Gaza o Hamas se apodera para fins bélicos
no afã de destruir Israel; e a população sofre sobremaneira com esse modus
operandi danoso dessa organização terrorista.
f) Conflitos e Operações Militares. Desde sua criação, o Hamas esteve envolvido em
conflitos militares com Israel, lançando foguetes da Faixa de Gaza e conduzindo
ataques suicidas. As operações militares e conflitos periódicos, como a
Operação Chumbo Fundido (2008-2009), a Operação Pilar Defensivo (2012), a
Operação Margem Protetora (2014) têm escalado a violência e a tensão na região.
Estamos, agora, presenciando um forte conflito provocado pelo Ramas, em 07 de
outubro de 2023, com efetivos de mais de mil e quinhentos homens, após uma
barragem de milhares de foguetes contra Israel. Esta ação, produziu efeitos de
surpresa operacional, senão estratégica, permitindo ataques contra posições
militares das Forças de Defesa de Israel, vilarejos próximos as fronteiras de
Gaza, localidades com grandes concentrações e drones carregando
munições usadas contra viaturas militares israelenses.
9. Israel x Ramas - Operação “Inundação de
Al-Aqsa"
No dia 7
de outubro de 2023, o grupo palestino Hamas executou uma série de ataques
surpresa contra Israel, nomeando a operação como "Operação Inundação de
Al-Aqsa". Essa ação sofisticada envolveu mais de 1.500 combatentes,
incluindo uma intensa barragem de foguetes contra alvos em Israel. Os ataques
foram direcionados às posições militares das Forças de Defesa de Israel,
vilarejos próximos à fronteira de Gaza e áreas com alta concentração
populacional, usando drones para atingir veículos militares israelenses. Há
duas gerações que Israel não enfrentava uma violência dessa magnitude em seu
território. Embora as hostilidades entre Israel e o Hamas não fossem
inesperadas devido ao histórico de conflitos, a magnitude da surpresa causada
pelo grupo palestino indica os caminhos possíveis para o desenvolvimento do
conflito e a natureza da resposta que Israel pode oferecer.
Enquanto
Israel responde aos ataques do Hamas com a Operação "Espadas de
Ferro", o Hezbollah, ao sul do Líbano, também iniciou ataques ao norte de
Israel, usando foguetes, mísseis e armamento antitanque. Embora em menor escala
do que os ataques de Gaza, esses ataques elevam a tensão e levaram Israel a
posicionar tropas na fronteira para responder ao fogo e preparar a população
para possíveis ataques.
Israel
convocou mais de 350 mil reservistas para as Forças de Defesa em 72 horas. Há
perspectivas de uma ação terrestre em Gaza devido ao número considerável de
mortos e feridos nos ataques de 7 de outubro, gerando clamor por uma resposta
decisiva. A concentração de brigadas israelenses na fronteira com Gaza e o
lançamento de uma campanha de bombardeios aéreos e terrestres indicam que
Israel pode estar planejando uma retaliação intensa e definitiva. O ministro da
Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que essa ação tem como objetivo
produzir efeitos duradouros, punindo o Hamas.
As
autoridades israelenses afirmam que a ação em Gaza visa alterar o status quo do
conflito. No entanto, olhando para as operações passadas de Israel destinadas a
enfraquecer os grupos militantes palestinos, usando o poder militar das Forças
de Defesa, fica claro que essas operações não conseguiram produzir os
resultados desejados. Além disso, a intervenção israelense na guerra civil do
Líbano em 1982, destinada a enfraquecer as organizações palestinas, resultou em
uma ocupação militar de 18 anos, ações controversas e o surgimento de um novo
adversário, o Hezbollah.
Os
ataques de 7 de outubro de 2023 já deixaram sua marca na história de Israel,
representando mais uma página no conflito israelo-palestino, com consequências
dramáticas não apenas para as sociedades envolvidas, mas também para a região
do Oriente Médio. A forma como Israel conduzirá suas ações e se o Hamas
conseguirá reacender a questão palestina no debate nos países árabes são
aspectos visíveis da luta em andamento. No entanto, não devemos ignorar as
implicações geopolíticas mais profundas da competição entre grandes potências,
como o deslocamento de um grupo de batalha da Marinha dos EUA para mostrar
apoio a Israel e enviar uma mensagem ao Irã e outros atores regionais. O
desenrolar do conflito, tanto em sua dimensão local quanto regional, permanece
incerto. Uma coisa é certa: Israel não pode perder nenhuma guerra; se perder,
deixará de existir definitivamente.
Conclusão
As
espetaculares vitórias dos Judeus sobre seus inimigos têm sido um assombro para
o mundo. Quando em junho de 1967, os árabes, liderados pelo ditador egípcio Gamal
Abdel Nasser, planejaram e tentaram a destruição do Estado Judaico, foram seis
dias de medo e apreensão em todo o mundo, de terrível surpresa e humilhação
para os invasores e de grandes e inesquecíveis glórias para a jovem nação
israelense. Os soldados Judeus enfrentaram heroicamente os inimigos,
destroçaram por completo seu moderníssimo arsenal bélico e ampliaram, para
quase quatro vezes mais o território de seu país. Muitos indagam: como pode um
país tão pequeno prevalecer sobre seus inimigos (Israel para os árabes está na
proporção do Sergipe para o Brasil)? Nenhuma resposta fora da Bíblia Sagrada
pode satisfazer plenamente a razão humana. Está escrito: “E os plantarei na sua
terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu
Deus”(Amós 9:15).
Israel,
hoje, é indestrutível, porque Deus é o seu protetor. As nações deveriam prestar
atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o
protege: -"Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho"
(Zc.2:8b).
Um dia,
alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu: "O que você pensa
que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês?”. O judeu
respondeu: "haverá um novo feriado para nós!". "O que você quer
dizer com isso?", perguntou o outro; "como vocês podem ter um novo
feriado se continuarmos perseguindo vocês?". O velho judeu disse:
"Veja bem: Faraó quis nos exterminar e nós recebemos um feriado: a Páscoa.
Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus e nós recebemos um
novo feriado: Purim. Antiôco Epifânio IV, o rei da Síria, quis exterminar os
judeus; ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo e Israel recebeu outro
feriado: Hanucah. Hitler quis nos exterminar e nós recebemos mais um feriado:
Yom Ha’atzmaut - o Dia da Independência. Os jordanianos ocuparam Jerusalém
Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até
que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental; desde
então, festejamos anualmente o Yom Yerushalaym - o Dia de Jerusalém. E caso
continuarem nos perseguindo [como o Ramas está perseguindo agora], receberemos
mais feriados da parte de Deus”. E o velho judeu tem razão. Esta história
continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado.
Excelente comentário, muitos não conhecimentos deste povo.
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