“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt.28:19).
Introdução
O batismo, como a primeira ordenança de Cristo
à Igreja, desempenha um papel crucial na vida espiritual dos cristãos. Essa
prática transcende o mero ritual, sendo um símbolo profundo da fé, renascimento
e comunhão com Deus. Ao examinarmos os textos bíblicos, podemos compreender a
significância e os fundamentos dessa ordenança, destacando seu papel como marco
inicial na jornada cristã.
1. A
Instituição do Batismo por Cristo
O próprio Jesus Cristo deu início a essa
ordenança ao ser batizado por João Batista nas águas do rio Jordão. Em Mateus
3:13-17, percebemos que, ao submeter-se ao batismo, Jesus não apenas modelou a obediência,
mas também inaugurou essa prática para Seus seguidores. Isso estabeleceu o
padrão para a Igreja primitiva e para todas as gerações subsequentes.
2. O
Propósito Redentor do Batismo
O batismo é mais do que um ato simbólico; ele
representa a morte para o pecado e o renascimento espiritual. Paulo, em Romanos
6:3,4, destaca que ao sermos batizados, somos sepultados com Cristo na morte e
ressuscitamos com Ele para uma nova vida. Essa identificação com a morte e
ressurreição de Cristo demonstra a transformação interior que ocorre no crente.
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo
fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo
batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do
Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Rm.6:3,4).
3. A
Comunhão e Identidade Cristã
O batismo não é apenas um ato individual, mas
também um ato de comunhão com a comunidade cristã. Em Gálatas 3:26,27, Paulo
enfatiza que, por meio do batismo, todos os crentes se tornam filhos de Deus e
são revestidos de Cristo. Isso fortalece os laços de identidade e pertencimento
à família espiritual, transcendendo barreiras culturais e étnicas.
“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes”
(Gl.3:126,27).
4. A
Continuidade na Prática Apostólica
Ao longo dos livros do Novo Testamento,
observamos a continuidade da prática do batismo no princípio da Igreja. Em Atos
2:38-41, vemos que, após a pregação de Pedro, muitos foram batizados como
expressão pública de arrependimento e aceitação da mensagem de Cristo. Essa
prática persistiu nas Cartas apostólicas, indicando sua importância contínua.
³⁸ Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
“Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para
todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus,
chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo:
Salvai-vos desta geração perversa. Então, os que lhe aceitaram a palavra foram
batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos
2:38-41).
Conclusão
O batismo, como a primeira ordenança de Cristo
à Igreja, é mais do que um rito religioso; é um mergulho nas águas da fé e uma
ressurreição para uma nova vida em Cristo. Através dos textos bíblicos, compreendemos
que essa prática não é apenas uma tradição, mas uma expressão viva da
identidade cristã, comunhão e redenção. Ao sermos batizados, proclamamos
publicamente nossa fé e alinhamos nossas vidas com o exemplo de Jesus,
inaugurando assim uma jornada de transformação espiritual e comunhão com Deus.
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Luciano de Paula Lourenço
EBD/IEADTC
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