Texto Básico:Ap 3:1-6
“Desperta,
ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá"
(Ef 5:14).
INTRODUÇÃO
Conforme
o texto sagrado (Ap 3:1-6), a Igreja em Sardes estava morta espiritualmente. Aos olhos das pessoas apresentava um perfil
ortodoxo, a sua aparência exterior era impecável. É possível uma igreja ser
ortodoxa e, ao mesmo tempo, estar árida como um deserto. A ortodoxia morta
mata. Externamente está tudo bem, mas a motivação está errada. Crentes
ortodoxos, mas secos como um poste. Crentes que conhecem a Bíblia, mas perderam
o encanto com Jesus. Crentes que conhecem teologia, mas a verdade já não mais
os comove. A situação espiritual da igreja em Sardes podia muito bem se
enquadrar naquilo que Jesus definiu aos escribas e fariseus: “Pois que sois
semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos,
mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mt
23:27). Há igrejas, hoje, cuja aparência é bela e cujo desempenho aos olhos
humanos é formidável, mas elas não passam no crivo de Jesus. Precisamos nos
acautelar, pois nem tudo que é belo aos olhos dos homens é aceitável diante de
Deus. Nem tudo que impressiona os homens é agradável a Deus. O homem vê a
aparência; e Deus, o coração. O homem se contenta com o exterior, Deus requer a
verdade no íntimo.
I.
A IGREJA EM SARDES
1. A cidade de Sardes. O nome
Sardes significa: os que estão escapando ou renovação. Segundo o
Novo Dicionário da Bíblia – Edição Nova Vida -, Sardes foi “uma cidade da
província romana da Ásia, a oeste do que atualmente é a Turquia Asiática. Era
capital do antigo reino da Lídia, o maior dos poderes estrangeiros que os
gregos encontraram durante sua primitiva colonização da Ásia Menor. Sua antiga
prosperidade, especialmente sob Croeso, tornou-se lendária por causa de
sua riqueza; essa riqueza se derivava em parte do ouro de aluvião do Pactolos,
um ribeiro que atravessava a cidade.
A cidade original era uma cidadela-fortaleza quase
inexpugnável, elevando-se bem acima do largo vale do Hermo, e quase
inteiramente cercada por penhascos cortados de precipícios compostos de rochas
traiçoeiramente frouxas. Sua posição como centro da supremacia lídia, sob
Croeso, terminou abruptamente quando Ciro, rei da Pérsia, cercou a cidade e
conquistou a cidadela (549 a.C.), aparentemente escalando os penhascos e
entrando em um ponto fracamente defendido sob proteção da escuridão. As mesmas
táticas levaram novamente à queda da cidade em 214 a.C., quando foi capturada
por Antíoco, o Grande. Embora a mesma ficasse numa importante rota comercial,
no vale do Hermo, sob o domínio romano jamais recuperou a espetacular
proeminência que havia tido em séculos anteriores. Em 26 d.C., seu pedido de
ser-lhe dada a honra de servir de sede de um templo imperial foi rejeitado em
favor de sua rival, Esmirna”.
Ainda segundo o Novo Dicionário
da Bíblia, a carta ao anjo da igreja em Sardes(Ap 3:1-6) sugere que a primeira
comunidade cristã ali existente estava embuída do mesmo espírito da cidade,
repousando em sua reputação passada mas sem qualquer grande realização no
presente, e falhando, conforme a cidade falhara por duas vezes, por não
aprender do passado, e por não ter atitude de vigilância. O símbolo das
‘vestiduras’ pode em parte ser uma alusão ao comércio principal da cidade, que
era o fabrico de vestes de lã e a tinturaria.
No ano 17 d.C. Sardes foi
parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério.
A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que a invadiu e a
decadência que a dominou. Atualmente existe apenas uma pequena vila (Sarte)
perto do sítio da antiga cidade.
2. A igreja em Sardes.
Provavelmente, assim como em Éfeso, a fundação da igreja em Sardes teve grande
influência das viagens missionárias do apóstolo Paulo e, principalmente, de sua
forte dedicação ao ensino da Palavra por espaço de dois anos, quando esteve em
Éfeso, “de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a Palavra do
Senhor Jesus, assim judeus como gregos”(At 19:10).
Sardes
era uma igreja aparentemente ativa. Dona de um grande nome e famosa, mas não
tinha vida. Tinha desempenho, mas não integridade. Tinha obras, mas não
dignidade. Tinha todas as características de um ministério dinâmico, mas estava
morta (Ap 3:1). Além disso, havia gente no Centro de Terapia Intensiva
(CTI), à beira da morte espiritual – “... o restante que estava para
morrer...” (Ap 3.2). A vitalidade dessa igreja se fora. Sua pulsação
espiritual cessara. Aos olhos dos homens, era uma igreja entusiasmada, mas, aos
olhos de Cristo, estava em estado de coma espiritual. Aquilo que impressiona os
homens não impressiona a Deus.
É nesse
contexto que vemos Jesus enviando essa carta à igreja. Quando João entregou
essa carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória
estava no passado, e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de
luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi
influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A igreja não era
nem perigosa nem desejável para a cidade de Sardes.
Conquanto a igreja em Sardes
estivesse vivendo de aparência, havia uns poucos que não haviam contaminado
suas vestiduras (Ap 3:4). Enquanto uns já estavam mortos e outros no centro de
terapia intensiva, à beira da morte, alguns ainda mantinham-se íntegros, puros
e incontaminados. No meio da igreja há sempre um remanescente fiel. Esses são
os vencedores. São os que “não contaminaram suas vestes” e com Jesus “andarão
de branco, porquanto são dignos disso”(Ap 3:4). Para esses Jesus Cristo faz uma
promessa: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma
riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu
Pai e diante dos seus anjos”(Ap 3:5).
Não é diferente o estado da igreja hoje. Ao sermos
confrontados por Aquele que anda no meio dos candelabros, precisamos também
tomar conhecimento de nossa necessidade imperativa de reavivamento hoje. O
primeiro passo para o reavivamento é ter consciência de que há crentes mortos e
outros dormindo, e todos eles precisam ser despertados.
II.
A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
Jesus é o Missivista. Para a
igreja de Sardes que tinha a fama de ser uma igreja viva, mas estava morta,
Jesus se revela como “Aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete
estrelas”(Ap 3:1). Ou seja, Ele controla as igrejas e seus mensageiros pelo
poder do Espírito Santo. É o único que pode dar vida a uma igreja morta. Isaias
assim descreve a sétupla ação do Espírito de Deus: “E repousará sobre Ele o
Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito
de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”(Is
11:2).
Sete representa a totalidade e a
perfeição divina. Diante do trono de Deus, “ardem sete lâmpadas, que são os
sete Espíritos de Deus” (Ap 4:5). Os sete olhos do Cordeiro “são os sete
Espíritos de Deus enviados por toda a terra” (Ap 5:6). Deus tudo sabe e vê
tudo. “Seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com
aqueles cujo coração é perfeito para com ele...” (2Cr 16:9). Portanto, nada em
Sardes seria escondido de Jesus.
1. “O que
tem os sete Espíritos de Deus”(Ap 3:1). Jesus tem e oferece a
plenitude do Espírito Santo à igreja. O problema da igreja de Sardes era morte
espiritual; Cristo é o que tem o Espírito Santo, o único que pode dar vida.
A igreja precisa passar por um avivamento ou enfrentará um
sepultamento. Somente o sopro do Espírito pode trazer vida para um vale de
ossos secos. O profeta Ezequiel fala sobre o vale de ossos secos: "Filho
do homem, esses ossos poderão reviver? Respondi: Senhor Deus, tu sabes"
(Ez 37:3). Uma igreja morta, enferma e sonolenta precisa ser reavivada pelo
Espírito Santo. Só Ele pode dar vida e restaurar a vida. Só o sopro de Deus
pode fazer com que o “vale de ossos secos” se transforme em um exército. Quando
Ele sopra, a igreja morta e moribunda levanta-se. Quando Ele sopra,
nossa adoração formal passa a ter vida exuberante. Quando Ele sopra, os
crentes têm deleite na oração. Quando Ele sopra, os crentes são tomados
por uma alegria indizível. Quando Ele sopra, os crentes testemunham de
Cristo com poder. Jesus é aquele que tem o Espírito e o derrama sobre sua
igreja. É pelo poder do Espírito que a igreja se levanta da morte, do sono e do
mundanismo para servir a Deus com entusiasmo.
A Palavra diz que devemos orar no Espírito, pregar no
Espírito, adorar no Espírito, viver no Espírito e andar no Espírito(Gl 5:16).
Uma igreja inerte só pode ser reavivada pelo Espírito Santo. Uma igreja
sonolenta só pode ser despertada por Ele. Uma coisa é possuir o Espírito, outra
é ser possuído por Ele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser
cheio do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito
presidente. Oh! que sejamos crentes cheios do Espírito de Deus!
2. “O que
tem as sete estrelas”. As “estrelas” são os líderes das igrejas, que estão
nas mãos de Jesus. A igreja pertence a Jesus, Ele é a cabeça da Igreja. Ele
controla a igreja, tanto local quanto universalmente. Tem autoridade e poder
para restaurá-la. Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra
sua igreja. Somente Ele pode levantar a igreja das cinzas. Ele tem tudo em suas
mãos. Cristo é o dono da igreja. Tem cuidado dela. Ele a exorta, a consola, a
cura e a restaura.
III.
A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA
O problema que existia na igreja
em Sardes não era heresia, mas morte espiritual. Apesar de sua reputação de ser
uma cidade muito ativa, Sardes estava infestada pelo pecado. Suas obras eram
más e suas “vestes” estavam contaminadas. Exteriormente parecia muito boa, mas
interiormente era extremamente corrupta. Nem ela própria tinha consciência de
seu estado espiritual.
Não nos enganemos acerca de
Sardes. Ela não é o que o mundo chamaria de igreja morta. Talvez
ela seja considerada viva mesmo pelas igrejas irmãs. Parecia estar viva, mas,
na verdade, estava morta. Tinha um nome respeitável, mas era só fachada. Todos
a reputavam como igreja viva, florescente; todos, com exceção de Cristo. Quando
Jesus examinou a igreja mais profundamente, disse: "Porque não tenho
achado tuas obras perfeitas diante do meu Deus" (Ap 3:2).
A fé exercida pela igreja de
Sardes era apenas nominal. O seu cristianismo era apenas nominal. Seus membros
pertenciam a Cristo apenas de nome, mas não de coração. Tinham fama de vivos;
mas, na realidade, estavam mortos. Fisicamente vivos, espiritualmente mortos.
Alguém disse que “há igrejas cujos cultos são solenes, mas são como um caixão
florido, lá dentro tem um defunto”.
Conta-se que certo pastor, ao ver a igreja que pastoreava
em um profundo estado de torpor espiritual, negligenciando a Palavra,
desobecendo aos preceitos de Deus, chocou a congregação dizendo que, no domingo
seguinte, faria a cerimônia de sepultamento da igreja. Convocou todos os
crentes para virem para a cerimônia fúnebre. No domingo seguinte, até os
faltosos estavam presentes. O pastor começou o culto e, bem defronte do
púlpito, estava um caixão. O clima, de fato, era sombrio. Havia uma tristeza no
ambiente. A curiosidade misturada com temor assaltou a todos. Depois do sermão,
o pastor orientou os crentes a fazer uma fila para ver o defunto que deveria
ser enterrado. Cada pessoa que passava e olhava para dentro do caixão ficava comovida. Algumas pessoas saíram
quebrantadas, em lágrimas. A congregação inteira prorrompeu em copioso choro.
No fundo daquele caixão, não estava um corpo morto, mas um espelho. Cada crente
daquela congregação contemplava seu próprio rosto. Todos entenderam a mensagem.
Eles estavam dormindo o sono da morte e precisavam ser despertados para a vida
em Cristo Jesus.
1.
Fatores que levam à morte espiritual de uma igreja local. O que
faz uma igreja morrer? Quais são os fatores da morte que ameaçam as igrejas
ainda hoje? Eis alguns:
a)
Apartar-se da pureza da Palavra de Deus -
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e
arrepende-te...”(Ap 3:3). O que é que os crentes de Sardes
ouviram e deviam se lembrar, guardar e se voltar para isso? A Palavra de Deus!
A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. Quando uma igreja abandona a
Palavra de Deus ela fica despojada do antídoto para resistir a apostasia e a
morte espiritual. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na
Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas
capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã
doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado
ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com
a verdade e com a santidade. Hoje vemos muito ajuntamento e pouco
quebrantamento; muito do homem e pouco de Deus. Muitas igrejas locais, ditas
evangélicas, têm se desviado pelos atalhos da heterodoxia e seguido doutrinas
de homens em vez de firmar-se na Palavra de Deus. Estamos precisando voltar às
Escrituras e obedecer-lhas.
Muitos têm se iludido achando que Deus se agrada se
cumprirmos tão somente os deveres litúrgicos, ou seja, se rendermos a Deus um
culto formal em alguma igreja. Deus quer de nós, fundamentalmente, sinceridade
e obediência à Sua Palavra, pois o “obedecer é melhor do que o sacrificar” (1Sm
15:22). O culto, a oração, o louvor, os dons espirituais e o serviço a Deus não
têm valor aos seus olhos, se não forem acompanhados pela obediência explícita a
Ele e aos seus padrões de retidão(cf Is 1:11-20;59:2).
b)
Conformar-se com o mundo. Exorta-nos o apóstolo Paulo: “Não sede conformados
com este mundo...”(Rm 12:2). "Mundo" aqui não significa o universo, a
Terra e nem mesmo seus habitantes, mas o sistema que impera em nossa sociedade
e que é contrário a Deus. É nesse sentido que o Novo Testamento fala que antes
de nos convertermos nós andávamos "segundo o curso deste mundo", que
"o mundo jaz no maligno" e que o diabo é "o príncipe deste
mundo". Estes versos nos ensinam que quem não segue a Jesus segue o mundo
e seu príncipe e que tudo que ele pensa não está moldado por Deus e Sua Palavra
(Rm 12:12; 1João 2:15-17; Ef 2:2). Por isso é que Paulo nos ensina que quem se
converteu está crucificado para o mundo e mundo para ele. Em outras palavras,
não dá para viver nos dois barcos. Não dá para ser cidadão de dois reinos. No
reino de Deus não é permitida dupla cidadania. A igreja de Pérgamo estava
dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de
Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de
Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com
suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo
para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e
removido.
c) Falta de discernimento
espiritual. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua
decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota
máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo
já estava morta. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua
enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se
vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.
d) Falta
de integridade na Obra de Deus – “Não tenho achado íntegras
as tuas obras na presença do meu Deus”(Ap 3:2b,ARA). O
problema na igreja de Sardes não foi a ausência total de obras, mas a falta de
integridade. Aqueles crentes promoviam seus próprios nomes e não o de Cristo.
Buscavam sua própria glória e não a de Cristo. Honravam a Deus com os lábios,
mas o coração estava longe do Senhor (Is 29:13). Os cultos eram solenes, mas
sem vida, vazios de sentido. A vida de seus membros estava manchada pelo
pecado. Esses crentes eram como os hipócritas: davam esmolas, oravam, jejuavam,
entregavam o dízimo, com o fim da ganhar a reputação de serem bons religiosos.
Eles eram como sepulcros caiados. Ostentavam aparência de piedade, mas negavam
seu poder (2Tm 3:5). Isso é formalidade sem poder, reputação sem realidade,
aparência externa sem integridade interna, demonstração sem vida. Esses crentes
viviam um disfarce da fé, uma religião do faz de conta. Cantavam hinos de
adoração, mas a mente estava longe de Deus. Pregavam com ardor, mas apenas para
exibir sua cultura.
É possível defender a doutrina de
Deus sem amar ao Senhor (Ap 2:2-4); é possível obedecer a mandamentos de Deus
sem inteireza de coração (2Cr 25:2); é possível fazer coisas certas com motivos
errados. Os homens podem ver as obras; Deus vê os corações, também. Deus quer
obediência, integridade, verdade no íntimo.
e) Falta
de Vigilância – “Sê vigilante...” (Ap
3:2). A cidade de Sardes era uma acrópole inexpugnável que nunca
fora conquistada em ataque direto; mas, duas vezes na história da cidade, ela
foi tomada de surpresa por falta de vigilância da parte dos defensores. Jesus
alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, Ele virá a ela como
o ladrão que chega à noite, inesperadamente.
A igreja precisa ser vigilante contra as ciladas de
Satanás, contra a tentação do pecado. Os crentes devem fugir de lugares,
situações e pessoas que podem ser um laço para seus pés. Os tempos são maus. As
pressões são muitas. Os perigos são sutis. O diabo não atacou a igreja de
Sardes com perseguição nem com heresia, mas minou a igreja com o mundanismo. Os
crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela amizade com o
mundo. O bom soldado toma a armadura de Deus e vigia constantemente com
perseverança e oração (Ef 6:18; Cl 4:2).
3. A solução para a igreja em Sardes: o
reavivamento. Foi o próprio Jesus quem apontou a solução: “Lembra-te,
pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te”(Ap 3:3). O
reavivamento é resultado da lembrança dos tempos do primeiro amor e da volta à
Verdade, à Palavra de Deus. Quando uma igreja experimenta um reavivamento, ela
passa a ter fome de Deus e de sua Palavra; Começa a se dedicar ao estudo das
Escrituras; Abandona o descaso e a negligência com a Palavra; A Palavra
torna-se doce como o mel; As antigas veredas se fazem novas e atraentes; A
Palavra torna-se viva, deleitosa, transformadora.
Uma
igreja pode ser reavivada quando ela volta ao passado e lembra os tempos
antigos, de seu fervor, de seu entusiasmo, de sua devoção ao Senhor Jesus.
Assim como a cidade de Sardes olhava para seu passado glorioso, a igreja
precisava lembrar as grandes bênçãos recebidas e voltar a
valorizar a sua comunhão especial com Deus. Se esquecermos da Palavra de Deus,
facilmente cairemos no pecado (veja 2Pedro 1:8-9). Para nos firmar na fé, temos
que lembrar do que temos recebido. Não é por acaso que a Ceia do Senhor foi
dada como a celebração central das reuniões dos cristãos. Quando lembramos da
morte de Jesus, do sacrifício que ele fez por nós, ficamos mais firmes em
nossos passos rumo ao Céu (1Co 11:24-26). Mas não é suficiente lembrar das
coisas que ouvimos; precisamos, também, guardar as palavras do
Senhor. O evangelho não é apenas para ouvir; é para ser obedecido (2Tess 1:8;
1Pedro 4:17). No caso do povo desobediente de Sardes, teriam de se arrepender
e voltar às boas obras de obediência.
É bom
ressaltar que avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com
culto festivo, inovações litúrgicas, obras abundantes, dons carismáticos,
milagres extraordinários. Tem, sim, a ver com mudança de caráter, com mudança
de direção, com o guardar os mandamentos do Senhor, com o voltar às boas obras
de obediência.
4. As bênçãos do reavivamento – “O que
vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome
do Livro da Vida; e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus
anos”(Ap 3:5).
a) “Será vestido de vestes brancas”. A
maioria dos crentes de Sardes tinha contaminado suas vestiduras, isto é, eles
tornaram-se impuros pelo pecado. Porém, o vencedor receberia vestes brancas -
símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória. Sem santidade, não há salvação.
Sem santificação, ninguém verá a Deus. Sem vida com Deus aqui, não haverá vida
com Deus no Céu. A santidade é garantia de glória no futuro.
b) “De
maneira nenhuma riscarei o seu nome do Livro da Vida”. O "Livro
da Vida" é mencionado várias vezes na Bíblia (veja Ap 3:5; 13:8; 17:8;
20:12,15; 21:27; Fp 4:3). Na cidade iluminada pela glória de Deus, somente
entram aqueles cujos nomes são inscritos no Livro da Vida (Ap 21:27).
Nosso nome pode constar do
registro de uma igreja sem estar no registro de Deus. Ter apenas a reputação de
estar vivo é insuficiente. Importa que nosso nome esteja no Livro da Vida a fim
de que seja proclamado por Cristo no Céu (Mt 10:32).
c)
“Confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos”. A
confissão de Cristo a nosso favor e a concessão da impecabilidade, ou seja, a
santidade perpétua, é outra promessa que está reservada aos fiéis servos de
Deus. O vitorioso atingirá um estágio semelhante ao dos anjos: o estado de
impecabilidade, não mais podendo pecar. Estará totalmente livre do pecado e com
seu ingresso eterno na glória divina garantido e confirmado pelo Cordeiro de
Deus que o perdoou e o fez entrar na cidade pelas portas.
CONCLUSÃO
Não basta começar
bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da
verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração
de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não
apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de
pensarmos: “como será nossa igreja nas próximas gerações?”. “Que tipo de igreja
deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou morta?”.
É bom atentarmos que nem sempre uma grande
multidão representa a legítima expressão de devoção espiritual. Nem toda
expressão de entusiasmo religioso é resultado de avivamento espiritual. Não é
suficiente ter o nome no rol de membros de uma igreja, por mais conceituada e
santa que ela seja. Não basta ter o nome de crente, é preciso ser crente. Não
basta aparência de santidade, é preciso ter santidade. Não basta parecer vivo,
é preciso estar vivo. Não basta parecer salvo, é preciso estar salvo. Não basta
ter nosso nome confessado diante dos homens, precisamos tê-lo confessado diante
do Pai. Não basta ser conhecido na terra, precisamos ser conhecidos no céu. Não
basta ter o nome registrado no rol de membros da igreja, é preciso ter o nome
escrito no Livro da Vida.
Portanto,
devemos olhar para essa carta à igreja de Sardes não como uma relíquia, mas
como um espelho em que vemos a nós mesmos. “Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7,11,17,29; 3:6,13,22; 13:9).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular
(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 50.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Rev.Hernandes Dias
Lopes – Ouça o que o Espírito diz às Igrejas.
que maravilha! que estudo maravilhoso ! pr.que o DEUS TODO PODEROSO continui derramando sobre a tua vida ,mais e ,mais unção de sabedoria.pois hoje foi o dia que JESUS O NOSSO SENHOR E SALVADOR te usou podeosamente para ressisitar a minha vida,pois o meu estado espirital era igual a igreja de sardes,mais creio en nome de JESUS que o meu estado neste exato mmomento em que acabei de ler estas palavras já mundou para a glorias de DEUSA!!!!! LENATAR-ME EI E IREI TER COMO MEU PAI !um grande abraço meu querido irmão.
ResponderExcluirQUE ESTUDO MARAVILHOSO!MEU QUERIDO QUE NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO CONTINUI DERRAMANDO SOBRE TUA VIDA MUITA UNÇÃO E SABEDORIA! POIS HOJE FOI O DIA EM QUE DEUS TE USOU PODEROSAMENTE PARA FALAR AO MEU CORAÇAO,POIS O MEU ESTADO ESPIRITUAL ESTAVA EXATAMENTE IGAUAL A IGREJA DE SARDES,MAIS AO LER ESTAS PALAVRAS PODEROSAS DE ENSINAMENTOS,SENTIR UM DESEJO ENORME DE MIM LEVANTAR DO MEU ESTADO DEPLORAVEL E SERVIR A ESTE DEUS TÃO MARAVILHOSO E MISERICORDIOSO! DEUS TE ABENÇÕE MEU IRMÃO! PAZ!
ResponderExcluirAssim seja, prezado irmão "Anônimo"! Nunca desista do Céu, ele é mui maravilhoso! A nossa vida aqui é bastante curta! Vale a pena suportar as intempéries, pois o fim da jornada é indizível! Pense que a pouco tempo nós estaremos com Cristo, para sempre! Portanto, não troque a sua salvação por nada, mesmo por todas as riquezas do mundo!
ExcluirUm abraço!
Luciano
QUE RIQUEZA DE INFORMAÇOES,QUE BELO TRABALHO IRMAO,VEJO QUE A PALAVRA DE DEUS SE CUMPRE EM TI POIS AO QUE BUSCA ENCONTRA E AO QUE PEDE RECEBE E DEUS LHE TEM DADO SABEDORIA DO CEU.CONTINUE ASSIM COM HUMILDADE E SEDE DA PALAVRA DE DEUS!FIQUE NA PAZ DO SENHOR!UM ABRAÇO.
ResponderExcluirMaravilhosas palavras sabias , mim ensinou muito, precisamos ouvir todos os dias
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