sexta-feira, 29 de março de 2013

LIÇÕES BÍBLICAS DO 2º TRIMESTRE DE 2013














No 2º Trimestre de 2013 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “A Família Cristã no Século XXI: protegendo seu Lar dos ataques do inimigo”. As lições serão comentadas pelo pastor Elinaldo Renovato. Foram divididas nos seguintes temas:

 

Lição 1 - Família, Criação de Deus
Lição 2 - O Casamento Bíblico
Lição 3 - As Bases do Casamento Cristão
Lição 4 - A Família Sob Ataque
Lição 5 - Conflitos na Família
Lição 6 - A Infidelidade Conjugal
Lição 7 - O Divórcio
Lição 8 - Educação Cristã, Responsabilidade dos Pais
Lição 9 - A Família e a Sexualidade
Lição 10 - A Necessidade e a Urgência do Culto Doméstico
Lição 11 - A Família e a Escola Dominical
Lição 12 - A Família e a Igreja
Lição 13 - Eu e Minha Casa Serviremos ao Senhor

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PROBLEMAS NAS FAMÍLIAS DO SÉCULO XXI


A família é o tema deste 2º trimestre de 2013 em nossa Escola Bíblica Dominical. Muitos são os problemas que a família brasileira vem enfrentando nestes dias que antecedem a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja. Todavia, não devemos nos admirar com tais problemas, porquanto são nada mais, nada menos do que o cumprimento da Palavra de Deus. Com efeito, ao anunciar os sinais de Sua vinda, Jesus afirmou que, no período imediatamente anterior ao arrebatamento da Igreja, reviveríamos os dias de Noé, onde as pessoas casavam e davam-se em casamento (Mt 24:38), ou seja, onde as pessoas pouco se importavam com a constituição de famílias, tornando a instituição familiar descartável e completamente dependente do humor e dos desejos e paixões dos indivíduos.

O apóstolo Paulo, também, afirmou que, nestes dias, seria característica predominante esta total desconsideração dos valores familiares, tanto que os homens seriam desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, sem amor para com os bons, traidores, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus (2Tm 3:1-4), propriedades que atingem e ferem de morte a instituição familiar.

Não deveríamos, pois, esperar outra coisa senão a total falência da família num mundo pecaminoso, sem Deus e sem salvação, até porque, como nos ensinam as Escrituras, este mundo segue a vontade do deus deste século, que se levanta contra tudo o que é criado por Deus (Ef 2:2,3; 2Co 4:4) e a família é, simplesmente, a primeira instituição criada por Deus na terra (Gn 2:23,24). Assim, para quem veio matar, roubar e destruir (João 10:10), não há, mesmo, trabalho mais importante senão a destruição e esfacelamento da família.

É por isso que um estudo sobre a família, nos nossos dias, se apresenta como uma imperiosa necessidade para aqueles que entregaram suas vidas a Jesus e que O estão esperando para vir arrebatar a Sua Igreja.

Nenhum outro trabalho satânico tem sido tão cuidadoso e exitoso quanto o esfacelamento e a destruição das famílias. A imoralidade, a prostituição, as drogas, o divórcio e tantas outras ferramentas têm sido astutamente utilizadas pelo adversário das nossas almas e têm conseguido atingir milhões e milhões de vidas, e, através disto, prejudicado intensamente o trabalho da Igreja na evangelização dos povos.

O século XXI demonstra ser o século do caos na família: degradação moral, desestruturação do núcleo familiar, secularização, etc. Veja, a seguir, alguns problemas que tem assolado as famílias brasileiras, quiçá, em todo o mundo.

1. Observações de Carle Zimmermam. Em 1947, o sociólogo e historiador, Dr. Carle Zimmermam, em seu livro “Família e Civilização”, publicou suas profundas observações sobre a relação existente entre a desintegração de várias culturas, paralelamente ao declínio da vida familiar das mesmas. Zimmermam alistou os seguintes pontos característicos no comportamento doméstico que determinam a queda de cada cultura por ele estudada:

- Casamentos que perdem sua qualidade de instituição respeitada, “sagrada”, frequentemente terminam em divórcio;

- A família tradicional tinha perdido completamente o seu valor;

- Proliferação do movimento feminista;

- O desrespeito público aos pais e autoridades em geral;

- O aumento acentuado da delinquência, da promiscuidade e da rebelião juvenil;

- Relutância e, até mesmo recusa, em aceitar os padrões tradicionais para casamento e a responsabilidade familiar;

-  Crescente desejo de aceitação do adultério;

-  Interesse sempre maior por perversões sexuais;

- Aumento dos crimes relativos a sexo.

Parece-nos que esse homem publicou suas profundas observações sobre a família não em 1947, mas nos dias de hoje. Certamente, Carle Zimmermam previu o que aconteceria nos anos seguintes.

A família realmente não vai bem. Essa é a opinião geral e não é necessário ser nenhum “expert” para perceber isso. E o principal causador da decadência familiar é Satanás, o inimigo que declarou guerra às células familiares. Caso você tenha alguma dúvida sobre isso, dê uma olhada na lista abaixo:

- Nos dias de hoje, um, em cada dois casamentos, termina em divórcio. O divórcio e a chamada coabitação são defendidas publicamente. O casamento registrado no cartório é, até mesmo, desaconselhado por muitos. O divórcio, mesmo nas comunidades evangélicas é visto como natural e às vezes aconselhado.

- Os pais estão, a cada dia, perdendo a autoridade sobre os filhos. Leis são elaboradas e sancionadas que tiram dos pais qualquer possibilidade de disciplinar seus filhos.

-  O conceito de família sofre cada vez mais os embates do pós-modernismo. Dois homens homossexuais que resolvem morar juntos já é considerado uma família! E ainda podem adotar crianças!

- O adultério, por sua vez, chega às residências todos os dias através das novelas. Ser infiel ao cônjuge é algo normal e até incentivado pelos autores de novelas.

- Hoje à noite, mais de dois milhões de meninas se prostituirão para sustentar alguma criança gerada fora do casamento, ou algum vício.

- Mais de 50% dos adolescentes e jovens brasileiros evangélicos são sexualmente ativos.

- 89% dos jovens brasileiros, em geral, se casarão não sendo mais virgens (de acordo com uma pesquisa da Revista Veja de 1994). [Observe: isso foi em 1994; quanto mais hoje, em pleno século 21, o século da libertinagem e do hedonismo].

- 5.000.000 (cinco milhões) de abortos são praticados anualmente, dos quais, a grande maioria é feita clandestinamente, segundo reportagem de capa do Jornal do Brasil.

- Uma criança que assista duas horas de televisão por dia, até atingir a maioridade terá aproximadamente tomado contato com 15.184 piadas sobre sexo, 96.798 cenas de nudez e mais de 163.000 tiros, além de ter presenciado mais de 130.000 assassinatos.

Essa situação é caótica. A célula básica da sociedade e da Igreja é a família. Se ela não estiver bem, seus relacionamentos, suas idealizações, seus empreendimentos, vida profissional e espiritual, também não estarão. Devemos urgente e seriamente estudar meios criativos para tornar a família um núcleo sólido, fundamentado em conceitos profundos, eficazes, bíblicos e menos vulneráveis contra os ardis satânicos.

Vemos em Gênesis 1 e 2 Deus instituindo a família. Ela é essencial na existência de uma sociedade e nela deveríamos aprender sobre o amor de Deus e de como nos relacionar com as outras pessoas.

2. Alguns fatores causadores de problemas nas famílias

a) Pressão urbana. O caos urbano contribui bastante para a penalização familiar: o tempo gasto no transito; a competição pela sobrevivência impondo o casal a necessidade de ambos trabalharem; a exposição constante à tentação, que é sugerida nas revistas, out-doors, etc., ou no ambiente de trabalho, roda de amigos; a poluição, a tensão, o corre-corre e a violência que atemoriza e desassossega. Toda essa forte pressão causa vários sofrimentos a todos os familiares.

b) O desaparecimento da família tradicional. O pai deixando de ser o único suprimento do lar e cada vez mais esposas e filhos, até a idade precoce, estão trabalhando para ajudar a suprir as necessidades financeiras. Tal situação, além de muitas outras consequências, acarreta o cumprimento de um relacionamento mais aberto e profundo. A falta de tempo juntos é problema sério!

Essas duas situações ocasionaram na prática, um “arrastão” de humanismo (destronização de Deus e entronização do homem), secularismo (negação da existência de Deus) e materialismo (o apego exacerbado aos bens efêmeros). Tornamo-nos uma sociedade que busca obsessivamente a autorrealização, o hedonismo(busca pelo prazer) e a aquisição de bens. Quantas vezes você já ouviu frases como esta: “não sinto mais nada pela minha esposa. Vou procurar outra pessoa que me supra emocional e fisicamente!”.

Se o homem é o centro de seu universo, então se considerará o mais importante de tudo. Se o cônjuge deixa de satisfazê-lo, simplesmente o troca por outro! Se a sede material não pode ser suprida com o que recebe, dá jeito, em detrimento do tempo gasto com a própria família, mas descobre uma forma de adquirir o que deseja.

Quando Deus instituiu a família em Gênesis 2, disse: “Não é bom que o homem esteja só”. Ou seja, suas necessidades podem ser parcialmente supridas no contexto familiar. Se ele se fecha, vivendo exclusivamente para seus interesses, acaba se isolando mesmo em meio às multidões. Podemos nos tornar melhores e mais realizados pelo complemento que recebemos de nossos cônjuges, filhos, pais, etc.

Não é difícil perceber que o problema fundamental da família é a exacerbação do egoísmo, motivado pela realização pessoal, busca dos prazeres e obsessão pelo material. Mesmo que seja na luta pelo simples arroz e feijão, o coração do homem, muitas vezes, funciona da mesma maneira.

3. Outros problemas Sérios na Família

a) Os meninos crescem em uma sociedade machista, sem bons modelos de como exercer uma liderança bíblica. Por não serem amados, não aprendem a amar suas esposas e nem a suprir suas necessidades emocionais, tendo em vista só o receber.

b) Devido ao total desconhecimento e/ou a um mal-entendido do significado das palavras “respeito” e “submissão” bíblico, acrescido ao engano do feminismo, muitas mulheres estão rejeitando a ideia de seguir a liderança dos maridos. E por outro lado, também há maridos que não assumem a liderança, não lhes dando outra alternativa. A consequência é que se encontram duas pessoas egoístas no lar, cada uma lutando por seus próprios interesses e direitos.

c) A falta de embasamento da geração criada pelas creches, escolinhas, babás, empregadas, etc, resulta em jovens e adolescentes desajustados, com carências emocionais e psicológicas.

d) O desconhecimento, por parte dos pais, de como amar os filhos, de como incutir-lhes a autoestima e de como discipliná-los de forma bíblica e adequada, produz os mesmos sintomas citados anteriormente. Os pais podem até estar presentes, mas é como se não estivessem.

e) O problema sexual, também se manifesta em duas formas. De um lado, os tabus e preconceitos, sem base bíblica. De outro, vemos as influências perniciosas de uma cultura permissiva e promíscua.

f) Casais que não sabem como lidar com conflitos e resolver problemas. Não sabem se comunicar. A falta de conhecimento e a ausência de um preparo adequado sobre os princípios de Deus para o namoro e noivado, podem levar a desajustes logo nos primeiros anos de casamento.

g) O número crescente de separações e divórcios, resultando em filhos morando só com o pai, ou só com a mãe, provocando saudades, carências e frustrações.

Diante do exposto acima, o que nós podemos fazer para restaurar as famílias de nossas igrejas e ajudá-las na solução de seus problemas? As lições deste trimestre chegam já atrasadas. Desde as lições anteriores sobre a família, 2º trimestre/2004, o comportamento das famílias brasileiras mudaram drasticamente para pior.

Devemos, portanto, neste trimestre, nos dedicar, com afinco, no estudo da Palavra de Deus, a fim de que possamos saber qual o modelo divino da família, como podemos impedir e evitar os ataques do inimigo de nossas almas contra a nossa família, a fim de que, a exemplo de Josué, digamos, com imensa gratidão ao Senhor: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".  Que a família cristã seja “sal e luz” nessa situação caótica porque passa a família brasileira.

Amém!!

quarta-feira, 27 de março de 2013

A IGREJA TRIUNFANTE


1º Trimestre/2013


Subsídio para lição 13  da revista da EBD – Educação Cristã Continuada.

Leitura Básica: 1Ts 4:15-17


 

 “Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4:16,17)

 


INTRODUÇÃO


Na Aula passada estudamos sobre a Igreja visível ou Militante, ou seja, a igreja que peregrina na Terra lutando pelo reino de Deus. Nesta Aula, estudaremos sobre a Igreja invisível, teologicamente, chamada de Igreja Triunfante, ou seja, a Igreja formada pelos salvos já falecidos que se encontram no Paraíso, e que têm a alegria indescritível de estar na presença de Deus, vendo-o como ele é, aguardando a glorificação plena, que se dará no dia da Volta de Jesus. As atuais aflições da Igreja Militante não se comparam com a glória que há de ser revelada no retorno triunfante de Cristo (Rm 8:18).

I. A IGREJA TRIUNFANTE


O significado da palavra triunfante em nossa língua portuguesa, remete a alguém que alcançou “grande vitória”. Vitória: Ato de vencer o inimigo em uma guerra; triunfo brilhante em qualquer campo de ação. O triunfante é alguém que lutou, batalhou, e finalmente, prevaleceu, venceu a guerra, mostrando superioridade em qualquer disputa.

A Igreja foi destinada por Deus para vencer. A Bíblia nos mostra que todas as forças e potestades, que se levantaram, e se levantam contra ela, serão destruídas pelo Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Para participarmos dessa vitória final, precisamos estar em comunhão com Cristo. Como Jesus em breve voltará, então busque ter uma vida irrepreensível diante daquele que tem todo poder nos céus e na terra.

1. O que é a igreja triunfante? É a Igreja vitoriosa, invisível, composta de todos os salvos, de todos os tempos, que já morreram em Cristo, e que estão no Paraíso aguardando o cumprimento eterno das promessas de Deus(ler 1Ts 4:16,17; João 14:1-3).

2. A Igreja Triunfante é composta de todos os salvos de todos os tempos. Os que já morreram em Cristo, de todos os tempos, já são considerados triunfantes. Esperam agora a ressurreição, ou seja, o retorno à unidade entre corpo, alma e espírito, que havia quando da vida física.

Na ressurreição, os santos receberão corpos glorificados, dotados de vida eterna, e conforme o corpo do Senhor Jesus, segundo o ensino de Paulo: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”(Fp 3:20-21). Também o Apóstolo João, declarou: “... Mas sabemos que, quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele...”(1João 3:2). Em 1Co 15:52, Paulo assim afirma: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

3. Condição para entrar na Igreja Triunfante. O Novo Nascimento, ou Regeneração é o único caminho pelo qual a pessoa entra na Igreja triunfante, ou como diz o Apóstolo Paulo: “...Igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”(Ef 5:27). Você é membro desta Igreja? Se é, então “guarda o que tens, para ninguém tome a tua corroa”(Ap 3:11).

Alguém poderá perguntar: Eu sou batizado nas águas, membro da minha igreja. Isso me dá o direito de ser partícipe da Igreja triunfante? Não! O Batismo nas Águas é um ato material e visível, realizado pelo homem. Ele não confere o poder de Salvação, mas, destina-se aos que já estão salvos. É possível ser Batizado nas Águas sem nunca ter sido salvo.

Por ele o homem adquire o direito de ser membro de uma Igreja Evangélica, mas, não o direito, ou privilégio de ser Membro do Corpo de Cristo, ou da Igreja Mística, conhecida como Igreja Triunfante - “A universal assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus...”- Hebreus 12:23.

Nesta Igreja só se entra através do Novo Nascimento, e este só se torna possível quando o homem crê no Evangelho de Cristo. Pelo Batismo nas Águas, se o homem não estiver Salvo, então ele se torna membro de uma Igreja Local, ou Visível, teologicamente conhecida como Igreja Militante. Embora batizado, ele poderá ser uma “virgem louca”, um “peixe ruim”, ou, simplesmente “joio”. Assim, possuir um cartão de membro, ou até uma credencial de Ministro, por ter sido Batizado nas Águas, não é uma evidência de ser um membro da Igreja Triunfante, quando da volta de Jesus Cristo.

Certamente que Demas, cooperador de Paulo, tinha sido batizado nas águas, mas, perdeu Sua União com Cristo, ou seja, de ser participante da igreja militante, bem como a perspectiva de ser aceito na Igreja Triunfante, quando voltou para o mundo, visto que Paulo disse - “Porque Demas me desamparou amando o presente século, e foi para Tessalônica...”(2Tm 4:10).

Por isso não cremos no determinismo fatalista, ou predestinação, de que o ser humano “uma vez salvo, está salvo para sempre”. Os seguidores deste segmento teológico ensinam que Deus, na sua presciência, determina, de antemão, quem deverá ser salvo, bem como quem não será salvo. É claro que não vamos discutir este assunto, nesta oportunidade, por não ser cabível. Contudo, devemos afirmar que não somos seguidores desta corrente teológica que defende o determinismo, ou a predestinação. Cremos no livre arbítrio, ou seja, na liberdade de escolha dada por Deus, ao homem. Para nós, a Salvação preparada por Deus destina-se a todos os homens - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(João 3:16). Nesse “todo aquele” não há exclusão de ninguém. Todos podem crer, e Deus quer que todos creiam, pois “...a graça de Deus se há manifestada, trazendo Salvação a todos os homens” (Tito 2:11).  Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2:3-4).

II. A GLÓRIA DOS QUE MORREM EM CRISTO


1. A Igreja Triunfante está no Céu.  Todos os salvos que morreram em Cristo, que compõe a Igreja triunfante, estão no Paraíso. Aguardam o Dia da Igreja Triunfante ser completada e reunida em torno do Senhor(1Ts 4:14).  Mas, o que é o Céu?

a)  É o lugar da habitação de Deus. O Céu não é uma alegoria bíblica. É um lugar real (João 14:1-3), assim como é a Terra onde habitamos. É o lugar onde o Senhor está presente na plenitude de sua glória, um local “fixado”, “estabelecidopara que Ele se revele tal como Ele é, e não apenas pela expressão da suas obras, como o que ocorre com o Universo (Rm 1:20); é o lugar de sua presença, ao qual o Cristo glorificado retornou (At 1:11); e onde um dia o povo de Cristo estará com seu Salvador para sempre (Jo 17:5,24; 1Ts 4:16,17). Ele é retratado como um  lugar de descanso (Jo 14:2), uma cidade (Hb 11:10), e um país (Hb 11:16). Logo, pensar no Céu como um lugar é certíssimo.

No Céu, como ensinou Paulo, o mortal será revestido da imortalidade, e o corruptível, da incorruptibilidade (1Co 15:42-55), tudo numa dimensão acima da compreensão humana. A Bíblia descreve o Céu como um local tangível, com ruas de ouro e muros de pedras preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21:1-27).

b) O Céu é o lugar da morada dos salvos, da Igreja Triunfante. É um lugar onde habitaremos com o Senhor em glória, visto que, para ali entrarmos, necessariamente teremos de ser transformados, deixando este corpo de carne e sangue, este corpo abatido e recebendo um corpo glorioso, similar ao que Cristo teve quando ressurgiu dentre os mortos (Fp 3:21; 1Co 15:42,49-54).

Paulo ao dizer que havia estado no terceiro Céu (no Paraíso), afirmou que o que viu e ouviu era simplesmente inefável, ou seja, incapaz de ser traduzido em palavras (2Co 12:4).

c) No Céu teremos consciência de quem somos. Veja o episodio contado por Jesus na “parábola” do Rico e do Lázaro(Lc 16:19-31).

Muitos acham que, como a Bíblia afirma que não nos lembraremos mais de nossas dores e tristezas deste mundo, seremos pessoas sem noção do que fomos aqui na Terra e não teremos condição de nos reconhecermos uns aos outros nos céus. Não entendemos assim, entretanto. Por que Deus salvaria milhões e milhões de homens, para com eles habitar, se estes homens não tivessem sequer a noção de quem são, de quem é Deus e de onde estão?  Como homens que venceram o pecado, que combateram o bom combate, que foram fiéis até o fim, passariam a eternidade sem a mínima noção de quem são? Como poderiam homens glorificados terem menos consciência do que quando viviam ainda numa natureza sujeita ao pecado?

Quando a Bíblia nos fala que não nos lembraremos das coisas desta vida, está nos dizendo que, ante a glória que viveremos, ante o prazer que desfrutaremos, de modo algum teremos saudade ou desejo do que passou na vida debaixo do sol.

2. Cristo reunirá as igrejas militantes e triunfantes. O ápice da Igreja Triunfante ocorrerá quando Jesus voltar para Arrebatar a sua Igreja Militante, e ressuscitar aqueles que morreram em Cristo. Nessa ocasião, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, em corpos gloriosos; depois, os que estiverem vivos, pertencente a igreja peregrina e militante, serão transformados, para encontrar com Jesus nos ares. Foi assim que Paulo ensinou aos Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”(1Tes 4:16-17).

Observe que este texto trata do Arrebatamento da Igreja e da Ressurreição dos santos. Face a exiguidade de espaço nesta Aula, irei, em resumo, explicar estes dois acontecimentos da igreja.

a) O Arrebatamento da Igreja. O arrebatamento da Igreja é um fato repentino, sem data conhecida, que passará despercebido dos povos. Nesta oportunidade, como afirmam as Escrituras, o Senhor virá como um ladrão (ler Mt 24:43,44; 1Ts 5:2), de inopino, num abrir e fechar de olhos (ler 1Co 15:52), como um relâmpago (Mt 24:27). Nesta oportunidade, Jesus não pisará os seus pés sobre a Terra, mas a Igreja Militante o encontrará nos ares (1Ts 4:17), e terá início a convivência entre Jesus e a Igreja.

Apesar de, tradicionalmente, o arrebatamento da Igreja ter sido chamado de “primeira fase da vinda de Jesus”, existem alguns estudiosos da Bíblia que não entendem ser correto o uso da expressão “volta de Cristo” para este evento. Afirmam (e entendemos que com razão) que alguém só volta quando faz todo o caminho contrário da ida, ou seja, uma pessoa só pode dizer que voltou quando vai até o ponto inicial da sua partida, da sua saída. Assim, uma pessoa que saiu de São Paulo para o Rio de Janeiro só voltará quando, ao sair do Rio de Janeiro, chegar novamente a São Paulo. Se parar pelo meio do caminho, não terá ainda voltado. Por causa disto, estes estudiosos das Escrituras afirmam que a expressão “volta de Cristo” só pode ser aplicada para o evento em que Jesus voltará para o monte das Oliveiras, que foi o lugar de onde partiu para os céus (At 1:9-12), como, aliás, foi anunciado pelos anjos que se apresentaram aos discípulos após a ocultação do Senhor pelas nuvens. Somente nessa ocasião é que Jesus voltará para a Terra, pois a Bíblia é clara ao dizer que Jesus aparecerá segunda vez (Hb 9:28).

Segundo esta concepção, não se teria, pois, propriamente uma “volta” quando do arrebatamento da Igreja, mas tão somente um rapto do corpo de Cristo, uma retirada dos santos da Terra. Jesus não volta propriamente, mas se encontra com a Igreja nos ares, nas regiões celestiais (1Ts 4:17). Jesus vem ao encontro da Igreja, mas não volta para a Terra. A Sua vinda, segundo este pensamento, será tão somente a chamada “segunda fase”, ou seja, a Sua volta triunfal.

b) A volta de Jesus em Glória ou volta triunfal. A “segunda fase da vinda de Jesus”, também conhecida como “vinda de Jesus em glória”, “volta triunfal de Cristo”, “parousia” ou “revelação de Cristo em glória” é o evento que ocorrerá sete anos depois do arrebatamento da Igreja (para os pré-tribulacionistas, pois, para os midi-tribulacionistas, o episódio ocorrerá três anos e meio depois do arrebatamento), ou seja, ao contrário do arrebatamento, é um evento com tempo marcado e determinado na Bíblia Sagrada. Será um instante em que Jesus será visto por todos os povos e nações, em especial pelos israelitas (Zc 12:10; Ap 1:7), porá os Seus pés sobre esta Terra (Zc 14:4; At 1:11) e se fará acompanhado da Igreja triunfante (Mt 25:31-46; Judas 14).

Bem se vê, pelas referências bíblicas, que estamos diante de dois eventos distintos, não havendo como confundi-los. É o que fazem os pós-tribulacionistas, que confundem o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em glória em um só evento, que chamamos de volta de Cristo. Para estes, Jesus virá ao término da Grande Tribulação, arrebatará os escolhidos dos quatro cantos da terra e, depois, em seguida, vencerá o Anticristo. Esta linha de pensamento, entretanto, não pode ser aceita, pois, como vimos, as Escrituras mostram que o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em glória tem características totalmente diferentes e, se se tratasse do mesmo evento, teríamos uma contradição insuperável na Bíblia, o que, evidentemente, não é possível. Como conciliar que a Bíblia diz que Jesus vem como um ladrão em 1Ts 5:2, que ninguém O perceberá em Mt 24:43,44 e, em Ap 1:7, ser dito que todo o olho O verá? Poderia acontecer coisas tão opostas em um mesmo e único episódio? Vemos, portanto, que não é possível que se confundam estes dois acontecimentos escatológicos, acontecimentos, porém, que são conhecidos, ambos, como “volta de Cristo”. Tomemos, pois, cuidado para não nos confundirmos.

c) A Ressurreição dos salvos (1Ts 4:16,17). Será o momento em que os santos que já morreram receberão corpos glorificados, dotados de vida eterna, e conforme o corpo do Senhor Jesus, segundo o ensino de Paulo: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”(Fp 3:20-21). Também o Apóstolo João, declarou: “...Mas sabemos que, quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele...(1João 3:2).

A Igreja de Jesus Cristo é composta de bilhões de almas, uma multidão que homem algum jamais poderá calcular. Com certeza, a Igreja Triunfante será plenamente instaurada quando todos os remidos, de todos os tempos, juntamente com o santos que morreram desde o princípio da geração, e foram evangelizados por Cristo após a ressurreição, estiverem reunidos em número incalculável, liderados pelo Senhor Jesus Cristo, que irá adiante da grande multidão e nos apresentará ao Pai, dizendo: “Eis-me aqui, a mim e aos filhos que Deus me deu ”(Hb 2:13). Então haverá festa nos céus, todas as hostes celestiais se alegrarão juntamente com todos os seus servos.

Paulo ensina que os mortos salvos ressuscitarão primeiro e sua ressurreição será como a de Cristo, ou seja, ressuscitarão em corpos gloriosos, que não obedecerão às leis da física, tanto que se reunirão com o Senhor nos ares, desafiando a gravidade e tudo o mais que domina a matéria neste mundo. Os crentes falecidos, portanto, terão restabelecida a sua unidade(corpo, alma e espírito) e se apresentarão ao Senhor, glorificados.

Este processo de ressurreição, de transformação e de reunião dos crentes será efetuado pelo Espírito Santo, que levará a Igreja ao encontro do Senhor Jesus nos ares, entregando-lhe a Noiva, como o pai da noiva costuma fazer nas cerimônias de casamento que estamos acostumados a assistir. É obra do Espírito Santo o mover, o movimentar (Gn 1:2), o ressuscitar e o transformar (Rm 8:11). Após a reunião e a realização tanto do Tribunal de Cristo e das Bodas do Cordeiro, o Filho, então, entregará a Igreja ao Pai (1Co 15:28; Hb 2:13).

3. Juntos para sempre com o Senhor. Morar no Céu é o objetivo de todo salvo. Jesus Cristo morreu na Cruz do calvário com o objetivo de reconciliar o ser humano com Deus e, finalmente, levá-lo para o Céu, o lugar de sua morada e dos santos anjos de Deus. Se a nossa esperança é a volta de Cristo, tal esperança se completa com a perspectiva de habitarmos eternamente na dimensão espiritual, assim como o Senhor, dimensão esta que as Escrituras denominam de “Céu”, pois seremos semelhantes a Ele e assim como é O veremos (1Jo 3:2).

É quase indescritível a forma do corpo glorioso que receberemos e a concretização de todas as promessas que se cumprirão na vida da Igreja por ocasião do Arrebatamento (1Co 15:50-58). Como alguém, sabendo disto, ainda pode deixar e abandonar a vida de comunhão na Igreja de Cristo? Trocam a certeza da vida eterna, o Céu glorioso com Jesus, a Formosa Jerusalém celestial, por coisas efêmeras desta vida? Temos de visualizar a nossa vida terrena apenas como uma passagem, como uma peregrinação; não devemos nos prender às coisas desta vida. “Se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”(1Co 15:19).

III. A GLÓRIA DA IGREJA TRIUNFANTE


A Glória plena da Igreja Triunfante ocorrerá quando da Vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatar a sua Igreja. Naquele momento, os corpos dos mortos que estão no Paraíso bem como os corpos dos salvos pertencentes a Igreja Militante, serão revestidos da imortalidade e, então, a vitória final sobre a morte terá sido alcançada. Paulo bem se expressou: “E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é imortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”(1Co 15:54).

Certamente, a Igreja tem um futuro sobremodo glorioso. A vida eterna com o Senhor Jesus na glória, na cidade maravilhosa que ele foi preparar exclusivamente para sua amada(João 14:1-3), já seria uma grande proeza, mas Deus é infinitamente misericordioso e amoroso, de tal sorte que fez promessas para todos aqueles que forem triunfantes. Por isso, o apóstolo disse que não há como comparar as aflições deste tempo presente com o que está reservado para os vitoriosos. Aliás, o apóstolo foi enfático ao dizer que “…as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam ”(1Co 2:9b).

Vejamos algumas das inúmeras promessas para a igreja triunfante em seu estado de glória:

1. A graça de comer da árvore da vida”... Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus” (Ap 2:7). Este privilégio foi perdido pelo homem quando pecou (Gn 3:22-24). Comer da árvore da vida é ter alimento espiritual abundante e eterno junto de Deus, é voltar a ter um estado de comunhão perene com o Senhor. Cessada a alimentação pela Palavra de Deus, da alimentação da palavra que procede da boca de Deus, teremos acesso direto ao próprio Deus, um estado de beatitude sem igual.

2. Não receber o dano da segunda morte – “O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte(Ap 2:11). O vencedor por Cristo Jesus está livre da condenação eterna. Temos, desde já, a vida eterna, desde que aceitamos a Cristo, mas a salvação ainda está condicionada à nossa perseverança até o fim. Se perseverarmos até o fim, porém, receberemos esta recompensa, qual seja, a glorificação e nunca mais correremos o risco de nos perder. Não receber o dano da segunda morte é atingir a glorificação e, portanto, nunca mais ter o risco de pecar. Estaremos livres do corpo do pecado e poderemos exclamar as palavras do apóstolo: “onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15:55).

CONCLUSÃO


Diante do exposto, como, então, desanimar ou querer recuar diante das dificuldades que se apresentam nos tempos trabalhosos em que vivemos? Como trocar a glória sempiterna que nos está reservada, cuja revelação parcial já é muito mais do que se tem neste mundo, por algum prazer ou vantagem passageiros, que, assim como a vida humana, são fugazes e insignificantes perto do que está prometido a quem vencer?

Os dias são difíceis. As dificuldades são muitas e são capazes de nos desviar da rota para a Canaã celestial. Por isso, não podemos subestimar as lutas e tentações, devendo vigiar a cada instante para não sermos tragados pelo inimigo de nossas almas, que anda a nosso derredor(1Pe 5:8).

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal, CPAD.

 

segunda-feira, 25 de março de 2013

A SEMANA QUE MUDOU O MUNDO


A semana mais importante da História, aquela que mudou o mundo, teve Jesus Cristo como seu protagonista. A semana da Páscoa foi definidora para a História, não por causa de sua religiosidade festiva, ou mesmo pelos arroubos libertários próprios de sua celebração. A semana da Páscoa foi importante porque a humanidade passou a ter uma real possibilidade de mudar de rumo, de ter acesso ao plano divino de salvação eterna e também de reatar a sua comunhão com Deus.

A semana da Páscoa foi riquíssima em acontecimentos inusitados. Jesus fez assombrosas revelações proféticas a respeito do futuro da humanidade, falou de Sua própria morte como um sacrifício necessário e indispensável, e anunciou sua indefectível traição por um “amigo”. Do lado oposto, Sua morte foi selada em um pacto de traição e os inimigos se organizaram para dar cabo de Sua vida.

Os religiosos prepararam contra Ele uma acusação teológica, a de blasfêmia; os tribunos, uma acusação política, a de sedição. Mas o que estava por trás dos acontecimentos, e só Jesus o via, era o plano divino de redenção da raça humana, possibilitado pelo Seu próprio sacrifício expiatório. Desse modo, a Páscoa era o pano de fundo de onde se desenrolou o enredo da paixão e morte de Cristo e de onde brotou a nossa esperança eterna.

Jesus incomodava demais com Sua mensagem clara e contundente, pois anunciava que o reino de Deus estava próximo e que, para entrar nele, era necessário arrependimento e conversão. Tudo contrário à pregação de regras e à adoração formal dos rituais religiosos da época. Tanto que as autoridades judaicas queriam matá-lo.

Jesus, porém, se encaminhou resolutamente para Jerusalém, pois sabia que ali, exatamente durante a festa pascal, é que se cumpriria a libertação espiritual que a própria Páscoa exemplificava. Nada poderia detê-lo, e Ele estava pronto para o sacrifício, para morrer pela humanidade. Mais que isso, Ele sabia que a Sua morte vicária era a única esperança para a humanidade caída.

A Páscoa foi instituída, originalmente, como a festividade símbolo da libertação do povo de Israel do Egito, no evento conhecido como Êxodo. O Senhor Deus emitiu uma ordem específica ao Seu povo, cuja obediência traria a proteção divina e a consequente libertação da escravidão. Cada família deveria tomar um cordeiro, sacrificá-lo e comê-lo assado. Depois deviam passar o sangue do cordeiro nos umbrais e nas vergas das portas, pois o Anjo da Morte percorreria a terra e passaria por cima das casas que tivessem o sinal do sangue, poupando os seus primogênitos.

Daí o termo Páscoa, do hebraico pesah, que significa “passar por cima”, ou “poupar”. Depois que o povo de Israel saiu do Egito, Deus ordenou que se celebrasse continuamente a Páscoa como um memorial dessa libertação.

A Páscoa, pois, continha um simbolismo profético, como “sombras das coisas futuras”, que apontava para um evento ainda por vir, a Redenção efetuada por Cristo. O apóstolo Paulo afirmou: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”. O cordeiro morto era como um modelo antecipado do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados.
Em suma, a Páscoa simboliza três coisas: liberdade da escravidão, salvação da morte e caminhada para a terra prometida. Para os hebreus, isso tinha um sentido físico, pois havia a escravidão do jugo egípcio a ser subvertida, uma morte ignominiosa iminente a ser suplantada e a esperança de uma terra a ser conquistada.

Para nós, hoje, há o sentido de natureza estritamente espiritual, pois precisamos ser libertos da escravidão do pecado e salvos da morte eterna, caminhando avante na certeza de que o céu onde Cristo habita é o nosso destino final, onde “estaremos para sempre com o Senhor”.

Esta semana é, portanto, muito importante para todos nós. Precisamos fazer deste momento uma oportunidade de reflexão, primando por verificar a posição em que estamos diante de Deus, se em comunhão ou distantes.

Não creio que na Páscoa caiba o sentimento misto de tristeza e compaixão pela morte de Cristo, como se Ele ainda estivesse impotente na cruz ou inerte no túmulo. Acredito que a Páscoa deva ser comemorada com alegria, pois aponta para a libertação que a ressurreição de Jesus nos propiciou.

Se Cristo não tivesse ressuscitado, no dizer de Paulo, a nossa fé seria uma completa vacuidade e nós seríamos os mais infelizes de todos os homens. Mas Cristo ressuscitou!

Ele vive! E porque Jesus está vivo, a nossa esperança é eterna.

Ainda ressoam nas faldas do Universo a palavra dos anjos às mulheres: “Buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não está mais aqui”. É isto que torna a semana da Páscoa importante, pois nela o destino do mundo foi mudado.


Samuel Câmara

Pastor da Assembleia de Deus em Belém

 

domingo, 24 de março de 2013

Aula 13 – A MORTE DE ELISEU


1º Trimestre/2013

 
Texto Básico: 2Reis 13:14-21

 
E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés(2Rs 13:21).

 

INTRODUÇÃO


Esta é a última lição do trimestre. Nela estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Ele começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. Como homem natural que era teve que enfrentar a morte física. Esta é a situação mais difícil que o ser humano pode enfrentar. A morte é o terrível legado que herdamos dos nossos primeiros pais, que desobedeceram ao Criador no Éden (Gn 2:15-17; 3:19; Rm 5:12). É o pagamento indesejado que recebemos por ter pecado (Rm 6:23). É o fim para o qual caminhamos a passos largos (Ec 12:1-7). Mais do que isso, é o inimigo implacável que vem em nosso encalço para, no inevitável dia do encontro, nos deixar prostrados (Lc 12:20). É o último inimigo a ser aniquilado(1Co 15:26). Contudo, ela não nos assusta; para o verdadeiro cristão, a morte é “lucro”, que o diga o apóstolo Paulo: ”Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”(Fp 1:21). Para ele, morrer é partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor(Fp 1:23). Ele desejava, preferencialmente, estar com o Senhor: “Desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor”(2Co 5:8). Somente aqueles que têm o Espírito Santo como penhor(2Co 5:5) podem ter essa confiança do além-túmulo. Para o servo de Deus, a morte não é o fim da existência,  muito pelo contrário, é apenas o início da eternidade(ler Lc 16:22,23). Do outro lado da sepultura, há uma eternidade de gozo ou sofrimento, de bem-aventurança ou tormento. Depois da morte, há dois destinos eternos: Céu ou Inferno. Podemos descrer ou negar isso, mas não invalidar essa verdade.

I.  A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU


1. A Velhice de Eliseu. A velhice faz parte do processo evolutivo do ser humano. Todos nós envelheceremos um dia. Esta é uma realidade da qual ninguém pode fugir. As pessoas que conseguem superar o medo de envelhecer encaram a terceira idade como qualquer outra fase da vida, repleta de desafios a serem enfrentados. Certamente, isto aconteceu com Eliseu.

O texto de 2Reis 9:1-4 denota que Eliseu já não tinha mais forças físicas para percorrer longas distancias; ele estava velho e doente. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, com tudo isso era um homem. Em seu pleno vigor físico, Ele não pediria que outro fosse cumprir uma missão que Deus tinha ordenado. Apesar disso, mesmo em sua velhice não foi omisso nem ocioso. Para a Bíblia, ser velho ou idoso, não significa ser inútil, incapaz, e descartável.  “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano... Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:12-14).

Os homens justos na velhice ainda darão frutos. Embora os velhos, ou idosos, possam ser vistos pelas pessoas jovens e viris, com um certo preconceito, às vezes, até com desprezo, contudo, a Bíblia Sagrada afirma que os homens justosna velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:14). Moisés, Calebe e Arão confirmam esta verdade bíblica. Calebe, aos oitenta e cinco anos, considerava-se em plena forma para fazer a obra de Deus, segundo sua própria declaração (vide Josué 14:10-11).

Não importa sua idade, você pode ser um instrumento de bênção para muitos. Deus quer isto de você. A Bíblia Sagrada afirma que os crentes fiéis “Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”. Portanto, para Deus, ser velho, ou ser idoso, não significa ser inútil, incapaz e descartável.

 

2. O sofrimento de Eliseu.E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre os seu rosto, e disse: Meu pai, meu, carros de Israel e seus cavalheiros!” (2Rs 13:14). Este texto mostra que a doença de Eliseu causava-lhe grande sofrimento. A saudação do rei Jeoás: “Meu pai, meu, carros de Israel e seus cavalheiros!”, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2Rs 2:12). O fato de Jeoás utilizar esta expressão é uma indicação do visível sofrimento de Eliseu e de que ele reconhecia a proximidade da sua morte.

A doença e o sofrimento de Eliseu vai de encontro à falaciosa teologia da confissão positiva, que ensina que o crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em pecado. Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas dessa faixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural. Isso nos faz entender os seguintes princípios: a) Se Deus quiser curar o seu servo Ele cura; Se Ele não quiser, Ele não cura. O que temos de fazer é somente orar e respeitar a sua soberania (ler 1João 5:14); b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças com sofrimento. Ainda que isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.

Entretanto, o que mais chama atenção não é a doença e o sofrimento do profeta Eliseu, e sim como Deus tratou-o nesse momento de sua vida e como ele respondeu a isso. Mesmo debilitado por causa da idade avançada, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, o sofrimento ou quaisquer outras coisas impediu-o de continuar sendo uma voz profética. Veja a disposição desse valoroso servo de Deus ao falar com o rei Jeoás: “E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas. Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs  as suas mãos sobre as mãos do rei. E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir. E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou. Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter  ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros” (2Rs 13:15-19). Se estivéssemos na mesma situação física de Eliseu, teríamos a mesma disposição espiritual? Ou estaríamos reclamando da vida, murmurando e questionando a Deus? São nos momentos difíceis da vida, nos desertos da vida, nos vales, que saberemos se somos ou não fiéis a Deus e confiamos piamente nEle.

II.  A PROFECIA FINAL DE ELISEU


1. A ação de Deus na profecia. Escutamos frequentemente o seguinte jargão, principalmente por aqueles que se dizem “profeta de Deus”: “Eu profetizo sobre a tua vida””. A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: “... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo”(2Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: “Assim veio a mim a palavra do Senhor...” (Jr 1:4); “Assim diz o Senhor...” (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); “Ouví a palavra do Senhor...” (Jr 2:4); “E veio a mim a palavra do Senhor”(Jr 2:1; 16:1); (...) “disse o Espírito Santo...” (At 13:2); “... Isto diz o Espírito Santo...” (At 21:11); “Mas o Espírito expressamente diz...” (1Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.

O profeta Eliseu não se utilizou deste jargão. Ele sabia que era apenas um porta voz de Deus. As suas mensagens proféticas sempre estavam precedidas pela expressão: “Assim diz o Senhor” (cf 2Rs 2:21;3:16). No texto de 2Rs 13:17, a expressão “flecha do livramento do Senhor” era semelhante a expressão “Assim diz o Senhor”. O verdadeiro profeta de Deus sabe que a profecia tem sua origem em Deus e não nele. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (cf 2Rs 3:15).

2. A participação humana na profecia (2Rs 13:15-19). Não era costumeiro Deus se utilizar de terceiros para auxiliar os seus porta-vozes, os profetas, na transmissão de suas mensagens. No caso específico de Jeoás, rei de Israel, Deus permitiu que houvesse a  participação daquele. Só que a falta de discernimento por parte de Jeoás e sua pequena familiaridade com o sobrenatural de Deus fez com que Israel não prevalecesse de forma perene sobre os siros. Quando foi dito a Jeoás que atirasse as flechas contra a terra, ele o fez de modo indiferente. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta; deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três. Como resultado, Eliseu disse ao rei que sua vitória sobre a Síria não seria completa. De alguma maneira, Jeoás deixou de perceber o sentido interior do que o profeta  o estava exortando a fazer. Eliseu considerou que Jeoás era claramente culpado pela sua falta de entusiasmo. Para que possamos receber os completos benefícios do plano de Deus para a nossa vida, devemos obedecer completamente os Seus mandamentos. Se não  seguirmos completamente as instruções do Senhor, não deveremos nos surpreender se seus benefícios e bênçãos completos não vierem à nossa vida.

III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU


1. A eternidade e fidelidade de Deus. O último milagre de Eliseu deu-se após a sua morte (2Rs 13:20,21), mesmo que isso venha se contrapor a lógica humana. Humanamente falando, é inconcebível que ossos de um defunto tenha poder para ressuscitar alguém. Mas, é bom estar consciente de que não foram os ossos de Eliseu que ressuscitou o morto e, sim, o Deus de Eliseu. Deus ali manifestou a sua eternidade e sua fidelidade, isto é, Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário. Mesmo lá na sepultura, Deus deu testemunho do caráter de Eliseu como o profeta que vivifica. Esse milagre sugere que a influência de uma pessoa que anda com Deus não cessa automaticamente com a sua morte, mas que depois disso poderá ser uma manancial de vida espiritual para com os outros.

2. A honra de Eliseu. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros profetas. Ele morreu, porém sua influência permaneceu, ao realizar até um milagre de ressurreição. Isto demonstrou que ele foi, na verdade, um profeta de Deus. Também atestou o poder do Senhor – não dos ídolos pagãos que jamais ressuscitaram alguém dentre os mortos. Também, esse miraculoso poder associado aos ossos de Eliseu(2Rs 13:20,21) tinha a finalidade de mostrar a Jeoás que o poder do Deus de Israel seria manifestado na vitória sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta. Isso deixa patente que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus. A Bíblia fala de outros homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morridos (Hb 11:4).

IV. O LEGADO DE ELISEU


O legado de Eliseu nos fascina e nos mobiliza a nos posicionarmos como autênticos servos de Deus, diante de uma sociedade cada vez mais degradante moral e espiritualmente. Passaram-se 2.800 anos, mas ele ainda continua inspirando milhões de pessoas em todo o mundo. Qual, então, o legado de Eliseu?

 

1. Foi um homem que abraçou o ministério sem olhar para trás (1Rs 19:19-21). Eliseu atendeu prontamente o chamado de Deus por meio de Elias. Fez um churrasco dos bois, dizendo: Agora, só existe o daqui para frente; eu não tenho possibilidade de voltar atrás; nada de retrocessos. Eliseu desembaraçou-se de qualquer impedimento. Jesus disse: “Quem lança mão do arado e olha para trás não é apto para o reino de Deus”.

2. Foi um homem gregário. Ele teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação de Israel. Enquanto Elias era um profeta eremita, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Ele tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (cf 2Rs 4:13). Assim deve ser o proceder do cristão. Viver isolado das demais pessoas, em clausura, não coaduna com o grande imperativo de Jesus Cristo: “ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”(Mt 20:19,20). Não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para fazer o bem a outras pessoas e mostrar a elas o grande amor de Deus.

3. Foi um homem santo em seu proceder(2Rs 4:9). (a) Era conhecido por todos como um santo homem de Deus: homens, mulheres, crianças, os reis de Israel e de Judá, e do estrangeiro, os escravos, os discípulos dos profetas e os generais o consideravam como profeta do Senhor; (b) Era humilde (1Rs 19.21 e 2Rs 3.11b): ele servia a Elias; ele deitava água nas mãos de Elias. Quem não é humilde para aprender, jamais será grande; (c) Possuía uma integridade incorruptível (2Rs 5.16): não fazia do ministério um negócio; não trabalhava por dinheiro; não se deixava subornar nem se corrompia.

4. Foi um homem que procurava meios para abençoar as pessoas (2Rs 3:13,14). Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Todos os seus milagres foram para ajudar e nunca para demonstrar poder: (a) A mulher sunamita – Eliseu dá a ela um filho (felicidade familiar); (b) Cura das águas amargas de Jericó – saúde para o povo (2Rs 2:19-22); (c)  Multiplica o azeite da viúva pobre – ajuda ao necessitado (2Rs 4:1-7); (d) Cura de Naamã – um homem estrangeiro (2Rs 5:1); (e) Remove a morte da panela – cuidado espiritual com o povo de Deus (2Rs 4:38-41); (f) Tinha uma escola de profetas – em tempo de apostasia, ele forma obreiros para pregar a verdade.

5. Foi um homem que teve discernimento espiritual(2Rs 6:17): (a) Compreendeu a aflição da sunamita (2Rs 4:17); (b) Discerniu a necessidade de Naamã se humilhar (por isso mandou-o tirar a armadura e mergulhar no Jordão sete vezes, além de não falar com ele pessoalmente). Eliseu entendeu que não adiantava curar a carne de Naamã da lepra se o seu coração estava chagado de orgulho; (c) Discerniu a presença dos cavalos e carros de fogo, ou seja, dos anjos de Deus ao seu redor. Levou os soldados sírios a Samaria para ensinar a eles o poder de Deus; (d) Discerniu a ganância de Geazi (2Rs 5:25-27); (e) Vivia no espírito da vitória, quando afirmou: “Mais são aqueles que estão conosco do que os estão com eles” (2Rs 6:15,16).

6. Foi um homem que morreu vitoriosamente e exerceu maravilhosa influência póstuma (2Rs 13:14-19,20,21): (a) Quando Eliseu ficou doente, ele não questionou a Deus; não ficou amargurado, deprimido. Continuou profetizando vitória e abençoando o povo. Ele não se enclausurou; (b) Ele viveu 60 anos com um ministério abençoado. Ele foi um homem cheio do Espírito. Sua vida foi uma bênção para a nação. Começou bem e terminou bem; (c) Mesmo depois de morto comunicou vida. Quando jogaram um cadáver na sua sepultura e tocou em seus ossos, o cadáver reviveu. Alguém que tocar em nossa história viveria? Se a igreja local onde nos congregamos deixasse de existir faria falta? Quando Deus chamar você, as pessoas sentirão sua falta? Quem ouvir sua história reviverá? Pense nisso!

CONCLUSÃO


Eliseu, qual o seu pai espiritual Elias, não foi um profeta literário, todavia, os seus atos o colocam na galeria dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Começou de forma humilde e submissa - pondo água nas mãos de Elias (2Rs 3:11), um gesto claro de sua presteza em servir -, e foi exaltado por Deus.

A Morte do justo é de grande valor para Deus. É a ocasião em que é libertado de todo o mal, e levado vitoriosamente desta vida ao Céu. Para os salvos, a morte não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror (1Co 15:55-57), mas um meio de transição para uma vida plena de felicidade eterna. Para o salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (2Co 4:17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais (2Co 5:1-5). “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”(Salmo 116:15).

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.

Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.

Revista Ensinador Cristão – nº 53 – CPAD.

A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.

Comentário Bíblico Beacon, v.2 – CPAD.

Porção Dobrada – Pr. José Gonçalves – CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.

Elias e Eliseu (homens de ação) – Editora cristã Evangélica