2º Trimestre/2013
Texto
Base: 1Tessalonicenses 4:3-5; 5:23; 1Pedro 1:14-16
INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada afirma que o
sexo foi obra da criação de Deus que, ao criar o homem, fê-lo sexuado. Diz a
Palavra que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas os criou “macho e
fêmea”(Gn 1:27). Este ponto distingue o homem dos anjos, por
exemplo, que foram criados assexuados(Mc 12:25). Sendo
assim, não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário
à natureza do homem ou seja algo ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como
alguns têm defendido. Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que
o próprio Deus tenha determinado os limites desta atividade humana. A primeira
observação que temos com relação ao sexo é que ele deve ser realizado entre
homem e mulher. Com efeito, ao criar o homem, Deus os fez macho e fêmea. Assim,
a atividade sexual deve ser, sempre, feita entre pessoas de sexos diferentes. O
homossexualismo é uma aberração e, salvo os poucos casos em que há distúrbios
de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus(Rm 1:21-28; Lv 18:22).
I.
QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE
1. Um mundo dominado pelo
erotismo. Decepcionado na sua busca da felicidade, o homem troca a
felicidade inatingível pelo prazer, ou seja, pela pura sensação momentânea de
bem-estar. Por isso, as atividades que geram sensações e emoções são tão
procuradas nos dias de hoje, a começar do prazer sexual instintivo. Os seres
humanos comportam-se, na atualidade, como verdadeiros animais irracionais,
buscando parceiros para sentir momentos efêmeros de prazer na prática de
relações sexuais. A beleza do sexo, em seu propósito divino, dentro do
relacionamento conjugal (Hb 13:4) fora banalizada pela corrupção humana.
Associado ao dinheiro, o sexo se transformou em um objeto de consumo, através
do erotismo, nas revistas e propagandas para vender mercadorias, da pornografia
e da prostituição (Rm 1:21-27). Os seres humanos, tomados por esse tipo de
sexualidade, não se relacionam mais entre pessoas, apenas com órgãos sexuais. A
Palavra de Deus, diferentemente do que é apregoado pelos adeptos do sexo
“livre”, que na verdade aprisiona, estão distantes dos saudáveis padrões
ensinados por Deus (1Co 6:18-20; 1Ts 4:3-7; 5:23).
Vivemos em uma sociedade em que
os meios de comunicação incentivam e exaltam o erotismo, a pornografia, o sexo
fora do casamento e toda a sorte de perversão. É preciso ser firme e consciente
de que Deus reprova tais atitudes e que vai julgar toda a iniquidade: ”Ante a
face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com
justiça e os povos, com a sua verdade" (Sl 96:13). Não podemos nos tornar
complacentes com o pecado. Deus estabeleceu padrões para que tenhamos uma vida santa.
Estejamos conscientes de que violar estes padrões é perigoso, pois a
consequência é sempre a morte (Rm 8:13).
2.
Fornicação é pecado. Fornicação é prática do sexo entre solteiros ou
entre casado e solteiro (Enc. Bíblica Boyer). As Escrituras Sagradas são bem
claras ao afirmar que os fornicários não herdarão o reino de Deus(At 15:29; Ef 5:5; 1Tm 1:10; Hb 12:16; Ap 21:8).
Como já foi dito acima, o sexo foi estabelecido por Deus,
mas tem momento certo para ser exercido: o casamento. Somente no casamento se
pode praticar o sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer
outra conduta que não esta. É com tristeza, aliás, que vemos, cada vez mais,
uma tolerância de muitos na igreja com relação a este princípio bíblico,
permitindo-se o sexo antes do casamento entre “pessoas já comprometidas”, como
se isto fosse possível. Cuidado, Jesus nos disse que nosso falar deve ser sim,
sim, não, não e o que sai disto é de procedência maligna (Mt 5: 37).
As bases do casamento são
lançadas no namoro e alicerçadas no noivado. Se essas bases forem lançadas
sobre a desobediência a Deus, na prática da fornicação, estão correndo sério
risco de não terem a bênção de Deus. Não adiantará uma cerimônia pomposa, com
dezenas de testemunhas, vestido de noiva com véu e grinalda, com modelo
personalizado, nem uma recepção no melhor clube da cidade. Ter a bênção de Deus
no casamento é muito mais importante. Pense nisso!
3. Prazer
no casamento. O sexo foi criado por Deus tanto para a procriação
quanto para a recreação do casal. Por meio dele, a união heterossexual tem dado
prosseguimento à ordem divina de fazer com que homens e mulheres perpetuem suas
gerações; e por meio também do sexo, Deus traz o prazer ao casal.
O sexo no casamento é abençoado por Deus. Além de
abençoado é responsabilidade de um cônjuge satisfazer a necessidade sexual do
outro, como ensinou Paulo: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a
sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à
mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não
tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma
maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes à oração...” (1Co 7:2-5). Nesta
passagem bíblica, Paulo doutrina os casais acerca do relacionamento sexual. Ele
deixou claro que, com o casamento, um cônjuge tem direito sobre o corpo do
outro, ou seja, o corpo de um pertence ao outro.
Mas é bom ressaltar que não
havendo atração
física, ou desejo carnal entre ambos os cônjuges, a atividade sexual, que deve
ser algo espontâneo, pode se tornar uma obrigação; deixa de ser algo agradável,
para se tornar um sofrimento, uma tortura, e não um ato de amor.
A falta do “eros”(atração física) tem sido a causa
do fracasso de muitos casamentos, na Igreja. Casando-se, apenas, por afinidades
espirituais, a atividade sexual vai ser prejudicada, no futuro. Haverá
problemas no relacionamento entre os cônjuges.
Por falta de conhecimento bíblico, por não entender todo
plano de Deus acerca do casamento, muitos afirmam, e afirmam erradamente, que o
que importa é a beleza interior. A beleza interior é importante no altar, mas
não na cama. O espírito se compraz com a beleza interior e esta é vista e
sentida através do amor “ágape”; mas, o amor “eros” é alimentado com a beleza exterior, beleza
que enche os olhos e desperta o desejo. A beleza interior é importante e
necessária para o viver com Deus – “...porque o Senhor não vê como vê o
homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o
coração”(1Sm 16:7).
O amor “ágape” faz com que um cônjuge veja a beleza
interior do outro – e sintam comunhão espiritual. O amor “eros” faz com
que um cônjuge veja a beleza física, ou exterior do outro – e sintam atração
física.
II.
O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO
1. No Antigo Testamento. Veja a
beleza deste texto sagrado, aplicável a qualquer pessoa temente a Deus; ele é fundamental para a vida do
jovem, servo de Deus, em todos os tempos; ele exalta a pureza sexual na vida de
um jovem: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a
tua palavra. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus
mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”
(Sl 119:9-11).
Conforme afirma o pr. Elinaldo Renovato, no Antigo
Testamento, a moral era tão rígida, em termos de pureza sexual que, se uma
jovem praticasse sexo antes do casamento seria morta. Sua sentença era a pena
capital. Fornicação era o mesmo que prostituição (Dt 22:20,21). Na cultura
patriarcal, o homem tinha privilégios que não eram desfrutados pela mulher. A
moça que fornicava era morta. O homem que fornicasse tinha que casar com a moça
(Dt 22:28,29). Até os lençóis, manchados de sangue, na primeira relação sexual,
na "lua de mel", eram valorizados. Se algum homem acusasse uma moça,
em Israel, difamando-a, com acusação de não ter sido encontrada virgem, e isso
fosse apurado, o difamador seria condenado a pagar pesada multa e ainda ter que
continuar casado com a moça (Dt 22:13-19). Um sacerdote não podia casar com
mulher repudiada ou prostituta; tinha que casar com uma moça virgem (Lv
21:13,14). Portanto, no Antigo Testamento, em Israel, a pureza sexual antes do
casamento era valorizada, incentivada por todas as famílias, inclusive pelo
próprio Deus, pois isso é parte integrante de sua Lei Moral (Gn 34:7).
2. Em o
Novo Testamento. A Lei Moral estabelecida por Deus no Antigo
Testamento, aplica-se cabalmente no compêndio Neotestamentário. Ela é atemporal
e imutável. Portanto, a pureza sexual deve ser valorizada e praticada na
Igreja, entre aqueles que temem a Deus, e que querem morar no Céu. É bom
lembrar que no Céu só entram aqueles que são santos. Sem santidade ninguém pode
ser útil a Cristo (2Tm 2:19-22) e, sem santificação ninguém verá a Deus (Sl
15:1-4; Mt 5:8; 1João 3:2-7,24; Hb 12:14).
Ao contrário do que determina a Bíblia Sagrada, o mundo tem
defendido e até incentivado que as pessoas, numa idade cada vez menor, venham a
manter relações sexuais, deixando a virgindade, algo considerado ultrapassado e
até ridicularizado pela mídia e, por extensão, na sociedade por ela
influenciada. Entretanto, a Bíblia condena a fornicação do início ao final.
Portanto, orientemos os jovens, os adolescentes e as crianças para que se
mantenham puras e virgens até o casamento. Isto exige, naturalmente, que o tema
seja tratado pelos pais com os filhos e pela igreja com seus membros. O que ocorre,
lamentavelmente, é que há um verdadeiro tabu nas igrejas e nos lares, não se
comentando o assunto com nossos jovens, crianças e adolescentes, que acabam
recebendo tão somente as informações e ensinamentos deturpados da mídia e dos
valores éticos mundanos, tendo como resultado a sua erotização precoce e a
inexorável queda no pecado de grande parte de nossa juventude e adolescência. É
preciso que haja ensino para que não haja perdição na casa do Senhor(Os 3:6;
1Tm 4:11; 2Tm 3:14-17). É preciso distinguir entre sexo divinamente
estabelecido e as aberrações resultantes do pecado e do mal. Como Igreja de
Cristo, temos de ser santos em toda a nossa maneira de viver.
Faço minha as palavras de Paulo ao jovem Timóteo: “... sê
o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na
pureza” (1Tm 4:120.
III.
O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA
1. A prática do
homossexualismo. O homossexualismo é uma das aberrações que o mundo tem propagandeado e
lutado para estabelecer como norma de conduta nos nossos dias. Mas as
Escrituras Sagradas descrevem o homossexualismo como sendo um pecado contra
Deus, e lei alguma pode mudar essa realidade descrita na Palavra de Deus. Ela nos informa que, quando Deus criou
o homem, fê-lo macho e fêmea(Gn 1:27). Assim, o relacionamento sexual é
para ser exercido entre homem e mulher. A indistinção dos sexos e a prática
homossexual resulta de um desvio do plano divino, sendo, pois, obra do pecado.
Tanto o homossexualismo não é tolerado por Deus que foi uma das principais causas
para a destruição de Sodoma e das demais cidades da planície(Gn 13:13;18:20;19:4-11). Em toda a Bíblia Sagrada a
prática homossexual é condenada(Lv 19:22; 20:13; 1Rs 14:24; 15:11,12; 2Rs 23:7; Rm 1:26,27; 1Co 6:10; 1Tm 1:9,10).
O homossexualismo tem assumido proporções gigantescas, com
apoio de governos, legislativos e judiciários. É uma agressão violenta à Lei de
Deus, que tem trazido e vai acarretar muita maldição para a humanidade. Se Deus
quisesse o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria feito dois Adões ou
duas Evas. Mas não o fez. Todos aqueles que se dizem cristãos e procuram
justificar o homossexualismo com base em falsas interpretações dos textos
bíblicos, certamente, sofrerão, com ímpeto, o juízo de Deus
2.
Educando os jovens na Palavra de Deus. Deus espera que os pais
tenham um papel ativo no sentido de conversar com seus filhos sobre a
sexualidade. Com base na Bíblia Sagrada, ensinemos nosso filhos que o sexo é
permitido por Deus para o prazer de um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio.
É melhor que nossos filhos ouçam de nossa boca esse assunto, tratado de forma
coerente e bíblica, do que ouvir do mundo em um momento de curiosidade e
aprender errado sobre questões de sexualidade. O mundo não ensinará nossos
filhos a se guardarem da prática sexual antes do casamento. O mundo não
valorizará a castidade e a abstinência, mas incentivará uma relação promíscua,
adúltera e irresponsável. Para que não pequemos por omissão, busquemos
conversar com nossos filhos de forma bíblica e inteligente, mostrando a eles o
valor daquilo que Deus diz que é valioso, e as consequências de se desprezar
aquilo que Deus considera importante para dar valor ao que o Diabo alega ser
importante. “Como
purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (Sl
119:9).
CONCLUSÃO
Deus criou a sexualidade no homem
e na mulher para despertar neles a vontade de unir os seus corpos e satisfazer
os seus desejos mais íntimos (1Co 7:32-34). Quando Deus estava criando todas as
coisas, em Gênesis 1:10,12,18,21,24, verificamos esta declaração: “E viu
Deus que era bom”. Porém, ao criar o homem à sua imagem e semelhança, Ele
viu que era muito bom. Isto significa que tudo quanto Deus fez no homem é muito
bom. Concluímos, então, que o sexo e a intimidade dentro dos princípios
sagrados são muito bons, porque foram instituídos por Deus.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão – nº 54 – CPAD.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal.
A Família Cristã e os ataques do
inimigo – Elinaldo Renovato – CPAD.
O cristão e a sexualidade – Dr.
Caramuru Afonso Francisco – PortalEBD.
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