REVISTA: EDUCAÇÃO CRISTÃ
CONTINUADA
Texto Básico: João
14:12,13,15,26
“Não me escolhestes vós a
mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o
vosso fruto permaneça...” (João 15:16).
INTRODUÇÃO
“... eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para
que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”
(João 15:16). Fruto aqui pode significar as virtudes da vida cristã, como amor,
alegria, paz, benignidade, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão,
temperança“(Gl 5:22). Ou pode significar ganhar almas para o Senhor Jesus
Cristo. Há uma ligação intima entre os dois. É somente quando manifestamos o
primeiro tipo de fruto que podemos dar o segundo. A expressão “e o vosso furto
permaneça” faz-nos entender que fruto aqui significa a salvação de almas. O
Senhor escolheu os discípulos para ir e dar “fruto permanente”. Ele não estava
interessado em profissões de fé nele mesmo, mas em casos genuínos de salvação.
A
maior evidência de maturidade espiritual em uma pessoa é o caráter de Cristo em
sua vida (ver Gl 5:22). A Bíblia diz que foi na cidade de Antioquia que os
crentes foram chamados de cristãos pela primeira vez (At 11:26). Até aquele
momento e por muitos anos mais, eles foram chamados simplesmente de “o povo do
Caminho” (At 19:23). Todos aqueles que são maduros espiritualmente começarão a
parecer-se com Jesus e agir como Ele. Também passarão a mostrar mais e mais do
caráter e das obras dele em sua vida.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1. A pessoa é identificada pelo seu
fruto (Mt 7:16). Pelos frutos é possível saber se o homem
mudou de vida, se é, agora, um novo homem, ou se apenas mudou de religião, e
continua sendo o velho homem, envolto com as obras da carne. “Por seus frutos
os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos?” (Mt 7:16), segundo afirmou Jesus. “... toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus
frutos, nem a árvore má dar frutos bons”(Mt 7:17-18).
2. Os propósitos da frutificação
espiritual
a)
Evidenciar o discipulado. O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Nisto
é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”(João
15:8). Dar “muito fruto” é uma condição imposta por Jesus para aquele que
quiser ser seu discípulo. Se o Senhor Jesus exigiu como condição o dar
muito fruto para poder ser seu discípulo é porque ele sabia que o
homem podia cumprir esta condição. É claro que o homem natural não pode ser seu
discípulo, porque não pode, por sis só, cumprir suas condições.
Para
ser discípulo de Jesus, o homem
natural precisa, primeiro, aceitá-lo como seu Salvador, precisa nascer de novo,
precisa tornar-se um homem espiritual. Todavia, mesmo o homem nascido de novo,
não poderia, por si só, fazer a vontade de Deus e cumprir a sua Palavra.
Sabendo disto, Deus Pai, por intermédio de Jesus, enviou para estar com o homem
o Espírito Santo, sobre o qual o Senhor Jesus declarou: “Mas, quando vier
aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”(João
16:13). Paulo complementou dizendo: “E da mesma maneira também o Espírito
Santo ajuda as nossas fraquezas...”(Rm 8:26).
Podemos
afirmar, com absoluta convicção, que, se não nos deixarmos guiar e se não
formos ajudados pelo Espírito Santo, não daremos fruto, nem muito, nem
pouco! Quem não dá fruto não pode dizer que é discípulo de Jesus.
b)
Abençoar outras pessoas. Na medida em que praticamos boas
obras, na medida em que passamos a demonstrar o caráter cristão, estaremos,
também, trazendo o bem às pessoas que nos cercam. O crente é sal da terra e luz
do mundo e, portanto, iluminará os ambientes que frequenta, como também
conservará a pureza ou curará os males do lugar onde está.
A
Bíblia diz que o crente é a nascente de um rio de água viva (João 7:38) e, como
nos ensina a geografia, o rio é um elemento primordial para que se constitua um
núcleo humano de habitação, para que se construa uma sociedade, uma comunidade.
O crente, portanto, é um elemento que traz a vida para as pessoas, que permite
com que as pessoas possam ser despertadas para a realidade da necessidade da
comunhão com Deus e com o próximo, mas isto tudo somente pode ocorrer se houver
a produção do fruto do Espírito, sem o que este rio não nascerá, sem o que este
rio não será água corrente, mas apenas uma cisterna rota, de água parada, mal
cheirosa e produtora de doenças (Jr 2:13).
c)
Glorificar a Deus(João 15:8). Por fim, como diz o
próprio Jesus, vemos que a presença de crentes frutíferos leva os ímpios a
glorificarem a Deus (Mt 5:16). A Igreja em perfeita consonância com o Espírito
Santo, faz com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus. O trabalho
do Espírito Santo é o de glorificar a Jesus (João 16:14), assim como o trabalho
de Cristo na Terra foi o de glorificar o Pai (João 17:4). Nós, como corpo de
Cristo, temos de prosseguir neste trabalho de glorificação do Pai e isto só
será possível através das nossas boas obras, dos frutos.
I. SER COMO JESUS
Como
Deus, Jesus é o mesmo (Hb 13:8). Como homem, é o último Adão, ou seja, um homem
criado como o primeiro Adão, mas que, ao contrário deste, perseverou até o fim
e venceu o mundo. Seu exemplo, portanto, pode ser seguido e é um exemplo que
não comporta variação nem mudança. Por isso, se alguém quiser manifestar frutos
característicos da maturidade espiritual deve ser feito usando o Senhor Jesus
como paradigma - “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma
tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de
perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do
trono de Deus” (Hb 12:1,2).
O
homem que aceita Cristo como Senhor e Salvador, alcança a vida, liga-se à
videira verdadeira e passa a ser uma nova criatura. Como nova criatura, pode,
então, iniciar a sua caminhada para produzir o fruto do Espírito, pois existe
uma meta, um objetivo inafastável: a medida da estatura de varão perfeito, a
estatura de Cristo (Ef 4:13).
Assim,
Jesus é o alvo a ser buscado. Tendo sido gerado pelo Espírito Santo, Jesus foi
criado, ao contrário de nós, sem a natureza pecaminosa e, ao contrário do
primeiro Adão, nunca perdeu esta condição. Por isso, em Jesus temos uma
perfeição que nós não possuímos. Nós, embora tenhamos sido criados perfeitos -
“Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou
muitas invenções”(Ec.7:29) -, ao atingirmos a consciência, inevitavelmente, por
causa da natureza pecaminosa que em nós habita, pecamos – “Ora, se eu faço o
que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”(Rm 7:14,20).
Temos,
então, de nascer de novo, mediante a fé em Cristo(João 3:3,5). Assim, somos
novamente gerados – “Bendito seja o Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre
os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode
murchar, guardada nos céus para vós” (1Pe.1:3) - e, numa luta constante
contra a natureza pecaminosa (Rm.8:1-17), da qual nos desprenderemos apenas
quando deixarmos esta vida física (1Co.15:50), temos de caminhar em direção à
perfeição, pois, se já santificados, temos de nos aperfeiçoar (Ef 4:12). Este
aperfeiçoamento dar-se-á por intermédio da frutificação, que tem de ser cada
vez mais intensa e de melhor qualidade (João 15:2,16). Por isso, não há outro
exemplo a ser seguido, outro exemplo a ser imitado (1Co 11:1; Ef 5:1).
Se
é verdade que devemos observar os demais homens e até imitá-los, como as
personagens bíblicas e os nossos irmãos, entre os quais os pastores – “Lembrai-vos
dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai,
atentando para a sua maneira de viver”(Hb.13:7) -, o certo é que os homens
só nos servem de parâmetro enquanto forem ramos ligados à videira verdadeira.
Paulo
exorta os crentes a imitá-lo enquanto era imitador de Cristo e os pastores
devem ser imitados enquanto homens de fé em Deus. Jesus é o modelo imutável e
único; é a videira verdadeira. Como a Verdade é única, em nenhum outro
poderemos nos espelhar.
Precisamos
tomar a decisão de deixar a natureza divina se expressar em nós – “e conhecer o
amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a
plenitude de Deus” (Ef 3:19). Toda a
plenitude da Divindade reside no Senhor Jesus (Cl 2:9). Quanto mais ele habita
no nosso coração pela fé, mais tomados ficamos de toda a plenitude de Deus. Não
é possível ficarmos absolutamente cheios de toda a plenitude de Deus. Porém, é
esse o alvo que temos diante de nós.
Devemos
também demonstrar alguns traços de caráter que são sinais de uma vida
semelhante à Cristo, como: amor, humildade, obediência, mansidão, etc –
“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com
que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito
pelo vínculo da paz”(Ef 4:1-3).
II. MINISTÉRIO FRUTÍFERO
1.
De Cristo (At 10.38) – “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com
o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os
oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. Lucas enfatiza a utilidade do trabalho de
Jesus, ao dizer que Ele andou por toda parte fazendo o bem. Esse Jesus, ao qual
Deus ungiu [...] com o Espírito Santo, havia dedicado sua vida ao serviço
abnegado, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Jesus é o
padrão para um ministério frutífero.
2.
Do Crente (João 14:12) – “Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”. Uma
evidência da maturidade cristã é o ministério de Jesus realizado pelo crente,
através do Espírito Santo. Em João 14:12, o
Senhor Jesus predisse que os que creram nele realizariam milagres como
ele fez, e ainda maiores obras. Em Atos, lemos sobre os apóstolos realizando
milagres de cura física, semelhantes aos do Salvador. Mas também lemos sobre
milagres maiores, como a conversão de três mil almas no dia de Pentecostes. Sem
dúvida, quando o Senhor usou a expressão “maiores
obras” se referiu à proclamação mundial do Evangelho, à salvação de tantas
almas e à formação da Igreja. É maior salvar almas que curar corpos. Quando o
Senhor voltou ao Céu, Ele foi glorificado e o Espírito Santo foi enviado à
Terra. Foi por meio do poder do Espírito que os apóstolos realizaram esses
milagres.
3.
Para a glória de Deus (João 4:34; 17:4). A vida de Jesus aqui na Terra foi dedicada a
cumprir os propósitos de Deus. Ele afirmou: “A minha comida é fazer a
vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (João 4:34).
Nutriente físico é de nenhum valor quando comparado a gloriosa missão de ganhar
almas. Os discípulos estavam interessados em comida, pois foram à cidade
comprar e voltaram com a comida. O Senhor estava interessado em almas. Ele se
importava em salvar homens e mulheres do pecado e dar-lhes água da vida eterna.
Ele também conseguiu o que almejava. Em que estamos interessados?
Por
causa da visão terrena, os discípulos não conseguiram entender o significado
das palavras do Senhor em João 4:34. Eles não apreciaram o fato de que a
alegria e o deleite do sucesso espiritual podem, por um tempo, elevar o homem
acima de comida e bebida material. Por isso concluíram que alguém deveria ter
trazido comida para o Senhor Jesus (João 4:33).
Em
sua oração intercessora, Jesus proferiu a todos com muita firmeza que Sua obra,
Sua vida e Suas palavras eram de Seu Pai. Ele orou assim: “Eu
glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (João
17:4). Quando o Senhor proferiu essas palavras, falava como se já
estivesse morrido, sepultado e ressuscitado. Ele tinha glorificado o Pai por
sua vida impecável, por seus milagres, por seu sofrimento e morte, e por sua
ressurreição. Ele tinha consumado a obra que o Pai lhe confiara para fazer.
Isso nos traz uma lição: revelamos maturidade espiritual quando buscamos glorificar
a Deus em tudo o que fazemos ou falamos. É o seu desejo.
III.
TRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL
O
fruto do Espírito Santo é consequência de uma transformação, que é a salvação
do homem que aceita a Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador. O
fruto do Espírito Santo não é o resultado de uma reforma, de uma deformação,
nem de uma formação, mas é produto de uma transformação, de um novo nascimento,
nascimento da água e do Espírito.
1.
Força na fraqueza.
“E disse-me: A minha graça te
basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me
gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”
(2Co 12:9).
Em
algumas ocasiões pensamos que não conseguiremos alcançar a maturidade
espiritual por sermos fracos. Porém, quando uma pessoa se sente forte e segura
em suas capacidades, a tendência é achar que não precisa de ninguém. O crente
que reconhece suas limitações terá mais facilidade em perceber sua necessidade
de buscar a ajuda de Deus.
Encontramos
um bom exemplo na vida do apóstolo Paulo, pois, embora fosse uma pessoa que
amava ao Senhor, possuía também muitas e persistentes fraquezas. Uma delas era
o “espinho na carne”, que ele mesmo orou para que Deus o retirasse.
O
apóstolo Paulo descreve o espinho na carne como um mensageiro de Satanás, para
esbofeteá-lo. Em certo sentido, é representado como uma tentativa de Satanás de
atrapalhar o serviço de Paulo ao Senhor. Mas Deus é maior do que Satanás e usou
o espinho para levar a obra do Senhor adiante ao manter Paulo em uma posição de
humildade. Quando temos consciência de nossa fraqueza e inutilidade é que nos
tornamos mais dependentes do poder de Deus. E é quando nos entregamos a ele em
total dependência que seu poder se manifesta em nós e somos verdadeiramente
fortes.
Paulo
suplicou três vezes para que Deus afastasse dele o espinho na carne(2Co 12:8).
O sofrimento levou Paulo à oração. O sofrimento nos mantém de joelhos diante de
Deus para nos colocar de pé diante dos homens. Paulo sabe que Deus está no
controle, não Satanás. A oração do apóstolo foi respondida, mas não da maneira
pela qual ele desejava. Deus disse a Paulo, em outras palavras: “Não removerei
o espinho, mas farei algo melhor: darei graça para você suportá-lo. Lembre-se,
Paulo apesar de não ter atendido ao seu pedido, estou concedendo aquilo de que
você mais precisa. Seu desejo é pregar com meu poder e força, não é? Então,
convém que você permaneça em uma posição de fraqueza”. Essa foi a resposta de
Deus à oração feita três vezes por Paulo e continua sendo sua resposta ao seu
povo sofredor espalhado pelo mundo.
A
companhia do Filho de Deus e a garantia de força e graça capacitante são
melhores do que a remoção das tribulações e sofrimentos. Observe que Deus diz:
“A minha graça de basta”. Deus não deu a Paulo o que ele pediu; deu-lhe algo
melhor, melhor que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a
vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a
provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. O nosso Deus é o Deus
de toda a graça (1Pe 5:10).
Temos
a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós, e não
por nós. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque, por meio desse incômodo,
Deus protegeu Paulo daquilo que ele mais temia: ser desqualificado
espiritualmente (1Co 9:27). Ele sabia que o orgulho destrói. Viu-o como algo
que Deus fez a seu favor, e não contra ele. O apóstolo se contenta com a
resposta do Senhor e declara: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas
fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. Em vez de murmurar e
se queixar do espinho na carne, ele se gloriaria nas fraquezas. Dobraria os
joelhos e agradeceria ao Senhor por elas. Suportaria de bom grado, desde que o
poder de Cristo repousasse sobre ele.
O
sofrimento do tempo presente não é para se comparar com as glórias porvir a
serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa leve e momentânea tribulação produz
para nós eterno peso de glória (2Co 4:14-16). Aqueles que têm a visão do céu
são os que triunfam diante do sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras
inefáveis do paraíso são os que não se intimidam com o rugido do leão.
O
sofrimento é por breve tempo; o consolo é eterno. A dor vai passar; o céu
jamais! A caminhada pode ser difícil; o caminho pode ser estreito; os inimigos
podem ser muitos; o espinho na carne pode doer; mas a graça de Cristo nos
basta. Só mais um pouco, e nós estaremos para sempre com o Senhor. Então o
espinho será tirado, as lágrimas serão enxugadas, e não haverá mais pranto, nem
luto, nem dor.
2.
Dúvidas e culpa (1Tm 4:13-15). À medida que o cristão vai
adquirindo maturidade espiritual, vai percebendo que outros desafios vão
surgindo. Podem até surgir dúvidas quanto à capacidade para desempenhar algum
trabalho para o Senhor. Mas, quando Deus nos chama, Ele promete que vai nos
ajudar, pois foi Ele quem formou cada parte do nosso ser.
Paulo
encoraja Timóteo com as seguintes palavras: “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom
que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento
seja manifesto a todos”. Aqui, Paulo encoraja Timóteo a se entregar
completa e seriamente ao trabalho de Deus. Ele deve ser totalmente dedicado em
seu esforço. Dessa forma, o seu progresso será manifesto a todos. Paulo não
quer que Timóteo, no serviço cristão, se acomode em uma posição confortável. Ao
contrário, ele o quer sempre progredindo nas coisas do Senhor.
3.
Através do Espirito Santo (At 8:6-8) – “E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos
saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e
coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade”.
O
livro de Atos fala a respeito da transformação que os discípulos de Cristo
tiveram, pois, após a crucificação de Jesus, eles se espalharam e ficaram
desanimados. Porém, quando o Espirito Santo desceu sobre eles, como o Senhor
havia prometido (At 1:8), houve uma grande mudança de vida e atitude. Eles
passaram a trabalhar e a testemunhar de Jesus com grande poder.
A
dispersão dos cristãos não calou seu testemunho. Antes, por toda parte aonde
iam, pregavam as boas-novas da salvação. Filipe, o “diácono” do capítulo 6, foi
para o norte, para a cidade de Samaria. Além de anunciar Cristo, realizou
muitos sinais. Os espíritos imundos foram expulsos, e muitos paralíticos e
coxos foram curados. O povo recebeu o evangelho, e, como era de esperar, houve
grande alegria.
A
mesmo oportunidade que os discípulos tiveram nós temos hoje por meio do poder
do Espirito Santo. É Ele quem pode fazer com que sejamos capazes de nos firmar
em nossos pés, capacitando-nos a realizar a obra que o Senhor tem para nós, e
nos impulsiona em direção ao nosso objetivo de sermos semelhantes a Cristo.
CONCLUSÃO
“O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro no Líbano;
plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:12-14). Só pode progredir e dar fruto aquele que alcança a maturidade espiritual. A árvore só produz fruto depois que alcança crescimento e condições para tal. Todos fomos chamados para dar frutos para Deus. Na vida de muitos cristãos este processo é lento, gradual e doloroso. Isto vai depender da resposta de cada um à Palavra de Deus. Outros recebem a Palavra e permitem prontamente o tratamento de Deus. Que o Senhor Deus nos conceda a graça do crescimento e da maturidade cristã, pois só assim a natureza de Cristo será formada em nós e poderemos dar muitos frutos para a glória do Pai.
plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl 92:12-14). Só pode progredir e dar fruto aquele que alcança a maturidade espiritual. A árvore só produz fruto depois que alcança crescimento e condições para tal. Todos fomos chamados para dar frutos para Deus. Na vida de muitos cristãos este processo é lento, gradual e doloroso. Isto vai depender da resposta de cada um à Palavra de Deus. Outros recebem a Palavra e permitem prontamente o tratamento de Deus. Que o Senhor Deus nos conceda a graça do crescimento e da maturidade cristã, pois só assim a natureza de Cristo será formada em nós e poderemos dar muitos frutos para a glória do Pai.
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Elaboração:
Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela
Vista.
Referências Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal.
Comentário
Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
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