1º
Trimestre/2014
Texto
Básico: Êxodo 3:19,20;7:4,5;8:8,25;10:8,11,24
“Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas
ciladas do diabo” (Ef 6:11)
INTRODUÇÃO
Israel
foi libertado do cativeiro mediante atos miraculosos do Senhor (Êx cap.7-11).
Os relatos bíblicos descrevem as dez pragas enviadas contra Faraó, em sua
pretensão de ser deus, e contra todo sistema religioso dos egípcios, cuja
adoração voltava-se aos elementos da natureza, como o rio Nilo, o Sol e também
os animais. Ao fim dessas manifestações de poder, tanto israelitas quanto
egípcios precisaram reconhecer três verdades fundamentais: (a) todos os ídolos
do Egito eram falsos; (b) somente Jeová é o único e verdadeiro Deus; (c) Jeová
é Deus tremendo, não apenas da terra e do povo hebreu, mas de todo o universo e
de todos os povos.
Nesta
Aula, examinaremos duas situações que ocorreram por ocasião da presença dos
hebreus no Egito: as pragas enviadas por Deus e as propostas ardilosas e
destruidoras de Faraó no sentido de manter os hebreus cativos. A partir da
ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8:1-15), Faraó passa a fazer uma
série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Precisamos de
discernimento a fim de não cairmos nos ardis de Satanás.
I.
AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
As
dez pragas foram todas de caráter judicial. Abateram-se sobre o Egito após cada
recusa do Faraó em permitir a partida de Israel. A última dessas pragas
foi a morte dos primogênitos, que atingiu até mesmo a própria família do Faraó.
Cada praga era uma afirmação da superioridade de Jeová sobre a divindade (ou
deuses) responsável pela área da natureza que estava sendo particularmente
atingida. Elas eram autênticos derramamentos da ira de um soberano Deus que
desejou mostrar, paro todo o Egito e também para o seu povo, que Ele é o Senhor
de toda Terra e Céu, o único perfeitamente capaz de resgatar o seu povo da
penosa escravidão no Egito, fazendo com eles uma aliança, tornando-os seus
servos. Quando sobreveio a última praga, havendo Jeová destruído toda
autoconfiança humana, Faraó rendeu-se e permitiu que Moisés e seu povo
partissem (Ex 12:31,32). Deus poderia simplesmente retirar Ele mesmo o povo da
escravidão, mas preferiu usar Moisés como instrumento para aquela obra. Isso
nos deve fazer lembrar de que Deus tem todo o poder, e pode fazer o que
desejar, mas ainda assim, em muitas situações, prefere se valer de instrumentos
humanos para executar sua vontade.
1. Pragas
atingem o Egito (Êx 7:19-12:33). Segundo Paul
Hoff, as pragas foram a resposta de Deus à pergunta de Faraó: "Quem é o
SENHOR, cuja voz eu ouvirei?" (veja 7:17). Cada praga foi, por outro
lado, um desafio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios
prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o Sol, a Lua, a
Terra, o touro e muitos outros animais. Com o juízo de Deus sobre o Egito, as
divindades egípcias davam evidente demonstração de sua impotência perante o
Senhor, não podendo proteger os egípcios nem intervir a favor de ninguém.
Calcula-se
que o período das pragas tenha durado pouco menos de um ano. As primeiras três
pragas - sangue, rãs e piolhos -, caíram em todo o Egito, ou seja, tanto o povo
hebreu como os egípcios foram atingidos, pois Deus quis ensinar a ambos os
povos quem era o Senhor. Mas as sete seguintes castigaram somente os egípcios,
para que soubessem que o Deus que cuidava de Israel era também o soberano do
Egito e mais forte do que seus deuses (Ex 8:22; 9:14). As pragas foram
progressivamente mais severas até que quase destruíram o Egito (Ex 10:7).
Os
feiticeiros egípcios imitaram as duas primeiras pragas, mas, quando o Egito foi
ferido de piolhos, confessaram que o poder de Deus era superior ao deles e que
essa praga era realmente sobrenatural (Ex 8:18,19). Os magos não poderiam
reproduzir a praga de úlceras porque eles próprios estavam cheios delas desde
os pés até a cabeça. Não puderam livrar a si mesmos dos terríveis juízos, muito
menos a todo o Egito.
Em resumo,
as pragas cumpriram os seguintes propósitos:
-
Demonstraram que o Senhor é o Deus supremo e soberano. Tanto os israelitas como
os egípcios souberam quem era o Senhor.
-
Derrotaram as divindades do Egito.
-
Castigaram os egípcios por haverem oprimido aos israelitas e por lhes haverem
amargado tanto a vida.
-
Efetuaram o livramento de Israel e o prepararam para conduzir-se em obediência
e fé.
A ordem das pragas é a seguinte:
a)
A água do Nilo converteu-se em sangue (Êx 7:14-25). Foi um golpe contra Hapi,
o deus das inundações do Nilo.
b) A praga
das rãs (Êx 8:1-15). A terra ficou infestada de rãs. Os egípcios
relacionavam as rãs com os deuses Hapi e Ekte. “Hapi”, o deus do Nilo, portador da fertilidade; “Hekt”, a deusa da fecundidade
com cabeça de sapo. Em Êxodo 12:12, vemos o Senhor dizendo: “e sobre todos
os deuses do Egito farei juízos”.
c) A praga
dos piolhos (talvez mosquitos, Êx 8:16-19). O pó da terra, considerado
sagrado no Egito, converteu-se em insetos muito importunadores.
d) Praga
das moscas (Êx 8:20-32). Enormes enxames de moscas encheram o Egito. Deve
ter sido um tormento para os egípcios. Foi um juízo de Deus sobre o deus “kheper”. Este deus egípcio tinha a forma
de um besouro.
e) Morte
do gado dos egípcios (Êx 9:1-7). Amom, rei dos deuses e protetor de
faraós, era adorado em todo o Egito. Ele era representado por uma figura
masculina com cabeça de carneiro ou como carneiro com uma tríplice coroa. No
Baixo Egito eram adoradas diversas divindades cujas formas eram de carneiro, de
bode ou de touro. A deusa Íris,
rainha dos deuses, era representada com chifres de carneiro ou vaca na cabeça.
f) A praga
das úlceras (Ex 9:8-12). As cinzas que os sacerdotes egípcios espalhavam
como sinal de bênção causaram úlceras dolorosas. Deus estava avisando os
egípcios de que Seus julgamentos não tinham limites.
g) A
tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação, destruiu as
colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito (Ex 9:13-35). Esse
tipo de tempestade era quase desconhecido no Egito. O termo "trovão"
em hebraico significa literalmente "vozes de Deus", e aqui se insinua
que Deus falava em juízo. Os egípcios que escutaram a advertência
misericordiosa de Deus, salvaram seu gado (Ex 9:20). Os hebreus não foram
atingidos (cf. Êx 9:26).
h) A praga
dos gafanhotos (Ex 10:1-6). A praga dos gafanhotos trazida por um vento
oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva (Ex
10:1-20). Os deuses Isis e Seráfis foram
impotentes, eles que supostamente protegiam o Egito dos gafanhotos.
i) As trevas (Ex 10:21-29).
Foram três dias de densas trevas. As trevas que caíram sobre o Egito foram o
grande golpe contra todos os deuses, especialmente contra Rá, personificação do sol, rei dos deuses e pai
da humanidade. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de
penetrar a densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio Faraó, suposto
filho do Sol.
j)
A morte dos primogênitos (cap. 11 e 12:29-36).
O Egito havia oprimido o primogênito do Senhor e agora eles próprios sofriam a
perda de todos os seus primogênitos. O primogênito era a esperança, força e
herdeiro da família. Nenhuma família do Egito estaria isenta. Quando o homem se
recusa a ouvir, Deus sabe como falar de maneira que ele ouça. Nenhum israelita
morreu. Foi a graça da redenção que fez a diferença. Há segurança em Jesus
Cristo. Os hebreus foram uma figura de todos aqueles que foram comprados pelo
sangue de Cristo em todas as épocas.
2. A
primeira proposta: permitiu que os israelitas
oferecessem sacrifícios dentro dos limites do Egito
- “Então, chamou Faraó a
Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra”
(Êx 8:25).
Com
a incidência das pragas dos piolhos e das moscas, a vida dos egípcios se tornou
um inferno. Com essas pragas, Faraó chama Moisés e Arão e lhes faz a seguinte
proposta: “Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra”. Ao que
parece, Faraó foi convencido pelos piolhos e moscas enviados por Deus, por isso
fez essa contraproposta. Mas essa contraproposta exigia que Israel cultuasse a
Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. Veja que a escolha do local
do sacrifício pertencia a Faraó, não a Deus. Mas esse não era o plano de Deus.
Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios
egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Deus exige
santidade do seu povo: "E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou
santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus" (Lv 20:26).
Faraó
barganha fraudulosamente. Mas, quando Deus ordena, não há lugar para barganhas
com homens perversos. Moisés tinha a resposta na ponta da língua: “Não
convém que façamos assim, porque sacrificaríamos ao SENHOR, nosso Deus, a
abominação dos egípcios; eis que, se sacrificássemos a abominação dos egípcios
perante os seus olhos, não nos apedrejariam eles?” (Ex 8:26). A adoração
pretendida por Deus não foi planejada para ser feita em terras egípcias.
Naquelas terras muitos israelitas morreram em sofrimento. Muitos bebês meninos
foram lançados ao Nilo para morrerem afogados ou comidos por crocodilos.
Naquelas terras os filhos de Deus haviam perdido sua liberdade. Deus pretendia
receber culto e dar de presente aos filhos de Abraão uma nova terra pra
viverem.
II.
FARAÓ NÃO DESISTE
1.
A segunda proposta de Faraó (Êx 8:28). “Então, disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para
que sacrifiqueis ao SENHOR, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não
vades longe; orai também por mim”.
Faraó
estava tão angustiado e humilhado pela praga das moscas que começou a negociar
os termos de sua rendição. Na primeira proposta, ele fez uma oferta para que
Israel adorasse dentro das fronteiras do Egito (8:25), mas Moisés tinha a
resposta na ponta da língua: não conviria aos israelitas sacrificarem no Egito,
porque o sacrifício de animais sagradas aos egípcios lhes seria uma
“abominação” (8:26), levando-os provavelmente a apedrejar os israelitas. Moisés
indica que o local adequado à adoração seria a três dias de distância do Egito.
Faraó reconheceu que Moisés tinha razão. Ele concordou em deixar Israel ir, mas
somente a curta distância deserto a dentro – “não vades longe”. Faraó
chega a pedir que Moisés “ore” por ele também, mas não parece um daqueles
pedidos sinceros de oração, e sim a finalização de um discurso que não tem por
objetivo ser realizado.
Moisés
deu crédito na proposta de Faraó (talvez, entendendo as palavras “não vades longe” como referência aos
três dias de viagem) e prometeu rogar ao Senhor (Êx 8:29). Deus, conforme a palavra de Moisés, retirou as
moscas e não ficou uma só (Ex 8:31). A completa suspensão desta praga fez com
que o rei ficasse mais inflexível e “não deixou o povo ir” (Ex 8:32).
Apesar de tão grande apresentação do poder de Deus sobre os deuses egípcios, a
vontade de Faraó estava cada vez mais renitente contra Deus e seu povo.
Podemos
ver no Faraó uma ilustração do fato de que o temor, sozinho, nunca produz o
verdadeiro arrependimento. Somente alguém convencido pelo Espírito Santo pode
mudar de direção, mudar de vida, se arrepender de verdade.
Por
que Faraó estava tão preocupado em não permitir que os hebreus fossem para
longe dos termos do Egito, tendo em vista que era apenas um grupo de escravos?
Certamente, para mantê-los no Egito e impedir-lhes a liberdade. Segundo o pr.
Antônio Gilberto, o propósito de Faraó era vigiar e controlar os passos do povo
de Israel. Segundo ele, “não vades longe”
significa para o crente hoje o
rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É uma vida cristã sem
profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. Atualmente,
muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem
compromisso com Deus e sem a cruz. Observe a mulher de Ló: saiu de Sodoma, mas
não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19:17,26;Lc
17:32). Isso pode acontecer com qualquer um que se conforma com o mundo. Veja o
bom conselho de Paulo em Rm 12:1,2.
2. A
terceira proposta de Faraó (Êx 10:7). “E os servos de Faraó disseram-lhe: Até
quando este nos dá de ser por laço? Deixa ir os homens, para que sirvam
ao SENHOR, seu Deus; ainda não sabes que o Egito está destruído?”.
Deus
enviaria outra praga ao Egito: a praga dos gafanhotos. Por causa das pragas
anteriores, o Egito estava severamente arruinado em todos os seus segmentos,
econômicos e sociais. Os prejuízos materiais estavam se avolumando, tornando
insuportável a permanência dos israelitas em solo egípcio. Mas Faraó não
pareceu entender assim. Ele não entendeu que estava lidando com um poder
pessoal sobrenatural, sem precedentes na história do Egito. Ele não entendeu
que estava lidando com o próprio Deus, que estava dando a ele oportunidades
para que voltasse atrás em suas atitudes e deliberações e liberasse Israel.
Então, os seus servos decidiram envolver-se na questão. Eles perceberam que
enquanto o Deus de Moisés não recebesse seu culto, os egípcios sofreriam
terrivelmente as consequências. Por esta razão, Moisés e Arão foram levados
outra vez à presença de Faraó (Ex 10:8). Pela primeira vez, Faraó cedeu antes
do início da praga. Deu permissão para os israelitas partirem, mas tentou fazer
outro acordo. Ele permitiria a ida dos homens se deixassem suas famílias e
rebanhos. Certamente, a proposta de faraó era uma proposta cruel, pois
obrigaria os israelitas a separarem-se de seus filhos para que Deus fosse adorado.
Faraó
manda lançar fora de sua presença Moisés e Arão, e deixa claro que as crianças
não iriam, somente os homens - “Então,
ele lhes disse: Seja o SENHOR assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a
vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face. Não será assim; andai
agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os
lançaram da face de Faraó”. Com esta proposta, Faraó garantiria a próxima
geração de escravos no Egito. Com esta proposta, que é o mesmo desejo de Satanás,
haveria uma miscigenação devastadora: as jovens deixadas no Egito se casariam
com os incrédulos egípcios; por sua vez, os jovens hebreus a caminho de Canaã
se casariam com moças pagãs, idólatras. Para ambos os casos as consequências
seriam devastadoras aos descendentes de Abraão, pois haveria perda de
identidade dos hebreus como povo do Senhor.
Concordo
com Alexandre Coelho quando diz que Deus não nos chama para que O sirvamos sem
que nossas famílias estejam incluídas tanto na adoração quanto na recepção de
bênçãos. Ele deseja ser adorado por toda a família, da mesma forma que pretende
abençoar toda a família. Ele deseja abençoar toda a família, no sentido de que
ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável. Oremos pelas famílias!
III.
A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
Faraó
destaca-se por sua teimosia ao enfrentar os juízos de Deus. Seu arrependimento
foi superficial, transitório e motivado apenas pelo medo, não pelo
reconhecimento da necessidade que tinha de Deus. Embora se mantivesse
obstinado, quebrando sua promessa toda vez que uma praga era suspensa, ia
cedendo mais e mais às exigências de Moisés. Primeiro, permitiu que os
israelitas oferecessem sacrifícios dentro dos limites do Egito (Ex 8:25);
depois, fora do Egito, mas não muito longe (Êx 8:28); mais tarde no deserto,
distante, porém com a condição de que fossem somente os homens (Êx 10:7), e por
fim, permitiu que todos pudessem ir longe para sacrificar, mas deixando seu
gado no Egito (Ex 10:24).
1. A
situação caótica do Egito. As pragas
anteriores não ensinaram o Egito e seu monarca, e por isso Deus mandou outra
praga: as trevas. Todo o Egito durante três dias seguidos ficou sem luz. Só
havia luz na casa dos hebreus (Ex 10:21-23). A maioria dos estudiosos concorda
que foi o hamsin, uma tempestade de areia tão temida no
Oriente que ocasionou estas trevas. O milagre estava em que veio segundo a
Palavra de Deus (Ex 10:21). As trevas eram tão densas que os homens não se viam
uns aos outros. Toda a atividade comercial e empresarial cessou e a população egípcia
ficou em casa. Era, sem dúvida, uma situação caótica.
2. A quarta
e última proposta. Por três dias os egípcios conviveram
com a escuridão. Isso foi grandiosamente caótico e deprimente ao povo e ao seu
rei. O certo é que se no último encontro Moisés e Arão foram lançados da
presença de Faraó, desta vez foram chamados com a seguinte proposta: "Ide,
servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas" (Ex
10:24). O que esta proposta representava? A falta de sacrifícios, de
entrega ao Senhor e de adoração. Como se não bastasse os anos de escravidão,
Faraó queria impedir que aquilo que eles tinham conseguido com trabalho fosse
negado a Deus. Todavia, Deus queria ser adorado com tudo o que o povo de Israel
possuía, e isso incluía os animais para o sacrifício. Se o nosso tesouro
estiver no Egito, a nossa adoração não terá nenhum valor (vide Mt 6:24-34).
Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico. Pense nisso!
Muitas
pessoas sucumbem às sugestões malignas e aceitam as suas propostas. Mas, Moisés
não! Ele declarou: “nem uma unha ficará” (Ex 10:26). Moisés sabia
qual era a ordem de Deus, embora ainda não dispusesse de todas as razões.
Esperava mais instruções conforme o desenrolar dos acontecimentos.
Segundo Leo
G. Coc, os cristãos nunca conseguirão plena vitória enquanto derem lugar ao
diabo. Há quem insista que um pequeno pecado não faz mal, ou que sempre fica
algum mal no coração. Mas a Palavra de Deus é clara: “ Que [...] vos
despojeis do velho homem” (Ef 4:22); “Despojai-vos também de tudo” (Cl
3:8); “Não deis lugar ao diabo” (Ef 4:27). Nenhum acordo com Satanás
jamais resultará em vitória total ou liberdade completa para os filhos de Deus.
AS ARDILOSAS PROPOSTAS
DE FARAÓ AO POVO DE DEUS
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AS PROPOSTAS
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CONSEQUENCIAS
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“Ide e sacrificai
ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8:25).
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Banalização espiritual e moral. Ecumenismo. Perda da identidade espiritual.
- Um povo separado
por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como
sendo um só povo, seria uma abominação
ao Senhor. Deus exige santidade do seu povo: "E ser-me-eis
santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes
meus" (Lv 20:26). Ecumenismo? Em absoluto!
|
“somente que indo, não vades longe;
orai também por mim”
(Êx 8:28).
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Parcialidade
com o pecado. Vida cristã sem compromisso, sem santidade - “Um pé na igreja
outro no mundo”.
- “não vades longe” significa para o crente hoje o
rompimento parcial com o pecado e
com o mundo. É uma vida cristã sem profundidade, sem compromisso com
Deus, com a doutrina autêntica, com a igreja, com a santidade; é uma vida
superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço; é uma vida cristã sem
expressão e por isso sempre vulnerável.
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“Deixa ir os homens, para que sirvam ao SENHOR, seu Deus” (Êx 10:7)
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Miscigenação
devastadora - perda de identidade dos hebreus como povo do Senhor.
-
Com esta proposta, Faraó garantiria a próxima geração de escravos no Egito.
Com esta proposta, que é o mesmo desejo de Satanás, haveria uma miscigenação
devastadora: as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos
egípcios; por sua vez, os jovens hebreus a caminho de Canaã se casariam com
moças pagãs, idólatras. Para ambos os casos as consequências seriam
devastadoras aos descendentes de Abraão, pois haveria perda de identidade dos
hebreus como povo do Senhor.
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"Ide,
servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas" (Ex
10:24).
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Incompletude - Ausência de sacrifícios, de
entrega ao Senhor e de adoração. Culto desvalioso para Deus.
- Deus queria ser
adorado com tudo o que o povo de Israel possuía, e isso incluía os animais
para o sacrifício. Se o nosso tesouro estiver no Egito, a nossa adoração não
terá nenhum valor (vide Mt 6:24-34). Evangelho sem a cruz de Cristo não é
evangelho autêntico. Qualquer acordo com Satanás jamais resultará em vitória
total ou liberdade completa para os filhos de Deus.
|
CONCLUSÃO
Cada
proposta de Faraó foi rejeitada. Façamos o mesmo. Que tenhamos o discernimento
adequado para, da mesma forma, rejeitar aquilo que o mundo tenta nos impor como
correto. Satanás vai nos tentar com muitas propostas. Ele tentou o Filho de
Deus, mas foi derrotado. Jesus derrotou o Diabo utilizando a Palavra de Deus.
Portanto, faça uso da Bíblia, a Palavra de Deus, pois ela é uma arma poderosa
contra as propostas ardilosas do Inimigo.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela
Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo –
Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador
Cristão – nº 57 – CPAD.
Eugene H. Merrill – História de Israel no
Antigo Testamento. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox -
O Livro de Êxodo - Comentário
Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco.
CPAD.
Alexandre Coelho – Uma jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e
o Caminho à Terra Prometida). CPAD.
Ótimo subsídio!!!
ResponderExcluirIr. Adriano Pascoa
Paz do Senhor pastor.Gosto muito dos estudos que o senhor posta,gostaria que postasse um estudo sobre como surgiu a igreja católica.Fique na paz
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