domingo, 19 de janeiro de 2014

Aula 04 – A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA


1º Trimestre/2014

 
Texto Básico: Êxodo 12:1-11

 
"Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor” (Ex 12:11)

INTRODUÇÃO

Deus desejava que o os israelitas se recordassem do dia triunfal em que no Egito seus filhos primogênitos foram libertos da morte (Êx 12:1-30). O Senhor também almejava que as novas gerações conhecessem a sua história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome. Então, o Senhor instituiu a festa da Páscoa como comemoração perpétua. Seria, então, um memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos os anos. A refeição da Páscoa assinalava o início da Festa dos Pães Ázimos (Êx 12:18), que prenunciava a importância da fé no Cordeiro sacrifical e a obediência a Ele. Os fiéis deviam sinceramente arrepender-se do pecado e viver para Deus, em humilde gratidão.

A palavra “Páscoa” significa “passagem”, pois lembrava os primogênitos de Israel que foram poupados. Ao ver o sangue do cordeiro na verga da porta, o anjo da morte “passou” sobre a casa dos israelitas, sem retirar a vida do primogênito que ali se encontrava (Êx 12:12,13). O âmago do evento da Páscoa é a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7:7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2:8-10; Tt 3:4,5). A Páscoa era a figura mais proeminente da morte de Jesus, tendo servido de seu prenúncio desde o dia da primeira Páscoa até o dia mesmo da prisão do Senhor, que se deu no dia anterior à mesma (Lc 22:15).

I. A PÁSCOA

Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo. Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: "Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar "todo primogênito... desde os homens até aos animais" (Êx 12:12).

Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe (Êx 12:4). Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hebraico “pessach”, que significa "pular além da marca", "passar por cima"). Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do "Cordeiro de Deus”, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (João 1:29).

Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (Êx 12:11). A ordem recebida era para assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (Êx 12:29-36). A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa, obedecendo às instruções divinas de que aquela celebração seria "estatuto perpétuo" (Êx 12:14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz (Fonte:Bíblia de Estudo Pentecostal).

Diante do que foi exposto, o que significa a Páscoa para os egípcios, para Israel e para nós cristãos?

1. Para os egípcios. A saída do povo de Israel significava prejuízo financeiro. Evidentemente, o escravo representava um capital para o dono e este não aceitava facilmente perder o seu escravo. Assim também Faraó não aceitava facilmente perder os seus escravos, que construíram as suas cidades (cf. Êx 1:11), só se fosse obrigado por um Ser mais poderoso do que ele. Por isso, a história da saída de Israel do Egito relata a verdadeira batalha entre Deus dos hebreus e Faraó, para obrigar este a soltar os seus escravos, o povo hebreu. O desfecho final foi o julgamento de Deus sobre Faraó para com as atrocidades cometidas pelos egípcios contra os meninos hebreus. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3:9), porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado e a idolatria (Sl 7:11). Está escrito: “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec 12:14).

2. Para Israel. A Páscoa é para Israel o que o dia da independência é para um país, e mais ainda. O último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascoal possibilitaram o livramento da escravidão, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante; significou também a peregrinação do povo para a Terra Prometida. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Além do livramento do Egito, a Páscoa se constituiu em primeiro dia do ano religioso dos hebreus e o começo de sua vida nacional (Êx 12:1). Em vista disso, se percebe a relevância desta celebração para a nação de Israel.

Assim como Israel não poderia se esquecer de tal celebração, nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor do nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais se esqueça que Cristo morreu em seu lugar. Este é um dos princípios da Ceia do Senhor. Todas as vezes que participarmos da Ceia temos que recordar da nossa passagem, da escravidão do pecado, para uma nova vida em Cristo (1Co 5:17). Jesus declarou: "Fazei isto em memória de mim" (1Co 11:24,25).

3. Para nós. Para nós cristãos, a Páscoa é um símbolo profético da morte de Cristo, da salvação e do andar pela fé a partir da redenção (1Co 5:6-8), isto é, a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar vida abundante, vida eterna (João 3:16; 10:10). Israel foi salvo da ira divina e liberto da escravidão, nós também estávamos destinados a experimentar da ira divina, mas Cristo, o Cordeiro Pascal, nos substituiu na cruz do calvário. Em Cristo fomos redimidos dos nossos pecados - “[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7b).

II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA

1. O Pão - “pães ázimos”. De acordo com a descrição bíblica, o pão deveria ser sem fermento. A massa não deveria passar pelo processo de fermentação, ou seja, seria levada ao fogo tão logo estivesse pronta, sem ter de esperar para crescer. A ideia era mostrar que os israelitas teriam pouco tempo para preparar sua última refeição como escravos, pois logo sairiam para uma grande jornada.

Na Bíblia, o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver Êx 13:7; Mt 16:6; Mc 8:15). Os pães ázimos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, isto é, o mundo e o pecado. Semelhantemente, o povo redimido por Deus, a Igreja, é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.

Na Páscoa cristã – a Santa Ceia – o Pão é também um dos elementos. O Pão da Ceia não é o corpo verdadeiro (literal) de Cristo, nem está ele presente invisivelmente, é somente o símbolo do Cristo perfeito. Representa a sua encarnação, que ele tomou um corpo humano e deixou sua glória (João 1:14), nasceu de uma virgem  e viveu entre os pecadores em perfeição de conduta, doutrina e voluntariamente. Era ele um Homem perfeito, idôneo para servir de sacrifício pelos nossos pecados (Hb 7:26; 2Co 5:21). Ele partiu o pão da Ceia significando que ia se sacrificar em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.

Na noite em que foi traído, Jesus e os discípulos estavam comendo o cordeiro pascal. Em dado momento da festa, Jesus pegou o pão e o abençoou e distribuiu aos discípulos dizendo: “Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Observe que Jesus após cear tomou o pão, ou seja, após comer o cordeiro pascal, que foi preparado pelos discípulos no dia dos pães ázimos, é que instituiu o cerimonial em sua memória tomando o pão e o abençoando (ver Lc 22:7) – “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim”(Lc 22:19). Jesus mandou que os discípulos pegassem o pão e comessem, pois o pão estava representando o seu corpo que fora entregue por todos nós. Jesus aponta o objetivo pela qual deveriam pegar e comer do pão: manter viva a memória do seu nome.

2. As ervas amargas – “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão” (Êx 12:8). As “ervas amargas” simbolizam a amargura vivida no Egito, que não deveria ser esquecida, para que nunca mais fosse experimentada (Êx 1:14). O sacrifício se daria com sofrimento. O Senhor Jesus disse que no mundo teríamos aflições e que elas fariam parte da nossa caminhada, a exemplo do que aconteceu com Ele mesmo como homem.

3. O Cordeiro (Êx 12:3-7). O cordeiro pascal era um "sacrifício" (Êx 12:27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do ser humano (ver Rm 3:25). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que “foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

O cordeiro macho separado para morte tinha de ser "sem mácula" (Êx 12:5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (João 8:46) - “porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado  (Hb 4:15). Esta escolha dava-se no dia dez do mês de Nisã (mês que se situa entre os meses de março e abril do nosso calendário). Após essa escolha, os israelitas deveriam guardar o cordeiro até o dia quatorze do mês, quando, então, seria imolado (Êx 12:5,6).

Verificado que o cordeiro pascal nenhuma mancha tinha, na tarde do dia quatorze, deveria ser sacrificado (Êx 12:6). Flávio Josefo, o grande historiador judeu, informa-nos que este sacrifício se dava entre as três e cinco horas da tarde, o que é mais uma demonstração de que apontava para a morte de Jesus, pois, como informa a Bíblia, Jesus morreu por volta da hora nona, ou seja, três horas da tarde (Mt 27:46; Mc 15:34; Lc 23:44), devendo ter sido retirado da cruz por volta das cinco horas da tarde, já no término do dia, que era o da preparação da páscoa (João 19:38-42).

O cordeiro, uma vez sacrificado, deveria ser assado, inteiro, sendo comido, então, à noite, com pães ázimos e ervas amargas (Êx 12:8,9), queimando-se tudo o que restasse naquele mesmo dia (Êx 12:10). Isto nos fala, também, que o sacrifício de Jesus era completo, não teria de ser repetido, nem restaria algo a ser realizado depois de sua efetivação. O sacrifício se daria com sofrimento (ervas amargas) e com sinceridade (os pães ázimos), mas traria vida ao povo de Deus. O fato de o cordeiro ser assado e, depois, retirado do forno para ser consumido, também tipificava a ressurreição de Cristo.

Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (João 1:29). Ele morreu para trazer a redenção a toda humanidade. Ele é o nosso Redentor. Da mesma forma que, no Egito, o cordeiro pascal foi sacrificado, o Senhor Jesus Cristo também o foi. A diferença reside no fato de que o cordeiro do Êxodo não foi voluntário para verter seu próprio sangue. Jesus Cristo se ofereceu para esse sacrifício. O sacrifício de Cristo nos trouxe vida, da mesma forma que o sacrifício do cordeiro no Egito preservou a existência dos primogênitos hebreus. A diferença é que o sacrifício de Cristo oferece vida não apenas aos filhos mais velhos de cada família, mas a todos que aceitarem pela fé o sacrifício de Cristo, se arrependendo de seus pecados e se converterem dos seus maus caminhos.

III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA

“[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7b).

1. Jesus, o Pão da Vida (João 6:35,48,51). Jesus, certa feita, disse que era o Pão da vida – “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome...” (João 6:35). Jesus dizer que é o Pão da Vida é para Ele o mesmo que dizer: “Eu sou o sustento da vida de vocês”. Da mesma forma que o pão fornece aos nossos corpos força e nutrição, Jesus, o verdadeiro Pão do Céu, veio para fortalecer e nutrir o seu povo, para que jamais tenham fome e nunca tenham sede.

Ninguém além de Jesus é o Pão que dá a vida eterna. Por ocasião da jornada no deserto do povo de Israel, Deus o proveu de “maná”, o pão que descia do céu, mas o “maná” foi um pão físico e temporal. O povo o comia e se sustentava por um dia. Mas era necessário que conseguissem mais pão todos os dias, e este pão não poderia impedi-los de morrer. Sem diminuir o papel de Moisés, Jesus apresentou a Si mesmo como o Pão espiritual do Céu que satisfaz completamente, e que conduz à vida eterna.

2. O Sangue de Cristo (1Co 5:7; Rm 5:8,9). O sangue de Cristo é a chave do céu”. Afinal, o que seria o Evangelho sem a morte de Nosso Senhor? Nem Evangelho haveria; ela é a garantia de nossa vida eterna. Portanto, seu Sacrifício era indispensável. Veja o que a Bíblia diz: “... Sem derramamento de Sangue não há remissão”(Hb 9:22). Aqui mostra que para Deus perdoar o pecado era preciso derramamento de sangue vicário. Daí, o nosso perdão depender da morte de Jesus na cruz.

Por ocasião da primeira Páscoa, no Egito, o sangue do cordeiro deveria ser aspergido na verga e nas umbreiras das portas dos israelitas. Essa atitude, em obediência ao mandado de Deus, deveria ser efetivada para que o anjo da morte passasse sobre a casa e não ferisse o primogênito (Êx 12:7). O sangue de Jesus foi derramado para que pudéssemos passar da morte para a vida (João 5:24), para que, antes longe de Deus, pudéssemos chegar perto dEle (Ef 2:13), e toda vez que houver acusação contra nós, Deus vê o Sangue de Jesus em nós (que são as casas – Hb 3:6) e, por isso, não somos dEle separados, mas mantidos em comunhão com o Senhor. Aleluia!

Quando da instituição da Santa Ceia, por ocasião de sua última participação de refeição pascal (veja Mt 26:26-28), Jesus disse que a “Nova Aliança” da graça seria ratificada pelo seu precioso sangue derramado por muitos par remissão dos pecados, ou seja, seu sangue seria eficaz para remir os pecados de todos aqueles que aceitarem pela fé o seu sacrifício - “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26:28). Portanto, “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1João 1:7). O apóstolo Paulo expressou: “... Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5:8,9).

3. A Santa Ceia. À época de Cristo, a Páscoa era a festa por excelência, a grande festa dos judeus. O rito não só olhava retrospectivamente para aquela noite no Egito, mas também, antecipadamente, para o dia da crucificação.

A Ceia foi instituída pelo Senhor (1Co 11:23) na sua última refeição da Páscoa (Mt 26:26-29; Mc 14:22-­25; Lc 22:15-20). Ela é uma das festas mais solene da Igreja, de muitíssima importância. A sua importância relaciona-se com o passado, o presente e futuro.

- Quanto a sua importância no passado, é um ato “memorial” da morte de Cristo no Calvário, para nos remir da condenação (Lc 22:19; 1Co 11:24-26) – “...Fazei isto em memória de mim...”. Na celebração da Santa Ceia, as nossas mentes se voltam para o Calvário, relembrando o Sacrifício de Jesus, em nosso favor. Embora que em todo tempo devemos lembrar-nos deste santo sacrifício, todavia, temos um dia especifico e oportuno para esta comemoração e meditação.

- Quanto a sua importância no Presente, a Santa Ceia expressa a nossa “comunhão” (gr. koinonia) com Cristo e, de nossa participação nos benefícios oriundos da sua morte sacrifical e ao mesmo tempo expressa a nossa “comunhão” com os demais membros do corpo de Cristo (1Co 10:16,17). A Santa Ceia é o símbolo da nossa união com Cristo.

- Quanto a sua importância no Futuro, a Santa Ceia é um ato que antevê a volta iminente de Jesus Cristo para arrebatar a Sua Igreja e, um antegozo em podermos participar com Cristo, na Ceia das Bodas do Cordeiro. Uma das expectações de Paulo com relação à vinda de Cristo era a comemoração da Ceia do Senhor Jesus, quando esperançoso ele disse aos coríntios: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1Co 11:26). Portanto, cada celebração da Ceia do Senhor Jesus é um antegozo e antecipação profética do grande banquete de casamento que está sendo preparado para a Igreja.

CONCLUSÃO

“Que culto é este vosso?” (Êx 12:26). Era dever dos pais hebreus usar a Páscoa para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do pecado, que Deus efetuara em seu favor e que através disso fez deles um povo especial sob seus cuidados e senhorio. Semelhantemente, a Ceia do Senhor – a Páscoa do povo de Deus da Nova Aliança - tem o propósito de lembrar-nos da salvação em Cristo e da nossa redenção do pecado e da escravidão a Satanás – “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha” ( 1Co 11:25,26). Amém!!

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 57 – CPAD.

Eugene H. Merrill – História de Israel no Antigo Testamento. CPAD.

Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.

Leo G. Cox -  O Livro de Êxodo - Comentário  Bíblico Beacon. CPAD.

Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.

Alexandre Coelho – Uma jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.

2 comentários:

  1. Estou com uma dúvida em Ex. 12.12 diz: E eu passarei pela terra do Egito". Ex 12.23 : Porque o Senhor passará para ferir os egipios.
    Bem pelo que eu entendi foi o proprio Senhor que matou os primogênitos?!

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    1. Amado, o versículo 23 responde a tua dúvida: "...e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir". À sua disposição Deus tem anjos para fazer o serviço que Deus, na sua soberania, dispõe a executar.
      À época do rei Ezequias - rei de Judá - quando os Assírios planejavam destruir Jerusalém Deus mandou um anjo e feriu cento e oitenta e cinco mil - ler 2Rs 19:35. Note também outro exemplo em 2Rs 24:15,16. Portanto, quando Deus diz que "passarei pela terra do Egito", está se referindo ao anjo, que sob permissão de Deus, executaria as suas ordens.
      Deus o abençoe!

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