1º Trimestre/2014
Texto Básico: Êxodo 12:1-11
"Assim,
pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o
vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor”
(Ex 12:11)
INTRODUÇÃO
Deus desejava que o os israelitas se recordassem do dia
triunfal em que no Egito seus filhos primogênitos foram libertos da morte (Êx
12:1-30). O Senhor também almejava que as novas gerações conhecessem a sua
história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome. Então, o Senhor
instituiu a festa da Páscoa como comemoração perpétua. Seria, então, um
memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos os anos. A
refeição da Páscoa assinalava o início da Festa dos Pães Ázimos (Êx 12:18), que
prenunciava a importância da fé no Cordeiro sacrifical e a obediência a Ele. Os
fiéis deviam sinceramente arrepender-se do pecado e viver para Deus, em humilde
gratidão.
A palavra “Páscoa”
significa “passagem”, pois lembrava os primogênitos
de Israel que foram poupados. Ao ver o sangue do cordeiro na verga da porta, o
anjo da morte “passou” sobre a casa dos israelitas, sem retirar a vida do
primogênito que ali se encontrava (Êx 12:12,13). O âmago do evento da Páscoa é
a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles
eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu
concerto (Dt 7:7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos
vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2:8-10; Tt 3:4,5). A Páscoa era a
figura mais proeminente da morte de Jesus, tendo servido de seu prenúncio desde
o dia da primeira Páscoa até o dia mesmo da prisão do Senhor, que se deu no dia
anterior à mesma (Lc 22:15).
I. A PÁSCOA
Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó
passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu
libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo.
Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe
transmitiu a ordem divina: "Deixa ir
o meu povo”. Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte
do Senhor, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos
contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar
o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora
da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma
outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus mandou um anjo
destruidor através da terra do Egito para eliminar "todo primogênito... desde os homens até aos animais" (Êx
12:12).
Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como
poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao
seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos
hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um
cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do
dia quatorze do mês de Abibe (Êx 12:4). Parte do sangue do cordeiro
sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da
porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria
por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo
Páscoa, do hebraico “pessach”, que significa "pular além da
marca", "passar por cima"). Assim, pelo sangue do cordeiro
morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra
todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele
não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque
queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo
sangue, preparando-o para o advento do "Cordeiro de Deus”, que séculos
mais tarde tiraria o pecado do mundo (João 1:29).
Naquela noite específica, os israelitas deviam estar
vestidos e preparados para viajar (Êx 12:11). A ordem recebida era para assar o
cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao
anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir
apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que
deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (Êx 12:29-36). A
partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa,
obedecendo às instruções divinas de que aquela celebração seria "estatuto
perpétuo" (Êx 12:14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o
sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz (Fonte:Bíblia de
Estudo Pentecostal).
Diante do que foi
exposto, o que significa a Páscoa para os egípcios, para Israel e para nós
cristãos?
1. Para os egípcios. A saída do povo de Israel significava prejuízo
financeiro. Evidentemente, o escravo representava um capital para o dono e este
não aceitava facilmente perder o seu escravo. Assim também Faraó não aceitava
facilmente perder os seus escravos, que construíram as suas cidades (cf. Êx
1:11), só se fosse obrigado por um Ser mais poderoso do que ele. Por isso, a
história da saída de Israel do Egito relata a verdadeira batalha entre Deus dos
hebreus e Faraó, para obrigar este a soltar os seus escravos, o povo hebreu. O
desfecho final foi o julgamento de Deus sobre Faraó para com as atrocidades
cometidas pelos egípcios contra os meninos hebreus. Deus é misericordioso,
longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3:9), porém, Ele é também um juiz
justo que se ira contra o pecado e a idolatria (Sl 7:11). Está escrito: “Porque
Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja
bom, quer seja mau” (Ec 12:14).
2. Para Israel.
A Páscoa é para Israel o que o dia da independência é para um país, e mais
ainda. O último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascoal
possibilitaram o livramento da escravidão, a passagem para a liberdade, para
uma vida vitoriosa e abundante; significou também a peregrinação do povo para a
Terra Prometida. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Além do
livramento do Egito, a Páscoa se constituiu em primeiro dia do ano religioso
dos hebreus e o começo de sua vida nacional (Êx 12:1). Em vista disso, se
percebe a relevância desta celebração para a nação de Israel.
Assim como Israel não poderia se esquecer de
tal celebração, nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor
do nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais se esqueça que Cristo morreu em seu
lugar. Este é um dos princípios da Ceia do Senhor. Todas as vezes que
participarmos da Ceia temos que recordar da nossa passagem, da escravidão do
pecado, para uma nova vida em Cristo (1Co 5:17). Jesus declarou: "Fazei
isto em memória de mim" (1Co
11:24,25).
3. Para nós. Para nós cristãos, a Páscoa é um símbolo profético da morte de Cristo, da
salvação e do andar pela fé a partir da redenção (1Co 5:6-8), isto é, a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro
dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar vida abundante, vida eterna
(João 3:16; 10:10). Israel foi salvo da ira divina e liberto da escravidão, nós
também estávamos destinados a experimentar da ira divina, mas Cristo, o
Cordeiro Pascal, nos substituiu na cruz do calvário. Em Cristo fomos redimidos
dos nossos pecados - “[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por
nós” (1Co 5:7b).
II. OS ELEMENTOS DA
PÁSCOA
1. O Pão - “pães ázimos”. De acordo com a descrição bíblica, o pão deveria ser
sem fermento. A massa não deveria passar pelo processo de fermentação, ou seja,
seria levada ao fogo tão logo estivesse pronta, sem ter de esperar para
crescer. A ideia era mostrar que os israelitas teriam pouco tempo para preparar
sua última refeição como escravos, pois logo sairiam para uma grande jornada.
Na Bíblia, o fermento normalmente simboliza o pecado e a
corrupção (ver Êx 13:7; Mt 16:6; Mc 8:15). Os pães ázimos representavam a
separação entre os israelitas redimidos e o Egito, isto é, o mundo e o pecado.
Semelhantemente, o povo redimido por Deus, a Igreja, é chamado para separar-se
do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.
Na Páscoa cristã – a Santa Ceia – o Pão é também um dos
elementos. O Pão da Ceia não é o corpo verdadeiro (literal) de Cristo, nem está
ele presente invisivelmente, é somente o símbolo do Cristo perfeito. Representa
a sua encarnação, que ele tomou um corpo humano e deixou sua glória (João
1:14), nasceu de uma virgem e viveu entre os pecadores em perfeição de
conduta, doutrina e voluntariamente. Era ele um Homem perfeito, idôneo para
servir de sacrifício pelos nossos pecados (Hb 7:26; 2Co 5:21). Ele partiu o pão
da Ceia significando que ia se sacrificar em resgate da humanidade caída e
escravizada pelo Diabo.
Na noite em que foi traído,
Jesus e os discípulos estavam comendo o cordeiro pascal. Em dado momento da festa, Jesus pegou o pão e o
abençoou e distribuiu aos discípulos dizendo: “Tomai, comei, isto é o meu
corpo”. Observe que Jesus após cear tomou o pão, ou seja, após comer o
cordeiro pascal, que foi preparado pelos discípulos no dia dos pães ázimos, é
que instituiu o cerimonial em sua memória tomando o pão e o abençoando (ver Lc
22:7) – “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo:
Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim”(Lc
22:19). Jesus mandou que os discípulos pegassem o pão e comessem, pois o pão
estava representando o seu corpo que fora entregue por todos nós. Jesus aponta o objetivo pela qual deveriam
pegar e comer do pão: manter viva a memória do seu nome.
2. As ervas amargas
– “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas
amargosas a comerão” (Êx 12:8). As “ervas amargas” simbolizam a amargura vivida no Egito,
que não deveria ser esquecida, para que nunca mais fosse experimentada (Êx
1:14). O sacrifício se daria com sofrimento. O Senhor Jesus disse que no mundo
teríamos aflições e que elas fariam parte da nossa caminhada, a exemplo do que
aconteceu com Ele mesmo como homem.
3. O Cordeiro (Êx
12:3-7).
O cordeiro pascal era um "sacrifício" (Êx 12:27) a servir de
substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à
morte do ser humano (ver Rm 3:25). Paulo expressamente chama Cristo nosso
Cordeiro da Páscoa, que “foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).
O
cordeiro macho separado para morte tinha de ser "sem mácula" (Êx 12:5); esse
fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (João 8:46)
- “porque não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo
foi tentado, mas sem pecado” (Hb
4:15). Esta escolha dava-se no dia dez do mês de Nisã (mês que se situa entre
os meses de março e abril do nosso calendário). Após essa escolha, os
israelitas deveriam guardar o cordeiro até o dia quatorze do mês, quando,
então, seria imolado (Êx 12:5,6).
Verificado
que o cordeiro pascal nenhuma mancha tinha, na tarde do dia quatorze, deveria ser sacrificado
(Êx 12:6). Flávio Josefo, o grande historiador judeu, informa-nos que este
sacrifício se dava entre as três e cinco horas da tarde, o que é mais uma
demonstração de que apontava para a morte de Jesus, pois, como informa a
Bíblia, Jesus morreu por volta da hora nona, ou seja, três horas da tarde (Mt
27:46; Mc 15:34; Lc 23:44), devendo ter sido retirado da cruz por volta das
cinco horas da tarde, já no término do dia, que era o da preparação da páscoa
(João 19:38-42).
O
cordeiro, uma
vez sacrificado, deveria ser assado, inteiro, sendo comido, então, à
noite, com pães ázimos e ervas amargas (Êx 12:8,9), queimando-se tudo o que
restasse naquele mesmo dia (Êx 12:10). Isto nos fala, também, que o sacrifício
de Jesus era completo, não teria de ser repetido, nem restaria algo a ser
realizado depois de sua efetivação. O sacrifício se daria com sofrimento (ervas
amargas) e com sinceridade (os pães ázimos), mas traria vida ao povo de Deus. O
fato de o cordeiro ser assado e, depois, retirado do forno para ser consumido,
também tipificava a ressurreição de Cristo.
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal (João 1:29). Ele morreu
para trazer a redenção a toda humanidade. Ele é o nosso Redentor. Da mesma
forma que, no Egito, o cordeiro pascal foi sacrificado, o Senhor Jesus Cristo
também o foi. A diferença reside no fato de que o cordeiro do Êxodo não foi
voluntário para verter seu próprio sangue. Jesus Cristo se ofereceu para esse
sacrifício. O sacrifício de Cristo nos trouxe vida, da mesma forma que o
sacrifício do cordeiro no Egito preservou a existência dos primogênitos
hebreus. A diferença é que o sacrifício de Cristo oferece vida não apenas aos
filhos mais velhos de cada família, mas a todos que aceitarem pela fé o
sacrifício de Cristo, se arrependendo de seus pecados e se converterem dos seus
maus caminhos.
III. CRISTO, NOSSA
PÁSCOA
“[...] Porque
Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7b).
1. Jesus, o Pão da Vida (João 6:35,48,51). Jesus, certa feita, disse que era o Pão da vida – “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida;
aquele que vem a mim não terá fome...” (João 6:35). Jesus dizer que é o Pão
da Vida é para Ele o mesmo que dizer: “Eu sou o sustento da vida de vocês”. Da
mesma forma que o pão fornece aos nossos corpos força e nutrição, Jesus, o
verdadeiro Pão do Céu, veio para fortalecer e nutrir o seu povo, para que
jamais tenham fome e nunca tenham sede.
Ninguém além de Jesus é o Pão que dá a vida eterna. Por
ocasião da jornada no deserto do povo de Israel, Deus o proveu de “maná”, o pão
que descia do céu, mas o “maná” foi um pão físico e temporal. O povo o comia e
se sustentava por um dia. Mas era necessário que conseguissem mais pão todos os
dias, e este pão não poderia impedi-los de morrer. Sem diminuir o papel de Moisés,
Jesus apresentou a Si mesmo como o Pão espiritual do Céu que satisfaz
completamente, e que conduz à vida eterna.
2. O Sangue de Cristo (1Co 5:7; Rm 5:8,9). “O sangue de Cristo é a chave do céu”. Afinal, o que seria o
Evangelho sem a morte de Nosso Senhor? Nem Evangelho haveria; ela é a garantia
de nossa vida eterna. Portanto, seu Sacrifício era indispensável. Veja o que a
Bíblia diz: “... Sem derramamento de Sangue não há remissão”(Hb 9:22). Aqui
mostra que para Deus perdoar o pecado era preciso derramamento de sangue
vicário. Daí, o nosso perdão depender da morte de Jesus na cruz.
Por ocasião da primeira
Páscoa, no Egito, o sangue do cordeiro deveria ser aspergido na verga e nas
umbreiras das portas dos israelitas. Essa atitude, em obediência ao mandado de
Deus, deveria ser efetivada para que o anjo da morte passasse sobre a casa e
não ferisse o primogênito (Êx 12:7). O sangue de Jesus foi derramado para que
pudéssemos passar da morte para a vida (João 5:24), para que, antes longe de
Deus, pudéssemos chegar perto dEle (Ef 2:13), e toda vez que houver acusação
contra nós, Deus vê o Sangue de Jesus em nós (que são as casas – Hb 3:6) e, por
isso, não somos dEle separados, mas mantidos em comunhão com o Senhor. Aleluia!
Quando da instituição da Santa Ceia, por ocasião de sua
última participação de refeição pascal (veja Mt 26:26-28), Jesus disse que a
“Nova Aliança” da graça seria ratificada pelo seu precioso sangue derramado por
muitos par remissão dos pecados, ou seja, seu sangue seria eficaz para remir os
pecados de todos aqueles que aceitarem pela fé o seu sacrifício - “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo
Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt
26:28). Portanto, “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo
pecado” (1João 1:7). O apóstolo Paulo expressou: “... Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos
por ele salvos da ira” (Rm 5:8,9).
3. A Santa Ceia.
À época de Cristo, a Páscoa era a festa por excelência, a grande festa dos
judeus. O rito não só olhava retrospectivamente para aquela noite no Egito, mas
também, antecipadamente, para o dia da crucificação.
A Ceia foi
instituída pelo Senhor (1Co 11:23) na sua
última refeição da Páscoa (Mt 26:26-29; Mc 14:22-25; Lc 22:15-20). Ela é uma das festas mais solene da Igreja, de muitíssima
importância. A sua importância relaciona-se
com o passado, o presente e futuro.
- Quanto a sua importância no passado, é um ato “memorial” da morte de Cristo
no Calvário, para nos remir da condenação (Lc 22:19; 1Co 11:24-26) – “...Fazei
isto em memória de mim...”. Na celebração da Santa Ceia, as nossas mentes
se voltam para o Calvário, relembrando o Sacrifício de Jesus, em nosso favor.
Embora que em todo tempo devemos lembrar-nos deste santo sacrifício, todavia,
temos um dia especifico e oportuno para esta comemoração e meditação.
- Quanto a sua importância no Presente, a Santa Ceia expressa a nossa “comunhão”
(gr. koinonia) com Cristo e, de nossa participação nos benefícios
oriundos da sua morte sacrifical e ao mesmo tempo expressa a nossa “comunhão”
com os demais membros do corpo de Cristo (1Co 10:16,17). A Santa Ceia é o símbolo da nossa união com
Cristo.
- Quanto a sua importância no Futuro, a Santa Ceia é um ato que antevê a
volta iminente de Jesus Cristo para arrebatar a Sua Igreja e, um antegozo em
podermos participar com Cristo, na Ceia das Bodas do Cordeiro. Uma das
expectações de Paulo com relação à vinda de Cristo era a comemoração da Ceia do
Senhor Jesus, quando esperançoso ele disse aos coríntios: “Porque todas as
vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que ele venha” (1Co 11:26). Portanto, cada celebração da Ceia
do Senhor Jesus é um antegozo e antecipação profética do grande banquete de
casamento que está sendo preparado para a Igreja.
CONCLUSÃO
“Que culto é este vosso?” (Êx 12:26). Era dever dos pais hebreus usar a Páscoa
para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do pecado,
que Deus efetuara em seu favor e que através disso fez deles um povo especial
sob seus cuidados e senhorio. Semelhantemente, a Ceia do Senhor – a Páscoa do
povo de Deus da Nova Aliança - tem o propósito de lembrar-nos da salvação em
Cristo e da nossa redenção do pecado e da escravidão a Satanás – “Semelhantemente
também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo
Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória
de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha” ( 1Co 11:25,26). Amém!!
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Elaboração: Luciano de Paula
Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 57 – CPAD.
Eugene
H. Merrill – História de Israel no Antigo Testamento. CPAD.
Paul
Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo
G. Cox - O Livro de Êxodo -
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor
P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Alexandre Coelho – Uma jornada de Fé
(Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.
Estou com uma dúvida em Ex. 12.12 diz: E eu passarei pela terra do Egito". Ex 12.23 : Porque o Senhor passará para ferir os egipios.
ResponderExcluirBem pelo que eu entendi foi o proprio Senhor que matou os primogênitos?!
Amado, o versículo 23 responde a tua dúvida: "...e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir". À sua disposição Deus tem anjos para fazer o serviço que Deus, na sua soberania, dispõe a executar.
ExcluirÀ época do rei Ezequias - rei de Judá - quando os Assírios planejavam destruir Jerusalém Deus mandou um anjo e feriu cento e oitenta e cinco mil - ler 2Rs 19:35. Note também outro exemplo em 2Rs 24:15,16. Portanto, quando Deus diz que "passarei pela terra do Egito", está se referindo ao anjo, que sob permissão de Deus, executaria as suas ordens.
Deus o abençoe!