No primeiro
trimestre letivo de 2016 estudaremos a respeito de um assunto de suma
importância para Igreja nestes últimos dias que antecedem a volta de Cristo: a Escatologia,
ou seja, a Doutrina das Últimas Coisas.
Há muito tempo que a Escola
Bíblica Dominical não dedicava um trimestre para este importante estudo, que é
fundamental para a Igreja, em especial para os dias que estamos vivendo, que
nos mostram que a proximidade da vinda de Jesus é muito intensa.
A última vez
que tivemos um tema específico sobre a Doutrina das Últimas Coisas foi no 4º
Trimestre/2004, sob o tema: “Vem o Fim, o Fim Vem”.
O estudo do primeiro
trimestre letivo de 2016 assume uma grande relevância para a Igreja, sendo uma
rara oportunidade para reavivarmos entre os crentes o interesse pelas coisas
que brevemente hão de acontecer, impedirmos que se apague a chama da esperança da
volta de Cristo e, com isso, impulsionarmos os crentes a realizarem a obra
deste tempo do fim e se prepararem para encontrar com o seu Senhor nos ares.
No momento da assunção de
Jesus, os crentes ficaram perplexos, olhando para cima, vendo Jesus ocultar-se
fisicamente entre as nuvens, e de imediato o Senhor mandou dois anjos para
lembrar àqueles discípulos que aquele Jesus, que havia acabado de retornar ao Céu,
haveria de voltar da mesma forma que havia subido para a glória. Esta foi a
mensagem: “varões galileus, por que
estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no
céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1:11).
Esta prontidão divina em
fazer os discípulos relembrarem as promessas de Jesus a respeito da Sua volta
revela-nos quão importante é o estudo das profecias bíblicas ainda não
cumpridas, daquilo que brevemente há de acontecer, para a vida espiritual de
cada cristão.
Com o impacto daquelas
palavras, os discípulos encontraram disposição para saírem do monte das
Oliveiras e iniciar um período de oração de dez dias no cenáculo (At 1:12,13),
dando início, assim, ao trabalho evangelístico que perdura até hoje, quase dois
mil anos depois, um trabalho feito sob a perspectiva da volta de Cristo.
Como diz o conhecido hino
da Harpa Cristã, “nossa esperança é Sua vinda” (Hino 300 HC). Sem a perspectiva
da volta de Cristo, não há esperança para o crente, não há sentido em nossa
vida espiritual, a nossa adoração a Deus perde a razão de ser.
Não é, pois, por outro
motivo, que o nosso adversário tem procurado, de todas as formas, retirar dos
púlpitos as mensagens em torno deste assunto, como também levantado um
sem-número de seitas e heresias cujo intento é, de modo prioritário, alterar e
distorcer a verdade a respeito da Doutrina das Últimas Coisas, visando, assim,
estabelecer um ambiente de confusão e de desesperança entre os crentes.
O tema geral do primeiro trimestre de 2016: “O FINAL DE TODAS AS COISAS – Esperança e Glória para os Salvos”.
O comentarista das Lições é o pr. Elinaldo Renovato de Lima.
I. “O FINAL DE TODAS AS
COISAS – Esperança e Glória para os Salvos”.
O apóstolo
Pedro, em sua Primeira Epístola, nos alerta sobre isso:
“E já está
próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração”
(1Pe 4:7).
Aqui, Pedro
pode estar se referindo a um dos seguintes eventos:
(a) o arrebatamento da Igreja; ou
(b) a volta de Cristo, no final
da septuagésima semana de Daniel, para julgar as nações e para reinar por mil
anos (Mt 25:31-46); ou
(c) a destruição dos céus e da
terra no final do milênio.
A meu ver, a última hipótese é a
mais provável, tendo como início a primeira hipótese.
O apóstolo Pedro destaca
três verdades neste texto:
a) O dia final se aproxima – “Ora, o fim de todas as
coisas está próximo...”. Esse era o
entendimento dos escritores bíblicos, dentre eles:
- O apóstolo Paulo, que escreve:
”E isto digo, conhecendo o
tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está,
agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm 13:11).
- O autor da Epístola aos Hebreus, que afirma:
“... e tanto mais quanto
vedes que se vai aproximando aquele Dia” (Hb 10:25b).
- Tiago, que nos adverte:
“Sede vós também pacientes,
fortalecei o vosso coração, porque já a
vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns contra os
outros, para que não sejais condenados. Eis
que o juiz está à porta” (Tg 5:8,9).
- O apóstolo João, que nos alerta:
“Filhinhos, é já a última hora;
e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito
anticristos; por onde conhecemos que é
já a última hora” (1João 5:18).
Ao longo da
história do cristianismo, esta perspectiva de viver “no tempo do fim”, de estar
às portas de uma grande virada histórica, tem alimentado a fé dos verdadeiros cristãos.
Na verdade, a
característica da espiritualidade cristã é esse desfrutar antecipado da vida
futura, ou seja, a capacidade de viver a vida presente sob o signo do futuro.
b) viva com
discernimento à sombra da eternidade – “..., portanto, sede sóbrios...”.
Se o fim de
todas as coisas está próximo, devemos viver hoje como se Cristo fosse voltar
amanhã, andando de forma criteriosa e sóbria. O cristão precisa ser criterioso
em todas as coisas e sóbrio em todas as palavras e atitudes.
A expectativa
da segunda vinda de Cristo não deve transformar ninguém em sonhador preguiçoso
ou fanático zeloso. Tanto viver desatentamente como marcar datas para a segunda
vinda de Cristo estão em desacordo com os preceitos de Deus.
Em vez de
querer fazer parte da “comissão de planejamento” da segunda vinda de Cristo,
devemos anelar fazer parte do “comitê de boas-vindas”.
c) Sua vida é a
base da sua oração – “...vigiai em oração”.
Um cristão cuja
vida está fora da vontade de Deus não tem êxito na oração. Um cristão que vive
descuidadamente e sem sobriedade não tem prazer na oração. Pedro já havia dito
que, se um marido não trata bem a esposa suas orações são interrompidas (1Pe
3:7); agora, diz que se uma pessoa tem uma mente desordenada não pode orar como
convém.
A falta de
oração pode nos deixar despreparados para os últimos tempos. Pense nisso!
Portanto, é
bastante oportuno voltarmos a nos deter sobre este ensinamento, mormente quando
sinais denunciam com muita firmeza que caminhamos para o Final de Todas as
Coisas, o final da natureza gentílica, o final do fracassado governo humano.
No quarto trimestre de 2015, quando
estudamos sobre o "Livro de Gênesis: O Começo de Todas as Coisas", aprendemos que
Deus entregou ao homem a autoridade para governar, tendo como objetivo
administrar a justiça, ordenar politicamente a sociedade e tornar sustentável a
Terra. Todavia, o homem foi uma negação neste mister. Isto é bastante notório.
Vivemos num mundo superlativamente injusto, de degradação moral e espiritual
sem par. O homem esqueceu-se completamente de Deus e corrompeu todo o planeta,
e de forma deliberada e consciente rebelou-se contra o Criador.
Devemos nos
conscientizar de que, embora o governo seja humano, a soberania é divina. Deus
sempre interveio na história do homem, quando este desafiou a soberania de
Deus. Veja isso esclarecido no sonho de Nabucodonosor (Daniel cap.2).
Nesse sonho, Deus revela sua
soberania sobre os governos do mundo, a destruição dos megalomaníacos impérios
e o estabelecimento vitorioso do Reino de Cristo.
A imagem vista
por Nabucodonosor representava sucessivos reinos futuros, até que o Rei dos
reis venha e estabeleça o seu Reino de justiça e de paz.
Por intermédio
desse sonho, Deus abre as cortinas da história e revela que o futuro está em
Suas próprias mãos. O alvo final não é o governo do homem em esplendor
crescente, mas o governo de Jesus Cristo sobre as ruinas da loucura do homem.
A presente
Ordem Mundial com a sua filosofia de vida e valores degradantes irá desaparecer
completamente para que o Reino de Cristo seja plenamente estabelecido.
Nabucodonosor viu “uma pedra cortada, sem ajuda de mãos” (Dn
2:34).
“Estavas vendo isso, quando
uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de
barro e os esmiuçou”.
Essa pedra tornou-se um reino
que encheu toda a Terra (Dn 2:35).
“Então, foi juntamente
esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como
a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum
para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um grande monte e encheu toda
a terra”.
Este é o Reino
de Cristo, o Messias. Ele encherá a Terra inteira e se estenderá até aos novos
céus e a nova terra (cf. Ap 21:1).
Este reino
durará para sempre, conforme bem disse Daniel a Nabucodonosor:
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que
não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e
consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Dn 2:44).
Em breve Deus destruirá o mortificante governo humano e julgará os
ímpios. E o início desse processo se dará com a volta repentina de Cristo (Mt
24:44) para arrebatar a sua igreja ao seu encontro nos ares e culminará com a
destruição de tudo o que vemos hoje corrompido pelo pecado e com a criação dos
novos céus e da nova terra.
O apóstolo Pedro foi enfático com relação a isso (2Pe 3:10-13):
10 Mas o Dia do Senhor virá como ladrão, no qual os céus passarão
com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra
e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis
ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do
qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se
derreterão.
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova
terra, nos quais habita justiça.
Deus tem o
máximo interesse que nós saibamos o que irá ocorrer no final dos tempos para
que sejamos vigilantes, ou seja, tenhamos todo o cuidado necessário para não
permitir que o nosso adversário nos engane e que venhamos a perder a
oportunidade de viver eternamente com o Senhor.
II. TEMAS DAS LIÇÕES
Estudaremos
13(treze) preciosas Lições, cujos temas estão assim propostos:
LIÇÃO
01: “ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS”.
LIÇÃO 02: “SINAIS QUE ANTECEDEM A VOLTA DE CRISTO”.
LIÇÃO 03: “ESPERANDO A VOLTA DE JESUS”.
LIÇÃO 04: “ESTEJA ALERTA E VIGILANTE, JESUS VOLTARÁ”.
LIÇÃO 05: “O ARREBATAMENTO DA IGREJA”.
LIÇÃO 06: “O TRIBUNAL DE CRISTO E OS GALARDÕES”.
LIÇÃO 07: “AS BODAS DO CORDEIRO”.
LIÇÃO 08: “A GRANDE TRIBULAÇÃO”.
LIÇÃO 09: “A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA”.
LIÇÃO 10: “MILÊNIO - UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA”.
LIÇÃO 11: “O JUÍZO FINAL”.
LIÇÃO 12: “NOVOS CÉUS E NOVA TERRA”.
LIÇÃO 13: “O DESTINO FINAL DOS MORTOS”.
1. “ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS”.
“... O Espírito
da verdade... vos anunciará as coisas que hão de vir”(João 16:13).
O termo Escatologia deriva do
grego “eschatos”=último. E “logia”=trato ou estudo. Logo, Escatologia é o estudo
(ou tratado) das últimas coisas. É o ensino a respeito das profecias relacionadas
com o término da dispensação da Igreja e os fatos subsequentes até o final da
história humana.
A Doutrina das Últimas Coisas tem
como profecia-chave, como elemento de base, a revelação feita por Deus, através
do anjo Gabriel, ao profeta e grande estadista Daniel, conhecida como a “Profecia
das Setenta Semanas”, que se encontra em Dn 9:24-27. É a partir desta revelação
que se deve estruturar todo o estudo das últimas coisas.
COMO ESTUDAR A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
a) recorrendo à Bíblia. Onde está a verdade divina sobre o mundo e sobre o futuro da
humanidade? Na Palavra de Deus. Para que tenhamos um entendimento correto da
Escatologia, precisamos nos ater à Bíblia. Ela é a verdade insofismável, mas
ela precisa ser corretamente manejada, corretamente estudada e interpretada
(ver 2Tm 2:15). Um estudante comprometido com Deus não desprezará a história
quando estudar as últimas coisas, mas terá as Sagradas Escrituras como sua
principal fonte de pesquisa. O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa
questão quando escreveu: “E temos mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a luz
que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça em vosso coração” (2Pe
1:19). Na verdade, o apóstolo fortalece a ideia da origem divina das Escrituras
e de suas profecias futurísticas.
b) orando constantemente em profunda reverência. Sabemos que a Bíblia é o livro que traz toda verdade divina sobre
o futuro, porém, é importante entendermos que ela é um livro de revelações;
portanto, para entendê-la precisamos orar constantemente ao Senhor em profunda
reverência, pedindo que Ele nos ajude a entender as suas verdades sagradas. Não
pense você que pode entender a Palavra de Deus, só porque é antigo na fé,
porque é culto, porque é jovem ou porque tem uma infinidade de cursos. Paulo
escrevendo aos coríntios disse: “As
coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do
homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2:9). O apóstolo
está tentando nos mostrar que não se pode compreender as coisas de Deus pelo
mundo dos sentidos. Assim, se queremos entender melhor a Doutrina das Últimas
Coisas devemos orar ao Deus de toda revelação.
c) evitando as especulações e as vãs sutilezas da falsa
hermenêutica. O conhecimento especulativo é
aquele produzido pelo intelecto humano (ver 1Co 2:14). Especular é querer saber
apenas por saber, mas sem qualquer intenção de glorificar a Deus, de consagrar
a vida a Ele, e muito menos de obedecer à sua vontade. Há muita diferença entre
“amar a sua vinda” (2Tm 4:8), e especular sobre a vinda de Jesus ou sobre o
futuro. A história mostra alguns exemplos negativos de pessoas que procuraram
especular sobre o futuro e se decepcionaram. William Miller, por exemplo,
depois de algumas especulações tentou fixar a data da volta de Cristo para o
ano de 1843, foi um fracasso; Russel, por sua vez, depois de suas especulações,
começou a profetizar que a Batalha do Armagedom seria em 1914. Profetizou que
até esse ano viria um tempo de tribulação tal qual nunca houve desde que há
nação; seria estabelecido o reino de Deus; os judeus seriam restaurados, os
reinos gentios seriam quebrados em pedaços como vaso de oleiro, e os reinos
deste mundo se tornariam os reinos de nosso Senhor e do seu Cristo. Chegando o
referido ano, nada aconteceu.
Neste ano de 2015 tivemos vários
exemplos negativos de falsos profetas que procuraram especular sobre a
destruição da Terra, sobre o juízo final, o que não aconteceu, para decepção
dos mesmos e dos seus incautos e indoutos seguidores.
Todas as heresias e aberrações
doutrinárias são provenientes de especulações e interpretações errôneas da
Bíblia e significados diferentes às palavras básicas da fé cristã. Por isso
devemos ter muito cuidado com especulações e interpretações bíblicas.
d) esperando com alegria a manifestação do Senhor da glória. A Doutrina das Últimas Coisas, por fim, dá ao crente o que Pedro
denominou de ”ânimo sincero”(2Pe 3:1). Quando o crente tem consciência das
coisas que devem acontecer, não há como deixar de o crente ter ânimo, pois sabe
que o Senhor é o dono de todas as coisas para todo o sempre. Como diz Pedro,
quando lembramos dos ensinos a respeito da vinda do Senhor, compreendemos quem
são os apóstatas e não nos deixamos levar por eles, tendo nossa confiança
apenas em Deus. Suportamos as afrontas, os sofrimentos e as perseguições e
caminhamos, com muita esperança e alegria, ao encontro do Senhor. Por isso, a
palavra do crente que conhece Escatologia só pode ser a veiculada por Paulo: ‘Maranata’,
ou seja, ora vem, Senhor Jesus!
2. “SINAIS QUE ANTECEDEM A
VOLTA DE CRISTO”.
“Porquanto se levantará
nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores”
(Mt 24:7,8).
Ao falarmos dos sinais da volta de Jesus,
nossas mentes, naturalmente, voltam-se para o início do maior sermão proferido
por Jesus em seu ministério, o chamado “sermão escatológico”, “sermão
profético” ou “sermão do monte das oliveiras”, sermão que Jesus proferiu a seus
discípulos no monte das oliveiras, na última semana antes da sua morte na cruz
do Calvário. Esse sermão está registrado nos chamados evangelhos sinóticos
(Mateus, Marcos e Lucas): Mt 24 e 25; Mc 13 e Lc 21:5-36. Foi nesse sermão que
Jesus deixou mais claro os episódios relativos às últimas coisas.
Jesus cita vários sinais que
caracterizarão o transcurso inteiro dos últimos dias e que se intensificarão à
medida que o fim de todas as coisas se aproximar:
- Os falsos profetas e os liberais religiosos
dentro das igrejas locais aumentarão e enganarão a muitos (cf Mt 24:4,5,11).
- Muitas guerras, fome e
terremotos (cf. Mt 24:6,7) serão “o princípio de dores” (Mt 24:8) da nova era
messiânica que se aproxima.
- O povo de Deus será severamente perseguido, à media que o fim se aproxima, e muitos abandonarão a sua
lealdade a Cristo (Mt 24:9,10).
- O desrespeito pelos mandamentos de Deus, a violência e o crime aumentarão rapidamente, e o amor natural e
o afeto na família diminuirão (Mt 24:12; cf Mc 13:12; 2Tm 3:3).
Um dos grandes
sinais da volta de Cristo é o renascimento de Israel como nação soberana. E o
Senhor deixou-nos um alerto sobre este fato:
“Olhai para a figueira e
para todas as árvores, quando já tem rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as,
que perto está o verão (Lc 21:29,30).
A figueira, que é Israel, está agora
mesmo brotando em cumprimento à Palavra de Deus. Esta nação milenar é como o
relógio de Deus a revelar “o horário” em que nos encontramos dentro da presente
dispensação da graça (Ef 3:2). Particularmente, o retorno dos Judeus à sua
pátria, depois de quase vinte séculos e a retomada de Jerusalém em 1967, constitui
um extraordinário sinal de que estamos vivendo no “tempo do fim”, nos dias que
antecedem a volta em glória do Senhor Jesus Cristo.
Somos a geração
que, após 2.000 anos, vê Israel sendo uma nação e Jerusalém como sua capital.
Esta data marca o início do período da igreja que entrará na plenitude, é o
tempo da chuva serôdia. Sobre isto Jesus disse:
“Aprendei, pois, esta
parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas,
sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas,
sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta
geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as
minhas palavras não hão de passar” (Mt 24:32-35).
O profeta
Zacarias prediz algo bastante interessante sobre um fato exclusivo e inédito na
história:
"E acontecerá naquele
dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a
carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todos os
povos da terra" (Zc 12:3).
É o que estamos
vendo hoje: o mundo todo sofrendo por causa de Jerusalém. Os árabes possuem
mais de 99% das terras do Oriente Médio. Israel com uma área de 20.000
quilômetros quadrados, tem menos de 1%. No entanto, onde está a real causa do
conflito: Jerusalém. Qual a real intenção árabe: a destruição do Estado de
Israel e de seu domínio sobre Jerusalém, algo necessário para a volta de
Jesus.
Há um Deus por
trás da história, e Israel é quem melhor espelha isto. A fidelidade de Deus
para com Israel é fruto de sua aliança com Abraão. Deus prometeu isto a Abraão
e Ele não muda.
A história de
Israel é totalmente vinculada a Jesus. A partir de Abraão Deus formou a
genealogia de Jesus. A restauração da Nação após o exílio babilônico era o
cenário para a vinda de Jesus. E a restauração atual é o cenário para a volta
de Jesus.
Não estamos
aqui dizendo que tudo que Israel faz é certo, mesmo porque Deus está
preparando-o para tratar com seus pecados. Mas Deus é o Senhor Todo-Poderoso e
Sua Palavra se cumpre cabalmente.
Satanás odeia a
realidade da restauração de Israel como nação que finalmente receberá Jesus
como Messias em Seu retorno, e a nação que será o quartel-general terreno de
Cristo.
À medida que
nos aproximamos da Segunda Vinda de Cristo, devemos entender que a fúria de
Satanás contra a Igreja e contra Israel irá crescer exponencialmente. A nação
de Israel é o relógio de Deus. Fique de olho!
Os sinais são
uma prova de que Deus está no pleno controle da história da humanidade e que
tudo está acontecendo segundo a sua vontade, o que fortalece a nossa fé em
Deus, pois sabemos, através destes sinais, que Deus é soberano e fiel e que,
portanto, não faltará com as suas promessas feitas a nós e que, brevemente,
estaremos com Ele na glória, que é a nossa esperança e razão de viver.
Há uma
recomendação clássica na Epístola aos Hebreus, que devemos atentar:
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes,
admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia” (Hb 10:25).
3. “ESPERANDO A VOLTA DE
JESUS”.
“Aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus
Cristo”(Tt 2:13).
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que,
segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1:3)
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o
que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a
si mesmo, como também ele é puro” (1João 3:2,3).
A esperança de
que nosso Senhor logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos
“sempre com o SENHOR” (1Ts 4:17), é a bem-aventurada esperança. A Bíblia insiste
que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf.
Rm 13:11; 1Co 15:51,52; Ap 22:12,20).
Infelizmente,
muitos crentes têm negligenciado e deixado de esperar a volta de Jesus. Uma
vida cristã sem esta esperança é uma vida sem alento, sem perspectiva da
eternidade, uma vida que passa a ser perigosamente envolvida com as coisas
deste mundo e que tem grande probabilidade de ser sufocada por estas mesmas
coisas, como ocorreu com a semente que brotou entre os espinhos (Mt 13:22).
Esta atitude de
negligência, de pouca atenção à volta do Senhor é exatamente o estado de
espírito que caracterizará o mundo no tempo do Arrebatamento, pois assim foi
predito nas Escrituras. Jesus disse que as pessoas estariam despercebidas assim
como a geração do dilúvio e a geração de Sodoma e Gomorra, que estavam
completamente indiferentes ao tempo da iminente destruição de que foram vítimas
(Mt 24:37-39; Lc 17:28-30).
Quem espera
Jesus, sabe que ele pode vir a qualquer momento (Mt 24:44) e que devemos estar
separados do pecado, pois só quem estiver em comunhão com o Senhor, lavado e
remido no sangue do Cordeiro, poderá ser arrebatado. Quem não seguir a santificação,
não verá o Senhor (Hb 12:14). Só os limpos de coração verão a Deus (Mt 5:8).
Uma das consequências
mais imediatas de uma vida de negligência com relação à volta do Senhor foi
ensinada por Jesus, quando Ele narrou a parábola dos dois servos (Mt 24:45-51).
O que caracteriza o mau servo é a certeza de que "o senhor tarde viria" e, por causa disto, passa a espancar os
conservos, a comer e a beber com os beberrões, com pessoas que se embriagam,
que não têm uma conduta aprovada diante de Deus, ou seja, que se mistura com os
pecadores, com os desregrados e os dominados com os vícios. O pecado é o fator
que nos distancia de Deus (Is 59:2); é o elemento que impedirá que muitos
crentes sejam arrebatados naquele dia (Mt 24:12).
4. “ESTEJA ALERTA E
VIGILANTE, JESUS VOLTARÁ”.
Mateus 24:42-44:
42. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso
Senhor.
43. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que
vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse
arrombada a sua casa.
44. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do
Homem há de vir à hora em que não penseis.
Mateus 25:13:
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho
do Homem há de vir” .
A atitude que
Jesus espera de cada crente com relação à sua vinda não é outra senão a
vigilância - "E as coisas que vos digo
digo-as a todos: Vigiai" (Mc 13:37). Estar vigilante é estar atento, é
estar prestando atenção a todos os acontecimentos, a tudo que ocorrem à sua
volta, buscando ver nisto os sinais da proximidade da vinda de Jesus.
O crente deve vigiar – para não cometer o erro do servo mau.
“Porém, se aquele mau servo
disser consigo: o meu senhor tarde virá, e começar a espancar os seus conservos
e a comer, e a beber, com os bêbados, virá o senhor daquele servo num dia em
que ele o não espera e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a
sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes”(Mt
24:48-51).
Não se diz que era um estranho,
nem que estava lá fora. Ele estava na “casa do seu senhor”, junto com os outros
servos, mas não era, apenas, um servo comum.
O mau servo cometeu um erro de
cálculo: “... o meu senhor tarde virá”. Sabia que viria, porém, pensava que
demoraria.
O Senhor Jesus, nesta parábola,
deixou-nos esta séria advertência: “Virá
o Senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que não sabe”. Esta advertência se destina hoje a cada um de
nós, a fim de que não venhamos a cometer o erro daquele mau servo.
O servo mau sabia que o seu
senhor viria, porém, não pensava que seria hoje o dia da sua vinda. Não basta
saber que Jesus vem. É preciso viver cada dia como se fosse o Dia da sua Vinda.
Estarás tu vigiando, quando Jesus vier?
O Crente Deve Vigiar – para não cometer o erro dos “escarnecedores”.
“Sabendo primeiro isto: que
nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias
concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que
os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”(2Pe
3:3-4).
Um dos sinais da Vinda de Jesus
é, exatamente, a incredulidade, ou a falta de esperança quanto a sua vinda.
Os “escarnecedores” mencionados
pelo Apóstolo Pedro, não estão, por certo, entre os não evangélicos; estes nada
sabem sobre a Vinda de Jesus; eles estão entre aqueles que deveriam estar
vigiando e esperando sua Vinda. Esta incredulidade pode ser contagiante.
Faz-se necessário vigiar, e crer
que o Senhor Jesus, realmente, virá. Assim, se algum “escarnecedor” levantar
dúvidas e perguntar: “onde está a promessa da sua vinda?”, possamos estar
atentos para responder, com convicção, que a “promessa da sua Vinda” está
confirmada pelas próprias palavras ditas por Jesus, enquanto homem, aqui na
Terra, quando afirmou: ”E, se eu for e
vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que,
onde eu estiver, estejais vós também”(João 14:3).
O Crente Deve Vigiar – para não incorrer no erro das “virgens loucas”.
“As loucas, tomando as suas
lâmpadas, não levaram azeite consigo”(Mt 25:3).
As virgens loucas, tal como as
virgens prudentes, estavam esperando o Noivo, e criam que ele viria, porém, não
estavam preparadas para recebê-lo.
- Não basta estar esperando e
crendo que Ele virá; é preciso estar preparado para Sua Vinda. As virgens loucas
não estavam.
- Não basta esperar; é preciso
esperar vigiando para não permitir que se sujem nossas vestes espirituais,
conforme exige a Palavra de Deus: “Em
todo o tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua
cabeça”(Ec 9:8).
- Não basta saber que Jesus vem e
dizer que está esperando pela sua Vinda. É necessário, também, estar preparado!
5. “O ARREBATAMENTO DA
IGREJA”.
1Tessalonicenses 4:16,17:
16. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro;
17. depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor.
O Arrebatamento da Igreja é o acontecimento
que porá fim à dispensação da Igreja, a este tempo que estamos vivendo em que o
Espírito Santo atua livremente, através de todos os homens e mulheres que,
independentemente de raça, tribo ou nação, aceitam a mensagem do Evangelho, creem
que Jesus é o Salvador e se submetem ao seu senhorio, passando a viver segundo
a sua vontade.
Esse evento -
descrito em 1Tes 4:16,17 e em 1Co 15, dentre outras passagens -, refere-se à
ocasião em que a Igreja do Senhor será arrebatada da Terra para encontrar-se
com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo.
Instantes antes
do arrebatamento - ao descer Cristo do Céu para buscar a sua Igreja -, ocorrerá
a ressurreição dos “que morreram em Cristo” (1Ts 4:16). Não se trata da mesma
ressurreição referida em Ap 20:4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo
voltar à Terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19:11-20:3). A
ressurreição de Ap 20:4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente
com os santos do Antigo Testamento.
Ao mesmo tempo
em que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados;
seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15:51-53). Isso acontecerá num
instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15:52).
Tanto os
crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão
“arrebatados juntamente” (1Ts 4:17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou
seja, na atmosfera entre a Terra e o céu.
Qual o momento da volta de Jesus? Não se sabe - “Não
sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24:42).
Jesus afirma
claramente que sua vinda para levar os santos antes da Grande Tribulação será
numa ocasião inesperada. Ele não somente declara que eles não sabem a hora, mas
também que Ele voltará “à hora em que não penseis” (Mt
24:44). Isto indica claramente que haverá surpresa, espanto, e que os fiéis não
saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo, para os santos da igreja,
Jesus virá num momento inesperado. Isto claramente fala de surpresa, pasmo e
rapidez nesta específica fase da vinda de Cristo. Este evento é chamado de Primeira
Fase da segunda vinda de Cristo.
A única maneira
de harmonizar o ensino de Cristo sobre a sua vinda inesperada (Mt 24:42,44),
com o outro ensino sobre a sua vinda prevista (Mt 24:33), é considerá-la sob
duas fases; assim como a vinda de Cristo predita no Antigo Testamento consistia
de duas fases, isto é, sua vinda para morrer pelo pecado e sua vinda para
reinar (cf. Is 9:2-7; 40:3-5; cf. Is 61:1-3; 65:19-25).
- A Primeira Fase da volta de Cristo envolve a sua volta para arrebatar da Terra os salvos, antes da
Grande Tribulação (Mt 24:15-28), num momento inesperado (Mt 24:44; João 14:3; 1Ts 4:17).
- A Segunda Fase da volta de Cristo envolve a sua volta no final dos tempos, numa ocasião esperada, isto é, depois da Grande
Tribulação e dos sinais cósmicos (Mt
24:29,30), para destruir os ímpios e estabelecer o seu reino na Terra (Ap
19:11-21; 20:4).
O cumprimento
dos eventos e sinais durante a Grande Tribulação suscitará nos santos a certeza
e a expectativa da ocasião da volta de Cristo, ao passo que os santos da Igreja
dos dias atuais terão surpresa por ocasião do seu arrebatamento.
Nós, os salvos,
membros do corpo de Cristo, temos o Arrebatamento da Igreja como sendo o nosso
alvo, o nosso objetivo, a nossa esperança. Como diz o refrão do hino 300 da
Harpa Cristã, “nossa esperança é Sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar. Nós
aguardamos Jesus, ainda, até a luz da manhã raiar”. Que estas palavras do poeta
sejam uma realidade em nossos corações, pois não há mensagem no Novo Testamento
que se repita com mais intensidade que a de que Jesus breve virá!
6. “O TRIBUNAL DE CRISTO E
OS GALARDÕES”.
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para
que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”
(2Co 5:10).
Embora a vida
eterna seja um dom gratuito, concedido com base na graça de Deus (Ef 2:8,9),
cada um de nós ainda será julgado por Cristo. Ele nos recompensará de acordo
com o modo como vivemos.
Após o Arrebatamento
da igreja, se dará o Tribunal de Cristo, onde os crentes serão julgados e
receberão o galardão da parte do Senhor.
O Tribunal de Cristo não se destinará:
– Ao julgamento dos nossos
pecados (1João 1:7), pois os mesmos foram perdoados por Jesus no Calvário.
– A garantir um lugar no Céu (Ap
22:14), que foi obtido a partir do momento em que cremos em Jesus e nosso nome
foi escrito no Livro da Vida.
– À condenação, visto que
nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1).
Como será o Tribunal de Cristo?
a) será para julgar as obras do crente (1Co 3:13-15).
“Porque ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se
alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade,
o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja
a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o
tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1Co 3:11-15).
b) esse julgamento será meticuloso (minucioso). Levará em conta todos os nossos atos e palavras e não apenas o
caráter geral da nossa vida (Gl 6:7,8).
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o
homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne
ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida
eterna”.
c) esse julgamento será recompensador. O objetivo final do Tribunal de Cristo é galardoar aqueles que
trabalham na obra do mestre. Esta é a razão que o apóstolo Paulo nos exorta a
sermos firmes na obra, pois não é vão o nosso trabalho (1Co 15:58).
“Portanto,
meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
Nesse julgamento Deus irá coroar
seus filhos. Lembremos, pois, do estribilho do hino 418 da Harpa cristã: “Depois
da batalha me coroará”...
Onde será o Tribunal de Cristo?
Não é preciso muito
esforço para perceber que o Tribunal de Cristo ocorrerá na esfera das regiões
celestes. 1Tessalonicenses 4:17 diz que seremos "arrebatados [...] entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares". Visto que o Tribunal segue a
translação, os "ares" devem ser o seu palco. Isso também é apoiado
por 2Coríntios 5:1-8, em que Paulo descreve os acontecimentos que ocorrem
quando o crente "deixar o corpo e habitar com o Senhor". Desse modo,
isso deve acontecer na presença do Senhor na esfera dos "lugares
celestiais".
A história de
Isaque e Rebeca relatada em Gênesis 24, nos fornece uma antecipação figurativa
deste fato, pois nos diz o texto que Rebeca deixou sua terra e empreendeu uma
longa caminhada para se encontrar com Isaque, mas o encontro não se deu na casa
de Isaque, mas sim no campo o que nos dá a ideia de ser nos ares, mencionado
pelo apóstolo Paulo.
Cremos que não
será na Terra para não ser presenciado pelos pecadores que durante sua vida
foram hostis ao povo de Deus, e que não será no Céu, pois diante do Tribunal
haverá decepções (1João 2:28; 1Co 3:13-15), coisa que não haverá no Céu, pois o
mesmo é feito de alegria no Espírito Santo.
7. “AS BODAS DO CORDEIRO”.
“Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e
já a sua esposa se aprontou. Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia
das bodas do Cordeiro” (Ap 19:7,9).
A palavra
“boda”, em língua portuguesa, significa “celebração de casamento”. Aparece
várias vezes no texto bíblico, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo
Testamento, significando, sempre, uma festividade, uma celebração de casamento.
Assim, por exemplo, a primeira vez que ela aparece na Bíblia é para indicar a
celebração do casamento de Sansão (Jz 14:12), ocasião em que, inclusive,
ficamos sabendo que o costume israelita era de que as bodas durassem sete dias,
ou seja, uma semana.
Em muitos
trechos do Novo Testamento a relação entre Cristo e a igreja é revelada pelo
uso de figuras do noivo e da noiva (João 3:29; Rm 7:4; 2Co 11:2; Ef 5:25-33; Ap
19:7,8; 21:2). Na translação da igreja, Cristo aparece como o noivo que leva a
noiva consigo, para que o relacionamento que foi prometido seja consumado e os
dois se tornem um.
a) O momento das Bodas. É revelada nas Escrituras como algo que ocorre entre a
translação da Igreja e a segunda vinda de Cristo. Antes do Arrebatamento a Igreja
ainda aguarda essa união. Conforme Apocalipse 19:7, as bodas já terão ocorrido
na segunda vinda, pois a declaração é: "vindas são as bodas do Cordeiro”.
Esse casamento parece seguir os acontecimentos do Tribunal de Cristo, visto
que, quando surge, a igreja aparece adornada com "os atos de justiça dos
santos" (Ap 19:8), que só podem referir-se às coisas que foram aceitas no Tribunal
de Cristo. Desse modo, as bodas devem ocorrer entre o Tribunal de Cristo e a Segunda
Vinda.
b) O local das Bodas. Só pode ser o Céu, ou seja, no mundo espiritual. Visto que se
segue ao Tribunal de Cristo, demonstrado como acontecimento celestial, e visto
que, quando o Senhor retornar, a Igreja virá nos ares (Ap 19:14), as bodas
devem ocorrer no Céu. Nenhum outro local seria adequado a um povo celestial (Fp
3:20).
O mais interessante aqui é que
as Bodas do Cordeiro ocorrem enquanto o mundo enfrenta o período de Tribulação,
após o Arrebatamento. Então poderíamos nos perguntar: Será que as Bodas do
Cordeiro durariam então 7 anos, que seria a mesma duração da Tribulação?
A resposta é não. O que acontece
aqui é que as Bodas ocorrem no Céu, ou seja, no mundo espiritual, porque Apocalipse
19:11 mostra claramente que em seguida, o Senhor Jesus regressa do céu em seu Aparecimento
Glorioso:
"E vi o céu aberto, e
eis um cavalo branco [apareceu]; e o que estava assentado sobre ele chama-se
Fiel e Verdadeiro (Digno de confiança, Leal, Incorruptível, Firme); e julga e
peleja com justiça (santidade e retidão)."
Também no episódio do Arrebatamento,
1 Tessalonicenses 4:13-17 afirma que somos arrebatados e direcionados aos céus
para comemorar as Bodas com o Senhor Jesus.
O que temos que aprender e nunca
nos esquecer é que o mundo espiritual é atemporal, ou seja, não está sujeito ao
tempo do mundo físico. No mundo espiritual, o tempo é sempre presente. Não
existe, portanto, sequência de passado, presente ou futuro no tempo espiritual.
Veja o que está escrito em Eclesiastes 3:14-15:
"Eu sei que tudo
quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe
deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor [de reverência] diante dele [a
fim de revenciá-lo e louvá-Lo, sabendo quem Ele é]. O que é, já foi; e o que há
de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou [a fim de que a história
se repita]."
Portanto, no mundo espiritual
não existe o conceito de tempo, mas existem ações consumadas e ações eternas
(sem fim). Por isso, para todos aqueles que forem arrebatados, eles não
sentirão que no mundo físico já se passaram 7 anos entre o Arrebatamento e a
Ceia das Bodas do Cordeiro.
Enfim, Jesus comemorará o
Casamento com a Noiva verdadeira, a Igreja, que amou mais a Cristo do que a
própria vida (Ap 12:11)! As Bodas do Cordeiro são detalhadas aqui através de
uma grande ceia de Jesus com o seu povo santo.
Em Efésios 5:27, existe uma
descrição maravilhosa de como a Igreja se apresentará diante de Cristo:
"Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível."
Apocalipse 19:8 também diz que a
Noiva (a Igreja) se vestirá de linho fino, que significa esse povo é santo e
justo! Aleluia! Seguramente será uma festa gloriosa e inesquecível...
simplesmente a maior festa de todos os tempos. Somente esse motivo seria mais
do que suficiente para que jamais deveríamos nos desviar da Palavra de Deus um
segundo sequer.
c) Os convidados para a Ceia das Bodas do Cordeiro. A Ceia das Bodas do Cordeiro são a segunda fase da comemoração
das Bodas em si (Ap 19:9). A primeira são as próprias Bodas do Cordeiro (Ap
19:7). Depois das Bodas, em que a esposa participou, Apocalipse 19:9 diz que
existem os chamados para a Ceia das Bodas do Cordeiro. Ou seja, haverá
convidados para a Ceia - amigos do Noivo e da Noiva. Quem são esses?
A resposta se encontra em João
3:29. João Batista diz claramente que ele é amigo do Noivo:
"Aquele
que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve,
alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está
cumprido."
João Batista foi um dos últimos
santos do Velho Testamento. Ele anunciou que a chegada do Messias era iminente
e pregou o arrependimento ao povo judeu. Portanto, os santos do Velho
Testamento estarão entre os convidados para a Ceia das Bodas do Cordeiro.
Haverá também outros convidados,
que serão justamente os que morreram durante a Tribulação, mas aceitaram a
Cristo e não se curvaram ao anticristo. Lembre-se que a Ceia ocorre em
Apocalipse 19. Na terra, onde existe a ideia de tempo, já se passaram os sete
anos de Tribulação e Jesus está prestes a voltar em seu Aparecimento Glorioso.
8. “A GRANDE TRIBULAÇÃO”.
“porque haverá,
então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora,
nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles
dias” (Mt 24:21,22).
A Grande
Tribulação é o período de juízo divino. É o período de julgamento divino sobre
um mundo ímpio que rejeitou a Cristo, mas também um tempo de ira e perseguição
satânica contra os que recebem a Cristo e a Sua Palavra (Ap 12:12). Durante
esse período, muitos santos sofrerão terrivelmente como objetos da ira de
Satanás e dos ímpios. O conflito entre a retidão e o mal será tão grande que
somente pode ser chamado Grande Tribulação. O seu início se dará após o
Arrebatamento da Igreja. É a septuagésima semana da profecia de Daniel e,
portanto, terá uma duração de sete anos.
A Grande
Tribulação, também, é o período em que Deus, ao mesmo tempo em que derramar o
devido castigo aos gentios, proporcionará a destruição do sistema mundial
gentílico, o sistema surgido em Babel e que foi mantido por permissão divina
desde então. Deus confundiu as línguas daquele povo rebelde, mas permitiu que
toda a rebeldia se perpetuasse ao longo dos séculos. Entretanto, seu objetivo
sempre foi salvar os gentios (1Tm 2:4) e, para tanto, deliberou a própria
rejeição de Israel para que se desse oportunidade a todos os povos (cf. Rm 11).
No entanto, mesmo após a rejeição de Cristo pelos gentios que não aceitaram
Cristo, Deus, através da Grande Tribulação, providenciará a destruição do
sistema mundial gentílico, cumprindo-se, assim, a parte final do sonho da
estátua do rei Nabucodonosor (Dn 2:45).
Não existe
maneira melhor de entender o conceito bíblico da Grande Tribulação do que
deixar as Escrituras falarem por si. É impossível apresentar todas as
declarações da Palavra sobre o assunto. Será suficiente listar algumas delas. A
linha de revelação começa nos primórdios do Antigo Testamento e continua pelo
Novo.
- “Quando estiveres em angústia, e
todas estas cousas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o
SENHOR, teu Deus, e lhe atenderes a voz, então o SENHOR, teu Deus não te
desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se
esquecerá da aliança que jurou a teus pais” (Dt 4:30,31).
- “Então, os homens se meterão nas
cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do SENHOR e a glória
da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra” (Is 2:19).
- “A terra será de todo
quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. A
terra cambaleará como um bêbado, e balanceará como rede de dormir; a sua
transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará. Naquele dia, o
SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra” (Is
24:19-21).
- “Vai, pois, povo meu, entra
nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento,
até que passe a ira. Pois eis que o SENHOR sai do seu lugar, para castigar a
iniquidade dos moradores da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já
não encobrirá aqueles que foram mortos” (Is 26:20,21).
- “Ah! Que é grande aquele dia,
e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será
livre dela” (Jr 30:7).
- “Ele fará firme aliança com
muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a
destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9:27).
- “Nesse tempo, se levantará
Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de
angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas,
naquele tempo...” (Dn 12:1).
- “Ah! Que dia! Porque o Dia do
SENHOR está perto e vem como assolação do Todo-poderoso” (Jl 1:15).
- “... porque o Dia do SENHOR
vem, já está próximo: dia de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e
negridão! Como a alva por sobre os montes, assim se difunde um povo grande e
poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos
anos adiante, de geração em geração” (Jl 2:1,2).
- “Ai de vós que desejais o Dia
do SENHOR! Para que desejais vós o Dia do SENHOR? É dia de trevas e não de luz.
Não será, pois, o Dia do SENHOR trevas e não luz? Não será completa escuridão,
sem nenhuma claridade?” (Am 5:18,20).
- “Está perto o grande Dia do
Senhor; está perto e muito se apressa. [...]. Aquele dia é dia de indignação,
dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia
de nuvens e densas trevas. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no
dia da indignação do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo... “ (Sf 1:14,15,18).
- “Porque nesse tempo haverá
grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido,
nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria
salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24:21,22).
- “Haverá sinais no sol, na lua
e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por
causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e
pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus
serão abalados” (Lc 21:25,26).
- “Quando andarem dizendo: Paz e
segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de
parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1Ts 5:3).
- “... também eu te guardarei da
hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que
habitam sobre a terra” (Ap 3:10).
- “Os reis da terra, os grandes,
os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se
esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono
e da ira do Cordeiro, porque chegou o Grande Dia da ira deles; e quem é que
pode suster-se?” (Ap 6:15-17).
Com base nessas
passagens, torna-se claro que a natureza desse período é de ira (Sf 1:15,18; 1Ts
1:10; 5:9; Ap 6:16,17; 11:18; 14:10,19; 15:1,7; 16:1,19); julgamento (Ap 14:7;
15:4; 16:5,7; 19:2); destruição (Jl 1:15; 1Ts 5:3); escuridão (Jl 2:2; Am 5:18;
Sf 1:14-18); desolação (Dn 9:27; Sf 1:14,15). Em nenhuma passagem encontramos
alívio para a severidade desse tempo tenebroso que virá sobre a terra.
9. “A VINDA DE JESUS EM
GLÓRIA”.
“Eis que vem
com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as
tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1:7).
A Vinda de
Jesus em Glória, conhecida como “parousia”, “revelação de Cristo em glória”,
“volta triunfal de Cristo”, “vinda de Jesus em glória”, se dará no final da
Grande Tribulação. Ele aparecerá de forma corpórea e visível, conforme mostra
as seguintes passagens bíblicas:
- Daniel 7:13: “Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até
ele”.
- Mateus 24:30:
”Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra
se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com
poder e grande glória”.
- Lucas 24:39:
“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois
um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”.
- Apocalipse
1:7: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o
traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”.
- Atos 1:10,11:
“E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles
se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões
galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi
recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”.
A vinda de Jesus em Glória terá os seguintes objetivos:
a) a restauração espiritual
do Povo de Israel. Ao selar o pacto com Israel,
Deus disse aos israelitas que eles seriam “um reino sacerdotal e um povo santo”
(Ex 19:6). Ora, isto ainda não ocorreu em toda a história de Israel desde este
pacto até os dias de hoje. O objetivo de Deus é fazer com que Israel chegue a
este patamar, o que somente será possível se for extinta a transgressão, se dê
fim aos pecados e se expie a iniquidade, sendo trazida a justiça eterna e selada
a visão e a profecia (Dn 9:24).
b) a redenção da Natureza. A natureza geme desde que o homem pecou (Rm 8:20-22 Gn 3:17).
Esta natureza precisa ser restaurada, mesmo que vá ser substituída logo depois,
porquanto Deus precisa demonstrar que tem poder para repor a natureza no seu
estado anterior ao pecado do homem. Isto só será possível a partir do instante
em que o pecado for extirpado e que o sedutor dos homens for aprisionado,
criando-se, então, as mesmas condições que existiam no Éden antes da queda do
homem.
c) derrotar as forças do
Anticristo e estabelecer o Reino de Deus sobre a Terra (o Milênio – Ap 20:1-4 e Dn 2:44). Este reino é necessário para que haja o
cumprimento de todas as profecias a seu respeito, pois podem passar os céus e a
terra, mas a Palavra de Deus não pode passar. Por isso, João anunciou que Jesus
regerá com vara de ferro as nações (Ap 19:15), pois tem de estabelecer o reino
de Deus sobre a Terra, a fim de que a justiça e a paz possam ser uma realidade
e não um sonho inalcançável, como é hoje em dia (Sl.85:10).
d) Julgamento das Nações (Mt
25:31-46; Jl 3:2). Esse julgamento acontecerá na Terra
sobre aqueles que sobreviveram ao Armagedom. Serão julgados com base no
tratamento dado a mensagem do reino, aos seus mensageiros e ao modo como
trataram a Israel. Este julgamento terá como finalidade apartar os bodes das
ovelhas, ou seja, decidir quem passará com Cristo o reino milenial e quem não
passará o milênio, ficando a aguardar o julgamento final e definitivo. Neste
julgamento, serão ressuscitados apenas aqueles que desfrutarão o milênio com
Cristo, os bem-aventurados que completam o número daqueles que tomam parte da
primeira ressurreição (Ap 20:6). Os demais indivíduos, com exceção do
Anticristo e do Falso Profeta, que já terão sido lançados vivos no lago de fogo
e de enxofre, o qual será inaugurado naquela oportunidade (Ap 19:20),
aguardarão o julgamento que ocorrerá somente ao término do Milênio, o
julgamento do Grande Trono Branco.
10. “MILÊNIO - UM TEMPO
GLORIOSO PARA A TERRA”.
“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o
poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de
Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e
não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo
durante mil anos” (Ap 20:4).
O Milênio é o
período de mil anos, que virá depois da Grande Tribulação, em que Jesus Cristo
reinará sobre toda a Terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Será,
também, Rei sobre Israel, ocupando o trono de Davi ( Lc 1:32) e instituindo um
tempo de justiça e de paz sobre todas as nações. Será o melhor período da
história de toda a humanidade.
O Milênio será
uma nova forma de o homem se relacionar com Deus. O homem se relacionará com
Deus através do governo pessoal de Cristo sobre a Terra, através da
manifestação visível da justiça e do amor de Deus em todas as coisas. Enquanto,
atualmente, Deus se mostra aos homens através da Igreja, no Milênio Deus se
manifestará através do reino de Deus que está em cada um dos salvos. No Milênio
o reino de Deus se mostrará através de todas as coisas: da Igreja glorificada,
que participará do reino de Cristo juntamente com os mártires da Grande
Tribulação; da natureza, que deixará de ser maldita por causa do pecado do
homem, mas passará a ser a expressão do amor e da soberania divinos e; de
Israel, que será, enfim, a nação sacerdotal, a propriedade peculiar de Deus
dentre os povos.
No Milênio
Jesus Cristo governará em toda a Terra, sem qualquer oposição, uma vez que o
diabo estará preso e, portanto, não estará buscando ocasião para enganar o
homem e fazer com que ele desobedeça ao Senhor. É importante observar que Deus
sempre reina e está no controle de todas as coisas (1Cr 16:31; Sl.99:1), mas,
durante o Milênio, este domínio será exercido sem qualquer oposição por parte
do diabo e de seus anjos, ou seja, as condições para que o homem sirva a Deus
serão as mais amplas que já houve em toda a história da humanidade.
Israel será a
cabeça federativa do governo. Cristo reinará e a glória do Senhor encherá toda
a terra. A sede do governo milenial será em Israel e Jerusalém será a capital
do mundo - “...quando o Senhor dos
Exércitos reinar no monte de Sião e em Jerusalém”(Is 24:23). O domínio de
Cristo será universal (Is 2:2-4; 4:2,3; Jl 3:17-20; Mq 4:2).
A sede do culto
ao Senhor na Terra será Jerusalém - “E
acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra
Jerusalém subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o SENHOR dos Exércitos...”
(Zc 14:16). Os cultos não terão a finalidade de sacrifícios para bênçãos ou
como tipos visando profecias futuras, e sim, como memoriais. É como se fosse a
ceia para nós hoje.
Os Judeus e
gentios vivos que entrarem no milênio, estarão no mesmo corpo que temos hoje,
ou seja, não estarão em um corpo glorioso, logo, poderão multiplicar e encher a
Terra novamente.
É válido
ressaltar que o Antigo Testamento traz mais detalhes sobre o Milênio do que o
Novo Testamento, isto se deve ao fato do Milênio ser uma promessa referente a
Israel e as bênçãos do Milênio se estenderão sobre as nações da Terra partindo
do governo de Jesus em Israel.
No Milênio os
judeus possuirão toda a Terra Prometida. Esse território vai do Mediterrâneo ao
rio Eufrates (Gn 15:18; 17:8; Ex 23:31). Atualmente a maior parte da terra é um
deserto seco e estéril. A fim de restaurá-lo, Deus fará fluir de sob o templo
milenar um volumoso rio (Ez 47:1-12), o qual, juntamente com as copiosas chuvas
que cairão, fará esse deserto florescer (Is 35:1). O mar morto será local de
muitos peixes (Ez 47:10). Haverá em
Israel um vasto programa de reconstrução (Ez 36:33-36).
No Milênio o
conhecimento de Deus será Universal. Haverá abundância de salvação (Is 33:6).
Os judeus serão os mensageiros do Rei (Mq 4:1-3). Os judeus realizarão um
grande movimento missionário (Is 52:7). Está escrito: “... porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas
cobrem o mar”(Is 11:9b,34; Zc 8:22,23).
No Milênio prevalecerá
a paz e a justiça entre as nações (Ler Mq 4:3 e Zc 9:10). Não haverá mais
guerras! Haverá um desarmamento total (Is 2:4). Nada de armas, nem de serviço
militar. A justiça será para todos. Ninguém se queixará de opressão ou
injustiça: “Mas julgará com justiça os
pobres, e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com
vara da sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o perverso”(Is
11:4).
No Milênio a
vida humana será prolongada como no princípio da história humana (ler Is
65:20,22 e Zc 8:4). Haverá abundância de saúde para todos (Is 33:24). Isso em
muito contribuirá para prolongar a vida (Is 33:24). Não haverá pessoas deformadas,
nem paralíticos, nem aleijados (Is 35:5,6). Haverá muito mais luz (Is 30:26).
Isso resultará em benefícios em muitos sentidos; influenciará no clima, na
vegetação. Haverá prosperidade para todos; todos terão suas casas (Is
65:20,21). Haverá um elevado índice de natalidade (Zc 8:5; 10:8). Com o prolongamento
da vida e muita saúde, será elevado o índice de natalidade e a população da
Terra durante o Milênio será restaurada da redução que sofreu durante a Grande Tribulação
(Zc 10:8).
No Milênio a
fertilidade do solo será maravilhosa (Am 9:13,14). Os desertos desaparecerão
(Is 35:1,6). Haverá muita abundância de água (Is 30:25; Jl 3:18). Haverá, pois,
muita abundância de víveres e fartura para todos (Is 30:23; Jr 31:12).
O Reino de
Cristo será eterno (Lc 1:33), porque quando o Milênio se findar, o Reino do
Senhor continuará para todo o sempre (Dn 7:13,14).
“E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os
povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino, o único que não será destruído” (Dn 7:14).
11. “O JUÍZO FINAL”.
“E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. e os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o
mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno
foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado
escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20:12-15).
Após
o Reino de Cristo na Terra por mil anos, e com Satanás fora do
cenário, ocorrerá o “Juízo Final”.
O
“Juízo Final” será o julgamento a que serão submetidos os
incrédulos de todas as eras, que foram ressuscitados, na consumação de todas as
coisas (Ap 20:5). É chamado também de “Juízo do Grande Trono Branco”, porque a
narrativa bíblica se inicia com a visão de um “Grande Trono Branco”. Ocorrerá
depois do término do reino milenial de Cristo, depois da condenação definitiva
do Diabo e suas hostes.
Na Bíblia, este julgamento
é explicitamente mencionado, pela primeira vez, por Daniel (Dn 7:9,10). Era
algo de pleno conhecimento dos judeus, como mostra Marta, irmã de Lázaro, ao se
dirigir ao Senhor, quando este chegou a Betânia quatro dias após a morte de Lázaro
(João 11:24). Terá como objetivo retribuir a cada um segundo as suas obras (Ap
20:11-15).
A Igreja - a Universal
Assembleia dos Santos (Hb 12:23) - não será submetida ao Juízo Final, por haver
crida na eficácia da morte e da ressurreição do Filho de Deus.
O Juiz do Grande Trono Branco será o Senhor Jesus - “E também o Pai a ninguém
julga, mas deu ao Filho todo o juízo”(João 5:27).
O Apóstolo
Pedro confirmou que o Senhor Jesus é o Juiz, quando disse: “E nos mandou pregar ao povo e testificar que
ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos”(At
10:42).
O Apóstolo
Paulo ratificou o que Jesus e Pedro disseram. Escrevendo aos crentes, da cidade
de Roma, disse: “No dia em que Deus há de
julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho”(Rm
2:16). Em Atenas, falando aos filósofos da Grécia, no Areópago, Paulo declarou:
“Porquanto tem determinado um dia em que
com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17:31). Paulo não tinha
dúvidas de que aquele que hoje é o nosso Advogado (1João 2:1), amanhã será o
Juiz que se assentará no Grande Trono Branco - “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de
julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino”(2Tm 4:1).
O Local e o tempo do Julgamento Final. Pela Bíblia sabemos o local e o tempo dos outros Julgamentos.
Sabemos que o Julgamento dos nossos pecados foi realizado na Cruz do Calvário.
O Julgamento de nossas obras será realizado diante do Tribunal de Cristo, após
o Arrebatamento da Igreja. O Julgamento da Nação de Israel será realizado na
Terra, durante a Grande Tribulação. O Julgamento das Nações - Mateus 25:31-46 -
será realizado na Terra, no término da Grande Tribulação e antes do Milênio.
Todavia, ninguém pode determinar o local em que será realizado o Julgamento
Final. Não será no Céu e não será na Terra, pois, estes fugiram da presença
daquele que estava assentado sobre o Trono Branco - “...e não se achou lugar
para eles”. Sabe-se, somente, que será depois do Milênio.
Não confundir o Julgamento
das Nações (Mt 25:31-46) com o do “Grande Trono Branco” (Ap 20:11-15).
Há quem
considere e ensine que a passagem bíblica de Mt 25:31-46 (Julgamento das
Nações) e a de Ap 20:15 (Julgamento Final ou do Trono Branco) se referem a um
só acontecimento, ou seja, para estes ensinadores, haverá um único julgamento,
que eles denominam de Juízo Universal. Isto, porém, não se sustenta diante de
uma análise, mesmo superficial, da Palavra de Deus. Entretanto, seja como for,
para o crente salvo não haverá julgamento para condenação, conforme afirmou o
Senhor Jesus em João 5:24: “... quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para
a vida”. Também Paulo afirmou: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os
que estão em Cristo Jesus...” (Ro 8:1). Nossos pecados já foram julgados na Cruz
do Calvário, na Pessoa de Jesus Cristo (cf. Is 53:5).
Veja a seguir
as diferenças entre esses dois julgamentos, que impossibilitam torná-los um só
acontecimento:
- Em Mateus não há nenhuma
ressurreição antes do julgamento, mas apenas uma reunião dos eleitos (Mt
24:31). Em Apocalipse há uma
ressurreição de todos os incrédulos.
- Em Mateus o julgamento é de nações
viventes. Em Apocalipse é dos
mortos.
- Em Mateus as nações são julgadas. Em Apocalipse não trata de entidades
nacionais, pois o céu e a terra fugiram e, já que as nações estão confinadas à
Terra, o mesmo acontecimento não poderia ser descrito.
- Em Mateus o julgamento é na Terra. Em Apocalipse o céu e a Terra fugiram.
- Em Mateus não há livros a ser
consultados. Em Apocalipse os livros
são abertos, o livro da vida é trazido, e os que não se encontram nele são
lançados no lago de fogo.
- Em Mateus o julgamento ocorre no
retorno de Cristo à Terra. Em Apocalipse
ocorre após o fim dos mil anos da presença de Cristo na Terra.
- Em Mateus aparecem duas classes de
pessoas, os justos e os incrédulos. Em
Apocalipse apenas os incrédulos aparecem.
- Em Mateus alguns foram para o reino
e outros para o castigo. Em Apocalipse
nenhum dos que são julgados vai para a bênção, mas todos vão para o castigo
eterno.
- Em Mateus o juiz está sentado no
“trono da sua glória” (Mt 25:31). Em
Apocalipse Ele está sentado no “Grande Trono Branco”.
- Em Mateus a base do julgamento é o
tratamento dos irmãos. Em Apocalipse
o julgamento se baseia nas suas obras.
- Em Mateus a vinda de Cristo precede
o julgamento. Em Apocalipse nenhuma
vinda é mencionada.
- Em Mateus a sentença é pronunciada e
a separação é feita antes de ser conhecida a causa do julgamento. Em Apocalipse não há nenhum julgamento
até que ocorra cuidadoso exame dos livros.
- Em Mateus não há um milênio
precedente, pois há o registro dos que passaram fome, sede, nudez, doença,
aprisionamento e foram estrangeiros. Em
Apocalipse uma era milenar precede o acontecimento (Ap 20:5).
Essas
considerações parecem suficientes para apoiar a afirmação de que não se trata
de um único e mesmo julgamento, mas de duas partes separadas do plano de
julgamento de Deus.
12. “NOVOS CÉUS E NOVA
TERRA”.
“E vi um novo céu e uma
nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já
não existe” (Ap 21:1).
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova
terra, em que habita a justiça” (2Pe 3:13).
Novos Céus e nova Terra, também
chamados de Estado Eterno, não devem
ser confundidos com os novos céus e nova terra descritos em Isaias 65:17-25. A
passagem do Antigo Testamento trata do Milênio, pois o pecado e a morte ainda
estão presentes. Os dois elementos serão totalmente excluídos do Estado Eterno;
neste só haverá perfeição.
Ao terminarem
os mil anos de paz e justiça, Satanás será solto e enganará a muitos para
lutarem contra Cristo (cf. Ap 20:7-10). Deus permitirá que Satanás seja solto
pelas seguintes razoes:
a) Como os nascidos durante o
Milênio não foram provados por não haver maldade na época, serão agora provados
com a soltura de satanás.
b) Deus quer revelar a dureza do
coração do homem e sua natureza pecaminosa. Mesmo com os benefícios físicos,
morais e espirituais do Milênio o homem ainda terá a audácia de se juntar a
Satanás para lutar contra Cristo e os santos.
c) Satanás é incorrigível. Isto é
o que Deus também provará ao soltá-lo da prisão. Solto, satanás sairá a enganar
as nações para lutarem contra Deus; a ação será dupla: cercarão o arraial dos santos
(os Judeus) e assolarão a cidade amada (Jerusalém). Cristo só intervirá depois
de se completar o cerco à nação de Israel; de Deus descerá fogo dos céus e os
devorará (Ap 20:9). E o diabo será lançado no lago de fogo e enxofre, preparado
para ele e seus anjos (Mt 25:41). A besta e o falso profeta estarão ali desde o
início do Milênio, entregues a seu eterno destino. Com o ato de lançar satanás
no lago de fogo, findará toda rebelião do povo da terra – findará todo pecado e
toda morte na terra. Será um novo Céu e uma nota Terra.
O crente deve
se comportar como Abraão, andando como peregrino neste mundo e sabendo que aqui
não é o seu lugar de descanso (Mq 2:10).
O cristão não
deve se envolver pelos argumentos daqueles que tentam nos fazer descrer da
promessa de uma pátria celestial, atitude que, como nos ensina Pedro, é própria
daqueles que não têm comunhão com o Senhor (2Pedro 3:3,4).
Devemos manter
o nosso alvo e, com alegria, dedicação e santidade, prosseguirmos confiantes na
promessa de um novo Céu e de uma nova Terra onde habita a verdadeira justiça (2Pedro
3:13,14).
Concordo com o
grande mestre, o pr. Antonio Gilberto, quando diz:
“Se pudéssemos todos
apreciar de fato, pela visão do Espírito, o que é o Céu, a eterna
bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto desejo de ir para lá, e nos desprenderíamos
tanto das coisas daqui, que o Diabo não teria um só torcedor; um só amigo seu
na terra. Inúmeros crentes por não terem essa visão estão demasiadamente presos
às coisas deste mundo, que jaz no Maligno (1João 5:19)”.
13. “O DESTINO FINAL DOS
MORTOS”.
“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado
no lago de fogo (Ap 20:15).
No Julgamento Final, diante do Grande
Trono Branco, estarão todos os mortos ímpios de todos os tempos, não importa
quando, onde ou como tenham morrido. Ninguém será esquecido na terra, no mar,
no hades, em lugar nenhum – “Mas os
outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram...” (Ap 20:5).
Estes, ao ressuscitarem, receberão um corpo dotado de vida eterna, porém, não
será um corpo de glória como os que receberam os salvos. Será um corpo sem
glória “...para vergonha e desprezo eterno”(Dn 12:2). Conforme afirmou o Senhor
Jesus: “E os que fizeram o bem sairão
para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da
condenação”(João 5:29).
Todo aquele que
ressuscitar na 2ª ressurreição após o fim do Milênio, comparecerá diante do
Grande Trono Branco e será julgado conforme as suas obras e o registro no Livro
da Vida (Dn 12:2; João 5:29; At 24:15;
Ap 20:5,6,11-15), e, após julgados, serão condenados. Aqueles que não
forem achados inscritos no livro da vida, irão para o lago de fogo e enxofre (Ap 20:15).
Podemos resumir a ordem dos acontecimentos partindo do milênio da
seguinte forma:
1º - Fim dos mil anos.
2º - Satanás é solto.
3º - Os ímpios se juntam dos quatro cantos da Terra sob a liderança de
Satanás e partem contra os santos na guerra final de Gogue e Magogue.
4º - Deus destrói o exército dos ímpios com fogo do Céu.
5º - Satanás é lançado no inferno.
6º - Manifesta-se o Trono Branco e os Céus e a Terra deixam de
existir. Os vivos que permanecerem fiéis a Cristo como Rei durante o Milênio
serão transformados e arrebatados na manifestação do Grande Trono Branco e os
mortos (ímpios, pois os salvos já ressuscitaram na primeira ressurreição)
ressuscitarão num corpo sem glória e serão arrebatados para estarem diante do Grande
Trono Branco; serão julgados e condenados.
7º - Inicia-se o Juízo Final. Serão julgados todos os seres humanos
que participaram da segunda ressurreição e os anjos caídos.
8º - Os salvos irão para a vida eterna e os ímpios para o tormento
eterno.
Irmãos, como
será terrível o tormento daqueles que forem condenados! Os ímpios serão
lançados no lago de fogo e enxofre, onde sofrerão eternamente juntamente com
Satanás, a Besta, o falso Profeta e todos os anjos caídos. No inferno, os
ímpios estarão conscientes (Mt 24:51;
Mc 9:43-48) e nunca mais sairão
de lá (morte eterna); passarão a eternidade longe de Deus e sem Cristo.
O pior da
condenação é nunca mais ver a Deus! Lembre-se de que a morte sempre consiste em
separação (morte física é a separação da alma e espírito do corpo; morte eterna
é a separação definitiva entre Deus e o homem).
O salmista foi
enfático a respeito do destino dos ímpios: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas
as nações que se esquecem de Deus” (Sl
9:17).
CONCLUSÃO
Que possamos
refletir se, efetivamente, estamos preparados para nos encontrar com Jesus nos
ares e se temos o nosso passaporte para a nova Jerusalém, passaporte este que
não é outro senão ter lavado e mantido limpas as vestiduras no sangue do Cordeiro
(Ap 22:14).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo –
Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico
popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.
Guia do Leitor da
Bíblia – Lawrence O. Richards
Manual de
Escatologia (uma análise detalhada dos eventos futuros). J. Dwight Pentecost.
Vida.
Um ensino necessário e confortador - Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Portal EBD_2004.
Joel Leitão de Melo - Sombras, Tipos mistérios da Bíblia.
Vem o Fim, o Fim Vem. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD. 2004.