1° Trimestre/2024
Subsídio para Lição 05
Texto Base: Marcos
16:14-20; Atos 2:42-47
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão,
e no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42).
Marcos 16:
14.Finalmente
apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a
sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham
visto já ressuscitado.
15.E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16.Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17.E
estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão
novas línguas;
18.pegarão
nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum;
e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19.Ora,
o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à
direita de Deus.
20.E
eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles 0 Senhor
e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Atos 2:
42.E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.
43.Em
cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44.Todos
os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45.Vendiam
suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha
necessidade.
46.E,
perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
47.louvando
a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor
ã igreja aqueles que se haviam de salvar.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, trataremos da Missão multifacetada deixada por Cristo à Sua Igreja.
Veremos não apenas a missão de proclamar a Palavra, mas também a missão de
nutrir e fortalecer espiritualmente, assim como a missão de praticar a comunhão
fraternal.
O
mandato de proclamar o Evangelho e instruir nos caminhos do Senhor ecoa como
uma das colunas fundamentais da missão da Igreja. Nesse cenário, desvendaremos
não somente a importância da proclamação das Boas Novas, mas também a
necessidade vital de guiar os corações sedentos pela verdade, estabelecendo um
alicerce sólido na fé e no conhecimento do evangelho.
A
adoração transcende os momentos sagrados; é um estilo de vida que se desdobra
em cada ato e respiração da comunidade de fé. Ao explorarmos esta vertente da
missão, contemplaremos não apenas os rituais de adoração, mas também a
edificação espiritual contínua entre os membros da Igreja. Descobriremos como a
adoração genuína e a edificação espiritual se entrelaçam para formar uma base
sólida e um crescimento espiritual duradouro.
A
Igreja, também, é mais do que um agrupamento de indivíduos; é uma família
espiritual. Ao estudarmos a missão relacionada à comunhão e socialização,
mergulharemos na essência vital do compartilhar, do cuidado mútuo e do
fortalecimento mútuo. Entenderemos como a verdadeira comunhão vai além das
interações superficiais, nutrindo laços profundos que fortalecem e sustentam a
jornada espiritual de cada membro da família de fé.
Espero
que nesta Lição haja não apenas um estudo teórico, mas uma jornada prática de
vivência da missão da Igreja. Espero que os alunos e professores explorem não
somente os conceitos, mas também abracem a experiência transformadora de serem
agentes ativos na proclamação, no fortalecimento espiritual e no cultivo de
relacionamentos autênticos entre os irmãos em Cristo. Que esta Lição nos
conduza não apenas ao entendimento intelectual, mas à vivência fervorosa e
dinâmica da missão que nos foi confiada, impulsionando-nos a um compromisso
renovado com o propósito maior que nos une como Corpo de Cristo.
I. PREGAÇÃO E
INSTRUÇÃO
1. Proclamando as Boas-Novas
A proclamação das
Boas-Novas ou do Evangelho é um dos pilares fundamentais da missão da Igreja,
conforme estabelecido pelo próprio Cristo. Essa missão foi reforçada pelo
próprio Jesus após a sua ressurreição, quando ele comissionou os discípulos a
pregarem o Evangelho, como registrado em Marcos 16:14-20. O uso do termo grego
"Keryssó" por Marcos, traduzido como "pregar" ou
"proclamar", enfatiza a natureza ativa e pública da proclamação do
Evangelho. Esse verbo carrega consigo a ideia de anunciar com autoridade e
urgência a mensagem de salvação e reconciliação com Deus por meio de Jesus
Cristo.
A missão da
proclamação das Boas-Novas não apenas significa comunicar verbalmente a
mensagem, mas também vivê-la de forma coerente, demonstrando amor, graça e
verdade em ação. É uma chamada para proclamar o Evangelho não somente por
palavras, mas também através de ações que refletem o amor e a compaixão de
Cristo.
Portanto, a
proclamação das Boas-Novas não se trata apenas de comunicar informações, mas de
transmitir a mensagem transformadora do Evangelho que oferece esperança, perdão
e salvação, convidando as pessoas a terem um relacionamento restaurado com Deus
através de Jesus Cristo.
2. O objeto da pregação
Outro termo usado com
muita frequência no Novo Testamento para se referir à Grande Comissão da Igreja
é “euangelizô”. Este termo, comumente traduzido como "evangelizar" ou
"pregar as Boas-Novas", é central no Novo Testamento em relação à
missão da Igreja. Ele carrega a ideia de anunciar e proclamar as Boas-Novas,
sendo o cerne desse anúncio não uma simples ideia ou doutrina, mas uma pessoa:
Jesus Cristo. Os primeiros cristãos, ao se envolverem na missão de evangelizar,
estavam comprometidos em ensinar e anunciar Jesus Cristo. Isso não se limitava
a divulgar uma mensagem abstrata, mas a apresentar a pessoa viva e ativa de
Cristo ao mundo. O foco da pregação não era meramente transmitir informações
sobre Jesus, mas proclamar que Ele é o Filho de Deus, o Salvador e Senhor da
humanidade.
Essa perspectiva vai
além de apenas falar sobre a vida terrena de Jesus ou seus ensinamentos. Pregar
a Jesus Cristo implica anunciar a sua ressurreição, a sua divindade e a sua
capacidade de salvar e transformar vidas. É a proclamação da mensagem central
do Evangelho: que Jesus morreu pelos pecados da humanidade, ressuscitou e
oferece salvação, perdão e vida eterna para todos que creem nele.
Anunciar a mensagem da
cruz e do Reino de Deus em Cristo é compartilhar a esperança de uma nova vida,
reconciliação com Deus e a oportunidade de fazer parte do seu Reino. Não se
trata apenas de transmitir conceitos teológicos, mas de convidar as pessoas a
um relacionamento pessoal com Jesus, a abraçar o seu senhorio e viver de acordo
com os princípios do Reino que ele veio proclamar.
Portanto, a essência
da pregação das Boas-Novas é proclamar Jesus Cristo como o caminho, a verdade e
a vida, convidando as pessoas a se renderem a Ele e experimentarem a vida
abundante que ele oferece. É um convite para conhecer, seguir e viver para o
Rei que inaugurou o Reino de Deus através do seu sacrifício na cruz e sua
ressurreição gloriosa.
3. Discipulando os convertidos
A distinção entre
"pregar" ou "proclamar" e "discipular" é crucial
para compreender a missão abrangente da Igreja. Enquanto "pregar" se
concentra na proclamação das Boas-Novas para aqueles que estão fora da Igreja,
"discipular" está relacionado ao processo de instrução, treinamento e
formação espiritual dos que já fazem parte da Igreja.
O verbo grego
"matheteuo" (discipular) e o substantivo "mathetés"
(discípulo) destacam a ideia de ser instruído, treinado e moldado em alguma
área específica. Esse termo é usado em Mateus 28:19, conhecido como a Grande
Comissão, onde Jesus instrui seus discípulos a irem e fazerem discípulos de
todas as nações. Em essência, Jesus estava comissionando-os para irem e
capacitarem outros a seguirem seus ensinamentos e viverem de acordo com seus
princípios.
É vital compreender
que a Igreja não é simplesmente composta por indivíduos que professam fé em
Cristo, mas sim por discípulos comprometidos e engajados em aprender, crescer e
reproduzir a mensagem do Evangelho. Ser um discípulo vai além de frequentar uma
Igreja local; é uma jornada de comprometimento com a transformação pessoal,
onde se aprende a viver conforme os ensinamentos de Jesus e se capacita para
transmitir esses ensinamentos a outros.
Um verdadeiro
discípulo não apenas absorve conhecimento teórico, mas também busca viver os
princípios do Evangelho no seu cotidiano. Eles são capacitados a reproduzir e
compartilhar o que aprenderam, capacitando outros a seguirem a Cristo de
maneira semelhante.
Portanto, a missão da
Igreja vai além de simplesmente atrair pessoas para dentro de suas portas;
trata-se de capacitar e formar discípulos que estejam comprometidos em viver e pregar
o Evangelho, influenciando suas comunidades e o mundo ao seu redor com a
mensagem transformadora de Cristo.
II. ADORAÇÃO E
EDIFICAÇÃO
1. Uma comunidade adoradora
O conceito de adoração
na perspectiva bíblica vai muito além de um simples ato ou ritual realizado em
momentos específicos de culto. Envolve, principalmente, a entrega total de
nossas vidas a Deus, direcionando toda a nossa existência para glorificá-Lo e
honrá-Lo em tudo o que fazemos.
Adorar a Deus não se
limita a uma atividade realizada em um ambiente religioso; é um estilo de vida
que reflete a devoção e a reverência a Ele em todas as esferas da vida diária.
Significa reconhecer a grandeza, a soberania e a santidade de Deus, e render a
Ele a glória e a adoração que Ele merece, não apenas através de palavras, mas
também por meio de ações e atitudes que refletem um coração dedicado a Ele.
O termo grego
"latreia", traduzido como "adorar", é fundamental na
compreensão desse serviço prestado a Deus. É apresentar a Ele não apenas nossos
momentos de culto, mas também nossos próprios corpos como um “sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm.12:1). Isso implica
em viver de forma santa, separada para Deus, oferecendo a Ele não somente o que
fazemos, mas também quem somos em nossa totalidade. O apóstolo Paulo, ao
escrever aos Romanos, exorta os crentes a oferecerem seus corpos como um culto
racional a Deus (Rm.12:1). Ele está enfatizando que a verdadeira adoração não
se restringe a cerimônias, mas se manifesta na consagração de todo o nosso ser
a Deus, em pensamentos, palavras e ações.
Portanto, a adoração
genuína transcende os limites de um local específico ou de um momento
designado. É uma atitude constante de entrega, devoção e serviço a Deus,
refletida em nosso modo de viver diariamente. É viver de maneira consciente e
integral, reconhecendo a soberania e a grandeza de Deus em todas as áreas da
vida, buscando glorificá-Lo em tudo o que fazemos.
2. Uma comunidade edificadora
A metáfora da
edificação, utilizando a palavra grega "oikodomé", é essencial para compreendermos
o papel da Igreja como uma comunidade que não apenas cresce individualmente,
mas também se fortalece e se edifica mutuamente.
A analogia de edificar
um edifício é usada por Jesus em Mateus 7:24 para descrever a importância de
uma fundação sólida, construída sobre a rocha, destacando a necessidade de
alicerces firmes para resistir às adversidades. Isso é aplicado não apenas
fisicamente, mas também espiritualmente, representando a necessidade de uma fé
sólida e uma base consistente na vida cristã.
Na passagem de Efésios
4:12, o apóstolo Paulo enfatiza que Deus dotou a Igreja com diferentes dons
ministeriais, como apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, com o
propósito específico de edificar o Corpo de Cristo. Estes dons são concedidos
para o crescimento espiritual e amadurecimento dos fiéis da Igreja, para que
possam alcançar a unidade na fé e no conhecimento de Cristo.
Os dons espirituais
são concedidos não apenas para o benefício individual, mas para a edificação
coletiva da Igreja. Paulo também instrui que os crentes usem esses dons para
edificar uns aos outros, encorajando, ensinando, exortando e fortalecendo
mutuamente a comunidade cristã.
Em 1Coríntios 14,
Paulo ressalta que, embora falar em línguas possa edificar o indivíduo, se não
for compreendido pelos membros da Igreja, isto é, se não houver interpretação, não
edifica a Igreja como um todo. Isso sublinha a importância de buscar a
edificação mútua por meio da comunicação e compreensão dentro da congregação.
Em 1Tessalonissenses 5:11, o apóstolo Paulo exorta os crentes a buscarem a
edificar “uns aos outros”.
O pr. Hernandes Dias
Lopes afirma que “o crente não apenas edifica-se a si mesmo, ele é edificado
por outros. O crescimento espiritual da Igreja depende da contribuição de cada
um dos membros. Grande parte do nosso trabalho até a gloriosa volta do Senhor é
confortar e encorajar uns aos outros. Precisamos encorajar uns aos outros com
respeito à nossa gloriosa esperança. Nossa Pátria não está aqui. Nosso destino
é a glória”.
Portanto, a edificação
na Igreja vai além do crescimento individual. Ela envolve a construção de um Corpo
coeso, fortalecido e maduro espiritualmente, onde cada membro contribui com
seus dons e talentos para o crescimento mútuo, visando à unidade na fé, ao
conhecimento de Cristo e ao fortalecimento da comunhão entre os crentes.
III. COMUNHÃO E
SOCIALIZAÇÃO
1. A fé na esfera
fraternal
A
união e unidade na comunhão fraternal representavam pilares fundamentais na
prática e na essência da Igreja Primitiva, como delineado em Atos 2:42 – “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações”. Aqui, o termo grego
"koinonia", traduzido como "comunhão", transcende uma mera
interação social, denotando uma profunda parceria, participação e conexão
espiritual entre os crentes. A centralidade dessa comunhão é enfatizada nas
Escrituras (1João 1:7), ressaltando que, como seguidores de Cristo e andando na
luz do Evangelho, é imperativo vivermos em unidade e em compartilhamento mútuo.
O
pr. Hernandes Dias Lopes afirma que uma Igreja cheia do Espirito Santo tem uma
profunda comunhão. Nessa Igreja os irmãos se amam profundamente. Na Igreja de
Jerusalém os irmãos gostavam e estar juntos (Atos 2:44). Eles apreciavam estar
no templo (Atos 2:44). Havia um só coração e uma só alma. Onde desce o óleo do
Espirito, aí há união entre os irmãos; aí ordena o Senhor a sua bênção e a vida
para sempre (Sl.133).
A
ausência de comunhão entre os fiéis compromete não apenas a coesão da
comunidade cristã, mas também a própria edificação sólida da Igreja. É
essencial compreender que uma Igreja não pode ser verdadeiramente solidificada
quando seus membros optam pelo isolamento e negligenciam o compromisso de
manter vínculos de comunhão uns com os outros.
Assim,
a plenitude da Igreja e a sua expressão mais genuína encontram-se na prática
constante da comunhão fraternal, onde a partilha, a colaboração e o suporte
mútuo entre os membros são fundamentais para o fortalecimento espiritual
coletivo e para a proclamação efetiva dos ensinamentos do Evangelho.
2. Unidade e
Fraternidade
A
essência da Igreja descrita no Novo Testamento é marcada pela unidade e
fraternidade entre seus membros, como evidenciado na passagem de 1João 1:3 - “o
que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão
conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo”. A oração
de Jesus pelos seus discípulos, registrada em João 17:21, ressalta a
importância e a urgência da união fraterna entre os membros da Igreja Local.
No
entanto, um dos desafios prementes enfrentados pela Igreja contemporânea é a
divisão e a ruptura na comunhão entre os crentes, resultando em uma
significativa fragmentação no Corpo de Cristo. É crucial reconhecer que a falta
de comunhão cristã tem sido um dos males que minam a vitalidade da Igreja
atual. Essa quebra na unidade não apenas obscurece a mensagem do Evangelho, mas
também enfraquece a capacidade da Igreja em viver plenamente sua missão e
propósito.
Portanto,
é imperativo que nos esforcemos diligentemente para preservar e cultivar a
comunhão cristã dentro das nossas Igrejas locais. A passagem de Hebreus 13:16
destaca a importância de ações que fortalecem essa comunhão, como o serviço
mútuo e o compartilhamento, como elementos essenciais para manter a integridade
e a saúde espiritual dos crentes.
Nesse
sentido, o investimento contínuo na busca pela unidade, na prática do amor
mútuo e na superação de divisões e conflitos são fundamentais para restaurar e
fortalecer a comunhão dentro da Igreja Local, possibilitando que a ela seja um
reflexo autêntico do amor e da graça de Cristo para o mundo.
3. A fé na esfera
social
A
fé cristã não se limita ao âmbito interno da Igreja, mas se estende à esfera
pública, abrangendo um profundo compromisso social. O termo grego
"koinonia", que denota comunhão, está intrinsecamente ligado ao verbo
"koinoneo", usado por Paulo em Romanos 12:13, carregando o
significado de assistência contributiva e compartilhamento. Exorta Paulo aos
crentes de Roma: “Ajudem a suprir as necessidades dos santos. Pratiquem a
hospitalidade”. Nesse contexto, Paulo exorta os cristãos a socorrerem os
necessitados, especialmente os mais pobres, como uma expressão tangível do
Evangelho.
Em
Filipenses 4:15, Paulo reconhece a consciência da dimensão social dos crentes
de Filipos inerente ao Evangelho. Essa consciência vai além do simples ato de
prover necessidades materiais, pois não se trata apenas de suprir a fome
física, mas de assegurar que os necessitados não sejam privados do conhecimento
e da presença de Deus.
O
pr. Hernandes Dias Lopes afirma que na Igreja de Jerusalém os crentes eram
sensíveis para ajudar os necessitados (Atos 2:44,45). Eles converteram o
coração e o bolso. Tinham desapego dos bens e apego às pessoas. Encarnaram a graça
da contribuição. John Stott afirma que a comunhão cristã e o cuidado cristão é
compartilhamento cristão.
A
integralidade da fé cristã se manifesta quando a Igreja, em sua prática e
testemunho, não negligencia os mais carentes e desfavorecidos, como enfatizado
por Jesus em Mateus 25:35,36. A preocupação com os menos favorecidos é um
princípio central do Evangelho, e a sua negligência compromete a autenticidade
do testemunho cristão. O pr. José Gonçalves firma que “Igreja não pode exercer
sua fé da maneira bíblica esquecendo dos mais carentes ou mais pobres”.
É
crucial, portanto, que a Igreja não se desvie desse chamado, pois quando persiste
a disparidade entre aqueles que têm muito e os que têm pouco, questiona-se o
modelo dessa Igreja que se estabeleceu. A exortação de Tiago em Tiago 2:15,16
ressalta a importância de agir em prol dos necessitados, alertando contra a
inação diante das carências sociais.
Assim, a fé cristã se completa quando é vivenciada na prática de solidariedade, justiça e amor pelos menos favorecidos, sendo essencial para a Igreja refletir e agir como um agente de transformação social, alinhada com os valores e o propósito do Evangelho de Cristo.
CONCLUSÃO
Aprendemos
nesta Aula que a missão da Igreja é multifacetada, abrangendo não apenas a
pregação do Evangelho, mas também o ensino da Palavra, a adoração mútua, a
edificação dos fiéis e a comunhão fraterna. É uma chamada para ser tanto sal
como luz: o sal que preserva e dá sabor ao mundo, compartilhando a mensagem
redentora em uma sociedade corroída pelo pecado; e a luz que brilha nas
profundezas das trevas, revelando Cristo em um mundo carente de Deus. Ao
mostrar o amor e a verdade de Jesus, formar discípulos e conduzi-los à
adoração, a Igreja cumpre sua missão de transformar vidas e ser um farol de
esperança em um mundo perdido.
-----------------------
Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo –
Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo –
Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário do Novo
Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr. Hernandes Dias
Lopes. Atos - A ação do Espírito Santo na vida da Igreja.
Pr. Elienai Cabral. A
Igreja e Sua Missão. CPAD.
Pr. Caramuru Afonso
Francisco. A Igreja e Sua Missão. PortalEBD_2007.
Pr. Elienai Cabral.
Missão Profética da Igreja - A Proclamação da Palavra. CPAD.
Pr. Caramuru Afonso
Francisco. Missão Profética Da Igreja - A Proclamação Da Palavra.
PortalEBD_2007
Pr. Hernandes Dias
Lopes. 1 e 2 Tessalonicenses – Como se preparar para a segunda vinda de Cristo.
Pr. Hernandes Dias
Lopes. Filipenses – A alegria triunfante no meio das provas.
George W. Peters.
Teologia Bíblica de Missões. CPAD.