Subsídio teológico para lição 05 - EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA
Texto Básico: Gênesis 15:1-21;17:5-8
“E te
darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações,
toda a terra de Canaã em perpétua possessão e
ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).
INTRODUÇÃO
Nesta Lição, vamos
estudar sobre a conquista da Terra Prometida, Canaã(atual palestina), Israel.
Israel nasceu através de uma aliança de Deus com Abraão, e Deus prometeu um lar
para essa nação. Quando Deus chamou Abraão para que deixasse a parentela e
fosse para uma determinada terra (Gn 12:1), este foi para Canaã. Ali, ele
peregrinou e criou sua família. O Senhor prometeu que daria aos descendentes de
Abraão "esta terra" (Gn 12:7), e repetiu a
promessa para Abraão (Gn 13:14,15,17;17:8), Isaque (Gn 26:3,4) e Jacó (Gn
28:13). O Senhor explicou que o cumprimento ia demorar uns quatrocentos anos
(Gn 15:13-16). De fato, 430 anos depois (Êx 12:40,41), o Senhor levantou Moisés
que libertou o povo do Egito e o conduziu à Terra Prometida. Por causa da
incredulidade do povo, a realização da promessa demorou mais uma geração (Nm
cap.13 e 14). Mas finalmente, por meio da liderança de Josué, Israel entrou e
conquistou a terra. Israel tomou conta de toda a terra que Deus prometeu - "Assim
o Senhor deu aos israelitas toda a terra que tinha prometido sob juramento aos
seus antepassados, e eles tomaram posse dela e se estabeleceram ali ... De
todas as boas promessas do Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou;
todas se cumpriram" (Js 21:43,45 - NVI). O próprio Josué afirmou
num discurso aos líderes de Israel: "Vocês sabem, lá no fundo do
coração e da alma, que nenhuma das boas promessas que o Senhor, o seu Deus,
lhes fez deixou de cumprir-se. Todas se cumpriram; nenhuma delas falhou" (Js
23:14b - NVI; veja também 1Reis 4:21).
Louvo a Deus pelo
cumprimento da sua promessa, e louvo-o como fez Neemias: “Tu és Senhor, o
Deus, que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome
Abraão. E achaste o seu coração fiel perante ti e fizeste com ele o concerto,
que lhe darias a terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos
ferezeus, e dos jebuseus, e dos girgaseus, para a dares à sua semente; e
confirmaste as tuas palavras, porquanto és justo” (Ne 9:7,8).
I. A TERRA PROMETIDA
Vamos analisar, conquanto
de forma resumida, a concretização da promessa de Deus dirigida a Abraão. Do
início até os dias atuais.
1. A Promessa de Deus a Abraão referente à terra. Em torno do ano 2.100 a.C., o Senhor tirou Abrão de Ur dos
Caldeus. Toda a sua família saiu com ele e se instalou em Harã (Gn 11:31;15:7).
Distância: aproximadamente 2.400 quilômetros. Depois de muito tempo habitando
em Harã, Deus chamou Abrão e fez-lhe a seguinte promessa: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela
e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e
abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12:1-2).
2.
Localização da terra prometida. Deus disse qual terra esse povo
habitaria: Canaã (a chamada Palestina atual) – “E te darei a ti e à tua
descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã
em perpétua possessão e
ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8). “À tua descendência tenho dado esta
terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18).
3. A
Aliança de Deus com Abraão. Já habitando em Canaã e
após o seu retorno do Egito, Deus fez com ele uma aliança ou pacto: “Depois
destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas,
Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Disse-lhe mais: Eu sou
o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a
herdares. E disse ele: Senhor JEOVÁ, como saberei que hei de herdá-la? E
disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um
carneiro de três anos, e uma rola, e um pombinho. E trouxe-lhe todos estes, e
partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não
partiu. E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. E,
pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e
grande escuridão caíram sobre ele. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão;
e eis um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades. Naquele
mesmo dia fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o
rio do Egito até ao grande rio Eufrates; e o queneu, e o quenezeu, e
o cadmoneu, e o heteu, e o perizeu, e os refains, e
o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu” (Gn
15:1,7-12,17-21).
Esta aliança, conhecida como aliança abraâmica, continha três
cláusulas principais: (1) uma terra para Abrão e seus descendentes, o povo de
Israel; (2) uma semente ou descendência física de Abrão; e (3) uma bênção de
amplitude mundial (Gn 12:1-3).
Para que não houvesse dúvida a respeito do que Ele estabelecera, o
Senhor fez com que Abrão dormisse em sono profundo, para que o próprio Deus se
tornasse o único signatário daquele pacto. Ainda que o Senhor tenha sido o
único signatário ativo a passar por entre as metades dos animais cortados, fica
evidente, todavia, que Abraão obedeceu ao Senhor durante a sua vida: “porque
Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus
preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26:5).
Essa aliança é, repetidamente, confirmada a Abraão, Isaque, Jacó e
seus descendentes, cerca de vinte vezes ou pouco mais no livro de Gênesis. Como
foi dito nas Escrituras, a promessa de Deus aos patriarcas é uma aliança eterna
(Gn 17:7,13,19).
4.
Interstício entre a promessa e a sua concretização
Peregrinação. Deus disse a Abraão, quando ele pisava
Canaã, que sua descendência seria peregrina em terra estranha (Egito), e seria
escravizada por 400 anos (cativeiro no Egito). Deus também profetizou a
libertação do cativeiro.
“Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência
em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos
anos. Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois
sairá com grande riqueza”(Gn 15:13,14).
Todavia, Deus disse a Abraão que a quarta geração
dele voltaria para a terra que ele pisava - “E a quarta geração tornará para
cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está
ainda cheia” (Gn 15:16).
5.
Materialização das promessas
a) Deus, Senhor da História, cumpriu suas promessas. Após 430
anos no Egito (Ex 12:40,41), sob a liderança de Moisés, Deus retira os
hebreus do Egito, em cerca de 1446 a.C (cf. 1Rs 6:1); e sob a liderança
de Josué, Deus concretiza a promessa feita a Abraão.
Observação: Salomão
começou a reinar em 970 a.C.; o Templo começou a ser construído “no ano quarto
do reinado de Salomão”, ou seja, em 966 a.C; e
“no ano 480, depois de saírem os filhos de Israel do Egito”. Então, 480
+ 966=1446.
b) A conquista da Terra Prometida (Js 5:13-12:24). Deus
mandou que Josué conduzisse os israelitas à Terra Prometida (à época conhecida
como Canaã) e conquistasse-a. A conquista de Canaã começou cerca de 1405
a.C., e a liderança de Josué sobre Israel durou cerca de vinte e cinco anos.
A entrada de Israel em Canaã pode ser chamada de “figuras”
que foram “escritas para aviso nosso”(1Co 10:11):
· A terra
prometida e sua conquista pelo povo de Deus tipificam, não o Céu, mas a herança
espiritual atual dos crentes e sua salvação em Cristo.
· Conquanto
os crentes já possuam a salvação e, em certo sentido, já estejam “nos lugares
celestiais em Cristo”(Ef 1:3), ainda precisam combater o bom combate da fé a
fim de assegurarem sua posse da salvação final(a glorificação) e do repouso
eterno(1Tm 1:18-20; 4:16; 6:12). Assim como foi a conquista de Canaã, tomar
posse da salvação e da vida eterna também envolve a guerra e a vitória
espirituais(Ef 6:10-20).
c) A
destruição dos Cananeus. Antes de a nação de Israel entrar na terra
prometida, Deus tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam fazer com
os moradores dali: deviam ser totalmente destruídos. Esta não foi uma pratica
de imperialismo ou agressão, mas um ato de julgamento.
“Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu Deus, te dá
em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes,
destrui-la-ás totalmente: aos heteus, e
aos amorreus, e aos cananeus, e aos fereseus, e aos heveus, e aos jebuseus,
como te ordenou o Senhor, teu Deus” (Dt 20:16,17; cf. Nm 33:51-53).
O Senhor repetiu essa
ordem depois dos israelitas atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã. Em
várias ocasiões, o livro de Josué declara que a destruição das cidades e dos
cananeus pelos israelitas foi ordenada pelo Senhor (Js 6:2; 8:1,2; 10:8).
O povo de Deus da Nova Aliança,
frequentemente argumenta sobre até que ponto essa destruição em massa do povo
cananeu é corrente com outras partes da Bíblia como revelação divina, que
tratam do amor, justiça de Deus e do seu repúdio à iniquidade. Porém, é bom
ressaltar que Deus aniquilou os moradores de Canaã porque eles se entregaram
totalmente à depravação moral. A arqueologia revela que os cananeus estavam envolvidos em todas as formas de idolatria, prostituição
cultual, violência, a queima de crianças em sacrifícios aos seus deuses e
espiritismo (cf. Dt 12:31;18:9-13; ver Js 23:12).
A destruição total dos
cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora influência
da idolatria e pecado dos cananeus. Deus sabia que se aquelas nações ímpias
continuassem a existir, o povo de Israel se desviaria para sempre do Senhor seu
Deus. Conforme exortou Moisés: “Antes, destrui-las-ás totalmente [...] para
que vos não ensinem a fazer conforme todas as suas abominações, que
fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor, vosso Deus’’ (Dt
20:17,18). Este versículo exprime
o princípio bíblico permanente, de que o povo de Deus deve manter-se separado
da sociedade ímpia ao seu redor.
A destruição daquela geração
de cananeus demonstra um princípio básico de julgamento divino:
- quando
o pecado de um povo alcança sua medida máxima,
a misericórdia de Deus cede lugar ao juízo (cf. Gn 11:20). Deus já
aplicara esse mesmo princípio, quando do dilúvio (Gn 6:5,11,12) e da
destruição das cidades iníquas de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20-33;
19:24-25).
- tipifica e prenuncia o juízo final de Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos. O segundo e verdadeiro Josué da parte de Deus, a saber, Jesus Cristo, voltará em justiça, a fim de julgar todos os ímpios (Ap 19:11-21). Todos aqueles que rejeitarem a sua oferta de graça e de salvação e que continuarem no pecado, perecerão assim como os cananeus. Deus abaterá todas as potências mundiais e estabelecerá na Terra o seu reino de justiça (Ap 18:20,21; 20:4-10; 21:1-4).
6.
Condição para Israel permanecer na terra de Canaã: obediência aos mandamentos
de Deus. Deus deu uma condição para Israel permanecer em Canaã, quando o
povo hebreu ainda se dirigia para conquistar Canaã: “Será, porém, que, se não
deres ouvidos à voz do SENHOR teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os
seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti
todas estas maldições, e te alcançarão: O SENHOR te fará cair diante dos teus
inimigos; por um caminho sairás contra eles, e por sete caminhos fugirás de
diante deles, e serás espalhado por todos os reinos da terra”
(Dt 28:15,25). Eis então o castigo que Israel levaria
por atos de rebeldia: seu povo seria disperso no meio das nações.
7. A
divisão (ou distribuição) das terras. Vencida as batalhas, “a terra
repousou das guerras”(Josué 11:23). Estas batalhas duraram cinco anos. No
entanto, até aqui essas guerras foram apenas de destruição e extermínio do povo
cananeu. A ocupação da terra pelos filhos de Israel ainda não tinha acontecido.
Eles permaneciam acampados em Gilgal e ainda havia parte do território de Canaã
a ser conquistado. A esta altura, Josué estava envelhecido, com 90 anos,
aproximadamente. Mesmo assim, Deus determinou a Josué a distribuição da terra
prometida - “Reparte, pois, agora esta terra por herança às nove tribos,
e à meia tribo de Manasses”(Josué 13:7).
A conquista do território restante ficou para o futuro, sob a
responsabilidade das diversas tribos de Israel. Notemos que a expressão “muitíssima
terra ficou para possuir”, dita pelo Senhor a Josué(Js 13:1), aponta para o
futuro, e indica que o território ainda não conquistado está incluído na
promessa feita e ecoa como garantia de vitória e certeza de conquista. Um
exemplo disso é a cidade de Jerusalém, terra dos Jebuzeus, que só veio a ser
tomada plenamente no reinado de Davi(2Sm 5:6-10).
A chave do triunfo de Josué está no capítulo 11 verso 15: a
obediência - “Como o Senhor ordenara a Moisés, seu servo, assim Moisés
ordenou a Josué, e assim Josué o fez; não deixou de fazer coisa alguma de tudo
o que o Senhor ordenara a Moisés”.
A obediência ao Senhor é o caminho da vitória. Foi
para Moisés e Josué; é para mim e você, também. A vitória contra os inimigos
decorre de 03(três) armas poderosas: a Fé em Deus, a Obediência à Palavra de
Deus e a Confiança em Deus. Com essas três armas é difícil o inimigo
prevalecer.
8. O
período dos Juizes. Segundo os estudiosos mais entusiasmados, o período dos juizes
durou 325 anos (1375 – 1050 a.C.), levando-se em conta que a Bíblia afirma que
o Templo começou a ser construído 480 anos depois da saída dos filhos de Israel
do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão(1Rs 6:1). Veja ainda At 13:20
(450 anos: cativeiro Egito (400 anos); peregrinação no deserto (40 anos) e
distribuição das terras sob o comando de Josué (10 anos).
- O período dos juízes é um dos períodos de grande
dificuldade espiritual para o povo de Israel. É
caracterizado por ciclos de pecado da nação, servidão a estrangeiros, súplica
ao Senhor e salvação através de libertadores. Israel havia mergulhado na
anarquia (Jz 17:6; 21:25) e na desobediência; o retrato da nação após a morte
de Josué e dos anciãos que viveram em sua época, pode ser visto no capítulo
dois do livro de Juízes. De imediato, até que as tribos de Judá e Simeão, bem
como alguns dentre os filhos de José, obtiveram algumas conquistas, mas logo
veio o fracasso geral; as alianças com os povos da terra, o pecado, a idolatria
e a conseqüente derrota e opressão.
Os juízes eram muito mais do que
árbitros, eles eram libertadores (Jz 2:16,19;
3:9) usados por Deus para que a nação não fosse totalmente destruída durante
aquele período.
O primeiro juiz
que encontramos no livro de Juízes é Otiniel; o último: Sansão,
totalizando o número de 12 juízes; entretanto, se considerarmos os juízes além
do período do livro, teremos os nomes de Eli (1Sm 4.18) e de Samuel (1Sm 7.15),
sendo este último, não somente juiz, mas também profeta e sacerdote. O nome de
Samuel faz parte da transição entre os juízes e a monarquia e é considerado
como o último e o maior dos juízes.
Vejamos a lista de Juízes encontrados
no período do livro: Otiniel; Eúde; Sangar; Débora(e Baraque); Gideão; Tola;
Jair; Jefté; Ibsã; Elom; Abdom; Sansão. O nome de Abimeleque não é contado por
ter sido um usurpador.
Juízes após o período do livro, na
transição para a monarquia: Eli, que foi também sacerdote, entretanto,
um péssimo sacerdote e um péssimo juiz; Samuel, um dos grandes
personagens de Israel (Jr 15:1), último juiz e primeiro profeta (At 3:24;
13:20); sucessor de Eli , que foi rejeitado pelo Senhor no sacerdócio (1Sm
2:27-36). Em 1Sm 10:8, por exemplo, podemos ver claramente o ofício sacerdotal
sendo exercido por Samuel.
O principal fator que estimulou a idolatria e o
paganismo nesse período negro da historia de Israel foi a falta de educação
doutrinária do povo nos seus lares - não se deu continuidade ao ensino da lei,
como, aliás, havia sido determinado por Moisés (Dt 6:6-9). Esse período foi
marcado pela instabilidade espiritual de Israel, em que se permitiu que os
costumes dos povos que habitavam a terra se introduzissem no meio do povo de
Deus. Disse Deus: ”O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento”(Os 4:6).
Sem ensino e não tendo se separado dos povos idólatras
à sua volta, os israelitas, no tempo dos juízes, não reconheciam o senhorio de
Deus nas suas vidas e faziam o que bem entendiam, numa verdadeira anarquia - “Naqueles
dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus
olhos” (Jz 21:25). Esta é a forma triste com que se encerra o livro dos
Juízes, resumindo o desgoverno em todos os aspectos daquele período. Sem a lei
do Senhor, o povo escolhido de Deus vivia numa verdadeira baderna, era uma
“casa da mãe Joana”. Que situação lamentável para uma nação que havia se
tornado a “menina dos olhos de Deus” entre os povos.
Esta mesma circunstância, a propósito, vivemos nos
dias atuais na Igreja. Há uma grande negligência por parte dos lideres das
igrejas locais no ensino bíblico aos congregados, e as consequências são
visivelmente funestas: a instabilidade espiritual da igreja, a introdução do
mundanismo e o desvirtuamento de grande parte dos crentes. Estamos realmente a
viver o difícil tempo dos juízes.
- O sacerdócio de Eli e Samuel. No final do período dos
juizes o sacerdote Eli ocupava os ofícios de sumo sacerdote e juiz. Era um
homem pessoalmente virtuoso, porém, não exercia bem a sua autoridade de chefe
de família. Os seus filhos, Hofni e Finéias, que também eram sacerdotes,
abusaram de sua condição de sacerdotes. A conduta deles era visivelmente
repreensível, a ponto de o povo não querer mais adorar a Deus, quebrando assim
o vinculo de unidade nacional (1Sm 2:12-17). Deus não aceitou esse
comportamento ímpio desses sacerdotes e avisou Eli que iria castiga-lo por
causa disso. O que realmente aconteceu. A Arca da Aliança foi capturada pelos
filisteus, os filhos de Eli foram mortos e Eli morreu ao saber da noticia (1Sm
4:1-22). Foram vinte anos de opressão dos filisteus sobre Israel (1Sm 3:19-21). Deus,
porem, levantou o profeta Samuel (1Sm 3:19-21), o qual tornou-se uma dos
maiores lideranças do povo de Israel, equiparando-se em grandeza a Abraão,
Moisés e Davi. Foi um poderoso homem de oração e fé. Foi juiz(o último juiz de
Israel), reformador, estadista e escritor. Foi ele quem fundou a escola de
profetas para treinar jovens à verdadeira adoração a Deus(1Sm 19).
9.
Período Monárquico. Em torno do ano 1050 a.C., tem início a monarquia em Israel,
sendo Saul seu primeiro Rei. Logo depois, Israel entra no seu auge como nação,
tendo como capital Jerusalém, quando em torno do ano 1010 a C. Davi reina até 970 a.C.; logo
depois, Salomão, seu filho, reina de 970 a 930 a.C.
10. A divisão do Reino de Israel. No reinado de Salomão, por causa dos seus pecados, Deus anuncia que Israel
seria dividida, mas que ele manteria uma parte que continuaria em Jerusalém.
“Pelo
que o SENHOR se indignou contra Salomão; porquanto desviara o seu coração do
SENHOR Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera. E acerca deste assunto
lhe tinha dado ordem que não seguisse a outros deuses; porém não guardou o que
o SENHOR lhe ordenara. Assim disse o SENHOR a Salomão: Pois que houve isto em
ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te mandei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu
servo. Todavia nos teus dias não o farei, por amor de Davi, teu pai; da mão de
teu filho o rasgarei; Porém todo o reino não rasgarei; uma tribo darei a teu
filho, por amor de meu servo Davi, e por amor a Jerusalém, que tenho escolhido”(1Rs
11:9-13).
Após o ano de 930 a.C., o reino é dividido, sendo que 10
tribos formaram o Reino de Israel e 2 tribos (Judá e Benjamim) formara o Reino
de Judá, cuja capital é Jerusalém (daí derivou o nome Judeu).
11. Primeira predição da destruição de
Jerusalém. Pela desobediência de Judá, no ano 626
a.C., Deus profetizou através de Jeremias: “E toda esta terra virá
a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia
setenta anos...” (Jr 25:10-12). Eis aqui a primeira predição de destruição de
Jerusalém, fato consumado pelos babilônicos, sob a liderança de Nabucodonosor, no ano
de 586 a.C.
12. O exílio. O
primeiro grupo de deportados para a Babilônia ocorre antes da destruição de
Jerusalém, em torno do ano 605
a.C. Neste primeiro grupo foram deportados alguns dos jovens mais seletos de
Jerusalém para Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos. Uma segunda
campanha contra Jerusalém ocorreu em 597 a.C., ocasião em que foram levados dez
mil cativos à Babilônia, entre os quais Ezequiel. A última invasão babilônica
destruiu Jerusalém, o Templo e a totalidade do reino de Judá em 586 a. C.
Em 538 a.C., cerca de 70
anos após o início do exílio, para que se
cumprisse a palavra do Senhor através de Jeremias, a Pérsia conquista a Babilônia e concede aos
judeus a liberdade.
“Para que se cumprisse a palavra do
Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados;
todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram. Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia
(para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito,
dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os
reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que
está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o
Senhor seu Deus seja com ele, e suba” (2Cr 36:21-23).
13. A reconstrução de Jerusalém. Nos
tempos de Esdras e Neemias (em
torno do ano 445 a.C.), é
reconstruído os muros de Jerusalém. A cidade volta a ter o Templo (o segundo) e suas
muralhas.
14. FATOS ULTERIORES
· Alexandre,
o Grande, governa a Palestina: Domínio macedônico – cerca de 333 a 323 a.C.
·
Domínio dos ptolomeus sobre a
Palestina – cerca de 323 a 198 a.C.
·
Domínio dos selêucidas sobre a
Palestina – cerca de 198 a 166 a.C.
· Revolução
de Judas Macabeus e o domínio da família de Judas
e seus descendentes sobre a Palestina. A nação de Israel fica livre dos
inimigos – cerca de 166 a 62 a.C.
· Conquista
de Jerusalém por Pompeu, general romano, anexando a palestina
ao Império Romano - 62 a.C.
Aqui chegamos num ponto crucial: Israel desapareceu como nação por cerca de 2.000
anos, até o ano de 1948 d.C. O povo judeu foi disperso por todos os cantos da
terra. Uma
situação como essa destruiria qualquer povo,
quebrando sua identidade.
Vejamos
o que Deus disse a Israel:
“E se com isto não me
ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente para comigo, também eu para
convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete
vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque comereis a carne de vossos
filhos, e a carne de vossas filhas. E destruirei os vossos altos, e desfarei as
vossas imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres dos vossos
deuses; a minha alma se enfadará de vós. E reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos
santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra e se
espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E espalhar-vos-ei entre
as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será
assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv 26:27-33).
Esta profecia cumpriu-se
fielmente. Israel foi completamente destruído. E Jesus predisse a
destruição de Jerusalém, fato ocorrido por volta do ano 70:
“Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão
de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de
ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra,
pois que não conheceste o tempo da tua visitação” (Lucas 19:43-44).
Cumpriram-se então as profecias bíblicas. Além da inexistência da nação
desde o domínio Romano, Jerusalém foi destruída e os judeus que sobreviveram
foram dispersos por todos os cantos da terra.
Mas,
Deus tinha feito uma promessa a Abraão, Isaque e Jacó, que era inabalável: um
Lar para Israel.
15.
RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL
Havia profecias para restauração de
Israel; isto aconteceria em certo tempo profético, na plenitude dos gentios:
“Porque
para Efraim serei como um leão, e como um
leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e ir-me-ei embora;
arrebatarei, e não haverá quem livre. Irei e voltarei ao meu lugar, até que
se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de
madrugada me buscarão. Vinde, e
tornemos ao SENHOR, porque ele
despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos
dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante
dele. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como
a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva
serôdia que rega a terra” (Oséias 5:14-15 e 6:1-3).
O que temos no texto acima:
·
“Ele nos despedaçou” – o fim da nação por volta do ano 62 a.C.
·
“Nos sarará” – a restauração da nação.
·
“Depois de dois dias nos dará vida” – Na Bíblia, 1 dia profético = 1.000 anos, então
temos aqui 2.000 anos. Israel foi restaurado como nação em 1948.
Cem anos
antes de cumprir esta profecia em 1962, todos os judeus estavam
espalhados por todos os paises da terra, longe do território de Israel. Muitos
diziam que era “impossível“ essa profecia de Oséias ser cumprida. Por
incredulidade de muitos cristãos, descrente da restauração da nação de Israel,
descrita acima e em tantos outras partes da Bíblia, desenvolveu-se várias
doutrinas proféticas confundindo Israel com a Igreja – a falaciosa teoria da
substituição.
Sinceramente, em todas as épocas, antes de 1948, diante de tanta
ameaça de extermínio do povo judeu por déspotas usados por Satanás, como, por
exemplo, Hitler e seus aliados, humanamente falando, ninguém poderia crer que
Israel voltasse a ser uma Nação.
Todavia, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó glorificou o Seu
nome, cumpriu a Sua palavra e manifestou o amor imutável de Seu coração na
história futura do Seu povo terrestre. Se negarmos isto a respeito de
Israel estamos negando que Deus não cumpre com a Sua Palavra, estamos dizendo
que Deus é mutável. Mas, Ele diz: “Porque eu, o Senhor, não mudo”(Ml 3:6). Deus
prometeu, para sempre, a Abraão uma Lar para Israel, e as Escrituras Sagradas
não podem ser anuladas.
· “Ao
terceiro dia nos ressuscitará” –
Restauração espiritual de Israel no milênio.
· “Ele nos
virá... como chuva Serôdia que rega a terra”. Chuva fala de uma
estação, de um tempo. Para que a semente germine ela precisa
entrar em contato com a água e cada semente gera frutos conforme sua espécie. A
semente precisa cair na terra e morrer para gerar vida.
O derramamento do Espírito Santo (chuvas) na terra
tem duas estações definidas na Bíblia: Temporã e Serôdia.
“Sede, pois,
irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso
fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tiago
5:7).
- A chuva
temporã - equivale ao dia de Pentecostes, o primeiro derramamento do
Espírito Santo na terra (At 2:16,17,18; c/c Jl 2:28).
A chuva serôdia equivale a que? Vejamos o texto de Paulo,
a seguir:
“Porque
não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós
mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja
entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de
Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os
seus pecados” (Rm 11:25-27).
Por dois mil anos Deus deixou Israel de lado
e formou um povo de todas as nações, a Igreja. Mas, na plenitude Ele se
voltaria para Israel endurecido, para tratar com seus pecados, para usar da
mesma misericórdia que Ele usou com os gentios.
- A chuva serôdia que Tiago relata confirma a
palavra do profeta Oséias (6:3). Nesse tempo haveria a restauração do Estado de
Israel, após 2 dias (2 mil anos de desolação). É o tempo do último
derramamento do Espírito antes da volta de Jesus. Estamos nos tempos
finais. Últimas chuvas falam do fim de uma estação.
Quando a palestina, sob domínio otomano, era um deserto empobrecido, infrutífero, desolado
e sob ruínas, fazendeiros árabes falidos vendiam suas terras a preços
irrisórios. Jerusalém jazia em
ruínas. O tempo determinado por
Deus através do profeta Oséias (6:2) aproximava-se do final.
As
profecias bíblicas que tratavam do retorno dos judeus a sua terra são claras,
vejamos algumas:
“Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais
dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito; Mas:
Vive o SENHOR, que fez
subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas
as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua
terra” (Jr 23:7-8).
“Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do
cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a
possuirão” (Jr 30:2-3).
“Eis que saiu com indignação a tempestade do SENHOR; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre
a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do SENHOR, até que execute e cumpra
os desígnios do seu coração; nos
últimos dias entendereis isso claramente” (Jr 23:19-20).
ATOS DESTINADOS A RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL
- Em 1897, acontece o primeiro ato
destinado a restauração
do Estado de Israel. O
primeiro congresso sionista, organizado por Theodor Herzl. Nesse congresso foi criada a
Organização Mundial Sionista e o Programa da Basiléia, que dizia: "O
objetivo do sionismo é criar um lugar na Palestina para o povo judeu,
assegurado por um direito público". Resumindo os resultados deste
congresso, Herzl anotou
em seu diário: "Na
Basiléia fundei o Estado Judeu; se eu dissesse isto hoje, seria objeto de risos
universais; em cinco anos, talvez,
mas em cinquenta anos, todos o verão".
Em que ano as nações unidas se reuniram para votar a criação do estado de
Israel? 1947 (cinquenta
anos depois).
- Em 1917, após a primeira guerra mundial e a derrocada do império turco-otomano, a palestina fica sob
administração da Inglaterra. O General inglês que derrotou os turcos, ao entrar
em Jerusalém, tirou seus sapatos, desceu do seu transporte e proclamou: “Não
entrarei como soldado e sim como peregrino”.
- No mesmo ano, Lord Balfour, o
secretário inglês para os negócios estrangeiros, fez publicar a Declaração
Balfour, em que apoiava a imigração de judeus para a Palestina e o
estabelecimento de um "lar nacional para o povo judeu”.
- Satanás viu tudo isto acontecendo, e sabendo o seu
significado, entrou em Hitler, que tinha por objetivo exterminar os judeus da
face da terra. Em 6 anos ele matou 6 milhões de judeus. Mas
aqui Satanás caiu em outra cilada. Quando ele matou Jesus na cruz, não
imaginava que se a semente morresse na terra ela germinaria. Da mesma forma que
matando os judeus no holocausto, ele causou uma situação emocional nas nações.
- Em 1947, o embaixador da Rússia,
Andrei Gromiko, mandado por um dos maiores inimigos dos
judeus, Stalin, proclama em alto tom na ONU: “temos que passar das
palavras para os atos para dar a este povo sofrido seu lar”. Deus, na
sua soberania, usou um inimigo de Israel para defender sua existência. O
presidente da seção era o brasileiro Oswaldo Aranha, que negou ajuda para
salvar as vidas de milhares de judeus durante a segunda guerra.
- A palestina é dividida em duas partes, uma
cabendo aos árabes e outra aos judeus. Jerusalém seria da ONU. Os judeus
aceitaram sua parte, porém os árabes não. Eles não aceitavam o
estado judeu.
- Logo após a instalação do estado de Israel, os
árabes mandaram os “palestinos” (árabes que moravam naquelas terras) saírem de
lá para não serem mortos também. O povo judeu vindo do holocausto, sem um
exército e enfraquecido naturalmente pelas atrocidades nazistas, tiveram que
enfrentar uma guerra contra a Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Jordânia). A
guerra foi vencida pelos judeus que estenderam seus domínios por uma área de 20
mil quilômetros quadrados (75% da superfície da Palestina). O território
restante foi ocupado pela Jordânia (anexou a Cisjordânia) e Egito (ocupou a
Faixa de Gaza). Com a guerra, Israel ficou com a parte ocidental de Jerusalém,
e para lá transferiu sua capital, naturalmente. Sem Jerusalém não há Israel
e sem o Monte do Templo não há Jerusalém. Eis aqui duas questões que
ficaram pendentes.
- Em 1967, no mês de junho, quando o Egito, a Síria e a Jordânia se preparavam para atacar
Israel e destruí-lo, este se antecipou e deflagrou uma guerra em três frentes
(oeste, norte e sul). Em 6 dias
Israel ganhou a guerra.
- Em 07.06.1967, Israel domina toda a cidade de Jerusalém,
encerrando a guerra na cidade que é centro das profecias. Israel, que já tinha
conquistado a parte ocidental da cidade na guerra de 1948, conquista também a
parte oriental, onde está o Monte do Templo.
- Em 10.06.1967, a guerra sobre todo Israel é
finalizada, com a conquista judaica sobre as nascentes do rio Jordão nas colinas
de Golan. Somos a geração que,
após 2.000 anos, vê Israel sendo uma nação e Jerusalém como sua capital. Esta
data marca o início do período da igreja que entrará na plenitude, é o
tempo da chuva
serôdia. Sobre isto Jesus disse:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus
ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às
portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas
coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de
passar” (Mt 24:32-35).
O profeta Zacarias prediz algo bastante
interessante sobre um fato exclusivo e inédito na história: "E acontecerá
naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos
os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela
todos os povos da terra" (Zc 12:3).
É o que estamos vendo hoje: o mundo todo sofrendo por causa de
Jerusalém. Os árabes possuem mais de 99% das terras do Oriente Médio. Israel
com uma área de 20.000 quilômetros quadrados, tem menos de 1%. No entanto, onde
está a real causa do conflito: Jerusalém. Qual a real intenção árabe: a
destruição do Estado de Israel e de seu domínio sobre Jerusalém, algo
necessário para a volta de Jesus.
Há um Deus por trás da historia, e Israel é quem melhor
espelha isto. A fidelidade de Deus para com Israel é fruto de sua aliança com
Abraão. Deus prometeu isto a Abraão e Ele não muda.
A história de Israel é totalmente vinculada a
Jesus. A partir de Abraão Deus formou a genealogia de Jesus. A restauração
da Nação após o exílio babilônico era o cenário para a vinda de Jesus. E a
restauração atual é o cenário para a volta de Jesus.
Não estamos aqui dizendo que tudo que Israel faz é certo, mesmo
porque Deus está preparando-o para tratar com seus pecados. Mas Deus é o Senhor
Todo-Poderoso e Sua Palavra se cumpre cabalmente.
Satanás odeia a realidade da restauração de Israel
como nação que finalmente receberá Jesus como Messias em Seu retorno, e
a nação que será o quartel-general terreno de Cristo.
À medida que nos aproximamos da Segunda Vinda de Cristo,
devemos entender que a fúria de Satanás contra a Igreja e contra Israel irá
crescer exponencialmente. A nação de Israel é o relógio de Deus. Fique de olho!
CONCLUSÃO
Para o povo de Israel, a posse da terra prometida foi conseguida e
mantida mediante a fé em Deus, expressa na obediência à Sua Palavra e na luta
contra os inimigos de Deus (Js 1:7,8; Dt 28). Para o povo de Deus da Nova
Aliança, a posse da salvação e das bênçãos de Deus também é mantida mediante
uma fé viva e presente em Cristo, expressa pela obediência à Sua Palavra e na
guerra espiritual contra o pecado, a carne e Satanás (Gl 5:16,21; ver Ef 6:11).
Josué foi o líder
destinado por Deus para introduzir Israel na terra prometida; ele é um tipo ou
prefiguração no Antigo Testamento de Jesus Cristo, cuja obra foi levar “muitos
filhos à glória”(Hb 2:10;4:1-13;2Co 2:14).
A esperança da posse final do repouso divino definitivo acha-se na
fé nas promessas de Deus (Js 1:6), no seu poder (Js 3:14-17) e na sua presença
pessoal (Js 1:5,9). Pense nisso!
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.