Texto Base:
Apocalipse 21:
2. E eu,
João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada
como uma esposa ataviada para o seu marido.
3. E ouvi uma
grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles
e será o seu Deus.
4. E Deus
limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 22.14:
Bem-aventurados
aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham
direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
Quero
falar sobre a nova Jerusalém celestial, a Formosa Jerusalém, o local que
substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. O lugar que Jesus tem
preparado para a sua Igreja.
A
Formosa Jerusalém celestial é explicitamente mencionada e revelada no capítulo
21 do livro do Apocalipse, mas, antes da visão do apóstolo João, já havia
referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus já
havia mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus
servos nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14:2,3):
“Na casa de meu
Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou
preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e preparar um lugar, voltarei e
os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também”.
O
objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos
habitar com Ele, e a Nova Jerusalém é esse local.
O
Senhor é tão maravilhoso que, ao invés de tão somente substituir o Éden,
proporcionou um lugar melhor do que o Éden. A Nova Jerusalém apresenta-se,
portanto, como o ambiente, o lugar onde Deus morará com os homens. É a
restauração da convivência completa e perfeita entre Deus e os homens que havia
antes que o pecado causasse o atual estado de divisão que existe entre Deus e a
humanidade. Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por
completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo, de vermos Deus como Ele é
(1João 3:2)
Concordo
com o grande mestre, o pr. Antônio Gilberto, quando diz: “se pudéssemos todos
apreciar de fato, pela visão do Espírito, o que é o Céu, a eterna
bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto desejo de ir para lá, e nos
desprenderíamos tanto das coisas daqui, que o diabo não teria um só torcedor,
um só amigo seu na terra. Inúmeros crentes por não terem essa visão estão
demasiadamente presos às coisas deste mundo, que jaz no maligno (1João 5:19)”.
As características da Nova Jerusalém
O apóstolo João disse: “...
e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém...”.
Isto quer nos parecer que
João não teve dúvidas em identificar o que ele viu. Ele disse ter visto uma
cidade. Contudo, descrever como era essa cidade, tornou-se um desafio para o
grande homem de Deus, o apóstolo João. Certamente que, sob a orientação do Espírito
Santo, ele usou símbolos, figuras, para falar da grandeza, da perfeição, da
beleza da Formosa Jerusalém celestial.
Vejamos, então, algumas
características da Nova Jerusalém celestial:
1. É um lugar real
A Formosa Jerusalém
celestial é uma cidade real, visível, palpável; uma cidade que tem fundamentos
e cujo artífice e construtor é o próprio Deus (Hb.11:10).
a) Abraão pôde crer na
existência desta Cidade.
Abraão viveu aqui na terra, porém, não fixou nela as suas raízes; ele tinha os
pés na terra e o pensamento no Céu. Era diferente de muitos pregadores de hoje,
os quais induzem o povo a pensar e a lutar pela conquista dos bens terrenos. Com
relação a ele, Abraão, a Bíblia diz: “pela fé, habitou na terra da promessa,
como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele
da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o
artífice e construtor é Deus”(Hb.11:9,10).
Abraão
creu na existência desta
cidade. Não sabemos como ele teve essa revelação, mas ele tinha convicção de que
ela era real. Hoje nós sabemos, pela revelação que foi dada ao apóstolo João,
que esta cidade é a Formosa Jerusalém celestial.
b) Paulo também pôde
crer como creu Abraão.
Por isto ele disse: “... a nossa cidade está nos céus, donde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20).
Abraão não fundou nenhuma
cidade na terra; nem ergueu um império para si, ou para os seus. Paulo, também,
não! Abraão e Paulo, dois homens chamados por Deus, viveram na esperança de um
dia habitar na Jerusalém celestial, a cidade que tem fundamento e cujo artífice
e construtor é Deus.
c) nós também podemos
crer, como creram Paulo e Abraão. Nós
somos crentes, porque cremos. Fomos chamados para crer. Não necessitamos de ver,
para crer, mas, cremos, para ver. Por isto temos a viva esperança não apenas de
ver, mas de morar, eternamente, na Formosa Jerusalém celestial.
d) lá, o nosso corpo
será real. O corpo de Jesus
era real, era palpável, podia ser tocado pelas mãos dos homens. Para vir à
terra Ele tomou um corpo igual ao nosso. Quando ressuscitou, o seu corpo não
era intangível, não era uma simples “fumaça”. Ele podia ser tocado pela
mão de alguém. Sabemos, pela Bíblia, que quando Ele vier este nosso
corpo corruptível e mortal será transformado -“porque convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista
da imortalidade”(1Co.15:53). Será, pois, nesse dia, que o Senhor Jesus “...
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp.3:21).
Portanto, o nosso corpo com o qual seremos levados para o céu, no dia da vinda
do Senhor, será conforme o corpo de Jesus. Então nós receberemos um corpo real,
palpável. Não seremos “uma fumaça”!
Em 1Pedro 1:3-4 está escrito: “bendito seja o Deus
e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não
pode murchar, guardada nos céus para vós”. Pedro quis dizer que nós temos esperança que um dia, todo o sofrimento,
toda dor, todo mal, vai ser debelado para sempre, e sempre e sempre. Oh!
quão superlativa esperança! Portanto, a Formosa Jerusalém celestial é um lugar
real e tangível.
2. Sua localização
A Formosa Jerusalém não é
o Céu; ela está no Céu, e que, de lá, descerá até próximo à terra, quando o Senhor
Jesus Cristo vier para implantar seu reino, aqui na terra, conforme o apóstolo João
escreveu - “...falou comigo, dizendo: vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher
do Cordeiro. e levou-me a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade,
a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”(Ap.21:9-10).
A Formosa Jerusalém
descerá do Céu e estará aqui durante o milênio. A Nova Jerusalém é um cosmo. Tal
como o anjo mostrou a João, estará no milênio colocada, fixamente, no vazio,
entre o céu e a terra, sobre a Jerusalém terrestre, pela mesma força que
sustenta infinitas toneladas de águas presas pelas nuvens e que sustenta a
terra, suspensa sobre o nada, conforme escreveu Jó: “o norte estende
sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada. Prende as águas em densas nuvens,
e a nuvem não se rasga debaixo delas”(Jó 26:7-8).
Veja o que o anjo narra
para João: “...a esposa, a mulher do
cordeiro...”. Isto é uma metáfora, aplicada à cidade santa. Significa que o
povo de Deus habitará nela. João usa linguagem simbólica para descrever a
cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do entendimento
humano.
3. Seu Aspecto
Não devemos nos esquecer
que a Nova Jerusalém é de outra dimensão, da dimensão celestial. Portanto,
muito de sua descrição é figurativa, é alegórica. Não pode ser compreendida
literalmente, pois se trata de uma descrição feita por Deus aos homens para que
pudéssemos compreender, na limitação da nossa mente, o que nos está reservado,
pois é algo que está muito além de nossa parca imaginação. Disse o apóstolo
Paulo: “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem são as que deus preparou para os que o amam”(1Co.2:9).
a) ela tem a glória de
Deus (Ap.21:11) - “e
tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima,
como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente”. A glória de Deus é uma
característica típica dos lugares santos, e, por isso, a Nova Jerusalém é o
lugar santo por excelência e nela não haverá necessidade de templo, pois o seu
templo será o próprio Deus.
b) a cidade tem 12 portas (Ap.21:12)
- “e tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e
nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel”. As doze portas representam Israel. Os doze
alicerces representam a Igreja. Isto destaca o fato de que seus habitantes são
os santos de Deus do Antigo Testamento e do Novo Testamento.
c) a cidade tem um
“muro” - “e tinha um
grande e alto muro...”(Ap.21:12). O muro da cidade sugere a segurança e
organização que os salvos desfrutarão ali; e também que a cidade está reservada
a um povo separado.
d) a Formosa cidade
não necessita de sol nem de luz – “a
cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a
glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações
andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. Ela
não necessitará de sol nem de luz, porque será iluminada pela glória divina e, mais, terá o Cordeiro como sua
lâmpada (Ap.21:23).
e) nessa cidade
maravilhosa não haverá doença e nem morte. A vida é eterna e de felicidade absoluta (Ap.22:1,2) –
“e mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia
do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e da outra banda
do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês
em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações”.
No
éden, o homem possuía uma eternidade condicional, embora, enquanto obedecesse
ao Senhor, jamais morreria. Na Nova Jerusalém, porém, a situação é bem
diferente: o homem terá a vida eterna. A vida eterna é recebida por todos
aqueles que creem em Jesus Cristo. Está escrito: “e esta é a promessa que Ele
nos fez: a vida eterna” (1João
5:25). “quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a
vida” (1João 5:12). “e a vida eterna é esta: que conheçam a Ti só por único Deus
verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
- “o rio puro da água da
vida “(Ap.22:1,2). Isto fala-nos de perene comunhão com Deus.
O rio puro da água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro é símbolo
da comunhão entre Deus e o homem através de Jesus Cristo. Disse Jesus: “quem
crê em mim, como diz a escritura, rios de água viva manarão do seu ventre”
(João 7:38). “…aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede,
porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a
vida eterna (João 4:14). Somente pode morar na Nova Jerusalém quem recebeu
a água viva oferecida por Jesus.
- “no meio da praça…estava a árvore da vida” (Ap.22:2). Isto nos fala de eternidade. A vida na Nova
Jerusalém é eterna, pois Deus se encarregará de regenerar constantemente o
homem, de impedir que o tempo tenha
qualquer efeito sobre ele. É o Estado Eterno, ou seja, o tempo não mais existirá. A
árvore da vida é o próprio Cristo,
o Pão da vida - “…o Pão que desce do céu, para que o que dele comer não
morra”(João 6:50). “…o Pão vivo que desceu do céu [que] se alguém comer (…)
viverá para sempre” (João 6:51a).
- O texto de
Apocalipse 22:2 também nos fala: “de mês em mês, dá seu fruto e que
seu fruto é restaurador, sarador, é para a saúde das nações”. Quanto a
periodicidade mencionada(“mês em mês”) é figurativa. Na Nova Jerusalém não
haverá mais tempo; apenas retrata a constância
com que se dará esta comunhão.
· “saúde
das nações”. Também é
figurativa a afirmação concernente à “saúde das nações”, pois, na Nova Jerusalém,
não haverá qualquer possibilidade de doença.
f) na
Formosa Jerusalém não haverá templo, pois o seu templo é o Senhor - “e nela
não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro”
(Ap.21:22). A presença e a comunhão íntima com Deus permearão toda a cidade
santa.
g) para sempre serviremos
ao Senhor (Ap.22:3) - “e
ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e
do Cordeiro, e os seus servos o
servirão”. Aqueles que tiverem sido servos do Senhor aqui na Terra hão
de continuar a servi-lo ali: "os seus servos o servirão". Alguns pensam que na eternidade com Cristo,
na santa Cidade, não haverá trabalho. Esquecem-se de que Deus, sendo perfeito
em tudo, trabalha: “e Jesus lhes respondeu: meu Pai trabalha até agora, e eu
trabalho também” (João 5:17).
Estejamos, pois,
preparados para o glorioso dia da vinda do Senhor Jesus Cristo, pois assim
estaremos sempre com o Senhor - “portanto, consolai-vos uns aos outros com
estas palavras" (1Ts.4:17,18).
4. A perfeição da Cidade
Na Nova Jerusalém
haverá:
a) governo
perfeito. O homem
não tem sabido, nem podido governar bem na terra. Aqui, os governos são
injustos. Todas as tentativas humanas nesse sentido fracassaram.
Mas, Cristo exercerá um
governo perfeito. Nunca jamais haverá desordem, insatisfação, injustiça, conflitos,
guerras, fome, desemprego etc.
b) habitantes perfeitos
- “e ali nunca
mais haverá maldição contra alguém” (Ap.22:3). Nunca jamais haverá pecado, o
que resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda sorte de
maldição - “maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os
dias da tua vida” (Gn.3:17).
c) serviço perfeito
- "os seus
servos o servirão" (Ap.22:3). O maior privilégio do homem é servir a Deus.
O trabalho para Deus será então perfeito, culto perfeito, atividades perfeitas.
Quantas maravilhas aguardam os salvos!
d) comunhão
perfeita. João
ouve uma proclamação vinda do céu: “eis o Tabernáculo de Deus com os homens.
Deus habitará com eles”(Ap.21:3). Como povo de Deus, desfrutaremos comunhão
mais próxima com Ele do que jamais imaginamos. Somente na Nova Jerusalém, esta
comunhão será restabelecida por completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo
apóstolo João, de vermos Deus como Ele
é (1João 3:2).
e) visão perfeita -
"contemplarão
a sua face" (Ap.22:4). Somente com uma visão perfeita será isso
possível. Na Formosa Jerusalém veremos a face do nosso Senhor!
f) identificação
perfeita - "e
nas suas frontes está o nome dele" (Ap.22:4). Nome na Bíblia fala de
caráter, daquilo que a pessoa de fato é. Na Formosa Jerusalém haverá então uma
perfeita identificação entre Deus e os seus remidos. No Antigo Testamento o
sumo sacerdote levava gravadas numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa
sagrada, as palavras: "santidade ao Senhor" (Êx.39:30), mas na Formosa
Jerusalém, onde a santidade é perfeita, o próprio nome de Deus estará sobre a
fronte dos seus filhos.
g) interação
perfeita - "e
reinarão pelos séculos dos séculos" (Ap.22:5). Na Formosa Jerusalém,
todos juntos, harmonicamente, e sempre, reinaremos. Isso jamais será conseguido
aqui, mas no perfeito Estado Eterno, sim!
CONCLUSÃO
O Apocalipse encerra a
história humana da mesma forma que o livro de Gênesis a iniciou: no paraíso. Mas
existe uma diferença inconfundível no livro de Apocalipse: o mal foi eliminado
para sempre. Gênesis descreve Adão e Eva caminhando e falando com Deus. Apocalipse
descreve as pessoas adorando a Deus face a face. Gênesis descreve um jardim com
uma serpente do mal. Apocalipse descreve uma Cidade perfeita, sem qualquer influência
maligna. O Jardim do Éden foi destruído pelo pecado, mas o Paraíso foi recriado
na Nova Jerusalém celestial.
Queres viver nessa Cidade
gloriosa, a Nova Jerusalém celestial, que Jesus foi preparar para sua amada Igreja?
Tome o seu passaporte: o sangue de Jesus. Está escrito: “bem-aventurados
aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham
direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas” (Ap.22:14). Para
aqueles que já têm este passaporte: “conservemos em nossa lembrança as riquezas
do lindo país e guardemos conosco a esperança de uma vida melhor, mais feliz.
pois dali, pois dali, uma voz verdadeira não cansa de oferecer-nos do reino da
luz o amor protetor de Jesus. Se quisermos gozar da ventura que no belo País
haverá, é somente pedir de alma pura, que de graça Jesus nos dará. Pois dali,
pois dali, todo cheio de amor, de ternura, deste amor que mostrou-nos na cruz,
nos escuta, nos ouve Jesus” (3ª e 4ª estrofes do hino 202 da harpa cristã).
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Luciano de Paula Lourenço