Texto Base: Atos 5:1-11
“Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos”(Hb 12:8)
INTRODUÇÃO
O mandato bíblico referente à disciplina na igreja é encontrado especialmente no ensino de Jesus (Mt 18:15-17) e nos escritos de Paulo (1Co 5:1-13). Também, há clara referência bíblica de que a igreja que negligencia o exercício desse mandato compromete não apenas sua eficiência espiritual, mas sua própria existência. A igreja sem disciplina é uma igreja sem pureza (Ef 5:25-27) e sem poder (Js 7:11-12a). A igreja de Tiatira foi repreendida devido à sua flexibilidade moral (Ap 2:20-24). Uma igreja sem disciplina torna-se um empecilho para o avanço do evangelho. Essa relação vital entre evangelismo e disciplina é clara à luz de 1Co 5:12-13. O evangelismo é dirigido aos que estão fora dos portões da igreja e que estão escravizados pelo pecado. A disciplina é dirigida àqueles que estão dentro dos portões da igreja e que estão se sujeitando ao domínio do pecado. Assim, ambos (evangelismo e disciplina) almejam a liberdade do pecador e a concretização do triunfo histórico da graça sobre o pecado na vida do mesmo (Rm 6:1-23). Uma igreja sem disciplina proclama uma liberdade desconhecida, ou rejeitada, pelos seus próprios membros. Há pouca vantagem em uma igreja que tenta vencer o mundo se ela já tem se rendido ao mundo. Mostram as Escrituras que sem o exercício da disciplina, jamais alcançaremos o alvo que nos traçou Deus através de Cristo: a estatura de um ser humano perfeito(o que acontecerá no último processo da salvação: a glorificação) como perfeito era Adão antes de haver transgredido a lei divina.
I. A DISCIPLINA E SUA NECESSIDADE
A disciplina objetiva evitar que um erro seja repetido. Uma pessoa sem disciplina não consegue entender seus próprios limites, nem a consequencia de seus atos. Disse o sábio Salomão: “O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga”(Pv 13:24). Disciplinar é, antes de tudo, ensinar, para depois cobrar o que foi ensinado.
1. Definindo a disciplina. “Disciplina”, diz-nos o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “o ensino e educação que um discípulo recebe do mestre”, “obediência às regras e aos superiores”; “regulamento sobre a conduta dos diversos membros de uma coletividade, imposto ou aceito democraticamente, que tem por finalidade o bem-estar dos membros e o bom andamento dos trabalhos”; “ordem, bom comportamento”; “obediência a regras de cunho interior; firmeza, constância”.
Embora o cristão esteja livre por força da obra redentora de Cristo no Calvário, a liberdade tem, como correspondente necessário, a responsabilidade. Jesus, mesmo, ensinou-nos que, para segui-lo é necessário, antes, renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; 14:27), ou seja, a liberdade que há em Cristo exige uma disciplina, uma conduta, pois não fazemos o que queremos, mas cumprimos a vontade do Senhor.
É interessante observar que os seguidores de Jesus são chamados de “discípulos”, ou seja, “alunos”, “aprendizes”, mas a palavra “discípulo” está diretamente relacionada com a palavra “disciplina”. Servir a Jesus, portanto, é sujeitar-se a uma disciplina, a um regulamento, a um modelo, é obedecer a uma série de preceitos, sem os quais não se atingirá o objetivo da nossa fé no Senhor, que é a salvação de nossas almas (1Pe 1:9). O Senhor deixou claro que a sujeição a esta conduta é a característica do discípulo (Lc 14:27).
2. A disciplina no Antigo Testamento. Segundo alguns estudiosos, o termo “disciplinar” no Antigo Testamento, em hebraico é yãsar e significa repreender, instruir, e os seus derivados são: yissôr aquele que reprova, e – mûsãr que quer dizer disciplina. Os termos yãsar e mûsãr demonstram a correção que resulta em educação. Esses dois termos quando aplicados à disciplina de Deus em relação ao seu povo demonstram a correção de um pai amoroso ao filho que precisa mudar para que não venha a cair no erro a todo instante. Cremos que a disciplina do Antigo Testamento é considerada como educação teocêntrica, que parte do Deus amoroso para com os seus filhos pecadores.
Podemos dizer também que no Antigo Testamento a disciplina refere-se à instrução com o intuito de guiar alguém à conduta. Em Provérbios, Salomão deixa isto bem claro quando diz: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão”(Pv 3:11). Moisés também, ao falar sobre a disciplina do Senhor como forma de instrução, registra em Deuteronômio 11:2: “Não falo com os vossos filhos que não conheceram nem viram a disciplina do Senhor vosso Deus...”. Temos também o Livro dos Salmos que cita a disciplina como forma de instrução para que o servo de Deus não se desvie dos Caminhos Santos. O Salmo 50:16 e17 diz: “De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeita as minhas palavras?”.
Vemos que, a disciplina do Senhor visava sempre o bem, e nesses textos que lemos, vimos que, os que não acatam a disciplina do Senhor, não podem ser considerados seus servos, não fazem parte do seu povo santo e separado.
Os santos do Antigo Testamento, em sua peregrinação rumo à Jerusalém Celeste, disciplinavam-se de tal forma que, ousada e bravamente, venceram um mundo comprometido com o maligno. Quando lemos o capítulo 11 de Hebreus, fascinamo-nos, de imediato, por aqueles homens e mulheres que, na marcha para os céus, operaram o impossível. O segredo? A disciplina da piedade.
3. A disciplina em o Novo Testamento. Em o Novo Testamento, a palavra “disciplina” aparece em Cl 2:23 traduzindo a palavra grega “apheidia”, cujo significado é “severidade”, “tratamento duro”, expressão que o apóstolo aplicara para as práticas ascéticas seguidas pelos gnósticos que estavam perturbando a igreja em Colossos. Já em Hb 12:8, a palavra “disciplina” traduz a palavra grega “paidéia”, palavra que corresponde ao hebraico “mûsãr” e cujo significado é “instrução”, “disciplina”, “castigo”. No texto em apreço, o escritor aos hebreus faz questão de mostrar aos servos de Deus que o Senhor nos mantém sob disciplina porque nos ama, porque faz parte do real e verdadeiro relacionamento com Deus a manutenção de uma vida regrada, de uma vida disciplinada.
A Cabeça da Igreja, o Senhor Jesus, foi quem instituiu a disciplina na Sua Igreja com o objetivo de restringir o pecado na vida do crente, de modo que o servo venha a ser obediente à Palavra do seu Senhor. No Evangelho segundo Mateus, o próprio Jesus dá aos discípulos o poder de aplicar a disciplina quando disse: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 8:15-18). Nesse texto, vemos como a disciplina deve ser aplicada e como deve ser o seu procedimento.
Exemplos de punições aplicadas no Novo Testamento são os casos de Ananias e Safira em Atos capítulo 5, e o caso do mágico Simão(Atos 8:24).
Portanto, quando falamos de disciplina na Igreja é transmitida a mesma idéia: fazer com que o cristão se mantenha nos caminhos do Senhor, a fim de que o mesmo não transgrida os preceitos colocados por Deus na sua Santa Palavra. Caso haja a transgressão, é necessária a aplicação da disciplina. Cremos que muitas igrejas, atualmente, estão em ruína, porque não tem dado o devido valor à Palavra do Senhor.
Atualmente, devemos, como nunca, procurar aprender com o Senhor, mantendo com Ele um contínuo diálogo mediante a leitura e meditação da Palavra e a oração, para que, pelo Espírito de Deus, compreendamos o desejo, a vontade de Deus para as nossas vidas e para que ajamos cada vez mais como verdadeiros “cristãos”, ou seja, “parecidos com Cristo”. Foi esta semelhança que fez com que os habitantes de Antioquia denominassem os discípulos de cristãos(At 11:26).
Não se compreende, pois, que pessoas queiram servir ao Senhor Jesus, digam-se “crentes” na atualidade, mas não têm qualquer interesse em aprender de Jesus, nem sequer fazem uma leitura devocional diária das Escrituras Sagradas. Tais pessoas são “sem disciplina” e, por isso, não podem ser consideradas como verdadeiros “discípulos” do Senhor.
4. Símbolos (figuras) das disciplinas da vida cristã. Nas Escrituras Sagradas, o cristão é apresentado por três figuras que bem explicam o caráter indispensável da disciplina na vida espiritual: o soldado, o atleta e o agricultor. Todos estes evidenciam, em suas atividades, a necessidade da disciplina na vida diária de cada crente.
a) A disciplina do crente como soldado – “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”(2 Tm 2:3,4).
A imagem do soldado com a do cristão disciplinado é extremamente apropriada, porquanto o Senhor, quando disse que iria edificar a sua igreja, disse que ela estaria em constante luta contra os poderes do mal (Mt 16:18). A vida espiritual sobre a face da Terra, portanto, é caracterizada por uma constante luta entre os servos de Deus e o inimigo de nossas almas, uma luta que é muito mais difícil e renhida do que a luta entre os homens, pois não envolve a carne e o sangue, mas as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12).
O apóstolo Paulo bem afirmou que o cristão, consciente desta sua condição de soldado, deve ter a armadura de Deus, descrita em Ef 6:13-17, devendo estar treinado para delas usar em qualquer ocasião, bem como que mantenha uma boa forma, o que se faria por meio da oração, da vigilância e da perseverança (Ef 6:18). Portanto, assim como o soldado, deve o cristão, na sua vida diária, manter uma disciplina, um modo de viver que o permita lutar contra o inimigo a qualquer instante.
b) A disciplina do crente como atleta(ler 1Co 9:24-27). Um atleta, para poder ter chance de vencer uma competição, precisa dirigir sua vida tendo em vista única e exclusivamente o prêmio que pretende conquistar. Como vemos todos os dias, os grandes atletas estabelecem uma maneira de viver levando em conta tão somente os objetivos a que se propôs. Tem uma alimentação dirigida para a sua atividade esportiva, um período de sono também relacionado com sua atividade, um cronograma extremamente rigoroso, onde cada ação sua tem em vista tão somente a competição, a obtenção do prêmio.
O cristão, assim como o atleta, tem de se abster de tudo aquilo que possa comprometer a sua forma espiritual, de tudo quanto possa fazer com que o seu rendimento não o permita alcançar a vitória. Muitos cristãos, entretanto, assim como muitos atletas, deixam-se envolver pelas coisas desta vida, pelas distrações e acabam perdendo a sua forma espiritual, deixam de render e fracassam as suas carreiras, seguindo o triste exemplo de Demas (2Tm 4:10).
c) A disciplina do crente como agricultor. O agricultor é uma pessoa paciente. Ele espera o precioso fruto da terra e, por isso, é dotado de paciência(Tg 5:7), pois sabe que a frutificação não está sob seu controle, mas, sim, sob o controle do Senhor. Esperar com paciência no Senhor é algo que somente o verdadeiro cristão disciplinado tem condições de fazer. O salmista afirma que o fazia porque havia, realmente, tido uma transformação de vida (Sl 40:1-3). O exercício da paciência ao modo do agricultor faz com que se alcance a bem-aventurança, pois, como afirma o salmista, é “bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e que não respeita aos soberbos nem os que se desviam para a mentira” (Sl 40:4).
Nos dias em que vivemos, a característica não é a paciência, mas, sim, o imediatismo. As pessoas exigem que tudo aconteça já e não são poucos os que “exigem” de Deus esta prontidão, esquecendo-se que uma vida cristã disciplinada, de acordo com a vontade de Deus, é comparada ao agricultor, que tem na paciência, na espera da chuva serôdia e temporã, o segredo da sua vitória, de seu êxito, de sua frutificação. É bom ressaltar que sem fruto, o crente é cortado da videira verdadeira (João 15:4,6).
1. Definindo a disciplina. “Disciplina”, diz-nos o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “o ensino e educação que um discípulo recebe do mestre”, “obediência às regras e aos superiores”; “regulamento sobre a conduta dos diversos membros de uma coletividade, imposto ou aceito democraticamente, que tem por finalidade o bem-estar dos membros e o bom andamento dos trabalhos”; “ordem, bom comportamento”; “obediência a regras de cunho interior; firmeza, constância”.
Embora o cristão esteja livre por força da obra redentora de Cristo no Calvário, a liberdade tem, como correspondente necessário, a responsabilidade. Jesus, mesmo, ensinou-nos que, para segui-lo é necessário, antes, renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; 14:27), ou seja, a liberdade que há em Cristo exige uma disciplina, uma conduta, pois não fazemos o que queremos, mas cumprimos a vontade do Senhor.
É interessante observar que os seguidores de Jesus são chamados de “discípulos”, ou seja, “alunos”, “aprendizes”, mas a palavra “discípulo” está diretamente relacionada com a palavra “disciplina”. Servir a Jesus, portanto, é sujeitar-se a uma disciplina, a um regulamento, a um modelo, é obedecer a uma série de preceitos, sem os quais não se atingirá o objetivo da nossa fé no Senhor, que é a salvação de nossas almas (1Pe 1:9). O Senhor deixou claro que a sujeição a esta conduta é a característica do discípulo (Lc 14:27).
2. A disciplina no Antigo Testamento. Segundo alguns estudiosos, o termo “disciplinar” no Antigo Testamento, em hebraico é yãsar e significa repreender, instruir, e os seus derivados são: yissôr aquele que reprova, e – mûsãr que quer dizer disciplina. Os termos yãsar e mûsãr demonstram a correção que resulta em educação. Esses dois termos quando aplicados à disciplina de Deus em relação ao seu povo demonstram a correção de um pai amoroso ao filho que precisa mudar para que não venha a cair no erro a todo instante. Cremos que a disciplina do Antigo Testamento é considerada como educação teocêntrica, que parte do Deus amoroso para com os seus filhos pecadores.
Podemos dizer também que no Antigo Testamento a disciplina refere-se à instrução com o intuito de guiar alguém à conduta. Em Provérbios, Salomão deixa isto bem claro quando diz: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão”(Pv 3:11). Moisés também, ao falar sobre a disciplina do Senhor como forma de instrução, registra em Deuteronômio 11:2: “Não falo com os vossos filhos que não conheceram nem viram a disciplina do Senhor vosso Deus...”. Temos também o Livro dos Salmos que cita a disciplina como forma de instrução para que o servo de Deus não se desvie dos Caminhos Santos. O Salmo 50:16 e17 diz: “De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeita as minhas palavras?”.
Vemos que, a disciplina do Senhor visava sempre o bem, e nesses textos que lemos, vimos que, os que não acatam a disciplina do Senhor, não podem ser considerados seus servos, não fazem parte do seu povo santo e separado.
Os santos do Antigo Testamento, em sua peregrinação rumo à Jerusalém Celeste, disciplinavam-se de tal forma que, ousada e bravamente, venceram um mundo comprometido com o maligno. Quando lemos o capítulo 11 de Hebreus, fascinamo-nos, de imediato, por aqueles homens e mulheres que, na marcha para os céus, operaram o impossível. O segredo? A disciplina da piedade.
3. A disciplina em o Novo Testamento. Em o Novo Testamento, a palavra “disciplina” aparece em Cl 2:23 traduzindo a palavra grega “apheidia”, cujo significado é “severidade”, “tratamento duro”, expressão que o apóstolo aplicara para as práticas ascéticas seguidas pelos gnósticos que estavam perturbando a igreja em Colossos. Já em Hb 12:8, a palavra “disciplina” traduz a palavra grega “paidéia”, palavra que corresponde ao hebraico “mûsãr” e cujo significado é “instrução”, “disciplina”, “castigo”. No texto em apreço, o escritor aos hebreus faz questão de mostrar aos servos de Deus que o Senhor nos mantém sob disciplina porque nos ama, porque faz parte do real e verdadeiro relacionamento com Deus a manutenção de uma vida regrada, de uma vida disciplinada.
A Cabeça da Igreja, o Senhor Jesus, foi quem instituiu a disciplina na Sua Igreja com o objetivo de restringir o pecado na vida do crente, de modo que o servo venha a ser obediente à Palavra do seu Senhor. No Evangelho segundo Mateus, o próprio Jesus dá aos discípulos o poder de aplicar a disciplina quando disse: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 8:15-18). Nesse texto, vemos como a disciplina deve ser aplicada e como deve ser o seu procedimento.
Exemplos de punições aplicadas no Novo Testamento são os casos de Ananias e Safira em Atos capítulo 5, e o caso do mágico Simão(Atos 8:24).
Portanto, quando falamos de disciplina na Igreja é transmitida a mesma idéia: fazer com que o cristão se mantenha nos caminhos do Senhor, a fim de que o mesmo não transgrida os preceitos colocados por Deus na sua Santa Palavra. Caso haja a transgressão, é necessária a aplicação da disciplina. Cremos que muitas igrejas, atualmente, estão em ruína, porque não tem dado o devido valor à Palavra do Senhor.
Atualmente, devemos, como nunca, procurar aprender com o Senhor, mantendo com Ele um contínuo diálogo mediante a leitura e meditação da Palavra e a oração, para que, pelo Espírito de Deus, compreendamos o desejo, a vontade de Deus para as nossas vidas e para que ajamos cada vez mais como verdadeiros “cristãos”, ou seja, “parecidos com Cristo”. Foi esta semelhança que fez com que os habitantes de Antioquia denominassem os discípulos de cristãos(At 11:26).
Não se compreende, pois, que pessoas queiram servir ao Senhor Jesus, digam-se “crentes” na atualidade, mas não têm qualquer interesse em aprender de Jesus, nem sequer fazem uma leitura devocional diária das Escrituras Sagradas. Tais pessoas são “sem disciplina” e, por isso, não podem ser consideradas como verdadeiros “discípulos” do Senhor.
4. Símbolos (figuras) das disciplinas da vida cristã. Nas Escrituras Sagradas, o cristão é apresentado por três figuras que bem explicam o caráter indispensável da disciplina na vida espiritual: o soldado, o atleta e o agricultor. Todos estes evidenciam, em suas atividades, a necessidade da disciplina na vida diária de cada crente.
a) A disciplina do crente como soldado – “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”(2 Tm 2:3,4).
A imagem do soldado com a do cristão disciplinado é extremamente apropriada, porquanto o Senhor, quando disse que iria edificar a sua igreja, disse que ela estaria em constante luta contra os poderes do mal (Mt 16:18). A vida espiritual sobre a face da Terra, portanto, é caracterizada por uma constante luta entre os servos de Deus e o inimigo de nossas almas, uma luta que é muito mais difícil e renhida do que a luta entre os homens, pois não envolve a carne e o sangue, mas as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12).
O apóstolo Paulo bem afirmou que o cristão, consciente desta sua condição de soldado, deve ter a armadura de Deus, descrita em Ef 6:13-17, devendo estar treinado para delas usar em qualquer ocasião, bem como que mantenha uma boa forma, o que se faria por meio da oração, da vigilância e da perseverança (Ef 6:18). Portanto, assim como o soldado, deve o cristão, na sua vida diária, manter uma disciplina, um modo de viver que o permita lutar contra o inimigo a qualquer instante.
b) A disciplina do crente como atleta(ler 1Co 9:24-27). Um atleta, para poder ter chance de vencer uma competição, precisa dirigir sua vida tendo em vista única e exclusivamente o prêmio que pretende conquistar. Como vemos todos os dias, os grandes atletas estabelecem uma maneira de viver levando em conta tão somente os objetivos a que se propôs. Tem uma alimentação dirigida para a sua atividade esportiva, um período de sono também relacionado com sua atividade, um cronograma extremamente rigoroso, onde cada ação sua tem em vista tão somente a competição, a obtenção do prêmio.
O cristão, assim como o atleta, tem de se abster de tudo aquilo que possa comprometer a sua forma espiritual, de tudo quanto possa fazer com que o seu rendimento não o permita alcançar a vitória. Muitos cristãos, entretanto, assim como muitos atletas, deixam-se envolver pelas coisas desta vida, pelas distrações e acabam perdendo a sua forma espiritual, deixam de render e fracassam as suas carreiras, seguindo o triste exemplo de Demas (2Tm 4:10).
c) A disciplina do crente como agricultor. O agricultor é uma pessoa paciente. Ele espera o precioso fruto da terra e, por isso, é dotado de paciência(Tg 5:7), pois sabe que a frutificação não está sob seu controle, mas, sim, sob o controle do Senhor. Esperar com paciência no Senhor é algo que somente o verdadeiro cristão disciplinado tem condições de fazer. O salmista afirma que o fazia porque havia, realmente, tido uma transformação de vida (Sl 40:1-3). O exercício da paciência ao modo do agricultor faz com que se alcance a bem-aventurança, pois, como afirma o salmista, é “bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e que não respeita aos soberbos nem os que se desviam para a mentira” (Sl 40:4).
Nos dias em que vivemos, a característica não é a paciência, mas, sim, o imediatismo. As pessoas exigem que tudo aconteça já e não são poucos os que “exigem” de Deus esta prontidão, esquecendo-se que uma vida cristã disciplinada, de acordo com a vontade de Deus, é comparada ao agricultor, que tem na paciência, na espera da chuva serôdia e temporã, o segredo da sua vitória, de seu êxito, de sua frutificação. É bom ressaltar que sem fruto, o crente é cortado da videira verdadeira (João 15:4,6).
II. A OFERTA DE ANANIAS E SAFIRA
Ananias e Safira parecem ter se impressionado com a generosidade de Barnabé e outros(Atos 4:36,37). Talvez desejassem receber o louvor dos homens por um ato semelhante de bondade. Por essa razão, venderam uma propriedade e deram parte da renda aos apóstolos. O pecado deles foi terem dito que haviam dado tudo, quando, na verdade, entregaram apenas parte do dinheiro. Eles fingiram uma entrega total quando, na realidade, tinham retido uma parte. Por meio do dom de discernimento do Espírito, Pedro percebeu toda a mentira deles e veio um repentino juízo divino sobre o casal. Pedro acusou Ananias e sua esposa de mentir não apenas aos homens, mas também ao Espírito Santo. Ao mentir ao Espírito Santo, Ananias e Safira mentiram a Deus, pois o Espírito Santo é Deus.
1. O pecado contra o Espírito Santo e a Igreja. Os pecados mais evidentes contra o Espírito Santo são os seguintes: Resistir ao Espírito Santo; Entristecer; Mentir; Extinguir; Agravar e Blasfemar contra o Espírito Santo. Os dois últimos são os considerados imperdoáveis, porque são praticados de forma voluntária e dirigidos diretamente à Pessoa do Espírito Santo. Quem o disse foi o próprio Jesus, no episódio narrado nos evangelhos de Mateus(Mt 12:31) e de Marcos, e cujo ensinamento foi mencionado também no evangelho de Lucas, quando os fariseus disseram que Ele expulsava demônios pelo príncipe dos demônios. Além desta passagem dos evangelhos, o escritor aos hebreus também nos fala a respeito deste pecado(Hb 10:29), demonstrando, também, ao longo de sua epístola, que não há possibilidade de redenção para quem, voluntariamente, já tendo sido alvo da graça salvadora de Deus na pessoa de Cristo Jesus, vier a pecar de modo deliberado, agravando o Espírito da graça.
O pecado de Ananias e Safira foi a hipocrisia, a mentira. Este pecado está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo Espírito Santo, denuncia a mentira de Ananias e Safira: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?" (At 5:3). A atitude deste casal foi qualificada pelo apóstolo Pedro como mentira ao Espírito Santo. Neste caso, temos uma deliberada ação de desprezo e de irreverência em relação ao Espírito Santo.
Segundo Stott, “à primeira vista, não havia nada de errado em ficar com parte do dinheiro da venda. Como Pedro disse mais tarde, claramente, a propriedade era deles, tanto antes como depois da venda(ver Atos 5:4). Eles não tinham a obrigação de vender a terra, nem de, após vende-la, doar uma parte do dinheiro da venda e, muito menos, todo ele. Entretanto, a história não está completa. Existe outra coisa, algo meio obscuro. Pois, ao declarar que Ananias reteve parte do dinheiro, Lucas emprega o verbo nosphizomai, que significa ‘apropriar-se indevidamente’. A mesma palavra foi usada na Septuaginta em relação ao roubo de Acã, e na única outra ocorrência do Novo Testamento, esse verbo significa roubar. Devemos, portanto, pressupor que, antes da venda, Ananias e Safira assumiram algum tipo de compromisso no sentido de darem à igreja todo o dinheiro. Por causa disso, quando trouxeram apenas parte do valor, em vez de tudo, eles se tornaram culpados de apropriação indébita”.
Contudo, diz Stott, “Pedro não denunciou a falta de honestidade (trazer apenas uma parte do dinheiro da venda), mas a falta de integridade (trazer apenas uma parte, fingindo que era todo o dinheiro). Eles não eram avarentos; eram ladrões e – sobretudo – mentirosos. Queriam o crédito e o prestígio da generosidade sacrificial, sem terem que arcar com as inconveniências. Assim, a fim de conquistar uma reputação à qual não tinham direito, contaram uma mentira deslavada. A motivação do casal, ao dar, não era aliviar os pobres, mas inflar o próprio ego”.
Ananias e Safira deixaram-se influenciar pelo adversário de nossas almas que encontrou ocasião para encher o coração daquele infeliz casal, a tal ponto que ambos entenderam não haver problema algum em mentir sobre o preço da herdade diante das autoridades constituídas sobre a Igreja. É interessante observar que, quando a Bíblia nos fala a respeito de Judas Iscariotes, diz que o diabo havia entrado em seu coração(Lc 22:3) e, em outra passagem, que havia posto no coração o desejo da traição (João 13:2), mas, com relação a Ananias e a Safira, é dito que o coração deles foi cheio por Satanás, a demonstrar, portanto, como era funesta a situação espiritual daquele casal, bem pior que a do próprio traidor do Senhor.
1. O pecado contra o Espírito Santo e a Igreja. Os pecados mais evidentes contra o Espírito Santo são os seguintes: Resistir ao Espírito Santo; Entristecer; Mentir; Extinguir; Agravar e Blasfemar contra o Espírito Santo. Os dois últimos são os considerados imperdoáveis, porque são praticados de forma voluntária e dirigidos diretamente à Pessoa do Espírito Santo. Quem o disse foi o próprio Jesus, no episódio narrado nos evangelhos de Mateus(Mt 12:31) e de Marcos, e cujo ensinamento foi mencionado também no evangelho de Lucas, quando os fariseus disseram que Ele expulsava demônios pelo príncipe dos demônios. Além desta passagem dos evangelhos, o escritor aos hebreus também nos fala a respeito deste pecado(Hb 10:29), demonstrando, também, ao longo de sua epístola, que não há possibilidade de redenção para quem, voluntariamente, já tendo sido alvo da graça salvadora de Deus na pessoa de Cristo Jesus, vier a pecar de modo deliberado, agravando o Espírito da graça.
O pecado de Ananias e Safira foi a hipocrisia, a mentira. Este pecado está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo Espírito Santo, denuncia a mentira de Ananias e Safira: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?" (At 5:3). A atitude deste casal foi qualificada pelo apóstolo Pedro como mentira ao Espírito Santo. Neste caso, temos uma deliberada ação de desprezo e de irreverência em relação ao Espírito Santo.
Segundo Stott, “à primeira vista, não havia nada de errado em ficar com parte do dinheiro da venda. Como Pedro disse mais tarde, claramente, a propriedade era deles, tanto antes como depois da venda(ver Atos 5:4). Eles não tinham a obrigação de vender a terra, nem de, após vende-la, doar uma parte do dinheiro da venda e, muito menos, todo ele. Entretanto, a história não está completa. Existe outra coisa, algo meio obscuro. Pois, ao declarar que Ananias reteve parte do dinheiro, Lucas emprega o verbo nosphizomai, que significa ‘apropriar-se indevidamente’. A mesma palavra foi usada na Septuaginta em relação ao roubo de Acã, e na única outra ocorrência do Novo Testamento, esse verbo significa roubar. Devemos, portanto, pressupor que, antes da venda, Ananias e Safira assumiram algum tipo de compromisso no sentido de darem à igreja todo o dinheiro. Por causa disso, quando trouxeram apenas parte do valor, em vez de tudo, eles se tornaram culpados de apropriação indébita”.
Contudo, diz Stott, “Pedro não denunciou a falta de honestidade (trazer apenas uma parte do dinheiro da venda), mas a falta de integridade (trazer apenas uma parte, fingindo que era todo o dinheiro). Eles não eram avarentos; eram ladrões e – sobretudo – mentirosos. Queriam o crédito e o prestígio da generosidade sacrificial, sem terem que arcar com as inconveniências. Assim, a fim de conquistar uma reputação à qual não tinham direito, contaram uma mentira deslavada. A motivação do casal, ao dar, não era aliviar os pobres, mas inflar o próprio ego”.
Ananias e Safira deixaram-se influenciar pelo adversário de nossas almas que encontrou ocasião para encher o coração daquele infeliz casal, a tal ponto que ambos entenderam não haver problema algum em mentir sobre o preço da herdade diante das autoridades constituídas sobre a Igreja. É interessante observar que, quando a Bíblia nos fala a respeito de Judas Iscariotes, diz que o diabo havia entrado em seu coração(Lc 22:3) e, em outra passagem, que havia posto no coração o desejo da traição (João 13:2), mas, com relação a Ananias e a Safira, é dito que o coração deles foi cheio por Satanás, a demonstrar, portanto, como era funesta a situação espiritual daquele casal, bem pior que a do próprio traidor do Senhor.
III. O EXTREMO DA DISCIPLINA
1. A sentença de morte. Quem mente ao Espírito Santo, menospreza a sua deidade; Ele é Deus (vv.3,4). Como Pessoa da Santíssima Trindade, Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Logo, mentir e tentar o Espírito do Senhor (v.9), é testar a tolerância de Deus, isto é, pecar até enquanto Deus suportar. Ver Nm 14.22,23; Dt 6.16; Mt 4.7.
O resultado de uma tal conduta é terrível. Ananias e Safira morreram fulminados, o que gerou grande temor em toda a igreja e em todos que ouviram o que havia acontecido (At 5:11). Nos nossos dias, como não tem havido a morte física daqueles que assim agem, há muitos que não demonstram o mesmo temor da igreja primitiva, e assim tem-se visto a morte espiritual de muitos que assim têm se comportado, como dão conta os diversos e cada vez mais numerosos escândalos que têm ocorrido nas igrejas locais.
Vivemos tempos trabalhosos (2Tm 3:1), tempos em que há multiplicação do pecado (Mt 24:12), tempos de escassez de fé na Terra(Lc 18:8). São dias em que há falta de temor por parte de multidões que, insensibilizadas pelos seus pecados, tornam-se indiferentes ao Espírito Santo, a ponto de deixarem seus corações se encher de Satanás e de mentirem deliberadamente contra o Espírito Santo.
2. A maldição é retirada do arraial dos santos. A prática de Ananias e Safira se assemelha à de Acã (Josué 7), ocorrida logo no início da entrada de Israel na terra prometida (Canaã). O comportamento hipócrita desse casal foi mais um exemplo da estratégia de Satanás para destruir a comunhão e pureza espiritual da igreja. Alguém disse que a história de Ananias é para o livro de Atos o que a história de Acã é para o livro de Josué. Em ambas as narrativas, uma mentira interrompe o progresso vitorioso do povo de Deus.
Segundo John Stott, “se a hipocrisia de Ananias e Safira não tivesse sido exposta e castigada publicamente, o ideal cristão de uma comunhão aberta não teria sido preservado, e a afirmação atual: ‘existem tantos hipócritas dentro da Igreja’ teria sido ouvida desde o inicio”.
Recordando: O capítulo 7 do livro histórico de Josué trata do assunto do pecado de Acã. Espias foram enviados para fazer o levantamento estratégico de como seria a batalha (Js 7:2). O efetivo foi numerado e enviado a guerrear (v.3). O combate contra a cidade de Ai foi um desastre, com baixa de cerca trinta e seis hebreus (vs 4-5). Josué quis saber o porquê (vs.6-9). Deus havia feito garantias a Josué (Js 1:5). “Israel pecou”, disse Deus; transgrediu, furtou e mentiu; escondeu objetos proibidos (vs.10-11). Deus exigiu conserto urgente, sob pena de não mais estar com Israel (vs.12-13). O pecado faz separação entre a pessoa e Deus(Is 59:2). O Senhor Deus coordenou o processo da descoberta e revelação do transgressor (v.14); e sentenciou o culpado à pena de morte (v. 15). Acã admitiu que pecou contra Deus: cobiçou uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro; tomou-os e escondeu em sua tenda(vs. 20-21). Tudo o que estava escondido foi trazido e apresentado por Josué a Deus(vs 22-23). “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos”(Hc 2: 9). Hoje, a capa babilônica representa a sensualidade; a prata, a ambição desmedida e a cunha, o orgulho. Estes males traiçoeiros só vistos e sentidos por aqueles que são vigilantes em Cristo Jesus.
Acã, da tribo de Judá, quebrou o mandamento do Senhor. Apoderou-se de bens valiosos, o que não foi permitido por Deus, quando da queda dos muros de Jericó. Assim como uma pequena enfermidade leva à morte, o pecado de Acã o levou ao abismo.
Dê graças ao Senhor porque Ele não age mais como fez como Acã e com o casal Ananias e Safira, mas não brinque com Ele, porque é horrível cair nas mãos do Deus vivo (Hebreus 10:31). Tratemos de levá-lo a sério.
O resultado de uma tal conduta é terrível. Ananias e Safira morreram fulminados, o que gerou grande temor em toda a igreja e em todos que ouviram o que havia acontecido (At 5:11). Nos nossos dias, como não tem havido a morte física daqueles que assim agem, há muitos que não demonstram o mesmo temor da igreja primitiva, e assim tem-se visto a morte espiritual de muitos que assim têm se comportado, como dão conta os diversos e cada vez mais numerosos escândalos que têm ocorrido nas igrejas locais.
Vivemos tempos trabalhosos (2Tm 3:1), tempos em que há multiplicação do pecado (Mt 24:12), tempos de escassez de fé na Terra(Lc 18:8). São dias em que há falta de temor por parte de multidões que, insensibilizadas pelos seus pecados, tornam-se indiferentes ao Espírito Santo, a ponto de deixarem seus corações se encher de Satanás e de mentirem deliberadamente contra o Espírito Santo.
2. A maldição é retirada do arraial dos santos. A prática de Ananias e Safira se assemelha à de Acã (Josué 7), ocorrida logo no início da entrada de Israel na terra prometida (Canaã). O comportamento hipócrita desse casal foi mais um exemplo da estratégia de Satanás para destruir a comunhão e pureza espiritual da igreja. Alguém disse que a história de Ananias é para o livro de Atos o que a história de Acã é para o livro de Josué. Em ambas as narrativas, uma mentira interrompe o progresso vitorioso do povo de Deus.
Segundo John Stott, “se a hipocrisia de Ananias e Safira não tivesse sido exposta e castigada publicamente, o ideal cristão de uma comunhão aberta não teria sido preservado, e a afirmação atual: ‘existem tantos hipócritas dentro da Igreja’ teria sido ouvida desde o inicio”.
Recordando: O capítulo 7 do livro histórico de Josué trata do assunto do pecado de Acã. Espias foram enviados para fazer o levantamento estratégico de como seria a batalha (Js 7:2). O efetivo foi numerado e enviado a guerrear (v.3). O combate contra a cidade de Ai foi um desastre, com baixa de cerca trinta e seis hebreus (vs 4-5). Josué quis saber o porquê (vs.6-9). Deus havia feito garantias a Josué (Js 1:5). “Israel pecou”, disse Deus; transgrediu, furtou e mentiu; escondeu objetos proibidos (vs.10-11). Deus exigiu conserto urgente, sob pena de não mais estar com Israel (vs.12-13). O pecado faz separação entre a pessoa e Deus(Is 59:2). O Senhor Deus coordenou o processo da descoberta e revelação do transgressor (v.14); e sentenciou o culpado à pena de morte (v. 15). Acã admitiu que pecou contra Deus: cobiçou uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro; tomou-os e escondeu em sua tenda(vs. 20-21). Tudo o que estava escondido foi trazido e apresentado por Josué a Deus(vs 22-23). “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos”(Hc 2: 9). Hoje, a capa babilônica representa a sensualidade; a prata, a ambição desmedida e a cunha, o orgulho. Estes males traiçoeiros só vistos e sentidos por aqueles que são vigilantes em Cristo Jesus.
Acã, da tribo de Judá, quebrou o mandamento do Senhor. Apoderou-se de bens valiosos, o que não foi permitido por Deus, quando da queda dos muros de Jericó. Assim como uma pequena enfermidade leva à morte, o pecado de Acã o levou ao abismo.
Dê graças ao Senhor porque Ele não age mais como fez como Acã e com o casal Ananias e Safira, mas não brinque com Ele, porque é horrível cair nas mãos do Deus vivo (Hebreus 10:31). Tratemos de levá-lo a sério.
CONCLUSÃO
A disciplina é uma necessidade essencial na vida da Igreja Cristã, pois se a Igreja deseja ter alguma influência neste mundo deve purificar-se, aplicando a Disciplina Bíblica, obedecendo ao Senhor e estando mais saudável diante do seu Rei. Oremos! Adoremos a Deus! Leiamos a Bíblia!. Sejamos, pois, disciplinados como o soldado, o atleta e o agricultor. Sem disciplina, não poderemos jamais agradar ao que nos arregimentou para o seu exército.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento)
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Antigo Testamento)
John Stott – A mensagem de ATOS(Até os confins da Terra)
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Revista Ensinador Cristão – nº 45.
Claudionor de Andrade - As disciplinas da vida Cristã
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento)
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Antigo Testamento)
John Stott – A mensagem de ATOS(Até os confins da Terra)
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Revista Ensinador Cristão – nº 45.
Claudionor de Andrade - As disciplinas da vida Cristã