quinta-feira, 27 de junho de 2024

EBD-LIÇÕES BÍBLICAS - 3° Trimestre de 2024

 


 

No Terceiro Trimestre de 2024, vamos explorar o seguinte tema nas Escolas Bíblica Dominical em todo o Brasil:

O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA — OS ENSINAMENTOS DIVINOS NOS LIVROS DE RUTE E ESTER PARA A NOSSA GERAÇÃO”.

Comentarista do trimestre: Pr. Silas Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside.

Os livros de Rute e Ester, presentes no Antigo Testamento, são narrativas ricas em ensinamentos sobre a providência divina, a importância da família e a intervenção de Deus na história humana. Ambos os livros destacam personagens femininas que, através de sua fé e coragem, influenciam profundamente o curso da história do povo de Israel. Neste trimestre, exploraremos os ensinamentos desses livros sob a ótica de como Deus governa o mundo e cuida da família, oferecendo lições valiosas para a nossa geração.

1. Contexto histórico e literário

O Livro de Rute

O livro de Rute está situado no período dos Juízes, uma época caracterizada pela instabilidade e infidelidade do povo de Israel a Deus. A narrativa de Rute é um conto de lealdade, amor e redenção. Rute, uma moabita, demonstra uma fidelidade incomum à sua sogra israelita, Noemi, e ao Deus de Israel, escolhendo seguir uma nova fé e cultura. A história ilustra como a providência divina guia Rute e Noemi para Belém, onde Rute se casa com Boaz, um parente redentor, e torna-se ancestral do rei Davi e, eventualmente, de Jesus Cristo.

O Livro de Ester

O livro de Ester, por outro lado, situa-se durante o exílio dos judeus na Pérsia. Ester, uma jovem judia, é escolhida como rainha pelo rei persa Xerxes (Assuero). A história se desenrola em torno da conspiração de Hamã para exterminar os judeus, que é frustrada pela coragem e astúcia de Ester e pela orientação de seu primo Mordecai/Mardoqueu. A intervenção providencial de Deus é implícita, pois, embora o nome de Deus não seja mencionado, Sua presença e proteção são evidentes através dos acontecimentos.

2. Ensinamentos Divinos

Providência e Soberania de Deus

Ambos os livros destacam a soberania de Deus na direção dos acontecimentos. Em Rute, a jornada de Noemi de Moabe para Belém, a coincidência de Rute colher nos campos de Boaz e o subsequente casamento entre Rute e Boaz são apresentados como parte do plano providencial de Deus. Esta narrativa nos ensina que Deus está presente nos detalhes de nossas vidas, guiando e orquestrando eventos para cumprir Seus propósitos. Na nossa geração, essa lição é um lembrete poderoso de que, mesmo em meio às adversidades, Deus está no controle.

Fidelidade e Lealdade

A lealdade de Rute a Noemi é um exemplo profundo de amor sacrificial e fidelidade. Rute deixa sua terra natal e seus deuses para adotar o povo e o Deus de Noemi. Sua famosa declaração: “Onde quer que fores, irei, e onde quer que pousares, ali pousarei; o teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus” (Rute 1:16), ressoa como um compromisso total e inspirador. Este nível de fidelidade é um chamado para nossa geração cultivar relacionamentos baseados na lealdade e no compromisso, tanto na família quanto na comunidade de fé.

Coragem e Ativismo

Ester, por sua vez, nos ensina sobre a coragem e a importância de tomar iniciativas em momentos críticos. Ester arrisca sua vida ao se apresentar ao rei sem ser chamada, para salvar seu povo da destruição. Sua famosa declaração: “Se perecer, pereci” (Ester 4:16), demonstra uma coragem que é alimentada pela fé e pela responsabilidade moral. Em nossa geração, este exemplo é uma exortação para sermos corajosos diante das injustiças e estarmos dispostos a agir em defesa dos outros, mesmo com riscos pessoais.

Importância da Família

Ambos os livros também ressaltam a importância da família como instituição fundamental. No Livro de Rute, a dedicação de Rute a Noemi e a subsequente formação de uma nova família com Boaz destacam a família como um meio através do qual Deus abençoa e preserva Seu povo. No Livro de Ester, a orientação e o apoio mútuo entre Ester e Mordecai ilustram como os laços familiares podem ser uma fonte de força e sabedoria. Para a nossa geração, esses exemplos sublinham a importância de mantermos laços familiares fortes e de cuidarmos uns dos outros, especialmente em tempos de dificuldades.

Ação Divina nos eventos humanos

Nos dois livros, a intervenção divina nas circunstâncias humanas é um tema central. Em Rute, Deus atua através das leis de redenção e dos costumes sociais de Israel para restaurar a família de Noemi. Em Ester, a série de eventos que levam à salvação dos judeus parece ser um desfile de coincidências providenciais que, na verdade, refletem a mão invisível de Deus. Para a nossa geração, esses ensinamentos são um lembrete de que Deus pode usar situações cotidianas e aparentemente comuns para realizar Seus planos e cuidar de Seu povo.

Fé e confiança em Deus

A fé inabalável em Deus é uma característica marcante tanto em Rute quanto em Ester. Rute, uma estrangeira, confia no Deus de Israel sem reservas, enquanto Ester, mesmo em uma posição de grande risco, coloca sua fé na providência divina para salvar seu povo. Essa confiança nos ensina que a fé em Deus não deve ser condicionada pelas circunstâncias, mas deve ser um alicerce firme em nossas vidas. Em nossa geração, somos chamados a desenvolver e nutrir uma fé que nos sustente e nos guie através das incertezas da vida.

Resgate e Redenção

O tema da redenção é especialmente evidente no livro de Rute, onde Boaz atua como o parente redentor, uma figura que prefigura a obra redentora de Cristo. A história de Rute e Boaz não apenas resolve a crise imediata de Noemi e Rute, mas também se entrelaça na linhagem messiânica. Este tema de redenção é uma mensagem poderosa para a nossa geração sobre o amor redentor de Deus, que está disposto a resgatar e restaurar aqueles que estão perdidos ou em desespero.

3. Aplicações práticas para a nossa geração

Resiliência em tempos de crise

As histórias de Rute e Ester oferecem lições valiosas sobre resiliência e esperança em tempos de crise. A perseverança de Noemi e Rute em meio à perda e pobreza, assim como a coragem de Ester em face da perseguição, inspiram-nos a manter a fé e a coragem diante das adversidades. Em uma época de desafios globais e pessoais, esses exemplos nos encorajam a confiar na providência divina e a agir com fé.

Construção de comunidades de fé e solidariedade

Os relacionamentos de apoio e lealdade retratados nos livros de Rute e Ester sublinham a importância de construir comunidades de fé e solidariedade. A lealdade de Rute a Noemi e a colaboração entre Ester e Mardoqueu nos mostram que a força coletiva pode superar grandes desafios. Nossa geração pode aprender a valorizar e cultivar essas redes de apoio, trabalhando juntos para enfrentar as dificuldades e construir um futuro mais justo e compassivo.

Importância da identidade e da Fé

A identidade religiosa e cultural é um tema central em Ester, onde a preservação do povo judeu é crucial. Para a nossa geração, que frequentemente enfrenta questões de identidade e pertinência, essa narrativa reforça a importância de mantermos nossa identidade de fé, mesmo em ambientes adversos. Ester nos ensina que a fidelidade a Deus e aos nossos princípios pode ter um impacto profundo e duradouro.

LIÇÕES PROPOSTAS A SEREM ESTUDADAS NO TRIMESTRE

LIÇÃO 1: DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO

A Bíblia Sagrada é rica em histórias de mulheres que desempenharam papéis cruciais na história do povo de Deus. Entre essas mulheres, Rute e Ester se destacam por suas ações significativas e seu impacto duradouro na narrativa bíblica e na tradição judaico-cristã. Cada uma delas, em contextos diferentes, demonstrou coragem, fé e lealdade, influenciando profundamente o curso da história de Israel. Esta Lição explorará as vidas de Rute e Ester, destacando suas contribuições únicas e os ensinamentos que suas histórias oferecem para os leitores de todas as gerações.

a) Rute - a estrangeira redimida

Rute, uma moabita, aparece em um período de instabilidade e infidelidade em Israel, durante a época dos juízes. Ela é apresentada como a nora de Noemi, uma israelita que havia migrado para Moabe devido à fome em Belém. Após a morte do marido e dos filhos de Noemi, Rute escolhe permanecer com sua sogra, demonstrando uma lealdade e amor sacrificial.

A famosa declaração de Rute a Noemi: "Onde quer que fores, irei, e onde quer que pousares, ali pousarei; o teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus" (Rute 1:16), exemplifica seu amor sacrificial e sua decisão de adotar a fé e os costumes de Israel. Esta lealdade não apenas a torna uma figura exemplar, mas também estabelece o fundamento para sua integração na comunidade israelita.

A história de Rute é marcada pela providência divina. Ao seguir Noemi de volta a Belém, Rute acaba trabalhando nos campos de Boaz, um parente de Noemi. Através de uma série de eventos providenciais, Boaz se torna o parente redentor, casando-se com Rute e garantindo a continuidade da linhagem de Noemi. Este casamento não só resolve a crise imediata, mas também insere Rute na linhagem de Davi e, posteriormente, de Jesus Cristo.

A narrativa de Rute nos ensina sobre a redenção e o cuidado de Deus para com todos os que confiam Nele, independentemente de sua origem.

b) Ester - a rainha corajosa

O livro de Ester situa-se durante o exílio dos judeus na Pérsia. Ester, uma jovem judia, é escolhida como rainha pelo rei persa Xerxes (Assuero) devido à sua beleza. Sua posição privilegiada, porém, vem acompanhada de grandes desafios e responsabilidades, especialmente quando um plano maligno para exterminar os judeus é arquitetado por Hamã, um oficial do rei.

Ester, com a orientação de seu primo Mardoqueu, decide interceder pelo seu povo. Apesar do risco de morte ao se apresentar ao rei sem ser chamada, Ester diz: "Se perecer, pereci" (Ester 4:16), demonstrando uma fé e coragem extraordinárias. Sua intervenção, ao revelar sua identidade judaica e o complô de Hamã, salva os judeus da destruição.

Embora o nome de Deus não seja mencionado no livro de Ester, Sua presença é perceptível em toda a narrativa. A série de eventos que levam ao livramento dos judeus é vista como um resultado da providência divina. A história de Ester destaca a importância de agir com coragem e fé, confiando na providência de Deus para proteger e guiar Seu povo.

Enfim, Rute e Ester são duas mulheres extraordinárias que, através de sua fé, coragem e lealdade, tiveram um impacto profundo na história de Israel. Rute, uma estrangeira, é redimida e integrada na linhagem messiânica, enquanto Ester, uma rainha, salva seu povo da destruição. Suas histórias oferecem lições valiosas sobre a providência divina, a importância da lealdade e coragem, e o papel significativo que cada indivíduo pode desempenhar no plano de Deus. Para nossa geração, as vidas de Rute e Ester continuam a inspirar fé e ação corajosa em face das adversidades, lembrando-nos do cuidado e do governo de Deus sobre nossas vidas e nossa história.

LIÇÃO 2: O LIVRO DE RUTE

O Livro de Rute é uma das mais belas narrativas do Antigo Testamento, destacando-se pela sua simplicidade, profundidade emocional e lições espirituais. Situado no período dos juízes, o livro conta a história de Rute, uma mulher moabita, cuja fidelidade e devoção exemplares a sua sogra, Noemi, e a Deus, levaram-na a se tornar uma parte vital da linhagem messiânica.

1. Estrutura e Conteúdo

O livro está dividido em quatro capítulos, que podem ser resumidos da seguinte forma:

a)   Capítulo 1: Deslocamento e luto

·         Contexto e decisão. Devido a uma fome em Belém, Elimeleque, sua esposa Noemi, e seus dois filhos se mudam para Moabe. Lá, Elimeleque e seus filhos morrem, deixando Noemi e suas noras, Rute e Orfa, viúvas.

·         Retorno a Belém. Noemi decide voltar para Belém e encoraja suas noras a permanecerem em Moabe. Orfa decide ficar, mas Rute insiste em acompanhar Noemi, declarando sua lealdade a ela e ao Deus de Israel (Rute 1:16,17).

b)   Capítulo 2: Providência e bondade

·         Trabalho de Rute. Em Belém, Rute começa a colher espigas nos campos de Boaz, um parente de Elimeleque. Boaz observa Rute e, impressionado por sua dedicação a Noemi, demonstra bondade e generosidade para com ela.

·         Provisão de Boaz. Boaz oferece proteção e suprimento a Rute, permitindo que ela colha junto aos seus trabalhadores e lhe dá comida.

c)   Capítulo 3: Pedido de redenção

·         Plano de Noemi. Noemi instrui Rute a se aproximar de Boaz na eira, pedindo que ele cumpra o papel de parente remidor, casando-se com ela para preservar a linhagem de Elimeleque.

·         Resposta de Boaz. Boaz elogia Rute por sua lealdade e disposição, prometendo agir como seu redentor, mas explica que há outro parente mais próximo que tem o primeiro direito.

d)   Capítulo 4: Redenção e herança

·         Ação de Boaz. Boaz reúne os anciãos e o parente mais próximo, que renuncia seu direito de redenção. Boaz então oficializa sua intenção de casar com Rute.

·         Bênçãos e descendência. Boaz e Rute se casam, e ela dá à luz a Obede, avô do rei Davi, inserindo assim Rute na linhagem messiânica.

2. Temas principais

a)   Fidelidade e lealdade. A devoção de Rute a Noemi e sua aceitação do Deus de Israel são atos de grande lealdade e fé, contrastando com a infidelidade geral do período dos juízes.

b)   Redenção. Boaz, como parente remidor, é um tipo de Cristo, nosso Redentor. A história de redenção de Rute prefigura a obra redentora de Jesus Cristo.

c)   Providência Divina. O livro mostra a mão providencial de Deus guiando e cuidando de Rute e Noemi, usando pessoas comuns para cumprir Seus propósitos eternos.

d)   Inclusão dos gentios. A inclusão de Rute, uma moabita, na linhagem de Davi e, por extensão, de Jesus, prefigura a inclusão dos gentios no plano de salvação.

Em suma, o Livro de Rute é uma narrativa inspiradora de fé, fidelidade e providência divina. Ele mostra como Deus pode usar a fidelidade e ações de pessoas comuns para realizar Seus grandiosos planos de redenção. Rute, uma estrangeira, se torna um elo crucial na linhagem do Messias, destacando a abrangência do amor e da salvação de Deus. Em tempos de crise e incerteza, a história de Rute nos lembra que a fidelidade e a confiança em Deus trazem bênçãos além da nossa compreensão.

LIÇÃO 3: RUTE E NOEMI: ENTRELAÇADAS PELO AMOR

Este tema vai explorar a profunda e comovente relação entre sogra e nora, marcada por uma lealdade e amor que transcendem laços sanguíneos e culturais. Este relacionamento, central à narrativa do Livro de Rute, exemplifica como o amor e a fidelidade podem criar fortes vínculos, mesmo em meio a adversidades e diferenças.

Rute, uma moabita, escolhe permanecer ao lado de Noemi, uma israelita, após a morte de seus maridos. Sua famosa declaração, “Onde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus” (Rute 1:16), demonstra um comprometimento inabalável e uma escolha consciente de adotar a fé e os costumes de Noemi.

A relação entre Rute e Noemi é repleta de altruísmo e cuidado mútuo. Rute trabalha arduamente nos campos para sustentar Noemi, e Noemi, por sua vez, orienta Rute sobre como assegurar um futuro seguro por meio de seu casamento com Boaz. Esse cuidado mútuo evidencia um amor que não busca os próprios interesses, mas sim o bem-estar do outro.

Ambas as mulheres mostram uma fidelidade notável a Deus. Noemi, apesar de suas amarguras, nunca abandona sua fé, e Rute, ao se comprometer com Noemi, adota a fé no Deus de Israel. Este elemento de fé compartilhada fortalece ainda mais seu vínculo e mostra como a devoção a Deus pode unir as pessoas de maneiras profundas e duradouras.

A história de Rute e Noemi nos oferece importantes lições sobre amor, lealdade e fé. Em um mundo onde relacionamentos familiares muitas vezes enfrentam desafios e divisões, o exemplo de Rute e Noemi destaca o poder transformador do amor altruísta e da fidelidade a Deus.

Esta Lição nos encoraja a valorizar e cultivar relações baseadas no amor genuíno e na lealdade, lembrando-nos que, independentemente das circunstâncias, a bondade e o compromisso com Deus e com os outros podem trazer restauração e bênçãos.

LIÇÃO 4: O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

Este tema vai explorar um dos momentos mais significativos e providenciais do Livro de Rute. Este encontro, repleto de significado espiritual e cultural, não apenas altera o curso das vidas de Rute e Noemi, mas também cumpre um papel crucial no plano redentor de Deus para a humanidade.

O encontro de Rute com Boaz é um exemplo claro da providência divina. Rute, uma estrangeira e viúva, decide colher espigas no campo de Boaz, um parente rico e respeitado de Noemi. Este "acaso" não é mero acidente, mas sim uma manifestação da mão de Deus guiando seus passos para garantir a provisão e a redenção que viria através de Boaz.

Boaz é descrito como um homem de caráter exemplar, bondoso e justo. Ele mostra uma notável generosidade e proteção para com Rute, assegurando que ela colha nos seus campos e seja tratada com respeito. Sua sensibilidade para com a situação de Rute e Noemi reflete a lei do parente remidor (goel), que obriga os parentes a proteger e sustentar a linhagem familiar, algo que Boaz cumpre de maneira nobre e justa.

Rute se destaca por sua diligência, humildade e lealdade. Ao trabalhar arduamente nos campos, ela demonstra seu compromisso em cuidar de Noemi. Sua reputação de virtude já havia precedido seu encontro com Boaz, que a reconhece e honra por sua devoção à sogra e sua coragem em adotar a fé e os costumes do povo de Israel.

Este encontro tem implicações redentoras profundas. Boaz, ao exercer o papel de parente remidor, não só provê sustento imediato para Rute e Noemi, mas também se torna parte da linhagem messiânica. A união de Boaz e Rute culmina no nascimento de Obede, avô do rei Davi, ligando diretamente a história de Rute à genealogia de Jesus Cristo.

A história do encontro de Rute com Boaz nos ensina sobre a fidelidade de Deus em prover e cuidar de Seus filhos. Também ressalta a importância de vivermos com integridade, generosidade e fé. No contexto moderno, este relato nos encoraja a confiar na providência divina e a sermos veículos de bênção e redenção na vida dos outros.

Esta Lição destaca como encontros aparentemente ordinários podem ser transformados em atos extraordinários de graça e redenção pela mão de Deus.

LIÇÃO 5: O CASAMENTO DE RUTE E BOAZ: A REMIÇÃO DA FAMÍLIA

Este tema destaca a culminação de uma narrativa de fidelidade, providência divina e redenção. Este casamento não é apenas uma união romântica, mas um ato de redenção que assegura o futuro e a continuidade da linhagem familiar de Elimeleque, marido falecido de Noemi.

O casamento de Rute e Boaz simboliza a redenção legal e social que era parte integral da cultura israelita. Boaz, como parente remidor (goel), exerceu seu papel ao casar-se com Rute, assegurando que a propriedade de Elimeleque e a linhagem familiar fossem preservadas. Este ato de remição é um reflexo da fidelidade de Deus em prover para aqueles que confiam Nele.

Boaz, ao redimir Rute, prefigura a obra de Cristo, nosso grande Redentor. Assim como Boaz resgatou Rute e a trouxe para uma nova vida de segurança e provisão, Cristo redime a humanidade, trazendo-nos para a plenitude da vida em Deus. Este casamento ilustra a graça redentora de Deus que transforma vidas e cumpre Seus propósitos eternos.

O casamento de Rute e Boaz também destaca o amor altruísta e a obediência às leis divinas. Boaz demonstra grande amor e respeito por Rute, enquanto Rute exibe humildade e lealdade. Este relacionamento exemplifica como o amor altruísta e a fidelidade a Deus e aos outros podem transformar situações desesperadoras em histórias de esperança e renovação.

A união de Rute e Boaz resulta no nascimento de Obede, que se torna avô do rei Davi, inserindo Rute, uma moabita, na linhagem messiânica. Esta inclusão sublinha a mensagem de que Deus pode usar qualquer pessoa, independentemente de sua origem, para cumprir Seus planos divinos. A remição da família de Elimeleque, portanto, se entrelaça com a história de redenção da humanidade através de Jesus Cristo.

A história do casamento de Rute e Boaz nos ensina sobre a importância da obediência, fidelidade e amor sacrificial. Ela nos encoraja a confiar na provisão e nos propósitos de Deus, sabendo que Ele pode redimir e restaurar qualquer situação. Além disso, destaca como nossas ações de fidelidade e altruísmo podem ter impactos duradouros e eternos.

Esta Lição, portanto, reforça a compreensão de que, no plano de Deus, cada detalhe e cada pessoa têm um propósito, e que Ele trabalha todas as coisas para o bem daqueles que O amam e são chamados segundo o Seu propósito (Romanos 8:28).

LIÇÃO 6: O LIVRO DE ESTER

O livro de Ester é uma narrativa fascinante e única no cânon bíblico, destacando-se por sua ausência de menções explícitas a Deus. No entanto, sua história é uma poderosa demonstração da providência divina e da soberania de Deus sobre as circunstâncias da vida.

Contexto Histórico

Ester foi escrita durante o período do exílio dos judeus na Pérsia, no reinado de Xerxes I (Assuero), que governou de 486 a 465 a.C. Esse contexto histórico é crucial para compreender os eventos do livro, pois os judeus estavam vivendo como uma minoria vulnerável em um vasto império multicultural.

Personagens Principais

  • Ester: Uma jovem judia, também conhecida como Hadassa, que se torna rainha da Pérsia.
  • Mardoqueu: Primo e guardião de Ester, que desempenha um papel crucial na proteção de seu povo.
  • Assuero (Xerxes I): O rei persa, cuja decisão de escolher Ester como rainha desencadeia os eventos principais.
  • Hamã: Um alto oficial persa, cujo ódio pelos judeus leva à elaboração de um decreto para exterminá-los.

Enredo

A história de Ester é uma narrativa de reviravoltas dramáticas e corajosos atos de fé. Quando a rainha Vasti é deposta, Ester, uma jovem judia, é escolhida como nova rainha. Sob a orientação de Mardoqueu, ela mantém sua identidade judaica em segredo.

Hamã, o vilão da história, planeja exterminar todos os judeus no império. Ele consegue do rei Assuero um decreto que ordena a morte de todos os judeus em uma data específica. Mardoqueu, ao descobrir o plano, pede a Ester que intervenha.

Ester, com grande coragem, arrisca sua vida ao aproximar-se do rei sem ser chamada - a violação dessa etiqueta poderia resultar em sua morte. No entanto, o rei a recebe favoravelmente. Ester convida o rei e Hamã para dois banquetes. No segundo banquete, ela revela sua identidade judaica e expõe o plano maligno de Hamã. O rei, furioso, ordena que Hamã seja enforcado na forca que ele havia preparado para Mardoqueu.

Com a ajuda de Ester e Mardoqueu, um novo decreto é emitido, permitindo que os judeus se defendam contra seus inimigos. O dia que estava destinado à sua destruição se torna um dia de vitória e celebração, conhecido como o festival de Purim, que ainda é comemorado pelos judeus até hoje.

Enfim, o livro de Ester é uma lembrança poderosa de que Deus está sempre presente, mesmo quando Ele parece estar ausente. A coragem de Ester e a sabedoria de Mardoqueu são exemplos inspiradores de como a fé em Deus pode guiar e proteger Seu povo. Este livro nos ensina a confiar na providência divina e a ser corajosos em nossa fé, sabendo que Deus pode transformar até as circunstâncias mais desesperadoras em vitórias gloriosas.

LIÇÃO 7: A DEPOSIÇÃO DA RAINHA VASTI E A ASCENSÃO DE ESTER

Esta Lição é uma introdução crucial à narrativa do livro de Ester, fornecendo o contexto para os eventos subsequentes e destacando a providência divina em ação.

Deposição da Rainha Vasti

A história começa com um grande banquete oferecido pelo rei Assuero (Xerxes I), que governava um vasto império persa. Durante esse banquete, o rei, embriagado e querendo exibir a beleza de sua esposa, a rainha Vasti, ordena que ela apareça diante dos convidados. Vasti, no entanto, recusa o pedido, demonstrando dignidade e coragem ao não se submeter à vontade caprichosa do rei.

A recusa de Vasti cria uma crise no palácio. Temendo que a desobediência da rainha pudesse incitar outras mulheres a desrespeitar seus maridos, os conselheiros do rei recomendam que Vasti seja deposta de sua posição como rainha. Assuero aceita o conselho, e Vasti é destituída.

Ascensão de Ester

Para encontrar uma nova rainha, Assuero ordena um concurso de beleza, no qual jovens virgens de todo o império são trazidas ao palácio. Entre elas está Ester, uma jovem judia criada por seu primo Mardoqueu. Ester esconde sua identidade judaica conforme a orientação de Mardoqueu.

Ester conquista o favor de todos que a conhecem, incluindo o responsável pelo harém, que lhe proporciona cuidados especiais. Eventualmente, ela é escolhida pelo rei Assuero para ser a nova rainha, substituindo Vasti.

Enfim, a deposição de Vasti e a ascensão de Ester são eventos que mostram como Deus trabalha através das circunstâncias para cumprir Seus propósitos. A história enfatiza a importância da coragem, da dignidade e da providência divina, preparando o cenário para os atos heroicos de Ester que virão.

LIÇÃO 8: A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU

Mardoqueu, primo e tutor de Ester, desempenhou um papel crucial na história da salvação do povo judeu. Sua resistência começou a se manifestar quando ele se recusou a se curvar diante de Hamã, um oficial de alta patente no império persa, que havia sido promovido pelo rei Assuero (Xerxes I). A recusa de Mardoqueu não era um simples ato de desobediência civil, mas uma expressão de sua fidelidade a Deus, pois ajoelhar-se diante de Hamã seria equivalente a prestar-lhe reverência divina.

A atitude de Mardoqueu enfureceu Hamã, que decidiu não apenas punir Mardoqueu, mas exterminar todos os judeus no império. Hamã convenceu o rei Assuero a emitir um decreto que autorizava o extermínio de todos os judeus em uma data específica, utilizando como justificativa a alegação de que os judeus eram um povo que não seguia as leis do rei e, portanto, representavam uma ameaça.

Quando Mardoqueu tomou conhecimento do decreto, ele reagiu com grande aflição. Rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e cinzas, e foi até a entrada do palácio, clamando por ajuda. Sua lamentação pública foi uma expressão de sua profunda dor e uma forma de chamar a atenção para a grave ameaça que pairou sobre o povo judeu.

Mardoqueu enviou uma mensagem a Ester, pedindo-lhe que interviesse junto ao rei em favor dos judeus. Inicialmente, Ester hesitou, pois se apresentar ao rei sem ser chamada poderia significar sua morte. Mardoqueu, porém, desafiou Ester a agir, lembrando-lhe que seu silêncio não a protegeria e que talvez ela tivesse sido colocada na posição de rainha justamente para esse momento crucial.

A resistência de Mardoqueu é uma poderosa lição sobre a importância da fidelidade, da coragem e da ação determinada em tempos de crise. Sua história nos ensina que, mesmo quando confrontados com perigos extremos, a firmeza em nossos valores e a confiança na providência divina são fundamentais. Mardoqueu nos mostra que, com fé e coragem, podemos enfrentar grandes desafios e contribuir para a realização dos propósitos de Deus.

LIÇÃO 9: A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS

Hamã, um dos mais altos oficiais do rei Assuero, desenvolve um ódio profundo por Mardoqueu devido à recusa deste em curvar-se diante dele. Sentindo-se desrespeitado e humilhado, Hamã decide não apenas punir Mardoqueu, mas exterminar todo o povo judeu, usando sua influência para manipular o rei.

Hamã convence o rei Assuero a emitir um decreto para destruir, matar e aniquilar todos os judeus, jovens e velhos, mulheres e crianças, em um único dia. Ele apresenta os judeus como um povo disperso e diferente em todas as províncias do reino, cujas leis são distintas das dos outros povos e que não obedecem às leis do rei. Hamã oferece uma grande soma de dinheiro para o tesouro real como incentivo para a execução do plano (Ester 3:8-11).

Quando o decreto é divulgado, há grande consternação entre os judeus. Mardoqueu rasga suas vestes, veste-se de pano de saco e cinzas, e vai até a entrada do palácio, clamando por ajuda. Em todas as províncias, onde quer que o decreto fosse lido, havia grande lamento, jejum, choro e lamentação entre os judeus.

Mardoqueu informa Ester sobre a conspiração e pede que ela vá até o rei para implorar por seu povo. Inicialmente, Ester hesita, sabendo que se apresentar ao rei sem ser chamada poderia resultar em sua morte. No entanto, Mardoqueu a desafia, dizendo que talvez ela tivesse sido feita rainha justamente para um momento como este (Ester 4:14).

Ester decide arriscar sua vida e vai até o rei, pedindo a todos os judeus que jejuem e orem por ela. Sua coragem e determinação são fundamentais para o desenrolar dos eventos. Ao ser recebida pelo rei, Ester convida Assuero e Hamã para um banquete, onde ela começa a expor seu pedido.

A conspiração de Hamã contra os judeus, como narrada no livro de Ester, é uma poderosa lição sobre os perigos da intolerância e do ódio, bem como sobre a importância da fé, da coragem e da intercessão. A providência divina e a atuação corajosa de Ester e Mardoqueu nos lembram que, mesmo em face da adversidade extrema, Deus está no controle e pode usar indivíduos fiéis para cumprir Seus propósitos e proteger Seu povo.

LIÇÃO 10: O PLANO DE LIVRAMENTO E O PAPEL DE ESTER

Nesta lição será abordado o plano de livramento dos judeus e o papel crucial que Ester desempenhou nesse processo. A narrativa mostra como a coragem, a fé e a sabedoria de uma pessoa podem ser usadas por Deus para salvar uma nação inteira.

Após tomar conhecimento da conspiração de Hamã, Ester, incentivada por Mardoqueu, decide interceder pelo seu povo, mesmo sabendo dos riscos envolvidos em se aproximar do rei sem ser chamada (Ester 4:11). A decisão de Ester de jejuar por três dias junto com os judeus de Susã mostra sua dependência de Deus e sua preparação espiritual para a tarefa monumental à frente (Ester 4:16).

Ester convida o rei Assuero e Hamã para um banquete, uma estratégia inteligente que lhe dá tempo para ganhar a confiança do rei e criar um ambiente propício para fazer seu pedido (Ester 5:4-8). Durante o segundo banquete, Ester finalmente revela sua identidade como judia e expõe a conspiração de Hamã contra seu povo (Ester 7:3-6).

A revelação de Ester provoca uma reação imediata do rei que, indignado com a traição de Hamã, ordena sua execução na mesma forca que ele havia preparado para Mardoqueu (Ester 7:9,10). Este evento marca um ponto de virada na história, onde a justiça começa a prevalecer.

Embora Hamã esteja morto, o decreto original contra os judeus ainda está em vigor. Ester, mais uma vez, arrisca sua vida ao se apresentar ao rei para implorar pela revogação do decreto (Ester 8:3-6). O rei concede a Mardoqueu e Ester a autoridade para emitir um novo decreto, permitindo que os judeus se defendam de seus inimigos (Ester 8:8-11).

O novo decreto resulta na vitória dos judeus sobre aqueles que procuravam destruí-los. O evento é comemorado com alegria e celebrações, e a festividade de Purim é estabelecida para lembrar a grande libertação que Deus concedeu a Seu povo através da coragem de Ester e a sabedoria de Mardoqueu (Ester 9:20-22).

LIÇÃO 11: A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU

Nesta lição, iremos explorar os eventos que levam à humilhação de Hamã e à honra de Mardoqueu, mostrando como a justiça divina se manifesta de maneira surpreendente e transformadora. A história oferece lições valiosas sobre orgulho, humildade e a soberania de Deus.

Hamã, um alto oficial na corte do rei Assuero, é promovido a uma posição de grande poder e influência (Ester 3:1). Seu orgulho e arrogância são evidentes quando ele exige que todos se curvem diante dele. Mardoqueu, um judeu fiel, recusa-se a fazê-lo, pois tal ato seria contrário à sua fé (Ester 3:2-4).

Enfurecido pela recusa de Mardoqueu, Hamã trama um genocídio contra todos os judeus no império persa (Ester 3:5,6). Ele manipula o rei para emitir um decreto que ordena a destruição dos judeus (Ester 3:8-13). Este plano maligno estabelece o palco para a intervenção divina.

Na noite antes do banquete final de Ester, o rei Assuero, incapaz de dormir, pede para ler os registros das crônicas do reino. Ele descobre que Mardoqueu havia anteriormente revelado uma conspiração contra a vida do rei, mas nunca foi recompensado (Ester 6:1-3). Esse evento marca o início da reviravolta na história.

Na manhã seguinte, Hamã vai ao palácio para pedir ao rei permissão para enforcar Mardoqueu. No entanto, antes que ele possa fazer seu pedido, o rei pergunta a Hamã o que deve ser feito para honrar um homem que agrada ao rei. Pensando que o rei se referia a ele, Hamã sugeriu uma celebração elaborada (Ester 6:4-9). Para sua surpresa e humilhação, o rei ordena que Hamã realize essa homenagem para Mardoqueu (Ester 6:10,11).

Após a humilhação pública, Hamã retorna para casa perturbado, mas ainda deve comparecer ao banquete de Ester. Durante o banquete, Ester revela ao rei a trama de Hamã e sua própria identidade como judia (Ester 7:1-6). Enfurecido, o rei ordena que Hamã seja enforcado na forca que ele havia preparado para Mardoqueu (Ester 7:7-10).

Após a morte de Hamã, o rei Assuero dá a casa de Hamã a Ester, e Mardoqueu é elevado a uma posição de grande autoridade no reino (Ester 8:1,2). Com a ajuda de Ester, Mardoqueu emite um novo decreto permitindo que os judeus se defendam de seus inimigos (Ester 8:7-11). A intervenção divina e a liderança sábia de Mardoqueu resultam na salvação dos judeus e em grande alegria e celebração (Ester 9:1-3, 9:20-22).

LIÇÃO 12: O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO

Nesta lição, analisaremos o crucial "Banquete de Ester", um evento decisivo no livro que revela a coragem de Ester, a exposição dos planos malignos de Hamã e o subsequente livramento dos judeus. O banquete é um ponto de virada, mostrando como a fé, a sabedoria e a coragem podem transformar o destino de uma nação.

Ester, sabendo do decreto genocida contra seu povo e incentivada por Mardoqueu, decide arriscar sua vida ao se aproximar do rei sem ser chamada, um ato que poderia resultar em sua execução (Ester 4:16). No entanto, ela encontra graça diante do rei Assuero, que lhe oferece até metade do reino (Ester 5:1-3). Ester, com sabedoria e estratégia, convida o rei e Hamã para um banquete, preparando o terreno para a revelação crucial (Ester 5:4,5).

No primeiro banquete, Ester apenas convida o rei e Hamã para um segundo banquete, aumentando o suspense e criando uma atmosfera de expectativa (Ester 5:6-8). Este adiamento estratégico permite que os eventos se desenrolem, culminando na revelação no momento certo.

Na noite entre os dois banquetes, o rei Assuero, incapaz de dormir, lê os registros do reino e descobre que Mardoqueu nunca foi recompensado por salvar sua vida (Ester 6:1-3). Este evento aparentemente insignificante prepara o cenário para a humilhação de Hamã que, ao chegar ao palácio para pedir a execução de Mardoqueu, é instruído a honrá-lo publicamente (Ester 6:4-11).

Durante o segundo banquete, Ester finalmente revela sua identidade judaica e denuncia Hamã como o inimigo que planejou a destruição de seu povo (Ester 7:1-6). O rei, furioso, deixa a sala para pensar, enquanto Hamã, aterrorizado, implora por sua vida. Ao retornar, o rei encontra Hamã caído sobre o divã onde Ester está reclinada, interpretando isso como um ataque (Ester 7:7,8).

O rei ordena que Hamã seja enforcado na forca que ele havia preparado para Mardoqueu, demonstrando a justiça divina e a reversão do destino de Hamã (Ester 7:9,10). Esta execução marca o início do livramento dos judeus, mostrando que Deus está ativamente trabalhando para proteger e salvar Seu povo.

Após a execução de Hamã, o rei dá a casa de Hamã a Ester e concede a Mardoqueu a posição de grande autoridade no reino (Ester 8:1,2). Ester, em um segundo pedido corajoso ao rei, obtém a permissão para que os judeus se defendam de seus inimigos, revertendo o decreto anterior (Ester 8:3-14). O dia originalmente destinado à destruição dos judeus se torna um dia de vitória e celebração (Ester 9:1,2, 17-22).

LIÇÃO 13: ESTER, A PORTADORA DAS BOAS-NOVAS

Nesta última lição, vamos explorar como Ester se torna uma portadora das Boas-Novas para o povo judeu, trazendo esperança e salvação em um momento de grande crise. A história de Ester é um testemunho poderoso de como Deus pode usar indivíduos fiéis para realizar Seus propósitos e transformar situações desesperadoras em oportunidades de redenção.

A situação dos judeus no império persa era crítica após o decreto de Hamã, que ordenava a aniquilação de todos os judeus em um único dia (Ester 3:13). A notícia desse decreto lançou o povo judeu em profunda angústia e luto (Ester 4:3). No entanto, em meio a essa crise, Deus tinha um plano e uma pessoa específica para ser o agente de Seu livramento.

Ester, escolhida por Deus e colocada estrategicamente como rainha, é chamada a agir em defesa de seu povo. Incentivada por Mardoqueu, ela compreende a importância de sua posição e decide se aproximar do rei, mesmo correndo o risco de perder sua vida (Ester 4:14-16). Sua disposição para se sacrificar em benefício de seu povo é um ato de profunda fé e coragem.

Após a execução de Hamã e a ascensão de Mardoqueu à posição de autoridade, Ester continua a interceder pelo povo judeu. Ela obtém permissão do rei Assuero para emitir um novo decreto, permitindo que os judeus se defendam contra seus inimigos (Ester 8:3-8). Esse decreto trouxe grande alívio e esperança ao povo, transformando o dia que seria de destruição em um dia de vitória e celebração (Ester 8:15-17).

A vitória dos judeus sobre seus inimigos não apenas garantiu sua sobrevivência, mas também resultou na instituição da festa de Purim. Este festival, celebrado até os dias de hoje, é uma recordação anual da providência divina e da reversão do destino que Ester e Mardoqueu trouxeram ao seu povo (Ester 9:20-22). Purim é um tempo de alegria, comemoração e distribuição de alimentos aos pobres, simbolizando a transformação de tristeza em alegria e a importância da solidariedade e do cuidado mútuo.

A história de Ester continua a ressoar em nossa época. Ela nos ensina sobre a importância de estarmos atentos às oportunidades que Deus nos dá para fazer a diferença em momentos críticos. Como Ester, somos chamados a usar nossas posições e recursos para defender a justiça, interceder pelos necessitados e trazer esperança em tempos de crise.

CONCLUSÃO

Os livros de Rute e Ester proporcionam ensinamentos profundos e eternos sobre a soberania de Deus, a importância da família, a coragem em tempos de crise e a fé inabalável em meio às adversidades. Para a nossa geração, essas narrativas bíblicas são fontes de inspiração e orientação, lembrando-nos de que Deus governa o mundo com sabedoria e cuidado, e que a nossa fé e ações podem transformar realidades e preservar a vida e a dignidade das pessoas. Que possamos, assim como Rute e Ester, viver com fé, coragem e compromisso, confiando na providência divina em todas as áreas de nossas vidas.

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Luciano de Paula Lourenço

EBD/IEADTC