2° trimestre de 2024
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 10
Texto Base: 1Pedro 1:13-21
“Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).
1Pedro 1:
13.Portanto,
cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente
na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14.como
filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia
em vossa ignorância;
15.mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver,
16.porquanto
escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17.E, se
invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada
um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18.sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19.mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20.o
qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do
mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;
21.e por
ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a
vossa fé e esperança estivessem em Deus.
INTRODUÇÃO
A
santidade é um atributo pelo qual o Senhor se faz conhecido. Deus Pai é santo
(João 17:11), assim como o Filho (Atos 3:14), ao mesmo tempo que Santo é a
designação característica do Espírito de Deus (Salmos 51:11; Mt.1:18). O nome
de Deus é santo (Lc.1:49), assim como o seu braço (Salmos 98:1), caminhos (Salmos
77:13) e palavras (Salmos 105:42).
A
consciência de santidade pode ser entendida como a percepção e a compreensão
que o crente possui sobre a importância e a necessidade de viver uma vida
santa, em conformidade com os princípios e os padrões estabelecidos por Deus em
Sua Palavra. Envolve uma profunda sensibilidade espiritual para discernir entre
o que é santo e o que é profano, entre o que agrada a Deus e o que O
entristece.
Ter uma
consciência de santidade implica estar constantemente atento à presença de Deus
em todas as áreas da vida, buscando honrá-Lo em pensamentos, palavras e ações.
Significa reconhecer a santidade de Deus como um modelo a ser seguido e
aspirado, enquanto nos esforçamos para nos separar do pecado e nos aproximar
cada vez mais de Sua semelhança.
Além
disso, a consciência de santidade inclui uma disposição para submeter-se à obra
do Espírito Santo em nossa vida, permitindo que Ele nos transforme e nos
purifique, para que possamos refletir mais plenamente a imagem de Cristo. É
também estar ciente da nossa responsabilidade como embaixadores de Cristo neste
mundo, levando uma vida que glorifique a Deus e testemunhe Seu poder
transformador aos que estão ao nosso redor.
Em
resumo, a consciência de santidade é uma profunda compreensão e compromisso com
a busca da santidade em todas as áreas da vida, motivada pelo amor a Deus e
pelo desejo de viver de acordo com Sua vontade revelada em Sua Palavra. Desse
jeito, o crente em Jesus, que iniciou a sua jornada de fé com Cristo, deve
estar consciente a respeito de viver uma vida santa, sem a qual “ninguém verá o
Senhor” (Hb.12:14).
Nesta
lição, exploraremos a importância da santidade na vida do crente, não apenas
como um ideal a ser alcançado, mas como um processo contínuo de transformação
pelo poder do Espírito Santo.
Ao
mergulharmos na perspectiva bíblica da santificação, examinaremos os princípios
e as práticas que nos conduzem a uma vida de maior santidade. Veremos como a
santidade está intrinsecamente ligada à nossa comunhão com Deus e ao nosso
testemunho perante o mundo. Além disso, exploraremos os estágios da
santificação, reconhecendo que é um processo gradual e contínuo que ocorre ao
longo da vida do crente, à medida que nos rendemos à obra transformadora do
Espírito Santo em nossas vidas.
Por fim,
entenderemos que a santidade não é uma busca solitária, mas uma jornada em
comunidade, em que nos encorajamos e apoiamos mutuamente no caminho da fé. Descobriremos
que a santidade está intimamente relacionada à justiça, outro atributo divino
que reflete o caráter de Deus em nossa vida. Assim, ao desenvolvermos uma
consciência de santidade, buscamos não apenas agradar a Deus, mas também viver
em conformidade com sua vontade e propósito para nós, revelando ao mundo a
glória do nosso Santo e Justo Senhor.
I. A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO
1. Santificação no Antigo Testamento
No Antigo
Testamento, o conceito de santificação está intrinsecamente ligado à natureza e
à vontade de Deus. A palavra hebraica "qôdesh", que denota santidade,
aparece com frequência e abrange uma variedade de significados, todos
relacionados à separação e à consagração a Deus. Envolve a ideia de ser
separado para um propósito divino específico, seja para o serviço religioso,
para a adoração a Deus ou para viver de acordo com os Seus mandamentos. Isso é
evidente em várias passagens, como Êxodo 15:11, que exalta a santidade de Deus,
e Números 4:15, que se refere a objetos consagrados no Tabernáculo.
Além
disso, o adjetivo "qâdôsh" descreve tanto pessoas quanto objetos que
são considerados santos e separados para o serviço de Deus. Por exemplo, em Gênesis
2:3, Deus santificou o sétimo dia, estabelecendo-o como um tempo sagrado de
descanso e adoração. Da mesma forma, em Êxodo 19:6, Deus declara que Israel
será um reino de sacerdotes e uma nação santa, separada para Ele.
Essa
ênfase na santificação reflete a santidade intrínseca de Deus e Sua chamada
para Seu povo viver em conformidade com Sua natureza santa. Assim, a
santificação no Antigo Testamento não se limita apenas a práticas rituais, mas
abrange toda a vida do indivíduo e da comunidade, com o objetivo de refletir a
santidade e a glória de Deus no mundo.
2. No Novo Testamento
No Novo Testamento, a
santificação é apresentada como uma obra contínua e transformadora realizada
pelo Espírito Santo na vida do crente. O verbo grego "hagiadzô" é
frequentemente usado para descrever esse processo de santificação, que
significa "tornar santo", "purificar",
"consagrar" ou "ser santo".
Uma das passagens-chave que
ilustram a santificação no Novo Testamento é encontrada em 1Coríntios 6:11,
onde Paulo escreve que os crentes foram lavados, santificados e justificados
pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus. Isso indica que
a santificação é uma obra graciosa realizada pelo Espírito Santo na vida do
crente, resultando em purificação e consagração para Deus.
Além disso, em Efésios 5:26,
Paulo menciona que Cristo amou a igreja e se entregou por ela, a fim de
santificá-la, purificando-a mediante a lavagem da água pela palavra. Aqui,
vemos que a santificação é um processo contínuo e progressivo, no qual os
crentes são purificados e transformados pela Palavra de Deus e pela obra do
Espírito Santo.
Outra referência importante é 1Tessalonicenses
5:23, onde Paulo ora para que o Deus de paz santifique os crentes em todos os
aspectos, preservando o espírito, a alma e o corpo deles irrepreensíveis até a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso ressalta a abrangência da
santificação, que afeta todas as áreas da vida do crente.
Em resumo, no Novo Testamento, a
santificação é apresentada como uma obra contínua e graciosa do Espírito Santo
na vida do crente, resultando em purificação, consagração e conformidade com a
imagem de Cristo.
3. A santidade exigida pela Palavra
A
santidade exigida pela Palavra de Deus é um tema central ao longo das Escrituras,
destacando a importância da separação do pecado e da consagração a Deus em
todas as áreas da vida do crente. Jesus Cristo, em sua oração sacerdotal,
expressou claramente a necessidade de santificação dos crentes, afirmando que a
Palavra de Deus é a verdade que os santifica (João 17:17).
O
apóstolo Paulo também enfatizou a importância da santidade ao exortar os
cristãos a se absterem da imoralidade sexual e de qualquer forma de impureza,
vivendo uma vida santificada e honrando a Deus em seus corpos (1Tessalonicenses
4:3-7). Além disso, em Efésios 5:26, ele descreve a obra purificadora da
Palavra de Deus, comparando-a à lavagem da água pela Palavra, que santifica e
purifica a Igreja, tornando-a santa e sem mancha.
Hebreus
12:14 é outro versículo-chave que ressalta a importância da santidade na vida
do crente. O autor exorta os crentes a buscarem a paz com todos e a
santificação, pois sem ela ninguém verá o Senhor. Isso evidencia que a
santidade não é uma opção para o cristão, mas uma exigência divina para desfrutar
da comunhão plena com Deus e participar de Sua presença eterna.
Portanto,
a santidade exigida pela Palavra é um chamado para uma vida separada do pecado,
consagrada a Deus e em conformidade com Sua vontade revelada. É um processo
contínuo de transformação pela Palavra e pelo Espírito Santo, que capacita o
crente a viver uma vida que glorifica a Deus em todos os aspectos.
II. A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS
1. A realidade da
santificação
A santificação, conforme ensinada
nas Escrituras Sagradas, abrange diferentes aspectos que revelam sua realidade
profunda na vida do crente. Primeiramente, é importante destacar que a
santificação é um ato, um estado e um processo pelo qual o crente se torna
santo (Rm.6:19-22; 1Ts.4:1-7).
Em primeiro lugar, a santificação
é um ato de separação do mundo. Isso significa que o crente é chamado a se
distanciar do pecado e das práticas mundanas, sendo consagrado para Deus e
dedicado à Sua vontade (Rm.12:2). Essa separação envolve uma mudança de coração
e mente, resultando em uma vida transformada que busca agradar a Deus em todas
as coisas (1Pd.1:14-16).
Além disso, a santificação é um
processo contínuo no qual o crente é moldado à imagem de Cristo. Esse processo
tem como objetivo principal fazer com que o crente se torne semelhante a Jesus,
tanto em caráter quanto em conduta (Rm.8:29). É uma jornada de crescimento
espiritual e amadurecimento na fé, no qual o Espírito Santo atua para conformar
o crente à imagem de Cristo (2Co.3:18).
Assim, a santificação busca
aperfeiçoar o crente, de modo que a imagem de Cristo se reflita plenamente em
sua vida. Isso envolve a renovação da mente, a purificação do coração e a
conformidade ao padrão divino de santidade (2Co.7:1; Ef.4:12,13; 5:26). É um
processo que ocorre ao longo da vida do crente, à medida que ele se submete à
Palavra de Deus, à obra do Espírito Santo e à comunhão com os irmãos na fé.
2. Três estágios da
santificação
Os três estágios da santificação
representam o processo pelo qual o crente passa ao longo de sua jornada espiritual,
desde o Novo Nascimento até a Glorificação final:
a) Santificação inicial ou
posicional. Este estágio inicia com o Novo
Nascimento, quando o crente é regenerado pelo Espírito Santo e declarado justo
diante de Deus. Neste momento, o crente é completamente perdoado e declarado
sem pecado, sendo posicionado em Cristo (1Co.6:11; Tt.3:5-7). Essa santificação
posicional é uma obra realizada por Deus e não está sujeita a mudanças, pois é
baseada na obra consumada de Cristo na cruz.
b) Santificação progressiva. Este estágio refere-se ao processo contínuo de transformação e
crescimento espiritual do crente nesta vida terrena. Envolve o despojamento do
"velho homem" e a renovação do "novo homem", conforme a
imagem de Cristo (Gl.5:16-18; Ef.4:20-24, 27-30). Nesse estágio, o crente é
capacitado pelo Espírito Santo a viver uma vida de santidade, crescendo em
graça e conhecimento, e se tornando cada vez mais semelhante a Jesus Cristo (2Pd.3:18).
c) Glorificação. Este último estágio ocorrerá no retorno de Cristo, quando os crentes
serão transformados e glorificados, recebendo corpos ressurretos semelhantes ao
corpo glorioso de Cristo. Nesse momento, os crentes estarão plenamente
conformados à imagem de Jesus, livres da presença e do poder do pecado (Rm.8:29;
1João 3:2; 1Ts.4:13-18). Esse é o cumprimento final da obra de santificação
iniciada por Deus na vida do crente.
3. O alvo da santificação
O alvo da
santificação é tornar o crente conforme a imagem de Cristo e plenamente
coerente com o caráter divino. Isso implica em:
a) Pureza de coração. O alvo da santificação é
alcançar a pureza de coração, onde o crente é transformado interiormente e seus
pensamentos, desejos e motivações são purificados. Jesus ensinou que os puros
de coração verão a Deus, destacando a importância da santificação para a
comunhão íntima com o Senhor (Mt.5:8).
b) Obediência aos mandamentos de
Deus. O crente
santificado é chamado a ouvir, guardar e praticar os mandamentos de Deus. Jesus
enfatizou que aqueles que o amam obedecerão aos seus mandamentos e o Pai e o Filho
farão morada com eles. A santificação resulta em uma vida de obediência e
comunhão íntima com Deus (João 14:23).
c) Conformidade com a imagem de
Cristo. O alvo
final da santificação é a conformidade com a imagem de Cristo. Isso significa
refletir o caráter e a natureza de Cristo em todas as áreas da vida. Os crentes
são chamados a serem transformados à imagem de Cristo, crescendo em santidade e
semelhança com Ele até alcançarem a estatura da plenitude de Cristo (Rm.8:29;
Ef.4:13).
Portanto,
o alvo da santificação é a transformação completa do crente para que ele viva
em comunhão íntima com Deus, obedecendo aos seus mandamentos e refletindo a
imagem de Cristo em sua vida.
III. O JULGAMENTO DO DEUS SANTO
1. O Deus Santo
A santidade de Deus é um dos
atributos divinos mais enfatizados na Bíblia e tem profundo impacto na vida e
na conduta dos crentes. Vejamos algumas análises mais detalhadas sobre este
tema:
a) Revelação da santidade de Deus. A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel, destacando Sua separação e
pureza absolutas em relação ao pecado e à impureza (Isaías 1:4). Seu nome é
Santo, e Ele é exaltado como incomparável em santidade, sendo adorado pelos
serafins que proclamam Sua santidade de forma contínua (Isaías 6:3). A
santidade de Deus é tão absoluta que ninguém pode se igualar a Ele (1Samuel
2:2).
b) Chamado à santidade. A santidade de Deus serve como padrão e modelo para a vida dos crentes.
Ele mesmo ordena: "Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou
santo" (Levítico 19:2). Esse chamado à santidade é reiterado no Novo
Testamento, onde os crentes são exortados a serem santos em todas as áreas de suas
vidas, pois o próprio Deus é santo (1Pedro 1:16).
c) Impacto na vida do crente. A compreensão da santidade de Deus tem um impacto profundo na vida e conduta
dos crentes. Eles são chamados a refletir a santidade de Deus em seu caráter,
em suas ações e em seus relacionamentos. A busca pela santidade torna-se um
objetivo central na vida do crente, pois eles aspiram a se tornarem cada vez
mais semelhantes ao seu Santo Deus.
d) Fonte de inspiração e motivação. A santidade de Deus não apenas define o padrão para a vida do crente,
mas também serve como fonte de inspiração e motivação para buscar uma vida de
retidão e pureza. Ao contemplarem a santidade de Deus, os crentes são
impulsionados a se afastarem do pecado e a se dedicarem a uma vida que O honre
e glorifique.
Portanto, a santidade de Deus não
é apenas um atributo divino, mas também um chamado e um modelo para a vida do
crente, inspirando-os a uma busca constante pela santificação e pela
conformidade com o caráter de Deus.
2. Santidade exigida a todos os crentes
A
santidade é uma exigência divina para todos os crentes, pois eles são chamados
a refletir a natureza santa de Deus e a viverem de acordo com Seus padrões. Veja
mais detalhadamente esse tema:
a) A Igreja como santuário de Deus. A Bíblia ensina que a Igreja de
Cristo é o santuário dedicado ao Senhor, sendo edificada sobre o fundamento dos
apóstolos e dos profetas, com Cristo Jesus como a principal pedra angular
(Efésios 2:21). Como tal, a Igreja é chamada a ser santa e sem defeito,
refletindo a pureza e a santidade de seu Senhor (Efésios 5:26,27).
b) Exortação à santidade. Como membros do Corpo de Cristo
e participantes da Igreja, os crentes são exortados a viverem em santidade. A
Escritura é clara ao afirmar que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hebreus
12:14). Isso implica em uma vida separada do pecado e consagrada a Deus.
c) Consagração a Deus. A santidade exigida dos crentes
não é apenas uma abstinência do mal, mas também uma consagração total a Deus.
Eles são chamados a apresentar seus corpos como sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, como parte de seu culto espiritual (Romanos 12:1). Essa
consagração envolve a renovação da mente e a conformidade com a vontade de
Deus.
d) Comprados pelo sangue de Cristo A base para a santidade dos
crentes reside na obra redentora de Jesus Cristo. Fomos comprados pelo precioso
sangue de Cristo e agora pertencemos a Ele (1Coríntios 6:20). Essa realidade nos
motiva a vivermos em gratidão e obediência, buscando a santidade em todas as
áreas de nossas vidas.
Portanto,
a santidade exigida a todos os crentes é uma resposta ao chamado divino para
refletir a natureza santa de Deus e para viverem em conformidade com Sua
vontade. É uma jornada de consagração e dedicação, motivada pelo amor e pela
graça de Deus revelados em Jesus Cristo.
3. Santidade e Justiça
de Deus.
A santidade e a justiça de Deus
são aspectos fundamentais de Sua natureza divina, revelados de forma
consistente ao longo das Escrituras Sagradas. Veja com mais detalhe esse item:
a) Santidade de Deus. A santidade de Deus refere-se à Sua natureza pura, separada do pecado e
da impureza. João afirma que Deus é luz e nele não há treva alguma (1João 1:5),
indicando Sua completa ausência de qualquer mal ou impureza. Essa santidade
divina é exemplificada pela descrição dos serafins no livro de Isaías, que
proclamam continuamente a santidade de Deus (Isaías 6:3).
b) Justiça de Deus. A justiça de Deus está intrinsecamente ligada à Sua santidade. Sua
retidão e perfeição moral o levam a agir de maneira justa e imparcial em todos
os aspectos. A justiça de Deus é expressa em Sua conformidade perfeita com Sua
própria lei e Seus padrões morais. Deus é o Juiz justo que não tolera o mal e
que retribui a cada um conforme suas obras (Romanos 2:6).
c) Relação entre santidade e justiça. A santidade de Deus exige Sua justiça. Sua natureza santa não pode
tolerar o pecado, e Sua justiça requer que o pecado seja punido. A santidade
divina é a base de Sua justiça, pois Ele não pode ser conivente com o mal. Isso
significa que a justiça de Deus está em harmonia com Sua santidade, refletindo
Seu caráter perfeito e imutável.
d) Consequências da santidade e
justiça de Deus. A compreensão da santidade e
justiça de Deus tem implicações significativas para a humanidade. A santidade
de Deus revela a necessidade da santificação e separação do pecado por parte do
ser humano. Sua justiça exige que o pecado seja julgado e punido. No entanto,
Sua misericórdia e graça oferecem uma solução para o problema do pecado através
de Jesus Cristo, que satisfaz a justiça de Deus e proporciona perdão e salvação
àqueles que creem Nele.
Veja alguns textos bíblicos que corroboram
a ideia de que a santidade e a justiça de Deus exigem a santificação humana e o
julgamento do pecado, mas também destacam a provisão divina de misericórdia e
graça através do sacrifício redentor de Jesus Cristo, oferecendo perdão e
salvação a todos os que crerem.
a) Justiça de Deus e a necessidade
de julgamento do pecado:
·
Romanos 3:23-26: "Pois todos pecaram e
estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua
graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como
sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua
justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e
justificador daquele que tem fé em Jesus".
·
2Coríntios 5:21: "Deus tornou pecado por
nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus".
b) Misericórdia e graça de Deus
oferecendo solução através de Jesus Cristo:
·
João 3:16: "Porque Deus tanto amou o
mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça,
mas tenha a vida eterna".
·
Efésios 2:8,9: "Pois vocês são salvos
pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por
obras, para que ninguém se glorie".
·
Tito 3:4-7: "Mas quando se
manifestaram a bondade e o amor de Deus, nosso Salvador, ele nos salvou, não
por obras de justiça praticadas por nós, mas devido à sua misericórdia. Ele nos
salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou
sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez
para que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a
esperança da vida eterna".
Portanto, a santidade e a justiça
de Deus são aspectos fundamentais de Seu caráter divino, revelando Sua natureza
perfeita e Sua maneira imparcial de agir no mundo.
CONCLUSÃO
Desenvolver
uma consciência sobre santidade é fundamental para a vida do crente. Ao
estudarmos a santificação nas Escrituras, compreendemos que se trata de um
processo contínuo no qual somos separados do mundo e transformados à imagem de
Cristo. A santidade não é apenas uma opção, mas uma exigência divina para todos
os que se dizem seguidores de Cristo.
Nossa
jornada rumo à santidade começa com o entendimento da santidade de Deus e Sua
justiça, reconhecendo que Ele é o padrão supremo de pureza e retidão. Em
seguida, percebemos a necessidade de nos separarmos do pecado e nos
aproximarmos de Deus, buscando uma vida de obediência e consagração.
Ao longo
desse processo, enfrentamos desafios e tentações, mas também recebemos o
auxílio do Espírito Santo, que nos capacita a viver de acordo com os padrões
divinos. Devemos, portanto, cultivar uma consciência constante da santidade,
examinando nossas atitudes, pensamentos e comportamentos à luz da Palavra de
Deus.
Ao nos
esforçarmos para desenvolver essa consciência sobre santidade, experimentamos
uma transformação profunda em nossa vida espiritual. Somos capacitados a viver
de forma mais íntegra, amorosa e obediente, refletindo cada vez mais a imagem
de Cristo ao mundo ao nosso redor.
Que
possamos, então, prosseguir nessa jornada de santificação com diligência e
humildade, confiando na graça e no poder de Deus para nos capacitar a viver uma
vida santa e agradável a Ele. Que a santidade se torne não apenas um ideal a
ser alcançado, mas uma realidade vivida em nosso dia a dia, para a glória de
Deus.
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Luciano
de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de
Estudo Pentecostal.
Bíblia de
estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de
Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William
Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr.
Hernandes Dias Lopes. 1João – Como ter a garantia da salvação.
Pr.
Hernandes Dias Lopes. 1Pedro -
Comentário
Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.
Dicionário
Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 452.
Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Romanos-Apocalipse. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, pp. 897-98).
Graças a deus pela vida do irmão i pelos comentários Que o irmão tem feito muito ter me ajudado Estou orando pela vida do irmão Deus abençoe
ResponderExcluirSua oração por mim é um lenitivo para a minha vida. Obrigado!
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