07 de fevereiro de 2010
"E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação" (2Co 5:18).
Estudamos na aula anterior sobre a opção de Deus em oferecer a sua mensagem(o Evangelho – o grande tesouro) por meio de receptáculos frágeis(vasos de barro), cujo texto base foi 2Corintios 4:7-18. Nesta aula, estudaremos sobre o ministério da reconciliação. Mas antes, destacaremos a continuidade, nos versículos 5 a 10, a defesa do ministério de Paulo, o qual argumenta acerca de seus sofrimentos e das consolações do Senhor. No contexto destes versículos, Paulo explica o contraste entre a vida terrena - mortal e limitada, e a imortal - eterna e espiritual. Do versículo 11 até o 21, Paulo trata do ministério da reconciliação propriamente dito. Reconciliar, na definição do Dicionário Aurélio, é estabelecer paz entre inimigos ou adversários, ou ainda tornar amigos pessoas que se malquistaram. No aspecto relacionado à salvação, a reconciliação é o ato pelo qual Deus oferece a redenção à humanidade por meio de seu Filho Jesus Cristo, apagando a inimizade existente entre o homem caído e o Deus Santo. Deus trata o homem que recebe Jesus como uma pessoa justa e amiga. Essa mensagem de reconciliação está de acordo com o que o apóstolo Paulo vive, demonstrando que como ministro do Senhor, ele buscava a reconciliação com os coríntios tanto quanto Deus buscava.
I. A VIDA PRESENTE E A FUTURA (5.1-10)
Paulo contrasta nosso corpo terreno com o nosso futuro corpo da ressurreição. Ele declara claramente que nosso corpo presente nos faz gemer e que quando morremos e formos ressuscitados na vinda do Senhor, teremos novos corpos que serão perfeitos para a nossa vida eterna.
Paulo escreveu desse modo porque a igreja em Corinto estava cercada pela cultura grega, e muitos crentes tinham dificuldades com o conceito da ressurreição do corpo porque os gregos não criam nisso. A maioria deles via a vida após a morte como algo que acontecia somente com a alma, com o verdadeiro ser que está preso a um corpo físico. Acreditavam que, com a morte, a alma era libertada; não existia imortalidade alguma para o corpo, e a alma entrava em um estado eterno. Mas a Bíblia ensina que o corpo e a alma não estão permanentemente separados. Há uma promessa que o nosso corpo será ressuscitado, o qual se unirá novamente a alma e ao espírito. Paulo descreve nosso corpo ressuscitado com maiores detalhes em 1Corintios 15:46-58.
O futuro corpo do cristão é descrito no versículo 1 do capítulo 5 como eterno, nos céus, não mais sujeito a doença, decomposição e morte(ver Fp 3:21; Ap 21:4). O corpo glorificado durará para sempre no lar celestial. Os salvos só receberão o corpo glorificado quando Cristo voltar para buscar sua igreja(1Ts 4:13-18). Quando o cristão falece, sua alma vai para junto de Cristo, onde desfruta conscientemente as glórias do Céu. O corpo fica na sepultura. Quando o Senhor voltar, o pó será ressuscitado da sepultura, e Deus o transformará em um corpo novo e glorificado que será reunido ao espírito e à alma. Entre a morte dos santos e a vinda de Cristo para buscá-los, pode-se dizer que os cristãos permanecem em um estado desencarnado. Isso não significa, porém, que eles não tem consciência plena da alegria do Céu. Pelo contrário!
1. A confiança doutrinária de Paulo (5:1). “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus”.
Paulo está usando uma figura de linguagem para retratar a morte e a ressurreição. Ele menciona o tabernáculo para falar do corpo físico, transitório, temporário,que se debilita, enfraquece, adoece e morre; e menciona a casa não feita por mãos, para falar do corpo glorioso da ressurreição, que é permanente e eterno.
Enquanto a tenda(“tabernáculo”), é apenas uma moradia transitória para um viajante ou peregrino, a casa, ou edifício, é uma residência permanente. A tenda(“tabernáculo”), que é o corpo físico, é apenas um lugar de habitação, e não o ser humano essencial. Agora caminhamos pelo deserto numa tenda provisória, mas há uma casa ou um templo permanente preparado para a alma, onde haverá estabilidade, poder e beleza.
Paulo não olha para essa verdade, como se fosse uma tênua esperança. Ele não lida com essa questão com a linguagem da conjectura hipotética, mas com a convicção da certeza experimental:”sabemos”.
Um dia precisaremos afrouxar as estacas dessa tenda e levantar acampamento. Para Paulo, a morte é uma mudança de endereço(2Tm 4:6-8). É deixar uma tenda frágil e temporária e mudar-se para uma casa permanente, uma mansão feita não por mãos, eterna nos céus.
Nos dias de Paulo, tanto a filosofia grega como a romana desprezava o corpo. Para eles, o corpo era apenas uma prisão, uma tumba. Paulo, porém, se distancia, aqui, dessas filosofias e ensina que a morte não é a libertação da alma da prisão do corpo, mas uma mudança de um corpo de fraqueza para um corpo de poder; de um corpo temporário para um corpo permanente; de um corpo terreno para um corpo celestial; de um corpo mortal para um imortal; de um corpo corruptível para um corpo incorruptível. Paulo descreve o corpo ressurreto assim: “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”(1Co 15:53,54).
2. O anelo de Paulo pela vida além-túmulo (5:1-5). Paulo em muitas partes de suas epístolas expressou o desejo do além-túmulo. Para ele, a morte não era uma tragédia. Ele chegou a dizer:”Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”(Fp 1:21). Para ele, morrer é partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor(Fp 1:23). Ele desejava, preferencialmente, estar com o Senhor: “Desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor”(2Co5:8). Somente aqueles que têm o Espírito Santo como penhor(2Co5:5) podem ter essa confiança do além-túmulo. O penhor do Espírito é uma garantia de que caminhamos não para um fim tenebroso, mas para um alvorecer glorioso. Caminhamos não para a morte, mas para a vida eterna. Caminhamos não para o desmoronamento de uma tenda(“tabernáculo”) rota, mas para habitação de uma mansão permanente.
Mas, enquanto estivermos aqui, neste corpo mortal, muitas vezes somos levados a gemer(5:2) devido à forma pela qual ele nos limita e dificulta nossa vida espiritual. Nosso grande anseio é ser revestidos da nossa habitação celestial.
Aqueles que vivem sem essa garantia se desesperam na hora da morte. Na verdade, eles caminham para um lugar de trevas, e não para a cidade iluminada; caminham para um lugar de choro e ranger de dentes, e não para a festa das bodas do Cordeiro; caminham para o banimento eterno da presença de Deus, e não para o bendito lugar onde Deus armará seu “tabernáculo” para sempre conosco.
3. O Tribunal de Cristo para todos os crentes (5:7-10). “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal”(5:10).
O julgamento da Igreja é o chamado “Tribunal de Cristo”, que ocorrerá logo após o arrebatamento, antes das bodas do Cordeiro. Acontecerá nas regiões celestiais. Neste tribunal, os crentes serão julgados pelas obras que tiverem feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (Rm.14:10; 2Co.5:10). Este julgamento não envolve salvação ou perdição, pois todos os crentes que forem arrebatados estarão salvos, mas serão julgadas as obras com vistas à entrega de recompensas, do “galardão”. Nesta oportunidade, muitos serão surpreendidos, pois Deus conhece o coração do homem (1Sm.16:7) e sabe a qualidade de tudo o que está sendo feito em Sua obra, não atentando para a aparência. Diante disto, muitos que, aparentemente, terão feito muito pela obra do Senhor, nada receberão, porquanto suas obras serão consideradas como palha, como madeira, sem condição de resistir ao crivo divino e outros, que, aparentemente, nada teriam feito pelo Senhor, receberão galardões, pois trabalharam em silêncio, sem alarde, mas com dedicação e real devoção. Os critérios do julgamento e o seu tratamento são descritos em 1Co.3:12-15.
O Tribunal de Cristo será revelador. Ele revelará com precisão como foi a nossa vida de serviço a Cristo. Avaliará não apenas a quantidade de serviço, mas também a qualidade e até as motivações para realizá-los. O termo traduzido por “comparecer” também pode ser traduzido por “ser revelado”. O verdadeiro caráter de nossas obras será exposto diante dos olhos perscrutadores do Salvador. A revelação envolverá tanto o caráter de nosso serviço (1Co3:13) quando as motivações que nos impeliram (1Co4:5). O tribunal dos homens julga apenas as ações, mas o Tribunal de Cristo julgará as intenções (1Co 4:5).
É bom ressaltar que, apesar de os pecados cometidos depois da conversão afetarem o serviço cristão, não serão julgados nessa ocasião solene. O julgamento dos nossos pecados ocorreu há mais de dois mil anos, quando o Senhor Jesus levou nossos pecados sobre si na cruz. Cristo pagou o valor total da dívida resultante de nossas ofensas e Deus não as julgará novamente (João 5:24). O Juiz desse julgamento é Cristo(João 5:22). Deus examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade: (a) nossos atos secretos(Mt 4:22; Rm 2:16); b) nosso caráter(Rm 2:5-11); c) nossas palavras(Mt 12:36,37); d) nossas boas obras(Ef 6:8); e) nossas atitudes(Mt 5:22); f) nossos motivos(1Co 4:5); g) nossa falta de amor(Cl 3:23 – 4:1) e h) nosso trabalho e ministério(1Co 3:13). Em fim, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25:21,23; 1Co 4:2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12:48; João 5:24; Rm 8:1).
II. O AMOR DE CRISTO CONSTRANGE E TRANSFORMA (5.11-17)
O texto deste tópico indica que Paulo ainda estava se defendendo dos ataques dos falsos apóstolos. Eles o acusavam de pregar a mensagem errada e com a motivação errada. A resposta do veterano apóstolo é que dois fatores basilares governavam suas motivações no ministério: o temor a Deus(5:11) e o amor de Cristo(5:14).
1. A força da persuasão à fé em Cristo (5:11). “Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos”. Aqui, Paulo destaca o "temor ao Senhor" como um modo de convencer as pessoas acerca da fé recebida. Paulo não está enfatizando o terror de Deus para os incrédulos, mas, sim, o temor reverente com o qual devemos procurar servir e agradar ao Senhor. O apóstolo sabe que sua vida é um livro aberto para Deus. Ainda assim, gostaria que os coríntos não tivessem dúvida de sua integridade e fidelidade no ministério do evangelho. Dessa forma, em outras palavras, ele está dizendo: Uma vez que conhecemos o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens quanto à nossa integridade e sinceridade como ministros de Cristo. No entanto, sejamos ou não bem-sucedidos nisso, Deus sabe tudo sobre nós. Esperamos que nosso verdadeiro caráter também fique claro na consciência dos corintios.
Somente aqueles que temem ao Senhor podem manter a consciência limpa diante dos homens. Paulo andava de forma íntegra com Deus e com os homens. Ele temia a Deus, por isso, nada tinham a esconder dos homens. Seus motivos e suas ações estavam abertos diante de Deus. Não existia nenhum engano embutido em suas tentativas de persuadir os homens.
2. A grande motivação do ministério de Paulo: o amor de Cristo (vv.12,13). “ Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração. Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós”.
O apóstolo Paulo descreve seus críticos como homens que se gloriam na aparência e não no coração. Em outras palavras, eles estavam interessados na aparência, e não na realidade, na integridade e na honestidade interiores. Consideravam apenas a aparência física, eloqüência ou suposto zelo. Eles estavam centrados em si mesmos, e não centrados em Deus. Eles valorizavam cartas de recomendação(3:1), eloqüência(10:10; 11:6), nascimento e herança judaica(11:22), visões e revelações(12:1) e a realização de milagres(12:12). Eles se gloriavam em possuir essas coisas externas. Visões e revelações faziam parte da vida de Paulo, mas ele nunca exibiu essas experiências como distintivos de autoridade apostólica. Paulo estava interessado não em se promover, mas em expandir a igreja de Cristo. Ele fazia isso motivado pelo amor de Cristo.
Você pode identificar os falsos mestres, os falsos pregadores, descobrindo o que realmente os motiva. Se estiverem mais preocupados consigo mesmo do que com a causa de Cristo, evite tanto a eles quanto a mensagem que pregam.
3. Um amor que nos constrange a viver integralmente para Cristo (vv.14-17). “ Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram”(5:14).
O que levava o apóstolo Paulo a servir de forma tão incansável e abnegada na pregação do Evangelho? Neste versículo, uma das mais importantes, da carta de 2Corintios, Paulo revela sua motivação: o amor de Cristo. Aqui, o amor de Cristo é o seu amor por nós ou o nosso amor por ele? Sem dúvida, é o amor de Cristo por nós. Nós o amamos apenas porque ele nos amou primeiro. É o seu amor que nos constrange, nos impele, como uma pessoa é impelida em uma multidão. Ao contemplar o amor extraordinário que Cristo havia demonstrado por ele, Paulo não podia deixar de ser impelido a servir a esse Senhor maravilhoso.
Ao morrer por todos nós, Jesus agiu como nosso Representante. Quando Ele morreu, todos morreram nele. Assim como o pecado de Adão se tornou o pecado de seus descendentes, também a morte de Cristo se tornou a morte daqueles que nele creem(Rm 5:12-21; 1Co 15:21,22). Por causa de seu sacrifício vicário somos agora nova criatura(5:17), ou seja, temos uma nova posição em relação a Deus e ao mundo. Temos agora uma nova forma de viver, na qual desaparece a vida pregressa e os velhos costumes. Por ocasião da conversão, não apenas viramos uma página de nossa vida velha, começamos um novo estilo de vida sob o controle do Espírito Santo. Esse novo estilo de vida é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.
III. O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO (5.18-21)
Muitos desastres de proporções gigantescas a história já registrou. Mas o maior desastre cósmico foi a queda de nossos primeiros pais. Ela afetou toda a criação e jogou toda a raça humana no abismo do pecado. O pecado divide, desintegra e separa. O pecado provocou um abismo espiritual, pois separou o homem de Deus. Provou um abismo social, pois separou o homem de seu próximo. Provocou um abismo psicológico, pois separou o homem de si mesmo, e provocou também um abismo ecológico, pois separou o homem da natureza, fazendo dele um depredador ou um adorador dessa mesma natureza.
O mundo está profundamente marcado pelas tensões do pecado. O homem é um ser em guerra com Deus, consigo, com o próximo e com a natureza. Nesse mundo cheio de ódio, ferido pelo pecado e distante de Deus, a reconciliação é uma necessidade imperiosa.
A Bíblia não fala de Deus tendo necessidade de reconciliar-se com o homem. É o homem que precisa se reconciliar com Deus. Nós mudamos; Deus nunca mudou(Ml 3:6). Seu amou por nós é eterno e incessante.
Deus poderia ter nos tratado como tratou os anjos rebeldes. Eles foram conservados em prisões(Jd 6:13) e em permanente estado de perdição. Mas Deus providenciou, para nós, um caminho de volta para Ele. Cristo é esse caminho(João 14:6).
1. Reconciliação, palavra-chave da nova criação (5:18,19). “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”.
A palavra “reconciliação”,do grego katallagē, é caracteristicamente a palavra que expressa a idéia de unir duas partes que estavam em conflito. A palavra katallagē é usada no Novo Testamento especialmente para descrever o restabelecimento das relações entre o homem e Deus. Paulo diz: ”[...] Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo[...]”(5:19).
A reconciliação é iniciativa divina - “ E tudo isso provém de Deus[...]”(5:18). O homem é o ofensor, e Deus é o ofendido. A reconciliação deveria ter partido de nós, a parte ofensora, mas partiu de Deus, a parte ofendida. É a parte ofendida que toma a iniciativa da reconciliação. Deus restaurou o relacionamento entre si mesmo e nós. O Evangelho não é o homem buscando a Deus, mas Deus buscando o homem. Foi o homem quem caiu, afastou-se e rebelou-se. Mas é Deus quem o busca. É Deus quem corre para abraçar. “Com amor eterno eu te amei e com benignidade eu te atraí”(Jr 31:3).
A cruz de Cristo foi o preço que Deus pagou para nos reconciliar consigo. A cruz de Cristo é a ponte entre a terra e o Céu. Nenhuma pessoa pode chegar até Deus a não ser por meio dessa ponte. Deus nos amou e nos deu seu Filho(João 3:16). Deus nos amou, e Cristo sofreu em nosso lugar. Deus nos amou e Cristo morreu por nós. Na verdade, não foi a cruz de Cristo que gerou o amor de Deus; foi o amor de Deus que gerou a cruz(Rm 5:8;8:32). A cruz é o maior arauto do amor de Deus por nós. A cruz é a prova cabal de que Deus está de braços abertos para nos receber de volta ao lar.
A nossa reconciliação com Deus custou-lhe um preço infinito: a morte do seu próprio Filho. Ele nos comprou não com coisas corruptíveis como prata e ouro, mas com o sangue do seu Filho bendito(1Pe 1:18,19).
2. O ministério da reconciliação. “[...]e nos deu o ministério da reconciliação”. Por sermos reconciliados com Deus, temos o privilégio de encorajar outros a fazerem o mesmo. Temos o privilégio maravilhoso de levar essa mensagem gloriosa a todas as pessoas, em toda parte. Não foi dada essa incumbência aos anjos, mas a pessoas frágeis e insignificantes. Deste modo, temos “o ministério da reconciliação”.
3. Embaixadores de Deus (5:20). “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.
Um embaixador é um ministro de Estado, um representante de seu governante em um terra estrangeira. Paulo sempre fala do ministério do cristão como um chamado nobre e digno. Aqui, ele se compara a um enviado de Cristo ao mundo. Ele era um porta-voz de Deus por intermédio do qual Deus exortava a outros.
Como crentes, somos embaixadores de Cristo, enviados a pregar sua mensagem de reconciliação ao mundo. Antes, inimigos; agora, somos seus representantes neste mundo pecaminoso. Zelamos pelos interesses do Seu Reino, além de sermos seus porta-vozes às nações em todos os aspectos. Prestamos assistência neste mundo aos nascidos de novo, e convidamos outros para que, pelo novo nascimento, partilhem das bênçãos que Deus tem preparado a todos aqueles que o aceitarem como Senhor e Salvador.
CONCLUSÃO
Deus não só reconciliou o mundo consigo mesmo, através da morte vicária de Jesus Cristo na cruz do calvário, mas também comissionou mensageiros para proclamar essas boas novas. Todos quantos derem ouvidos ao chamado para o arrependimento e a fé, experimentarão a alegria da reconciliação com Deus. Antes nós éramos inimigos de Deus, agora, somos embaixadores da reconciliação. Antes estávamos perdidos; agora, buscamos os perdidos. Neste mundo marcado pelo ódio, pela guerra e por relacionamentos quebrados entre o homem e Deus, e entre o homem e seu próximo, temos um gloriosos ministério: o ministério da reconciliação.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no site: www.adbelavista.com.br, e no Blog: luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de estudo DAKE. O novo dicionário da Bíblia. Revista o Ensinador Cristão. Guia do leitor da bíblia – 2Corintios. 2Corintios – Rev. Hernandes Dias Lopes. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdnald.