sábado, 23 de abril de 2011

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO


















A ressurreição de Jesus é um fato bíblico e comprovadamente histórico. É o episódio que dá sentido e significado à fé cristã. Sem ela, como disse o apóstolo Paulo, o cristianismo não teria razão de ser (1Co 15:14). Ela é o fato que distingue o Cristianismo de toda e qualquer outra religião, a verdade que demonstra que Jesus é o Salvador do mundo, a Verdade e a Vida.
Vários líderes religiosos deixaram suas marcas e ensinamentos na história da humanidade. Todos morreram e seus restos mortais ainda se encontram na sepultura. Somente o sepulcro de Jesus se encontra vazio, e a respeito dEle os anjos disseram: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou” (Mt 28:6). Esse é motivo de grande surpresa, como o foi para os oficiais romanos (Mt 28:2,4), e para todos nós também. Os discípulos, por sua vez, passaram a ter plena convicção daquele acontecimento, o que lhes trouxe coragem e ousadia, no Espírito. Homens que, outrora medrosos, passaram a anunciar o evangelho de Cristo, sacrificando, se necessário fosse, suas vidas por amor a Cristo (João 20:28; At 2:24,32; 3:15; 5:30).
O Evangelho de Lucas assim registra a ressurreição de Nosso Senhor: "E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra do sepulcro removida. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia" (Lc 24:1-6). Esta é a grande diferença entre a fé cristã e as demais crenças que o homem tem: o fato de que Deus provou a verdade do evangelho e do perdão dos pecados em Cristo Jesus por intermédio da Sua ressurreição.
Portanto, a Ressurreição de Cristo é a base angular de nossa fé, a ponto de o apóstolo Paulo ter dito que a fé cristã seria vã, seria vazia, não teria qualquer sentido se Cristo não tivesse ressuscitado. O túmulo vazio é a principal e a irrefutável prova de que a Ressurreição de Cristo é um fato, e que Ele é a verdade e que Seu sacrifício foi aceito por Deus e tem poder para reconciliar a humanidade com o seu Criador.

As evidências da ressurreição de Cristo

A ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus "... se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias" (At 1:3). A expressão "infalíveis provas” refere-se à prova baseada em fatos que, por si só, suscitam credibilidade. Essas provas infalíveis e incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não o conseguiram (Mt 28.11-15). A Bíblia registra as seguintes aparições de Jesus após a Ressurreição:

Às várias mulheres que voltavam do sepulcro(Mt 28:9,10). Elas já sabiam que Jesus havia ressuscitado, pois, além de terem visto o túmulo vazio, um anjo lhes anunciou a mensagem da ressurreição. Elas, apressadamente, foram até onde estavam os discípulos e contaram o que havia se passado. Neste primeiro contato, já havia, pelo menos, quatro testemunhas, pois foram ao sepulcro: Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José; Salomé, que era a mãe de Tiago e de João; e Joana (Mt 28:1; Mc 16:1; Lc 24:10; João 20:1). Tinha-se, pois, número suficiente para que se considerasse verdadeiro o testemunho das mulheres segundo a lei de Moisés (Dt 19:15; Mt 18:16).

A Pedro - em localização indefinida (Lc 24:34; 1Co 15:5). Não se tratava mais de “depoimento de mulheres”, nem tampouco de alguém que tivesse visto a Jesus solitariamente.

Aos dois discípulos que iam a caminho de Emaús(Lc 24:13-32). O nome de um dos dois era Cleopas(24:18); não sabemos a identidade do outro. Existe a possibilidade de ser sua esposa. Certa tradição afirma que era Lucas. Somente podemos ter certeza de que não se tratava de um dos onze discípulos(cf 24:33). Ao chegar em Emaús os dois convidaram o seu Companheiro de viagem a passar a noite com eles. Ao assentar à mesa, o Convidado partiu o pão e lhes deu, eles o reconheceram pela primeira vez. Logo que isso aconteceu, desapareceu. Então eles retomaram a viagem do dia. Em vez de passar a noite em Emaús, voltaram depressa a Jerusalém onde acharam os onze e os outros reunidos. Antes de eles poderem compartilhar as alegres noticias, os discípulos em Jerusalém anunciaram que o Senhor verdadeiramente ressuscitara e aparecera a Simão Pedro.

A todos os discípulos, exceto Tomé e outros com eles(Lc 24:36-43). Os discípulos o viram, depois ouviram-no dizer: “Paz seja convosco”. Eles ficaram atemorizados, pensando que era um espírito. Somente quando ele lhes mostrou as marcas do seu sofrimento nas mãos e nos pés começaram a entender. Mesmo assim, era bom demais para ser verdade. Para poder mostrar-lhes que ele era realmente Jesus, o Senhor comeu um pedaço de peixe assado e um favo de mel.

A todos os discípulos num domingo à noite, uma semana depois (João 20:26-31). Uma semana depois, o Senhor apareceu aos seus discípulos novamente. Dessa vez Tomé estava com eles. Outra vez o Senhor pôs-se entre eles de maneira milagrosa e de novo saudou-os com “Paz seja convosco”. O Senhor tratou de forma amável e paciente seu seguidor incrédulo. Convidou-o a provar a realidade da sua ressurreição pondo a sua mão no ferimento da lança no seu lado. Tomé se convenceu. Se ele pôs a mão no lado do Senhor, não sabemos. Mas ele sabia enfim que Jesus havia ressuscitado e que era tanto Senhor como Deus.

A sete discípulos no Mar da Galiléia (João 21:1-25). Agora a aparição de Jesus se dá no Mar da Galiléia. Os discípulos viajaram para o norte, aos seus lares na Galiléia. O Senhor Jesus os encontrou ali. Sete dos discípulos estavam juntos no momento: Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João(os filhos de Zebedeu) e mais dois cujos nomes não conhecemos. Ali foi feito o grande milagre da pesca, onde sob a ordem do Senhor foi lançada a rede à direita do barco e foi colhido cento e cinqüenta e três grandes peixes(João 24:11).

A 500 crentes na Galiléia(cf Mt 28:16-20 com 1Co 15:6). Acredita-se que a aparição do Senhor a mais de quinhentos irmãos se deu na Galiléia. Na época em que Paulo escreveu a epístola de 1Corintios, alguns desses irmãos já estavam com o Senhor no lar celestial, mas a maioria permanecia viva(1Co 15:6). Em outras palavras, se alguém desejasse contestar a veracidade das afirmações do apóstolo, as testemunhas ainda estavam vivas e podiam ser interrogadas.

A Tiago(1Co 15:7). Era meio-irmão natural de Jesus. Antes, ele não acreditava que Jesus fosse o Messias de Israel (João 7:5). Jesus, já ressurreto apareceu a Tiago, que veio a tornar-se uma das colunas entre os santos (Gl 2:9). A propósito, não devemos nos esquecer de que os irmãos de Jesus eram incrédulos (João 7:5). Ora, como, então, entender que tenham crido em Jesus e, inclusive, juntamente com sua mãe, esperaram o derramamento do Espírito Santo até o dia de Pentecostes no cenáculo (At 1:14), senão pelo impacto gerado pelo fato de Jesus ter aparecido a Tiago após a ressurreição? Pessoas que não creram em Jesus enquanto Ele curava, expulsava demônios, fazia milagres, teriam passado a crer com base em alucinações, farsas e fantasias? Evidentemente que não! Jesus realmente ressuscitou e isto não pôde ser desmentido por ninguém! Aleluia!

Aos apóstolos no momento da sua ascensão(At 1:3-11). Durante os quarenta dias entre sua ressurreição e ascensão, Cristo apareceu aos discípulos e ofereceu provas incontestáveis de sua ressurreição física. Neste ínterim, também tratou com eles de questões referentes ao reino de Deus. Sua preocupação central não era com os reinos deste mundo, mas com o reino onde Deus é reconhecido como Rei. Logo depois de comissionar os discípulos, Jesus foi levado às alturas, à vista deles, e numa nuvem o encobriu dos seus olhos. No momento apareceram dois varões vestidos de branco, eram seres angelicais que apareceram na terra na forma de varões. E eles se dirigiram aos discípulos e disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir”(At 1:11). Temos aqui uma certeza clara da segunda vinda do Senhor para estabelecer seu reino na terra. Não se trata do arrebatamento, mas da vinda do reino.

Ao apóstolo Paulo(1Co 15:8). A última aparição do Senhor ressuscitado foi testemunhada pelo apóstolo Paulo, conforme ele mesmo testifica. Paulo, após ter um encontro pessoal com Jesus, o Jesus ressurreto, não pôde negar a realidade da ressurreição de Cristo e passou a pregá-la(1Co 15:1-4), mesmo quando isto representasse o escárnio dos intelectuais de seu tempo (At 17:32). Como entender que alguém tão letrado e versado tanto na lei judaica, quanto na filosofia grega ou no direito romano, renegasse todo o seu conhecimento e o saber que tinha em nome de uma “ilusão”, de uma “alucinação”, “alucinação” que o levaria a enfrentar morte e perseguição? Não há como se justificar tal fato senão pela circunstância de que a ressurreição é uma realidade que gera fé e esperança por meio de Jesus, que dá sentido à vida espiritual.

Todas estas aparições de Jesus tiveram por finalidade mostrar que Ele verdadeiramente ressuscitou e que não havia como negar este fato concreto, que, além do mais, se encontrava demonstrado pelo túmulo vazio. Os discípulos, que não haviam compreendido que Ele havia de ressuscitar, ao verem Jesus ressurreto, não tiveram dúvida alguma da veracidade desta mensagem e passaram a pregá-la com veemência e intrepidez.

Portanto,

A Ressurreição de Jesus é a demonstração de que o seu sacrifício foi aceito por Deus (Is 53:10-12), assim como a saída do sumo sacerdote do lugar santíssimo em vida significava, no tempo da lei, que Deus havia perdoado as iniqüidades do povo e que cobrira os pecados por mais um ano (Lv 16:29-34).
A Ressurreição de Jesus é a demonstração de que Ele venceu a morte e que, por isso, também nós poderemos nEle vencê-la e alcançar a vida eterna (Rm 8:11; 2Co 4:14; Ef.2:6; 1Ts 4:14).
A Ressurreição de Jesus é a prova cabal de que o Evangelho é a verdade, de que podemos crer em Jesus, pois é a ressurreição que nos mostra que a fé em Jesus não é uma ilusão, uma fantasia, mas algo inteligente, palpável. Esta, aliás, é a verdadeira “fé inteligente”, a crença em Jesus e na sua obra expiatória, a certeza e convicção de que, se nos arrependermos de nossos pecados e crermos em Jesus, alcançamos a vida eterna, pois Jesus morreu por nós e pagou o preço de nossa alma, sendo a prova da eficácia deste sacrifício a sua ressurreição (1Pe 1:21).
A Ressurreição de Jesus é a principal garantia de que devemos morrer para este mundo e viver para Deus, de que vale a pena renunciar a si mesmo e seguir a Jesus, porque Jesus a tudo renunciou, inclusive à própria vida, mas isto agradou a Deus que O ressuscitou e O exaltou sobre todo o nome. Assim, também, se formos “inteligentes” e não buscarmos as coisas e prazeres desta vida, mas única e exclusivamente fazer a vontade de Deus, também teremos o mesmo destino que teve o Senhor Jesus – o de agradar a Deus e ser levado à glória assim como foi o Senhor (Rm 6:4; 7:4; 2Co 5:15; Cl 2:12).
A Ressurreição de Jesus é a principal garantia de que devemos aguardá-lo, pois, assim como Ele ressuscitou, como havia prometido, Ele também voltará para arrebatar a sua Igreja e nos livrar da ira futura (1Co 15:51-57; 1Ts 1:10).
Glórias sejam dadas ao Senhor Jesus, que vive e reina para todo sempre! - “fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos; e tenho as chaves da morte e do hades”(Ap 1:18). Amém!



Luciano de Paula Lourenço

Um comentário:

  1. Para mim Jesus morreu no dia 14 de Nisan do ano 3790 que corresponde ao ano 30 do calendário gregoriano, que usamos agora, numa 4ªfeira.

    Hoje, dia 15/2/2017, estamos no ano 5777 do calendário judaico.

    5777-2017 + 30 = 3790.

    https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2011/10/16/ano-30-dc-14-de-nisan-%e2%80%93-quarta-feira-a-crucificacao/

    Mateus cap. 28.

    Jesus ressuscitou:
    1 No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana
    http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/mateus/mt-capitulo-28/


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