domingo, 26 de junho de 2022

Aula 01 - AS SUTILEZAS DE SATANÁS CONTRA A IGREJA DE CRISTO

 

3º Trimestre/2022


Texto Base: 1Timóteo 4:1-5


“Mas o Espírito­ expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm.4:1).

1 Timóteo 4:

1.Mas o Espírito ­expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, ­

2. pela hipocrisia ­de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, ­

3. proibindo o casamento­ e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; ­

4.porque toda criatura­ de Deus­ é­ boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças, ­

5.porque, pela palavra de Deus e­ pela ­oração, é santificada.

INTRODUÇÃO

Iniciamos mais um trimestre letivo da EBD. Estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: Os Ataques contra a Igreja de Cristo – As Sutilezas de Satanás nestes dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor José Gonçalves. Espero que o Espírito Santo nos ajude nesta empreitada; sem Ele nosso trabalho não terá nenhuma eficácia.

Nesta primeira Aula trataremos do seguinte tema: “A sutilezas de Satanás contra a Igreja de Cristo”. Sutileza é a arte de agir sem ser notado, ou de conseguir um objetivo sem ter que revelar a verdadeira intenção, apenas insinuando, ou despertando a curiosidade da possível vítima; é usar de astúcia, de artimanha, de artifícios enganadores. A primeira vez que esta palavra surge nas Escrituras é, precisamente, em relação a Satanás, que é apresentado como a serpente, a "mais astuta de todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito" (Gn.3:1). Satanás desde a sua primeira aparição no relato bíblico já é apresentado como sendo um ser que tem a capacidade de quase não ser percebido, que tem uma grande sensibilidade para perceber ou sentir as coisas com antecedência e, desta maneira, elaborar coisas muito engenhosas, que tem grande capacidade de insinuação e que, assim agindo, consegue atingir os seus objetivos. Jamais devemos ignorar as sutilezas de Satanás (2Co.2:11).

I. A IGREJA SOB ATAQUE

1. A sutileza do ataque

Atacar a Igreja é a principal tarefa de satanás, e sempre ele utiliza dos seus ardis para lograr êxito. O seu maior alvo sempre foi destruir a Igreja, e tem se utilizado dos métodos mais variados, e a mais perigosa que a igreja tem enfrentado é a perseguição camuflada. Porém, todas as perseguições que a Igreja sofreu não foi suficente para debelar ou arrefecer o seu progresso. No passado ele usou a força bélica, matando milhares, talvez milhões de cristãos inocentes, mas isso apenas fez crescer o número de crentes; mas hoje a perseguição tem sido de forma sutil e quase imperceptivel. Os incautos não conseguem perceber isto. As perseguições ocorrem, por exemplo, com a normalização de comportamentos e práticas contrárias à fé cristã; por falta de discernimento espiritual, a sutileza do ataque do inimigo quase não é percebida. Não importa onde esteja ou a que época se encontre, você está debaixo do ataque do Inimigo. Às vezes, o ataque é previsto, mas em outros momentos, a surpresa é total. Como podemos nos preparar para que nossa vida espiritual seja defendida? O apóstolo Paulo responde: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef.6:11).

 2. O alerta para o povo de Deus

Estamos vivendo os últimos tempos da Igreja, e neles o Espírito Santo faz um alerta ao povo de Deus acerca de falsos mestres e das falsas doutrinas. As falsas doutrinas têm um poder mais destrutivo que a perseguição física. A sedução da “serpente” é mais letal que o rugido do leão. Paulo, na sua primeira Epístola a Timóteo, escreveu sobre o grande alerta que o Espírito Santo dá à Igreja: “Mas o Espírito ­expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”. O mesmo Espírito que havia inspirado Paulo a alertar os presbíteros de Éfeso acerca da chegada dos falsos mestres (Atos 20:29,30), agora leva Paulo a alertar Timóteo, pastor da igreja de Éfeso, de que esse tempo chegaria e o resultado seria a apostasia de alguns. É no campo da doutrina que as sutilezas de satanás se destacam com maior engenhosidade. Foi neste campo que Satanás procurou enganar a Igreja Primitiva. Com Eva, ele falou pessoalmente; no princípio da Igreja, ele procurou infiltrar-se através de seus instrumentos, aqueles que a Bíblia denomina de falsos obreiros, introduzindo falsas doutrinas.

O apóstolo Pedro também advertiu contra esse perigo das sutilezas de Satanás - "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade"(2Pd.2:1-2).

O Senhor Jesus também advertiu contra esse perigo. Disse Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt.7:15). Acautelar significa ficar de sobreaviso, prevenido, para não ser pego de surpresa. O Senhor Jesus sabia que eles viriam, por isso afirmou: "que vêm até vós". Ele não disse: "que poderão vir". Ele afirmou que viriam; e vieram; não perderam tempo. Vestir-se de "ovelha" seria a forma de poder agir, livremente, com sutileza. O Senhor Jesus falou em "falsos profetas" que seriam como "lobos vestidos de ovelhas". Pedro identificou-os com "falsos doutores". Oremos e vigiemos (Mt.26:41) para que não venhamos a cair nas muitas ciladas do Diabo.

 3. A Igreja na reta final

A Igreja está em sua reta final, e as sutilezas de satanás têm se intensificado fortemente, pois o seu desejo é levar consigo muita gente para o terrível lugar que está reservado a ele – o lago de fogo e enxofre (Mt.25:41). Os apóstolos descreveram o comportamento, ações e práticas que marcariam o tempo final; se eles, que viveram há mais de dois mil anos, disseram já vivenciar os últimos dias (Atos 2:17; 1Co.10:11; 2Pd.3:3; 2Tm.3:1; 1Tm.4:1), o que podemos afirmar da presente época? Não estamos na reta final, no princípio do fim de todas as coisas?

A Igreja, no seu princípio, foi muito perseguida pelos falsos mestres; com suas sutilezas enganaram muitos cristãos; muitos se apostataram da fé. Ora, se no princípio da Igreja, muitos caíram, quanto mais agora nestes últimos dias da Igreja na Terra. O apostolo Paulo alertou Timóteo que isto ocorreria com grande intensidade nos “últimos tempos” (1Tm.4:1). A expressão “últimos tempos” (1Tm.4:1) não se refere apenas a um período escatológico do fim, mas compreende todo o período da era cristã, inaugurado por Jesus em sua primeira vinda e que se consumará na segunda vinda. Esse tempo do fim será caracterizado pela manifestação dos falsos profetas (Mt.24:11) e falsos cristos, que enganarão a muitos (Mc.13:22), culminando na apostasia e na manifestação do homem da iniquidade (2Ts.2:4).

Deus adverte o seu povo quanto ao cuidado que deve tomar para não cair no mesmo erro de muitos irmãos no princípio da Igreja; não caminhar pela mesma estrada; não ter o mesmo comportamento. Quem não aprende com as lições da História comete os mesmos erros da História. Precisamos fazer da História a nossa pedagoga e não a nossa coveira.

 II. A NATUREZA DO ATAQUE

1. O ataque é de natureza espiritual

Conforme 1Tm.4:1, a natureza do ataque à Igreja é eminentemente espiritual, e os agentes principais envolvidos são: Satanás e seus demônios – “...dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”. Paulo, quando escreveu aos Efésios, alertou-nos que a nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra os principados e potestades do mal (Ef.6:12). Portanto, quem está por trás das heresias são os espíritos enganadores, os próprios demônios. Os falsos mestres são inspirados por demônios, assim como os apóstolos eram inspirados pelo Espírito de Deus. Satanás tem seus próprios ministros e suas próprias doutrinas. As Escrituras descrevem o diabo não apenas como tentador, atraindo pessoas para o pecado, mas também como enganador, seduzindo as pessoas ao erro. Os falsos mestres são escravizadores das pessoas e difamadores de Deus; eles proíbem o que Deus ordena e escravizam pessoas, impondo a elas restrições que Deus nunca fez.

2. O ataque é de natureza moral

Também, o ataque à Igreja é de natureza moral, conforme 1Timóteo 4:2 – “pela hipocrisia ­de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. Estes comportamentos descritos aqui por Paulo se encontram na esfera moral. Aqui, o apóstolo fala de hipocrisia e de mentira, que são comportamentos invertidos das virtudes morais cristãs da autenticidade e da verdade.

Os falsos mestres são como atores: representam um papel diferente da vida real; falam uma coisa e fazem outra - são hipócritas. Eles não revelam sua verdadeira identidade; ao contrário, escondem-se atrás de máscaras para enganar as pessoas. Os falsos mestres possuem não apenas um ensino errado, mas também uma motivação errada; não apenas teologia falsa, mas também uma vida torta. Segundo Pr. Hernandes Dias Lopes, o problema dos falsos mestres não é apenas teológico, mas também moral.

Paulo também demonstra a esfera moral desse ataque quando faz referência àqueles que têm “cauterizada a sua própria consciência”. O termo grego, “suneidesis”, usado em 1Tm.4:2 para “consciência”, é uma referência à capacidade humana de julgar, de entender o certo e o errado. Em outras palavras, é a faculdade humana por meio da qual se distingue o que é moralmente bom ou ruim. A consciência dos falsos mestres não tem sensibilidade espiritual; está cauterizada, anestesiada, amortecida; eles perderam o temor de Deus e não sentem mais tristeza pelo pecado; são insensíveis. Outro termo dito em 1Tm.4:2 é “cauterizada”. A palavra grega “kauteriazo”, traduzida por “cauterizada”, traz a ideia de “marcar com um ferro quente”, como era feito no passado com os escravos e hoje com o gado, deixando o lugar queimado insensível; significa dizer que a consciência se tornou insensível para julgar entre o certo e o errado. Warren Wiersbe diz que “sempre que alguém afirma com os lábios o que nega com a vida, a consciência é amortecida”.

III. AS ESFERAS DO ATAQUE

1. A esfera religiosa

Diversas esferas da Igreja estão sob ataque, dentre elas está a religiosa. Nesta esfera, satanás tem feito um grande estrago, fazendo com que muitos abandonem a fé em Cristo. Veja o que vaticinou o apostolo Paulo em 1Tm.4:1: “...nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé...”. Relacionada à fé cristã, apostasia significa abandonar a fé cristã de forma consciente e deliberada. Para que haja apostasia é necessário que a pessoa tenha experimentado o novo nascimento, ou seja, que tenha certeza de sua salvação e aí, de forma consciente e deliberada, abandona a fé e passa a negar toda verdade por ela experimentada. Na maioria das vezes, os apóstatas tornam-se inimigos da Igreja. Concordo com o pr. Jose Gonçalves quando ele diz que “as pessoas que mais causam danos e escândalos ao Evangelho são aquelas que já lutaram em suas trincheiras; por alguma razão abandonaram a fé e se tornaram inimigo da Igreja”. Quem é crente há muitos anos podem confirmar isso.

O arqui-inimigo da Igreja, juntamente com suas hostes espirituais da maldade, não tem dado trégua; pelejam sem parar contra o povo de Deus (Ef.6:12). Entretanto, a prática do pecado é uma responsabilidade pessoal e intransferível do indivíduo (Ez.18:4,20; cf. Rm.6:23). Nesse sentido, a apostasia sempre será praticada de maneira consciente, deliberada e voluntária. Os crentes que caem neste terrível erro, dificilmente retornarão à fé cristã, pois suas mentes ficam cauterizadas. Diz o escritor aos Hebreus:  "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério" (Hb.6:4-6).

2. A esfera social

Outra esfera de ataque à Igreja é a social. Isso pode ser visto na expressão de Paulo: “proibindo o casamento” (1Tm.4:3). Como pode alguém desprezar o casamento, e ainda proibi-lo, quando ele foi instituído por Deus? O casamento não foi apenas instituído, mas também ordenado por Deus (Gn.2:18; 2:24; Mt.19:3-12; 1Co.7:1-24). Quando os falsos mestres ensinam que é errado casar-se, proibindo o casamento, estão abertamente se rebelando contra a Palavra de Deus e atacando o que Deus instituiu e ordenou.

Proibir o casamento é se opor à família, e opor-se à família significa opor-se à Igreja, pois a Igreja é formada de famílias. A família é uma das instituições criadas por Deus que mais tem sido atacada “nestes últimos tempos”, pois atacando a família, Satanás atinge a Igreja - famílias fracas significa igrejas fracas. Satanás tem usado pessoas poderosas em todas as instituições governamentais – no poder executivo, no legislativo e judiciário – no afã de desfazer o padrão familiar instituído por Deus. As mais variadas leis, decretos e decisões do judiciário têm sido criados com o intuito de desconstruir a família; há uma força infernal poderosa do inimigo contra essa instituição sagrada. Precisamos pedir a Deus para que Ele tenha misericórdia e guarde o seu povo dos ataques de satanás.

IV. A IGREJA PROTEGIDA

1. A exposição da Palavra de Deus

O apóstolo Paulo apresenta duas ferramentas importantes capazes de paralisar os ataques do inimigo: a Palavra de Deus e a oração – “porque, pela palavra de Deus e­ pela ­oração, é santificada” (1Tm.4:5). Os falsos ensinadores, talvez sob a influência dos judeus, davam regras rígidas, exigindo abstinência de determinados alimentos. Mas Paulo nos ensina que todos os alimentos são aceitáveis por aqueles que consideram Deus como seu Provedor e agradecem a Ele por esses alimentos (Rm.14:6; 1Co.10:30). Os cristãos verdadeiros conhecem o Criador; então, eles podem desfrutar ao máximo da sua criação, recebendo-a alegremente, com ações de graças. Todas as coisas, “pela palavra de Deus e pela oração, são santificadas”. Deus disse que a sua criação é boa; portanto, nós estamos de acordo com a declaração de Deus quando vemos toda a criação como adequada para um uso especial.

Os ensinos dos falsos mestres sobre a abstinência de determinados alimentos estimularam, posteriormente, o surgimento da falsa doutrina do gnosticismo – uma crença de que o espírito é bom, mas o mundo físico é mau. Assim, qualquer coisa feita para o prazer do corpo ou para suprir as suas necessidades (tais como praticar sexo ou comer) é considerada má. Para ser “boa” e atingir um estado espiritual mais elevado, uma pessoa precisa negar todo o mal, inclusive os desejos físicos naturais. As exigências desses falsos ensinadores os faziam parecer autodisciplinados e justos, mas a disciplina rígida para o corpo não conseguia remover o pecado. O apóstolo Paulo, então, mostra que a Palavra de Deus possui poder santificador; ela é um antídoto contra este tipo de doutrina e toda forma de culto falso que o Diabo possa criar.

Paulo, escrevendo aos crentes de Éfeso, diz que devemos nos revestir da armadura de Deus, pois há uma batalha, não contra sangue e carne, mas sim contra o império do diabo (Ef.6:11-13). Uma dessas armaduras apresentadas por Paulo é a Espada do Espírito” (Ef.6:17). Espiritualmente falando, essa Espada representa a Palavra de Deus. Paulo está dizendo que quem usa esta Palavra é o Espírito. Talvez a melhor ilustração seja a tentação de Jesus no deserto. Jesus foi levado ao deserto para ser tentado. Primeira tentação: “se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se tornem em pães” (Mt.4:3). “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt.4:4); e assim foi com a segunda e a terceira tentação. Todas elas Jesus respondeu dizendo: “está escrito”. É isto que significa, na guerra espiritual, a “Espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus - é você responder as dúvidas, questionamentos, repelir a mentira, as acusações, a culpa com “está escrito”.

Observe que a Espada do Espírito é arma de ataque. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele por meio da Palavra. É pela Palavra que os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, viva e eficaz. Moisés quis libertar os israelitas do Egito com a espada do homem carnal, e fracassou; mas quando usou a Espada do Espírito o povo foi liberto. Pedro quis defender a Cristo com a espada humana, e fracassou; mas quando brandiu a Espada do Espírito, multidões se renderam a Cristo. Precisamos conhecer bem a Palavra de Deus. A Bíblia nos afasta do pecado ou o pecado nos afasta da Bíblia. Infelizmente, há multidões de crentes mais comprometidos com as mídias sociais do que com a Palavra de Deus. Isso é lamentável!

2. A prática da oração

Outra ferramenta imprescindível para combater os ardis de satanás é a oração. Não podemos lutar nessa guerra com nossas próprias forças, no nosso próprio poder. A oração é o canal pelo qual o crente recebe poder para a vitória; é a energia que capacita o soldado crente a usar a armadura e brandir a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Moisés orou, e Josué brandiu a espada contra os amalequitas. Oração e ação caminham juntas (Ex.17:8-16).

Escrevendo aos Efésios, Paulo ensinou que a oração é uma das armaduras de Deus para o crente combater o inimigo - “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef.6:18). Devemos, portanto, orar com perseverança (Ef.6:18). A igreja primitiva orou com perseverança (At.1:14; 2:42; 6:4), e devemos orar da mesma forma (Rm.12:12). Robert Law disse: "A oração não é para fazer a vontade do homem no céu, mas para fazer a vontade de Deus na terra".

É muito triste vermos, atualmente, pregadores buscando se formar e se aprimorar no conhecimento de técnicas que levem o povo à emoção, ao frenesi (delírio), em especial a chamada "neurolinguística"; gastam horas e horas no aperfeiçoamento destas técnicas ao invés de buscarem a face do Senhor na oração, no jejum e na meditação da Palavra do Senhor. O resultado tem sido desastroso, porquanto há já centenas de pregadores que em nada se distinguem dos "gurus" e "mestres" de movimentos ligados direta ou indiretamente ao movimento Nova Era e, naturalmente, o povo não sente a presença do Senhor e é enganado por emoções e sentimentos que são causados por técnicas persuasivas, que nada têm a ver com a verdadeira manifestação da glória do Senhor. Tomemos cuidado para não sermos presas desses mestres do engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1Tm 4.1). A prática da oração nunca pode deixar de existir na agenda espiritual dos santos.

CONCLUSÃO

Nesta Aula aprendemos que o diabo tem atacado a Igreja de Cristo usando os seus ardis. As sutilezas do Inimigo têm se alastrado com maior intensidade no campo doutrinário, pois os falsos ensinos não são facilmente verificáveis, principalmente para aqueles que se encontram distraídos como era o caso de Eva e, pior, que não têm conhecimento da Palavra de Deus. Como Igreja do Senhor, estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de Deus, para detectar e combater as muitas sutilezas de Satanás.

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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Timóteo – O pastor, sua vida e sua obra.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

LIÇÕES BÍBLICAS DA EBD – 3º TRIMESTRE/2022

 


No 3º Trimestre letivo de 2022, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: Os Ataques contra a Igreja de Cristo – As Sutilezas de Satanás nestes dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo
”. O comentarista das Lições é o pastor José Gonçalves. As lições estão distribuídas sob os seguintes assuntos:

Lição 01: As Sutilezas de Satanás Contra a Igreja de Cristo.

Lição 02: A Sutileza da Banalização da Graça.

Lição 03: A Sutileza da Imoralidade Sexual Lição.

Lição 04: A Sutileza da Normalização do Divórcio Lição.

Lição 05: A Sutileza do Materialismo e do Ateísmo.

Lição 06: A Sutileza das Ideologias Contrárias a Família.

Lição 07: A Sutileza da Relativização da Bíblia.

Lição 08: A Sutileza do Enfraquecimento da identidade Pentecostal.

Lição 09: A Sutileza do Movimento dos Desigrejados.

Lição 10: A Sutileza Contra a Prática da Mordomia.

Lição 11: A Sutileza das Mídias Sociais.

Lição 12: A Sutileza da Espiritualidade Holística.

Lição 13: Resistindo as Sutilezas de Satanás.

Os ataques contra a Igreja nunca cessaram, e eles nunca foram tão fortes e tão bem articulados como os que atualmente a igreja tem suportado. O arqui-inimigo de Deus tem se utilizado de todos os sistemas e poderes instituídos no afã de deter a Igreja da Grande Comissão (Mt.28:18-20), dada por Jesus antes de Sua ascensão. Satanás sempre “bateu” de frente com a Igreja, porém, perdeu todas. O Senhor Jesus disse que “...as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt.16:18).

Enquanto estiver aqui na Terra a Igreja passará por perseguições; o apóstolo Paulo alertou Timóteo que os crentes em Cristo seriam perseguidos: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm.3:12). Contudo, não devemos nos cansar; o Senhor nos manda ter bom ânimo (João 16:33).

No início da Igreja, os ataques de satanás eram físicos; hoje, isto se dão de forma camuflada, utilizando todos os sistemas do mundo e instituições governamentais, e até mesmo líderes influentes de igrejas locais. Sutilmente, Satanás tem introduzindo o mundanismo dentro das igrejas locais; ele tem usado falsos mestres e falsos pastores para atacá-la com disseminação de falsas teologias, falsas doutrinas, falsos ensinos. Temos visto, infelizmente, os valores judaico-cristãos sendo destruídos e em seu lugar uma moralidade secularizada sendo implantada. Por que isto está ocorrendo? Porque não estamos atendendo o imperativo exortativo de Jesus: orai, vigiai e examinai as Escrituras; se estes elementos espirituais não estiverem ativos na Igreja, o inimigo avançará com o seu deletério plano, sem dificuldade.

Estamos assistindo passivamente ao declínio dos paradigmas judaico-cristãos, e em seu lugar sendo implantado um modelo cultural moralmente degradante, distante do padrão ético e moral bíblico, e que cada dia se firma como cultura dominante. Com o inimigo avançando, temos visto os valores cristãos perderem cada vez terreno; à medida que isso acontece, satanás, de forma sutil, vai fincando sua bandeira nos espaços conquistados. A Igreja precisa reagir de forma destemida contra as sutilezas de Satanás, que têm incidido com vigor sobre modelos cristãos que a Bíblia Sagrada mais preza como, por exemplo: a família nuclear, a indissolubilidade do casamento, a sexualidade lícita entre um homem e uma mulher, a inviolabilidade do feto humano, a união heterossexual e monogâmica etc.

O modelo cultural pós-moderno, divorciado dos valores bíblicos e cristãos, tem avançado com muito dinamismo e dominado as universidades, as mídias, os tribunais e também muitas igrejas locais. Hoje, o aborto tem se alastrado, com a devida anuência dos poderes constituídos e da sociedade corrompida e deformada pela degradação moral. No dia 24.06.2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos da América derrubou a decisão que garantia nacionalmente o direito ao aborto legal no país. A reação mundial foi impressionante; ficamos absortos ao ver pessoas chorando, rasgando a bandeira da nação, ameaçando pessoas conservadoras, porque agora as mulheres grávidas estão impedidas de praticar a interrupção do nascimento de uma criança, ou seja, de praticar o feticídio; diversos órgãos governamentais e privados ameaçaram desobedecer à referida decisão. Não posso deixar de acreditar que, realmente o mundo jaz no maligno. Da mesma forma, o modelo da família nuclear, construída a partir da união de um homem e uma mulher, está sendo substituído por outro modelo para satisfizer a cada dia uma sociedade de natureza degradante e desviada da moral cristã; neste contexto, segundo os seguidores deste modelo cultural, não existe macho nem fêmea, visto que o gênero é algo socialmente construído e não fruto do sexo biológico; qualquer pessoa pode ser o que bem quiser. A mídia convencionou-se chamar isso de “ideologia de gênero”; isto tem cada vez mais se firmado e difundido como sendo verdadeiro, apesar da ciência biológica não comprovar a veracidade dessa ideologia diabólica.

Esse novo modelo cultural, formatado a partir da cosmovisão pós-moderna, tem se imposto como a única verdade absoluta. Seus valores são totalmente seculares e materialistas; não aceitam, por exemplo, a existência de uma verdade absoluta que um embrião seja uma vida, que a família seja construída somente por meio da união heterossexual, que existe menino e menina, que homem e mulher possuem diferentes funções e, o mais impressionante, que Cristo seja o único Salvador. Espera-se que nenhum cristão, que acredita nos valores defendidos na Bíblia, jamais aceite esse desvio de conduta moral.

Diante desses ataques do Inimigo, a Igreja deve se conscientizar de que não pode enfrentar e vencer o inimigo usando armas convencionais. Não podemos entrar nesse campo de batalha fiados em nossa própria força; é necessário a ajuda divina. Precisamos nos revestir de armas espirituais poderosas em Deus para desbaratar o inimigo (2Co.10:4) – “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das Fortalezas”. Precisamos estar fortalecidos no poder de Deus (Ef.6:10) -"Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder".

Porém, não basta falar de poder, não basta decretar, não basta determinar; é preciso experimentar esse poder. Sem poder sobrenatural seremos humilhados nessa peleja. Infelizmente, hoje, muitos cristãos estão parecidos com os discípulos de Cristo no sopé do monte da transfiguração (Lc.9:40) – sem autoridade espiritual, sem poder do Alto. Estamos sem poder porque perdemos muitas vezes o foco com discussões inócuas, enquanto deveríamos orar, jejuar, crer e fazer a obra de Deus na força do seu poder (Mc.9:14).

Concordo com Hernandes Dias Lopes quando afirma que “hoje, a igreja tem extensão, mas não tem profundidade; tem influência política, mas não tem autoridade moral; tem poder econômico, mas está vazia de poder espiritual. Estamos precisando de poder, de uma capacitação especial do Espírito de Deus. Não falamos de um desempenho diante dos homens; não falamos de um poder cosmético que tem brilho, mas não calor; que tem aparência, mas não substância. Precisamos de um batismo de fogo, e não de fogo estranho; precisamos de uma obra do Céu, e não dos embustes da Terra”.

Precisamos estar vigilantes em toda oração e súplica (Ef.6:18) - “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos”. Ser vigilante é ficar de prontidão para o combate; é não dormir em meio à luta, como os discípulos de Jesus dormiram no Getsêmani. Vigiar é não brincar com o pecado, é fugir da tentação, é não ficar flertando com situações sedutoras.

Devemos nos conscientizar de que o diabo não usa as suas sutilezas contra o incrédulo, contra o não cristão; ele escala seus demônios mais terríveis para atacar os filhos de Deus. A igreja precisa orar muito mais, pedindo a Deus discernimento espiritual para perceber com clareza as sutilezas de satanás. A oração é a energia que capacita o soldado crente a usar a armadura e brandir a Espada do Espírito. Moisés orou, e Josué brandiu a espada contra Amaleque. Oração e ação caminham juntas (Ex.17:8-16). Sem oração não há vitória.

Espero que, neste trimestre letivo, a Igreja se desperte, abra os seus olhos espirituais e veja com nitidez o perigo que a rodeia, e ouse combater o bom combate e guardar a fé em Cristo Jesus. Que Deus possa proteger o seu povo dos ataques do inimigo!

Luciano de Paula Lourenço

EBD/IEADTC/Fortaleza –Ce.

domingo, 19 de junho de 2022

Aula 13 - A VERDADEIRA IDENTIDADE DO CRISTÃO

 

2° Trimestre/2022


Texto Base: Mateus 7:21-27


“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt.7.21).

Mateus 7:

21.Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22.Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?

23.E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

24.Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

25.E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

26.E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27.E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

INTRODUÇÃO

Esta é a última Aula do 2º trimestre letivo de 2022 no qual estudamos a respeito do Sermão do Monte, proferido por Jesus num local próximo de Cafarnaum. Nesta Aula trataremos da “verdadeira identidade do cristão”; estudaremos sobre o último discurso de Jesus em que Ele exortou os discípulos a fazerem a diferença no mundo, pois eles eram diferentes, eram luz do mundo e sal da terra, e que esta diferença deveria ser mostrada na prática, isto é, em seu modo de viver. É preciso colocar em prática os ensinamentos de Jesus, pois nisto consiste a verdadeira identidade dos seguidores de Cristo.

I. A CONDENAÇÃO DOS FALSOS SEGUIDORES DE JESUS

1. Uma fé só de palavras? 

Jesus foi enfático: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus...” (Mt.7:21). Aqui, Jesus mostra que um crente verdadeiro é conhecido não apenas por aquilo que professa. Veja que a profissão de fé aqui registrada é ortodoxa e fervorosa. O falso crente chama Jesus de Senhor e o faz com intensidade em sua voz: “Senhor, Senhor!”. Mesmo assim, há um abismo entre o que ele fala e o que ele vive, entre o que ele diz e o que ele pratica. Há um hiato entre sua teologia e sua ética, entre seu credo e sua conduta.

Jesus, aqui, nos ensina que a obediência sobrepõe a qualquer religiosidade superficial. Em seu Reino, apenas dizer que é cristão, pregar com ousadia, demonstrar para multidões que é um grande operador de milagres (milagres, ou enganação?), ser um grande orador a ponto de arrebatar multidões ao delírio, não impressiona Deus; é preciso colocar em prática o que se prega. O caráter está acima da reputação.

Dentro da Igreja de Corinto existia uma dicotomia, um hiato, um abismo entre o que aqueles cristãos falavam e o que eles viviam. Paulo, então, contrasta palavras e obras; ele exorta que o reino de Deus não consiste só em palavras, mas principalmente em virtude (1Co.4:19,20). Os crentes de Corinto não tinham problema com discursos pomposos, mas não tinham virtude; falavam, mas havia um abismo entre o que falavam e o que praticavam. Eles eram uma igreja falante e eloquente, mas não praticante. Então Paulo lhes diz que o problema não é falar, mas viver o que fala. Não adiante a pessoa falar bonito, ter um discurso bonito, não adianta ser eloquente, fanfarrão, tocar trombeta. O Reino de Deus é poder, é vida, é transformação.

2. Os milagres não transformam o caráter

“Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt.7:22,23).

Jesus disse que realizar grandes milagres, ou desenvolver grandes ministérios em Seu nome não prova que a pessoa estar fazendo a vontade de Deus; operação de milagres não prova cabalmente que o milagreiro é um verdadeiro discípulo de Cristo. Ele disse que no Dia do julgamento, quando os ímpios e os falsos crentes comparecerem diante de Cristo, perante o Grande Trono Branco (Ap.20:11-15), muitos o recordarão de que eles profetizaram, expeliram demônios, fizeram muitos milagres – tudo em nome dEle. Mas seus protestos serão em vão; eles serão desmascarados e receberão a sentença definitiva: “nunca vos conheci” nem vos reconheci como meus seguidores, “vós que praticais a iniquidade”.

Deste texto depreende-se que nem todos os milagres são de origem divina e que nem todos os que fazem milagres são autorizados divinamente. Um milagre simplesmente demonstra que um poder sobrenatural está trabalhando. Aquele poder pode ser divino ou satânico. Satanás pode autorizar seus instrumentos a expulsar demônios temporariamente, para criar a ilusão de que o milagre é divino. Ele não está dividindo o reino dele contra si mesmo nesse caso, mas conspirando uma invasão até pior de demônios no futuro. É válida a recomendação do pr. Osiel Gomes ao dizer que devemos ser cuidadosos quanto aos movimentos que dão ênfase apenas em milagres e maravilhas, mas não cuidam do desenvolvimento do caráter cristão (Gl.5:22-24).

3. Fazendo a vontade do Pai

“..., mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt.7:21).

Neste texto de Mateus 7:21 Jesus afirma com grande ênfase que a conduta correta - o fazer a vontade do Pai -, e não a adoração de lábios, é que constitui o passaporte para a travessia da porta que conduz à vida eterna com Deus. Quem vai entrar no Reino dos céus não são aqueles que fazem profissões de fé ortodoxas e emocionantes, nem aqueles que fazem obras milagrosas, mas os que obedecem à vontade do Pai. Não é possível substituir obediência por performance. Um crente verdadeiro é conhecido pela obediência. Portanto, fazer a vontade de Deus é a condição superlativa que Ele exige dos seus seguidores para entrar no Reino de Deus; e fazer a vontade de Deus é obedecer com determinação à Sua Palavra. Oremos, pois, como o salmista: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bom Espírito me guie por terreno plano” (Salmos 143:10).

II. EM QUEM ESTAMOS ALICERÇADOS?

1. O alicerce começa pelo ouvir

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt.7:24).

Jesus termina seu célebre Sermão citando dois construtores, duas casas e dois fundamentos. Ele também fala sobre as circunstâncias que virão sobre essas casas: chuva no telhado, vento na parede e rios no alicerce. Uma casa fica de pé e permanece inabalável diante da tempestade; a outra desaba, sendo grande sua ruína. A casa que estava edificada sobre a rocha não caiu; a outra desabalou.

Observe que o alicerce começa pelo ouvir; ouvir o que? A Palavra de Deus – “minhas palavras”. A pessoa que ouve com bom e reto coração, e retém a Palavra é comparado a um homem prudente. Esse homem não apenas ouve, mas ouve com o coração aberto, disposto, com o firme propósito de obedecer. Nestes dias tão agitados em que vivemos, poucos são os que param para ouvir a Palavra de Deus. Nunca a Bíblia esteve tão disponível, porém, nunca o analfabetismo de Bíblia esteve tão em evidência. Mais escassos são aqueles que meditam no que ouvem. Mas, só os que ouvem e meditam podem colocar em prática a Palavra de Deus e frutificar; essas pessoas são aquelas que verdadeiramente se arrependem do pecado, depositam sua confiança em Cristo, nascem de novo e vivem em santificação; elas aborrecem e renunciam o pecado; amam a Cristo e servem-no com fidelidade.

2. A importância do bom alicerce

Todos aqueles que lidam com construção civil sabem o quanto é importante a construção dos alicerces de um edifício. Um alicerce mal estruturado, certamente causará a ruína do edifício. O construtor sábio investe no fundamento, aquilo que ninguém vê, para dar segurança a casa na hora da tempestade. O construtor insensato não investe no alicerce e, mesmo sua casa tendo bela aparência nos tempos de bonança, não consegue resistir à força da tempestade. Mas, quem edifica na rocha está firmado para suportar os revezes da vida; ainda que os ventos furiosos soprem, vindo de todas as direções, nada abalará a fé. O homem prudente deposita sua total confiança na Rocha, que é Jesus Cristo, o Senhor e Salvador. Todavia, para o homem imprudente, que edifica sua casa na areia - que expressa indecisão, dúvida, negação -, certamente a queda é certa. Que a nossa casa espiritual esteja edificada sobre a Rocha, que é Cristo, e nada nem tempestade alguma será capaz de destruí-la.

3. A relevância do praticar

O sábio construtor é aquele que ouve as palavras de Jesus e as coloca em prática. Não é suficiente apenas ouvir as palavras de Jesus, precisamos colocá-las em prática, permitindo que a mensagem faça diferença em sua vida. Jesus disse que o discípulo que ouve e pratica os seus ensinamentos é comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Sua casa (vida) tem alicerce sólido, e quando soprada pelo ímpeto dos ventos e da chuva ela não cairá. E todo aquele que ouve as palavras de Jesus e não as pratica é comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Esse homem não estará capacitado a suportar as tempestades da adversidade; quando caiu a chuva, e sopraram os ventos, a casa desabou, pois ela não tinha base sólida (Mt.7:7:24-27). Ouvir e praticar as palavras de Cristo são as provas de que o discípulo está pronto para viver em plena obediência a Deus. Praticar a obediência é construir sobre o sólido alicerce das palavras de Jesus, a fim de enfrentar as tempestades da vida. Mesmo em meio à chuva, à inundação, e aos ventos, o alicerce que estiver sobre a rocha não será abalado. Obedecer a Deus é uma forma de mostrar nosso amor por Ele. A obediência a Deus nos afasta do pecado.

III. JESUS: A NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE

1. Jesus, nosso maior pregador

Sem dúvida, Jesus é o maior pregador que existiu; por quê? Porque ele era completo: pregava com autoridade; orava pelos enfermos e os curava, sem precisar de selecionar as pessoas previamente. Ele operava maravilha extraordinária – expulsava demônios, aliás, os demônios tremiam de medo diante dele; ressuscitava mortos. As multidões corriam à sua procura porque as suas mensagens transformavam corações de pedras em corações contritos. Enfim, Ele é o maior pregador porque é o Filho de Deus que nos trouxe salvação.

Nas páginas da Bíblia Sagrada e da História Eclesiástica há muitos obreiros cujas vidas devem ser imitadas. O autor de Hebreus até disse, apropriadamente: "Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver" (Hb.13:7); no entanto, de acordo com a Palavra do Senhor, o nosso maior exemplo é o Senhor Jesus Cristo, em tudo (João 13:15; Mt.11:29; Atos 1:1).

Jesus é o maior exemplo para todos nós, e os principais obreiros do Novo Testamento reconheceram isso - João Batista não se achou digno de desatar as correias de suas sandálias (Mt.3:11; João 3:30); Paulo reconheceu que imitava o Senhor e incentiva-nos a termos o mesmo sentimento que houve nEle (1Co.11:1; Fp.2:5-11); Pedro o chamou de Sumo Pastor e afirmou que todos devem seguir às suas pisadas (1Pd.5:4; 2Pd.2:20,21); João afirmou que todos devemos andar como o Mestre andou (1João 2:6). Sem dúvida, Jesus é o maior exemplo a ser seguido, tanto pelos experientes pregadores, que se consideram paradigmas desta geração, quanto pelos iniciantes, que desesperadamente buscam referenciais. Alguns destes, infelizmente — por não encontrarem nenhum pregador-modelo que de fato mereça a honra de ser imitado —, decepcionaram-se com o ministério da Palavra. Mas não desanimemos! Jesus Cristo, o Pregador-modelo deixou-nos o exemplo, e é para Ele que devemos olhar!

2. A autoridade do ensino de Cristo

Quando Jesus terminou seu Sermão, as multidões estavam sobremodo admiradas, maravilhadas com sua doutrina, por causa do seu conteúdo e forma. As palavras dos escribas eram sem poder, sem forma, sem atração nenhuma, mas Jesus ensinava com autoridade. As palavras do Senhor eram uma voz; as dos escribas, um eco. Jesus não ensinava com hipocrisia como os escribas, que falavam e não faziam. Hernandes Dias Lopes diz que Ele não era avalista de suas palavras; Ele não era um alfaiate do efêmero, mas o escultor do eterno. Os escribas frequentemente citavam as tradições e a autoridade destas para apoiar seus argumentos e interpretações, mas Jesus falou com uma nova autoridade: a própria. Ele não precisou citar outra fonte, porque Ele é a Palavra, o Verbo vivo (João 1:1). Por ter toda autoridade no céu e na terra (Mt.28:18), pode-se crer que seu ensino é plenamente divino e poderoso (Mt.5:18,20,22). Devemos, pois, cumprir o que Ele mandou, a saber, ensinar a sua Palavra a todas as pessoas, “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt.28:20).

3. Jesus como nossa identidade

Jesus é o modelo supremo de caráter. Devemos nos esforçar ao máximo para nos identificarmos cada vez mais com Ele e formar a nossa verdadeira identidade. Quando falamos do caráter de Cristo, estamos a falar de todas as qualidades demonstradas e apresentadas por Ele enquanto esteve entre nós, qualidades estas que devem estar presentes em todos aqueles que se dizem filhos de Deus, que se dizem herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm.8:17). Se somos coerdeiros de Cristo e filhos de Deus é porque participamos da mesma natureza do Senhor (2Pd.1:4) e, se temos a mesma natureza, estamos ligados à videira verdadeira (João 15:4), e temos de produzir o mesmo fruto produzido por Jesus.

Em seu ministério, Jesus demonstrou aspectos do seu caráter que são referenciais e modelos para todos os que o aceitam como Senhor e Salvador. Suas ações revelam tanto o lado divino como o lado humano de sua personalidade marcante e singular. Vejamos alguns aspectos do seu caráter:

a) Humildade (Mt.5:3). Jesus demonstrou sua humildade ao despojar-se de sua glória (Fp.2:6,7, na irrestrita obediência à vontade do Pai (João 5:30; 6:39). Jesus mandou que aprendêssemos dEle a humildade (Mt.11:29) e que, em nossas petições, sempre nos conformássemos à vontade de Deus (Mt.6:10). Ele, próprio, ao orar, sempre quis que a vontade de Deus fosse feita e não a dEle (Mt.26:42). Temos sido humildes de espírito? Temos querido fazer a vontade de Deus? A humildade é um aspecto do caráter imprescindível a todos os crentes (Ef.4.1,2; Cl.3.12), pois os humildes sempre alcançam o favor do Senhor (Tg.4.6). Só é do reino dos céus aquele que for “pobre de espírito”, ou seja, que renunciar a si mesmo e fizer tão somente aquilo que Deus quer que seja feito.

b) Mansidão (Mt.5:5). Jesus sempre demonstrou mansidão, notadamente nos momentos mais angustiantes e difíceis por que passou, quando de sua paixão e morte. Nesta oportunidade, comportou-se como uma ovelha, mantendo-se calado, sem abrir a sua boca, precisamente como fazem as ovelhas quando vão para o matadouro (Is.53:7; Mt.27:14; At.8:32).

É mais fácil ser manso quando tudo nos é favorável. No entanto, somos exortados a conservar a mansidão em todas as situações a fim de modelarmos o nosso caráter cristão. Entretanto, não devemos confundir mansidão com relaxo diante dos assuntos relacionados ao Reino de Deus, que inclui a luta pela justiça. O Jesus que se manteve silencioso quando foi julgado (Mt.27:12-14; cf. Is.53:7) foi o mesmo que expulsou os comerciantes de uma das áreas do templo (João 2.14-17) e não se cansava de denunciar a hipocrisia dos fariseus (Mt.23:13ss). A indignação deve fazer parte do caráter cristão; do contrário, o cristão será um cínico. No entanto, mesmo a indignação deve ser exercida com mansidão (2Tm.2:25), que não pode ser confundida com timidez, com falta de firmeza ou com covardia.

c) Misericórdia e compaixão (Mt.5:7). Misericórdia é a compaixão pela necessidade alheia. A misericórdia nada mais é que a bondade em ação. A bondade de Jesus é demonstrada em todas as suas curas, sermões, ensinos e palavras proferidas ao longo do seu ministério, ministério este que prossegue, pois a Bíblia nos diz que Ele está a interceder em prol dos transgressores (Is.53:12). A cada instante, temos visto a manifestação da bondade do Senhor, sempre fazendo o bem aos homens, tanto que tudo quanto sucede aos que O amam e são chamados pelo seu decreto é para o seu bem (Rm.8:28). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão pelos caídos à beira do caminho (Lc.10:30-37). Temos sido bons? Temos feito o bem? As Escrituras afirmam que quem sabe fazer o bem e não o faz, peca (Tg.4:17), como também que o verdadeiro e genuíno servo do Senhor é alguém que não se cansa de fazer o bem (Gl.6:9; 2Ts.3:13).

CONCLUSÃO

Concluímos esta Aula, e este trimestre letivo, afirmando que Jesus Cristo é a verdadeira identidade do Cristão, é o melhor modelo, exemplo de caráter a ser imitado, como ensinou o apóstolo Paulo (1Co.11:1). Ele foi chamado de “Caminho”; Ele mesmo disse que é “o caminho, a verdade e a vida (João 14:6a). “Caminho” não significa tão somente acesso, mas também um modelo, um padrão a ser seguido, uma continuidade de passos e de atitudes que levam a um determinado lugar. Jesus é o Caminho, porque através da sua vida, deixou-nos o exemplo a ser seguido, o modo de vida que nos conduz à glória eterna com Ele. É a jornada de Cristo debaixo do sol que devemos imitar para que, assim como Ele chegou à glória vencedor, também lá possamos chegar um dia, dia este que está tão próximo.

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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Mateus – Jesus, o Rei dos reis.

Pr. Osiel Gomes. Os Valores do Reino de Deus – A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. CPAD.

domingo, 12 de junho de 2022

Aula 12 - A BONDADE DE DEUS EM NOS ATENDER

 

2° Trimestre/2022


Texto Base: Mateus 7:7-20

 

 “Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt.7:11).

Mateus 7:

7.Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

8.Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.

9.E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão ao seu filho, lhe dará uma pedra?

10.E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?

11.Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?

12.Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

13.Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

14.E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

15.Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

16.Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17.Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.

18.Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.

19.Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20.Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos de um dos atributos de Deus enfatizados por Jesus no Sermão Monte: a bondade. Deus é um Pai amoroso que concede aos seus filhos aquilo que é essencial para sua subsistência. O que seria de nós se Deus não nos olhasse com bondade, misericórdia e amor, pessoas tão imperfeitas? Disse Jesus: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre” (Mt.7:7,8). Estas palavras de Jesus podem parecer um cheque assinado em branco para os que creem, ou seja, que podemos obter qualquer coisa que pedimos; mas não é bem assim. Estes textos precisam ser compreendidos entre o contexto imediato e à luz de todos os ensinamentos da Bíblia a respeito da oração. O cristão precisa orar com fé (Tg.1:6-8) e aceitar, sem reservas, a vontade de Deus (1João5:14). A oração precisa ser oferecida com persistência (Lc.18:1-8) e com sinceridade (Hb.10:22).

Trataremos também nesta Aula dos dois caminhos que a pessoa deve escolher, e também trataremos dos cuidados que devemos ter com os falsos profetas. Pela bondade de Deus somos instados a entrar pela porta estreita e estar cuidadosos a respeito dos falsos profetas.

I. A BONDADE DE DEUS

1. Definição de bondade

Conforme o Dicionário Teológico de Claudionor de Andrade, Bondade é qualidade e caráter do que é intrinsicamente e extrinsecamente bom; benevolência, indulgência, benignidade. É um dos atributos morais e comunicáveis de Deus. Sua bondade manifesta-se não somente em relação às suas perfeições, mas também no amor que manifesta às suas criaturas.

2. A Bondade de Deus

“O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras” (Sl.145:9).

A Bondade faz parte da natureza de Deus. Ele nada faz com o objetivo de prejudicar o homem. Satanás, ao contrário, possui uma natureza má; ele não pode fazer o bem; tudo que ele faz resulta em maldade para o ser humano; ele é mau em si mesmo. Assim, sendo Deus bom por natureza, todos os homens são beneficiados pela sua Bondade; é o que afirma a Palavra de Deus: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras. Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes” (Sl.145:9,16).

O Senhor Jesus confirmou o que Davi havia declarado, quando disse que Deus “é benigno até para com os ingratos e maus”(Lc.6:35); “...porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”(Mt.5:45). É, pois, por sua Bondade, que Ele dispensa, dia a dia, o seu favor para toda a humanidade (Gn.8:22).

- A misericórdia é um dos aspectos de sua Bondade, por isto o profeta Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm.3:22).

- Paulo fala da bondade de Deus aos crentes de Tessalônica: “Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação e cumpra todo desejo da sua bondade e a obra da fé com poder” (2Tes.1:11). 

- Davi falou da bondade de Deus: “Não te lembres dos pecados da minha mocidade nem das minhas transgressões; mas, segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, por tua bondade, Senhor. Bom e reto é o Senhor; pelo que ensinará o caminho aos pecadores” (Sl.25:7,8).

- Os homens são convidados a louvar a Deus, pela sua bondade: “Louvai ao Senhor, porque ele é bom...Louvem ao Senhor pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!” (Sl.107:1,8); “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra...Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia...” (Sl.100:1,5).

Mesmo quando Deus castiga é por bondade. É certo que as pessoas que não conhecem Deus, que não têm familiaridade com sua Palavra, têm dificuldades para entenderem que Deus é bom, quando ficam sabendo de algumas de suas ações, tal como o Dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra. A Bíblia nos mostra, muitas vezes, Deus, aparentemente tratando a humanidade no seu todo, e o homem, em particular, com muita dureza. É preciso, no entanto, entender que a Bíblia emprega o vocábulo bom de duas maneiras:

- Primeiro, um feito bom pode designar em si mesmo um ato reto, honrado, nobre sob o ponto de vista ético e moral.

- Segundo, um feito bom pode ser representado por uma ação que, em si mesma, não é boa, mas que tem como objetivo beneficiar alguém, ou a própria pessoa. Suponha que eu veja uma pessoa distraída e que vai ser atropelada; instintivamente eu empurro, com violência, essa pessoa e ela é arremessada a alguns metros, cai e se machuca. Esta ação, em si mesma, não foi boa, pois, a pessoa se feriu um pouco na queda. Porém, eu salvei a sua vida, livrando-a de ser atropelada e morta por aquele veículo. Aquela ação que, em si mesma, não era boa, tinha um objetivo bom, nobre; eu não agi com maldade. Assim aconteceu, e continua acontecendo com Deus em relação à humanidade. A Palavra de Deus diz: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho” (Hb.12:5,6).

Uma criança, que está ou acaba de sofrer um processo corretivo, ouvir o pai lhe dizer que a ama, ela pode, no momento, duvidar dessa declaração de amor, porém, mais tarde poderá compreender que aquela correção foi um ato de amor e de bondade – “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hb.12:11). Deus é bom, por natureza; Ele não pode praticar uma ação que tenha por objetivo único prejudicar alguém.

- Quando Deus expulsou Adão do Paraíso e tomou providencias para que ele não comesse da “árvore da vida” (Gn.3:23,24), foi um ato de Sua Bondade. Se Adão, depois que pecou, comesse do fruto da “árvore da vida” não poderia morrer. Imagine uma pessoa com mais de cem anos, doente, sem poder morrer! Chega um momento em que a morte, se não for um alívio para a própria pessoa, será para seus familiares, ou para quem dela estiver cuidando. Portanto, não permitir que o homem, num corpo de pecado, se tornasse imortal, foi um ato de misericórdia exercido pela bondade de Deus.   

- Quando Deus mandou o Dilúvio e destruiu toda a humanidade, poupando apenas Noé e sua família (cf. Gênesis cap. 6 e 7), foi um ato de Sua Bondade. Deus havia prometido que, da semente da mulher, nasceria o Redentor (Gn.3:15). Todavia, naquele momento da história, a Bíblia diz que “viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn.6:12). Contudo, ainda existia no meio da terra corrompida um homem justo; seu nome era Noé - “Noé era varão justo e reto em suas gerações. Noé andava com Deus” (Gn.6:9). Noé, porém, era um ser humano, vulnerável; tinha, como todos os outros, o livre arbítrio, ou o direito de fazer suas escolhas; ele podia, também, se corromper, pois Deus não pode impedir que o homem peque. Noé era livre, e podia pecar, prejudicando o Plano de Deus de prover na Pessoa de Seu Filho, nascendo como semente da mulher, aquele que seria o nosso Redentor. Então, por um ato de Bondade para comigo, para com você e para com toda a humanidade, Deus tinha que agir rápido, e agiu. Ao destruir toda humanidade, preservando um homem justo, Noé, e com sua descendência recomeçando a povoar a Terra, Deus deu uma prova de seu amor, de sua benignidade, de sua bondade.

É claro que nós conhecemos muitos e muitos outros exemplos em que, no agir de Deus, parece não haver bondade; porém, um ato de bondade pode não parecer bom, em si mesmo, mas seu objetivo será bom quando realizado para beneficiar alguém, ou a própria pessoa. Lembre-se, Deus é bom por natureza. Ele não pode realizar uma ação que tenha por objetivo, apenas, causar prejuízo a alguém. Portanto, procure entender, primeiro, o trabalhar de Deus, antes de fazer mau juízo dele. Indubitavelmente, a maior prova da bondade de Deus está no fato de Ele ter enviado seu Filho Unigênito para morrer por nós, homens pecadores e maus por natureza (João 3:16; Rm.5:8).

3. Se Deus é bom, seus filhos não podem ser maus

A Bíblia que revela a Bondade de Deus, também revela a Bondade de seus filhos, conforme escreveu Paulo: “Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros” (Rm.15:14). O filho de Deus precisa ter o sentimento existente em seu Pai, por isto Paulo ensina: “E não nos cansemos de fazer o bem...enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl.6:9,10). Paulo acrescentou, ainda, àqueles a quem temos que fazer o bem: “...se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber...” (Rm.12:20).

O Senhor Jesus também afirmou: “.... Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus...” (Mt.5:44,45). Isso é difícil? Para o homem natural é impossível, mas para aquele que tem as virtudes do Fruto do Espírito é possível. Só o homem que nasceu de novo é que pode viver a vida cristã.

Entretanto, nunca podemos nos esquecer de que a Bondade é resultado da ação do Espírito Santo em nossas vidas e que somente pode ser bom quem está ligado na videira verdadeira. Não pode haver evangelho completo se os crentes não fizerem o bem, se não praticarem boas obras, se não forem bons, pois ser bom é fazer o bem. Por isso, se a benignidade está vinculada à “benevolência”, a bondade está relacionada com a “beneficência”, “ato, prática ou virtude de fazer o bem, de beneficiar o próximo; fazer filantropia”.

Entretanto, devemos distinguir entre o homem bom e o homem que beneficia alguém. Nem sempre quem beneficia alguém é um homem bom, mas o homem bom sempre beneficia alguém. Quem ama ao Senhor ama também o próximo, mas esse amor precisa ser manifesto em ações. Na Bíblia encontramos exemplos de homens e mulheres bondosos:

- No Antigo Testamento: Jó. Este servo de Deus não foi apenas paciente, mas também um exemplo significativo de benignidade e bondade - “Eu era o olho do cego e os pés do coxo; dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; e quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa... O estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abriam ao viandante” (Jó 29:15,17; 31:32).

- No Novo Testamento: Dorcas. Esta bondosa mulher era uma discípula que usava do ofício de costureira para abençoar os pobres (At.9:36,39). O texto bíblico afirma que "ela estava cheia de boas obras e esmolas" (At.9:36). Suas ações em favor dos necessitados demonstravam a sua bondade e o seu amor e devoção a Deus. Por sua bondade, Dorcas foi abençoada por Deus.

- Jesus Cristo. Se bondade pode significar dar, ou fazer alguma coisa em benefício de alguém, então, dentre tantos, o maior ato de bondade praticado por Jesus foi dar a sua própria vida em benefício do homem. O amor é uma das expressões da bondade. Foi o Senhor Jesus quem afirmou – “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas... Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai” (João 10:11-18).

Portanto, não basta dizer que amamos, é preciso mostrar esse amor por meio de ações.

II. HÁ DOIS CAMINHOS PARA ESCOLHER

1. A porta e o caminho no aspecto bíblico

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mt.7:13,14).

Jesus disse: “entrai pela porta estreita”. A porta é uma via de acesso muito importante no nosso dia-a-dia, que nos permite entrar e sair dos mais diversos lugares; sem ela, nossas vidas seriam muito dificultosas e limitadas em quase todos os lugares, inclusive em nossa própria residência. Mas quem é, então, esta porta metafórica que Jesus está ordenando a entrar por ela e que nos leva à vida? É Jesus (João 10:9) - “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”. Ao afirmar metaforicamente ser a porta, Ele estava querendo dizer que é a via de acesso e de oportunidade. Via de acesso a quem? Oportunidade de que? Via de acesso a Deus Pai e oportunidade de salvação. Repare que, nesse sentido, ele não diz ser uma porta, ou uma das portas; sua afirmação é exclusivista: “Eu sou a porta; Eu sou o único acesso a Deus”. Por causa do pecado, o ser humano está separado de Deus e condenado. Apenas através de Jesus - a Porta – o ser humano pode voltar para Deus. Jesus disse isso ao seu discípulo Tomé: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). Apenas através de Jesus o ser humano pode ser reconciliado com o Pai e absolvido da condenação eterna.

Para ser salvo, portanto, é necessário entrar pela porta, que é Jesus. Não basta reconhecer que Ele é a porta; isso não faz com que acessemos a Deus e tenhamos a salvação; para isso, é necessário se mover e entrar por esta Porta. Estar perto da Porta também não é suficiente; aquele que está a 5 cm da Porta está em situação igual à daquele que se encontra a 5 km: não entrou por ela. Reconhecer que Jesus é o Salvador e ter simpatia por Ele não é suficiente, é necessário se comprometer com Ele em fé. Não há outra via de acesso; Ele é a única oportunidade. Para todas as pessoas e em qualquer circunstância, Ele oferece o convite de entrada para a vida eterna e vida abundante que só Deus pode dar – “...e achará pastagem” (João 10:9). Em Jesus há provisão farta e vida abundante. A nossa provisão espiritual é encontrada em Cristo. Ele é o nosso alimento. Ele é o pão da vida. Ele é a água da vida. O legalismo farisaico estava matando as pessoas, mas quem vai a Jesus encontra uma vida maiúscula, superlativa e abundante.

2. O que as duas portas e os dois caminhos ilustram para nós? 

Ilustram duas situações: perdição (porta e caminho largos) e salvação (porta e caminho estreitos). Há somente duas portas e dois caminhos. Pela porta larga entram muitas pessoas. Pelo caminho largo transitam multidões; nesse caminho tudo é possível, nada é proibido, mas esse caminho conduz à perdição. A outra porta é estreita, e são poucos os que entram por ela. O caminho é apertado, e são poucos os que o encontram, mas esse é o caminho que conduz à vida eterna com Deus. Há aqui duas lições solenes a considerar (Adaptado do livro Mateus, de Hernandes Dias Lopes):

a) O caminho da perdição é a estrada das liberdades sem limites (Mt.7:13,14). O mundo oferece prazeres, diversões, riquezas, sucesso, fama, e nada exige em troca. Nessa estrada das facilidades é proibido proibir. Nesse caminho espaçoso, o homem é convidado a beber todas as taças dos prazeres. Nessa jornada de prazeres imediatos, nada é sonegado ao homem. Mas, esse caminho congestionado conduz à perdição.

b)  O caminho da vida é a estrada da renúncia (Mt.7:13,14). O caminho estreito é sinuoso, íngreme e apertado; exige renúncia, sacrifício e esforço. Poucos são aqueles que o encontram, mas o seu final é a glória, é a vida eterna com Deus.

3. A escolha entre os dois caminhos

Veja que Jesus apresentou dois caminhos às pessoas: um estreito e outro largo (Mt.7:13,14). Estes dois caminhos são representados por duas portas: uma porta estreita e outra larga. Ambos levam a destinos diferentes. Jesus mandou que seus seguidores entrassem no Reino dos céus somente “pela porta estreita”. Essa “porta” é estreita e o caminho é apertado, mas somente ela leva à vida – à vida eterna. Entretanto, através da “porta larga”, o caminho para a perdição é espaçoso e mais fácil; existe muito espaço para muitos caminharem e seguirem a direção que desejarem. Mas este caminho leva ao inferno.

A porta que leva à vida é estreita, não porque seja difícil se tornar cristão, mas porque existe apenas um caminho e apenas alguns poucos decidem seguir por ele. Crer em Jesus Cristo é a única maneira de obter a vida eterna de plena felicidade, porque somente Ele morreu pelos nossos peados e nos justificou perante Deus Pai. Jesus convida a todos fazerem a escolha certa.

III. A MENTIRA DOS FALSOS PROFETAS

1. Cuidado com as falsas aparências

Os falsos profetas podem até parecer dóceis, mansos, inofensivos, se vestirem como ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes (Atos 20:29); são assassinos da verdade, embora andem com a Bíblia na mão; têm a voz sedosa, mas seus dentes são afiados; demonstram ter piedade, fazem longas orações, profetizam, mas tudo é falsa aparência (2Tm.3:5).

Os falsos profetas já existiam nos tempos do Antigo Testamento (Jr.28:3,4). Jesus predisse a vinda de falsos cristos e falsos profetas, que desviarão muitos do caminho certo (Mt.24:24). No tempo determinado, eles surgirão como se fossem anjos de luz (2Co.11:13-15; 1Tm.4:1; 1João 4:1); por fora, parecem “ovelhas”, mas por dentro são “lobos devoradores”. O crente precisa ter todo o cuidado e estar constantemente em oração, buscando discernimento espiritual para não ser iludido pela boa oratória e as palavras bonitas dos que se dizem profetas, mas não são.

2. Como detectar os falsos profetas?

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mt.7:15,16).

A Palavra de Deus adverte-nos de que haverá entre nós, na própria Igreja, falsos profetas (2Pd.2:1,2; Leia também At.20:30; 1Tm.4:1; 1João 4:1). Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás. Sua missão é: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt.7:15-23). Como identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?

a) Discernindo o caráter da pessoa. O caráter, influenciado pelo temperamento, é o conjunto de qualidades boas ou más de um indivíduo que determina a conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. Portanto, o caráter de uma pessoa não apenas define quem ela é, mas também descreve seu estado moral e a distingue das demais de seu grupo (Pv.11:17; 12:2;14:14:20:27); é o traço distintivo de uma pessoa; é a sua marca. Não nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida. Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença do caráter cristão na sua vida. O apóstolo Paulo denomina o caráter do autêntico cristão de “Fruto do Espírito” (Gl.5:22).

b) Observando os frutos da vida e da mensagem da pessoa. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt.7:16). É pelos frutos que reconheceremos quem é crente e quem não o é, pois Jesus disse que aquele que não produzisse fruto seria lançado fora da videira verdadeira. A árvore má não pode dar frutos bons (Mt.7:16-20).

c) Discernindo até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Essa pessoa crê e ensina que as Escrituras Sagradas são plenamente inspiradas por Deus e que devemos observar todos os seus ensinos? (ver 2João 9-11). Se ele ensinar “outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade” (1Tm.6:3), é um forte indício de que é um falso profeta.

Portanto, sejamos cuidadosos porque mesmo sendo acurados nos critérios de avaliação de um pregador, mesmo assim, muitas vezes, eles aparecem vestidos de cordeiros, mas são terríveis lobos devoradores (Mt.7:15).

3. Uma análise criteriosa

O apóstolo João declarou enfaticamente: “Amados, não deis créditos a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1João 4:1). Somos alertados para “provar os espíritos”, porque todas as profecias vêm de Deus, da carne ou do Diabo através de espíritos malignos.

Precisamos estar informados de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt.24:11,24). Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt.23:28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt.7:15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Podem parecer ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Podem até realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores. Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (Dt.13:3; 1Rs.18:40; Ne.6:12; Jr.14:14), e aos fariseus do Novo Testamento. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina de iniquidade” (Mt.23:25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt.23:27), “cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt.23:28). Sua vida na intimidade era marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas. Portanto, precisamos fazer uma análise criteriosa à luz da Palavra de Deus quando houver alguém no pedestal se passando por homem de Deus; devemos sempre avalia-lo pelos frutos e não pela aparência ou reputação; devemos estar em permanente vigilância para não sermos enganados.

CONCLUSÃO

A bondade de Deus é eterna, infinita, ilimitada e abundante. Os seres humanos possuem uma bondade, mutável e limitada, ao contrário de Deus que é imutável e é sempre bom. O Senhor é o padrão de bondade; Ele é bom em todo tempo, e que partilha da sua benignidade com suas criaturas, cuidando delas, quer sejam boas, quer sejam más (Mt.5:45). Por sua maravilhosa graça, Ele prover não apenas as coisas materiais, mas, em especial a salvação gloriosa em Cristo Jesus. Deus é bom em todo tempo e o tempo todo! Toda honra e glória sejam dadas a Ele!

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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Mateus – Jesus, o Rei dos reis.

Pr. Osiel Gomes. Os Valores do Reino de Deus – A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. CPAD.