domingo, 31 de julho de 2022

Aula 06 - A SUTILEZA DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS A FAMÍLIA

3° Trimestre/2022


Texto Base: Gênesis 2:18-24

 

“E disse O Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe–ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn.2:18).

Gênesis 2:

18. E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.

19. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra, todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.

20. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.

21. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.

22. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.

23. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

24. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

INTRODUÇÃO

Trataremos nesta Aula a respeito da família, instituição criada por Deus, cujos fundamentos principais - monogamia, heterossexualidade e indissolubilidade – têm sido alvo de ataques por parte do vil tentador, que pertinaz tem buscado desestabilizá-la, desmoralizá-la, por que não dizer, destruí-la. Há um esforço concentrado do inferno para desestabilizar e destruir a família. Há uma clara conspiração de forças hostis que se mancomunam para desacreditar essa vetusta instituição divina. Há um bombardeio cerrado, com arsenal pesado, em cima da família. Torpedos mortíferos têm sido despejados sobre ela, provocando terríveis desastres.

Testemunhamos, estarrecidos, o naufrágio de muitas famílias. Casamentos outrora fincados no solo firme da confiança mútua estão afrouxando as suas estacas. Casais que viveram juntos sob os auspícios de um amor comprometido e fiel, arvoraram suas bandeiras para o lado da infidelidade. Cônjuges que outrora defendiam a indissolubilidade do matrimônio agora zombam dos votos conjugais e aviltam a aliança que um dia selaram diante de Deus. Até casais que outrora ensinavam com vivo entusiasmo os princípios de Deus para um casamento feliz, voltam-se contra esses mesmos princípios, transgredindo-os e justificando seus deslizes morais. Estamos chocados e perplexos com o declínio de tantos casamentos que a sociedade considerava paradigmas. Estamos aturdidos com o alto índice de líderes que se rendem a essa avalanche, arrastados pela fúria de enxurradas pestilentas. Os mourões estão caindo. As cercas estão arrebentadas. A família está com seus muros derrubados e suas portas foram queimadas a fogo. A igreja precisa se soerguer e defender os seus pilares sustentadores, e se armar contra as sutilezas das ideologias contrárias à família, que não dão trégua nem por um instante, pois, destruindo a família, consequentemente, a Igreja Local estará arruinada.

I. FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS

1. Uma instituição divina

A Família é uma instituição criada por Deus. A primeira Família, formada pelo próprio Deus, teve como princípio a formação de um casal, ou seja, Deus uniu, com a sua bênção, um homem e uma mulher - “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele” (Gn.2:18 - NAA). “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn.1:28). Estava, assim, realizado, pelo próprio Deus, o primeiro casamento, e determinado uma de suas três funções: a perpetuação da raça humana através da geração de filhos. Portanto, segundo o plano de Deus, o modelo para formação de uma Família é a união de um casal, de um homem e de uma mulher, ou seja, de um macho e de uma fêmea - “Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn.2:24). Qualquer tentativa de formar uma Família contrariando este princípio estabelecido por Deus, está indo de encontro à Bíblia Sagrada. O Senhor Jesus Cristo fez questão de confirmar este princípio declarando: “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher. E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne” (Mc.10:6-8). Portanto, pelo casamento entre um homem e uma mulher, forma-se uma Família; essa Família poderá, ou não, ter filhos. Os filhos são um complemento da Família, porém, a família pode subsistir sem eles.

Ao criar a Família, Deus teve os seguintes propósitos:

a) proporcionar ao ser humano abrigo e relacionamento. O texto bíblico de Gênesis 2:18 mostra isso: “Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele”. Segundo o pr. Elinaldo Renovato, “atualmente temos visto e vivido um tempo de escassez na área dos relacionamentos. Estamos ficando cada vez mais superficiais, frios e distantes uns dos outros”. Jesus mesmo nos alertou que isso aconteceria nos últimos dias - “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt.24:12). Devemos fazer de tudo para que esse amor não seja esfriado no âmbito familiar. Quando o amor fenece o relacionamento sadio e tolerável também se esvai, e é isso que o inimigo das nossas almas deseja. Uma família sadia significa uma igreja sadia. Esforcemos, pois, em investirmos no bom relacionamento familiar.

b) propagação da raça humana. O plano de Deus foi fazer da Família um núcleo pelo qual as bênçãos do Senhor seriam espalhadas sobre toda a Terra – “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn.1:28). Assim, o casamento (casamento?) de dois homens, ou de duas mulheres, contraria este propósito de Deus. Qualquer tentativa de formar uma Família através da união de duas pessoas do mesmo sexo, não procede de Deus e não pode ter a concordância de Sua Igreja.

2. A célula-mater da sociedade

A Família é a “célula-mater” da sociedade, ou seja, é a única origem possível para uma sociedade, é o grupo fundamental da sociedade e, como tal, deve ser tratada. Sem a família a sociedade desaparece, ou como afirma o pr. Jose Gonçalves, “não poderia haver sociedade ou vida social sem a existência da família”.

Ao decidir que o homem não poderia viver só, Deus criou a família (Gn.1:28), formando uma mulher, tirada do homem, para que, por meio da família, pudesse a sociedade ser constituída. Aliás, o primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a Família, grupo criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano. A função da Família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão, que existia em Adão antes da formação da mulher (Gn.2:20).

A Bíblia ensina que não há como uma sociedade sustentar-se ou manter-se sem que se fortaleça a família, sem que a família tenha a devida proteção e seja honrada pelos demais grupos e estruturas sociais. A destruição da família implica na destruição da sociedade e o que vemos, na atualidade, é exatamente este processo de destruição.

O inimigo de nossas almas tem atacado a família, pois sabe que, destruindo a família, a um só tempo ele destrói a sociedade e cada integrante da família. Temos vistos, com pesar, que a desagregação da família moderna está no topo dos principais problemas sociais, que presenciamos através dos vários meios de comunicação.

A defesa da Família e seu fortalecimento é atitude que deve nortear todas as ações de cada crente em particular e da Igreja na vida em sociedade.

II. FUNDAMENTOS DA FAMÍLIA CRISTÃ

1. O casamento monogâmico e heterossexual

Depois de Adão ter conhecido e nomeado cada uma de todas as espécies animais (Gn.2:19), Deus resolveu providenciar para Adão uma companheira, uma adjutora que estivesse ao seu lado em quaisquer circunstâncias – “E disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn.2:18). Esta foi a decisão de Deus para suprir a carência afetiva e física do homem. E Deus criou a mulher – “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma de suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher; e trouxe-a a Adão” (Gn.2:22).

Observemos a simplicidade da declaração bíblica, ao dizer: “formou uma mulher”. Esta mulher foi formada como resultado da decisão de Deus de que não era bom que o homem estivesse só. Assim, biblicamente, para ser companheira do homem, Deus formou uma mulher, e não outro homem. Qualquer distorção a este princípio viola a decisão de Deus. O Espírito Santo, ao inspirar Moisés, quando este escrevia o Livro de Gênesis, foi criterioso ao declarar que Deus criou macho e fêmea – “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou “ (Gn.1:17). E Jesus ratificou esta verdade (Mt.19:4-6). O “macho” a Bíblia chama de “homem”; a “fêmea” a Bíblia chama de “mulher”. O macho, o homem, é chamado de um ser do sexo masculino; a fêmea, a mulher, é chamada de um ser do sexo feminino. Para a Bíblia existem, apenas, dois tipos de sexo: ou a criatura é homem, ou, então, é mulher; não existe a “coluna do meio”. Um homem e uma mulher, biblicamente, formam um casal de fato.

Deus disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn.2:24). Aqui, são vistos três princípios sobre o casamento:

Primeiro, o casamento é heterossexual. O texto fala de um homem unindo-se à sua mulher. Portanto, a tentativa de legitimar a relação homossexual está em desordem com o propósito de Deus. 

Segundo, o casamento é monogâmico. O texto diz que o homem deve deixar pai e mãe para unir-se à sua mulher, e não às suas mulheres. Tanto a poligamia (um homem ter várias mulheres) como a poliandria (uma mulher ter mais de um homem) estão em desacordo com o propósito de Deus.

Terceiro, o casamento é monossomático, pois os dois tornam-se uma só carne, ou seja, podem desfrutar da relação sexual com alegria, santidade e fidelidade. Seguir esses princípios de Deus é o segredo de um casamento feliz.

A união conjugal, portanto, é a mais próxima e intima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre pais e filhos. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. O apóstolo Paulo exorta: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja” (Ef.5:28,29).

2. O casamento é indissolúvel e confessional

Outros princípios do casamento bíblico: ele é indissolúvel e confessional. O casamento é comparado a união entre Jesus Cristo e sua Igreja (Ef.5:32,33); em outras palavras, o marido deve representar Cristo e a mulher a Igreja; por isso, é necessário que seja feito no Senhor (1Co.7:39); ou seja, não é da vontade de Deus o casamento misto, feito entre um crente e um incrédulo; a Bíblia chama isso de jugo desigual (2Co.6:14).

A Igreja, que é constituída de famílias, é a Noiva de Cristo; Ele a chamou de “a minha Igreja” (Mt.16:18), e jamais se separará de Sua Igreja (Mt.28:20); por isso, o casamento é indissolúvel. Ele mesmo exortou: “…o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt.19:6).

O casamento é uma aliança, um pacto, então não deve ser quebrado. Se o nosso Deus é um Deus de aliança, e Ele não quebra nem permite quebra de aliança, também não permite que o casamento seja quebrado. Como Deus não se divorcia da Igreja, assim ele não permite que marido e mulher se divorciem. Divorciar-se é quebrar a Aliança do matrimônio.

O casamento foi instituído por Deus, mas o divórcio não. O casamento é ordenado por Deus, mas o divórcio não. O casamento agrada a Deus, mas o divórcio não; ao contrário, Deus odeia o divórcio (Ml.2:16). Deus permite o divórcio em apenas duas circunstâncias (Mt.19:9; 1Co.7:15), mas jamais o ordena. O divórcio jamais foi o ideal de Deus para a família; o ideal de Deus é a indissolubilidade do casamento.

III. A SUTILEZA DA NOVA CONFIGURAÇÃO FAMILIAR

1. Casamento entre pessoas do mesmo sexo

No princípio, o Criador fez o homem e dele tirou a mulher, e ordenou o casamento entre eles, condição indispensável para perpetuar a raça humana (Gn.1:27,28). Deus implantou no homem desejos e afetos que se estenderam a todas as criaturas humanas; fez do casamento uma influência nobilitante, que poderosamente contribui para o desenvolvimento de uma existência completa no homem e na mulher.

A configuração do casamento, entre o homem e mulher, é inabalável, pois foi Deus que assim o fez. Nada neste mundo é capaz de alterar isso. Infelizmente, temos visto, em quase todos os países do mundo, a desobediência clarividente desta vetusta regra divina; isso, para se adaptar ao novo modelo cultural que permeia em todas as sociedades – a falaciosa ideologia de gênero. Contudo, isto jamais vai mudar o que Deus estabeleceu e ordenou - o casamento entre um homem e uma mulher (Gn.2:24). Disse Deus: “deixará o homem [macho] o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos uma carne” (Gn.2:24).

Uma família somente pode ser construída, segundo os parâmetros divinos, mediante uma união entre um homem e uma mulher com compromisso de constituir uma vida em comum. Desta forma, jamais estará obedecendo aos princípios divinos quem defender ou constituir uma união homossexual, algo que, lamentavelmente, vem se alastrando em todos os países do mundo.

A união de pessoas do mesmo sexo é a própria negação do conceito bíblico de família, que é, como se vê claramente em Gn.2:24, que diz que uma família se constitui quando um varão deixa seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, e se constituem em uma só carne. Não é possível que a união de pessoas do mesmo sexo possa constituir uma família, pois Deus criou-a com propósitos que exigem a heterossexualidade, entre as quais, a procriação e a complementaridade afetiva e emocional, que só é possível diante de uma união entre pessoas de sexos diferentes. Se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o princípio, a raça humana já teria sido extinta.

Duas pessoas do mesmo sexo não formam um casamento, forma um par de pessoas. Mesmo que esse modelo cultural depravado considere isso de casamento, o que trará de benéficos à humanidade? Aqui no Brasil, a Constituição é bem clara com relação ao casamento entre o homem e uma mulher; no Art. 226, § 3º está escrito: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

Como bem descreveu o pr. José Gonçalves, em 2011 o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar como qualquer outro e, a partir do entendimento firmado pelo STF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em outubro daquele ano, que o mesmo reconhecimento se aplicava para os casamentos; e para evitar a falta de reconhecimento nos cartórios, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou uma resolução em que regulamentava os trâmites e proibia os cartórios de recusar a celebração de casamento civil e a conversão da união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um claro desrespeito à Constituição. É óbvio que esta nova configuração familiar dada por estes órgãos do judiciário jamais deve ser acolhida pelo povo que se diz cristão, e que tem a Bíblia como regra de fé e prática. A nossa Constituição sobrepõe a quaisquer outras leis, normas e decisões de tribunais. Além disso, a Bíblia é a Constituição maior da Igreja. Repito as palavras de Pedro: “... Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).

2. Sexualidade não-binária

Segundo pesquisa que fiz em sites relacionados com este tema, “pessoa não binária é aquela que não se identifica nem com o gênero masculino, nem com o gênero feminino. Sua identidade de gênero não se encaixa 100% dentro do binário de gênero. Isso significa que a pessoa não binária não se identifica necessariamente como homem ou mulher, podendo assumir um gênero neutro, transitar entre os gêneros ou mesmo mesclá-los (dentre outras possibilidades). Costuma-se dizer que o não binário é um termo ‘guarda-chuva’, capaz de abrigar dentro de si uma infinidade de identidades de gênero. O nome genderqueer (ou gênero queer) também é utilizado para nomear toda a multiplicidade de identidades não binárias”.

É claro que essa ideologia é plenamente contrária à criação de Deus, e que contradiz a forma de expressão da sexualidade conforme revelada na Bíblia (Lv.18), bem como nega, absurdamente, as leis biológicas que definem o sexo masculino e feminino. Deus criou o homem e a mulher, ou seja, macho e fêmea (Gn.1:27). O Senhor Jesus Cristo fez questão de confirmar este princípio declarando o seguinte: “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea...” (Mc.10:6).

Portanto, conforme a Bíblia, a configuração familiar se caracteriza pelo casamento entre um homem e uma mulher (Gn.2:24). Desviar deste princípio para adequar-se à modelos artificiais e malignos, como casamento entre pessoas do mesmo sexo e da sexualidade não-binária, nunca deve ser levado em consideração pelo cristão autêntico. “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas [...]herdarão o Reino de Deus” (1Co.6:10).

IV. PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA UMA FAMÍLIA SÓLIDA

1. O papel dos pais

Um dos principais papeis dos pais é instruir o filho no caminho do Senhor, e esta instrução deve tomar como princípios os valores ensinados pela Palavra de Deus, a Bíblia (Pv.1:8,9; Dt.6:6-9). Está escrito: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv.22:6). Os pais são os pedagogos dos filhos. Competem a eles o ensino e a formação do caráter dos filhos. Mas como esse processo se desenvolve? O pr. Hernandes Dias Lopes, analisando este texto, recomenda:

·         Primeiro, os pais não devem ensinar o caminho em que os filhos querem andar, uma vez que a estultícia está ligada ao coração da criança.

·         Segundo, os pais não devem ensinar o caminho em que os filhos devem andar. Isso é inadequado porque significa apenas apontar uma direção para os filhos, sem um envolvimento verdadeiro nessa caminhada. É o mesmo que impor um padrão de comportamento para os filhos, mas viver de forma contrária ao que se ensina.

·         Terceiro, os pais devem ensinar no caminho em que os filhos devem andar. Ensinar no caminho significa caminhar junto dos filhos, ser exemplo para eles, servir-lhes de modelo e paradigma. A atitude dos pais fala mais alto do que suas palavras. A vida dos pais é a vida do seu ensino. Os filhos não podem escutar a voz dos pais se a vida deles reprova aquilo que eles ensinam. O ensino estribado no exemplo tem efeitos permanentes; até o fim da vida, o filho não se desviará desse caminho aprendido com os pais.

Estamos vendo bem de perto uma crise de valores sem precedente nas famílias, exatamente porque os pais não cumpriram o seu papel de educar os seus filhos no caminho do Senhor; eles falharam em transmitir ou incutir na formação dos filhos aquilo que os definiria como verdadeiros cidadãos dos céus. Por causa disso, estamos vendo famílias desestruturadas, com os filhos desviados, e atraídos por esse novo modelo perverso de normalização familiar. Concordo com o pr. José Gonçalves, quando afirma que “no meio dessa guerra cultural, na qual se procura a desconstrução da identidade cristã, não dá para ser neutro. Todos os pais compromissados com a família e a sociedade na qual vivem têm o dever moral de dar a conhecer a seus filhos o que Deus estabeleceu como modelo para a família cristã”. Que assim seja!

2. O papel da Igreja Local

A Família e a Igreja são duas instituições profundamente interligadas; são dois projetos de Deus e que continuam sob sua proteção e que são objetos do seu amor. A Igreja Local é formada pela soma de suas famílias, é o reflexo das famílias. Famílias bem estruturadas formam igrejas bem estruturadas. Isto é verdade, e Satanás sabe disto! Por esta razão, de forma mais acentuada nestes “últimos dias”, ele tem investido, pesadamente, contra a estrutura familiar, de forma especial através das mídias sociais, usando seus programas e aplicativos com mensagens claras contra os padrões morais estabelecidos por Deus ao seu povo. Desmoralizando o casamento, incentivando as uniões ilícitas, enaltecendo a liberdade sexual, quebrando a hierarquia familiar, retirando ou coibindo a autoridade dos pais, o objetivo de Satanás é enfraquecer, desmoralizar, acabar com a estrutura familiar. Porém, seu alvo principal é a Igreja. Ele sabe que desestruturando a família, está prejudicando a Igreja.

Diante das ameaças de satanás contra a família e, por conseguinte, contra a Igreja Local, é preciso que haja uma resistência firme contra as sutilezas das ideologias contrarias à família. A Igreja precisa se levantar e fincar suas bandeiras e marcar suas fronteiras, e impor limites a este perverso modelo cultural a que sociedade atual tem se afeiçoado.

Sem a família a Igreja não funciona; são instituições que se interdependem, isto é, que devem existir ao mesmo tempo, cooperando uma com a outra. Família é uma extensão da Igreja Local, e para que, efetivamente, isto seja uma realidade, é da maior importância que nela haja um ambiente espiritual, que valorize a adoração a Deus e a Bíblia Sagrada. A solução para possibilitar essa integração família-igreja e vice-versa é a realização do culto doméstico, prática essa em desuso atualmente na maioria dos lares cristãos. Devemos voltar ao primeiro amor. O saudoso pastor Estevam Ângelo, descrevendo a respeito do culto doméstico, disse certa feita: “Se a família quiser assistir a sete cultos a mais por semana, fazendo o culto doméstico, terá uma igreja em casa”. Alguém duvida disso? Hoje, conquanto existam grandes e até suntuosos templos, o ideal seria que cada família cristã continuasse sendo uma igreja, em miniatura; que cada Lar cristão fosse um “braço”, ou uma extensão de sua igreja. Senhor Jesus, aviva a tua Obra nestes últimos tempos!

CONCLUSÃO

A Família, enquanto instituição divina, reflete tanto o caráter de Deus e a Sua natureza que foi utilizada pelo Senhor, em diversas oportunidades, como figura, como símbolo do relacionamento que deve haver entre Deus e os homens. Ela é como que um espelho, como que um reflexo, sobre a face da Terra, de como deve ser o relacionamento entre Deus e os homens. O diabo tem tentado, de todas as formas, distorcer o relacionamento familiar, porquanto, assim fazendo, deixará de permitir que o homem possa enxergar qual o propósito divino em relação a ele. A família, contudo, deve manter a sua posição diante de Deus, temos de servir a Deus e levar nossa família a também fazê-lo, para que, em nossas vidas, seja uma realidade a afirmação de Josué: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".

-----------------

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Luciano de Paula Lourenço. Aula 08 – Ética Cristã e Sexualidade – Subsídio. 2º Trimestre/2018.

Pr. Caramuru Afonso Francisco – A Família, obra prima de Deus. PortalEBD_2004.

Pr. Hernandes Dias Lopes – Restaurando a Família.

Pr. Caramuru Afonso Francisco - A Promessa de um Lar Feliz – Portal EBD.

Pr. Elinaldo Renovato. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD. 

domingo, 24 de julho de 2022

Aula 05 - A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO

 

3° Trimestre de 2022


“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Rm.1:20).

Romanos 1:

18. Porque do céu se manifesta a ira de Deus Sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;

19. porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

20.Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

21.porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e 0 seu coração insensato se obscureceu.

22.Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

23.E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos da “sutileza do materialismo e do ateísmo”. São dois pensamentos que o mundo sem Deus, que está no maligno (1João 5:19b), tem privilegiado, e que tem alcançado a adesão de milhões de seres humanos. O materialismo é a posição que se recusa a crer em algo além do estritamente material, que se volta única e exclusivamente para as coisas da natureza, para as coisas desta terra. O ateísmo é a recusa à crença na existência de Deus.

Estes dois pensamentos têm sido terrivelmente agressivos e inimigos da fé cristã. Apesar de serem dois pensamentos distintos, seus princípios norteadores são os mesmos. Logo, pode-se considerar que ambos são como duas faces de uma mesma moeda.

Nos dias difíceis em que estamos vivendo, o materialismo e o ateísmo têm alcançado grande projeção no “modus vivendi” das pessoas, e tem engodado a vida de muitos que dizem ser cristãos. Infelizmente, o materialismo invadiu a vida da igreja, até mesmo sua doutrina e expectativa escatológica, pois a visão da eternidade futura está carregada de cobiça material. Os crentes são encorajados a esperarem as mesmas coisas que buscam aqui, como amplas moradias (mansões), ruas bem pavimentadas com ouro e diamante, e constante lazer e descanso. Precisamos ter cuidado com os ardis de satanás que pertinaz tem se utilizado dessas ferramentas para confundir os fiéis da Igreja de Cristo.

I. COMPREENDENDO O MATERIALISMO E O ATEÍSMO

1. O Materialismo

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define “materialismo” como sendo a “doutrina que identifica, na matéria e em seu movimento, a realidade fundamental do universo, com a capacidade de explicação para todos os fenômenos naturais, sociais e mentais”. Portanto, o materialismo caracteriza-se como todo e qualquer pensamento que entende que, no universo, só existe a matéria, ou seja, substância sólida, corpórea. Este pensamento não é novidade na história da humanidade. Os primeiros filósofos ocidentais, na Grécia, voltaram-se para a discussão a respeito do que seria a matéria e não poucos deles viram a realidade como sendo puramente material. Demócrito (460-370 a.C.), por exemplo, apresentou uma teoria em que “supõe a gênese da natureza, e até da alma humana, a partir do movimento, da agregação e da dissociação de porções mínimas e indivisíveis de matéria, os átomos, que não foram criados nem antecedidos por qualquer divindade ou força imaterial”. Para este filósofo, a origem de todas as coisas era fruto dos átomos, partículas materiais que seriam as fontes de todas as coisas que existiam no universo, átomos estes que não teriam sido criados por ninguém. Tudo, inclusive a alma, seria material, portanto, formada destes átomos. O pensamento de Demócrito encontrou grande guarida no mundo grego e, por conseguinte, em todo o mundo conhecido de então, já que Demócrito viveu numa época em que a cultura grega estava se espalhando pelo mundo todo.

O Materialismo sustenta a eternidade da matéria; é propagado que foi dela e nela que todas as coisas existentes tiveram seu início, incluindo a vida. Por conseguinte, o Universo se reduz à matéria e, além dela, nada existe. Então, se Deus não é formado de matéria, segue-se que Deus não existe, segundo a cosmovisão materialista. Propagam também que o homem é simplesmente um animal, ou uma máquina, é um produto de transformação, e que a vida humana está limitada ao tempo entre a fecundação e a morte; a morte é, pois, o ponto final, o fim da linha, ou onde e quando tudo se acaba; não creem, portanto, na alma e no espírito do ser humano, que são eternos.

Quando os materialistas comparam o homem a uma máquina por certo que imaginam que nunca na história a natureza produziu uma máquina. Atrás dela sempre há uma inteligência superior, quer na sua fase de projeto, de fabricação, e de produção. Porém, os materialistas não reconhecem a existência dessa inteligência superior criadora e sustentadora do ser humano.

Coerentes com o princípio da inexistência de Deus, os materialistas rejeitam toda e qualquer manifestação de cunho espiritual ou sobrenatural. Mas, a Bíblia afirma que Deus preexiste a tudo, que Ele é eterno, e que foi Ele quem criou todas as coisas visíveis e invisíveis. Está escrito: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” (Col.1:16).

2. O Ateísmo

O Ateísmo é a doutrina que nega a existência de Deus, sobretudo, a de um Deus pessoal conforme revelado na Bíblia. Não existindo Deus, segue-se que não existe o mundo espiritual - céu, inferno, Satanás, anjos, demônios.... Assim, segundo o ateu, qualquer manifestação de cunho espiritual ou sobrenatural deve ser rejeitada. Também a Bíblia Sagrada não é tida como sendo a Palavra de Deus, mas apenas um livro comum.

Considera-se dois tipos de ateu: o prático e o teórico:

- O Ateu prático. Este pode até nem saber que é ateu, e na prática não confessa ser; porém, pela sua maneira de viver, nega a existência de Deus. Ele vive como se Deus não existisse, como se não fosse o seu Criador e o seu Sustentador. Na prática, pouco, ou nada, se difere dos irracionais. 

- O Ateu teórico. Este não é bobo, nem inocente; é apenas louco, ou néscio, aquele referido pelo Salmista Davi, nos Salmos 14:1 e 53:1 – “Disse o néscio no seu coração: não há Deus. Têm-se corrompido e têm cometido abominável iniquidade...” (Salmos 53:1). São, geralmente, filósofos, como Shopenhauer e seu discípulo Friedrich Nietzche, tristemente famoso por ter proclamado a morte de Deus. São dele estas palavras: “que nos importa em nossos dias Deus, a crença em Deus? Deus não é hoje senão uma palavra sem sentido, nem mesmo um conceito”. Ainda, segundo ele, “Deus não é senão uma ilusão do homem inquirindo uma compensação de sua miséria. Sonho mau que leva a um escape fora do mundo e das magnas tarefas humanas”. Para ele, Deus é como uma caricatura do homem, sendo que o homem não foi criado à imagem de Deus, mas, sim, Deus é que foi feito à semelhança do homem. O Cristianismo, segundo ele, é como a mais deletéria das seduções e dos embustes, é a grande mentira e a blasfêmia personificada. Do seu pedestal de orgulho, bestialmente afirmou: “De fato, nós filósofos e espíritos livres, sentimo-nos, à notícia de que o velho Deus está morto, como que iluminados pelos raios de uma nova aurora...”.

Para Friedrich Nietzche, anunciar a morte de Deus era dar ao homem todas as chances de se engrandecer. Ele se orgulhava de debochar do cristianismo e de Deus; dizia-se sábio ao propagar a sua filosofia tresloucada e sem fundamento. Para pessoa dessa estirpe, Paulo chamou de louco (Rm.1:22) – “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. Muitos destes “sábios” (sábios?) abraçaram o ateísmo por vaidade, pelo desejo de serem diferentes dos demais mortais, por orgulho, conforme declarou o Salmista – “Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma, bendiz ao avarento e blasfema do Senhor. Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: não há Deus” (Salmos 10:3,4).

Ao homem vaidoso, orgulhoso, é cômodo dizer-se ateu quando tudo, inclusive a saúde, vai bem. Todavia, ao sentir a proximidade da morte, a realidade é outra. A história nos mostra que sentindo a proximidade da morte, muitos disseram como disse um famoso poeta - “Rasguem meus versos, creiam na eternidade”.

A ignorância de Deus é um fato transitório. Os mais avançados estudos antropológicos não detectaram ainda pessoas que tenham passado pela vida sem nunca haverem tido uma noção de Deus. Isto porque toda a natureza está ordenada pela inteligência divina para que o homem possa descobrir e ver Deus através da própria natureza, conforme afirmou Paulo - “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas” (Rm.1:20).

Portanto, o ateísmo nada mais é que o resultado da cegueira espiritual, de escuridão e obscurecimento que o inimigo implanta na mente dos incrédulos (2Co.4:3,4). O salmista chama o ateu de “néscio”, ou seja, “ignorante”, “sem conhecimento”. Somente quem não tem conhecimento, quem é ignorante é capaz de dizer “não há Deus” (Sl.14:1; 53:1). Por isso, quando vemos o contínuo aumento do pecado no mundo (Mt.24:12), percebemos como tem se intensificado o ateísmo sobre a face da Terra, sendo, aliás, como demonstram as estatísticas e as pesquisas, crescente o número de pessoas que se dizem ateias ou sem qualquer religiosidade no mundo todo, a comprovar como tem operado o espírito do anticristo, o mistério da injustiça nestes dias derradeiros antes da volta de Cristo.

Por fim, o ateísmo, embora se diga uma doutrina que nega a existência de um Deus, nada mais é que um artifício maligno para atacar o único e verdadeiro Deus, uma forma de levar a descrédito a ideia de Deus. O intuito do inimigo não é que o homem não creia em coisa alguma, mas que, ao rejeitar a Deus, aceite adorar o próprio adversário, o que, efetivamente, ocorrerá de forma maiúscula na Grande Tribulação. Por isso, o ateísmo é apenas mais um passo para que a humanidade perdida seja levada a adorar e idolatrar Satanás.

II. RAÍZES DO MATERIALISMO E ATEÍSMO

O Materialismo e o Ateísmo são consequências diretas do pecado e da cegueira espiritual idealizada pelo deus deste século.

1. A consequência do pecado

Segundo a Bíblia Sagrada, o Ateísmo é uma consequência da Queda. A partir da queda, todos os homens nascem caídos, contaminados e corrompidos pelo pecado; todos os seres humanos foram lançados no abismo do pecado (Rm.5:19). O homem tornou-se inimigo de Deus, rendido ao pecado. Com a entrada do pecado no mundo, a incredulidade e a consequente rejeição a Deus tomaram conta do coração humano. Portanto, a queda de Adão foi o maior desastre da História. Dessa queda decorrem todos os desastres subsequentes.

Os efeitos da Queda são universais. Porque estávamos nos lombos de Adão quando ele pecou, tornamo-nos pecadores nele e com ele. Embora o pecado já tivesse ocorrido no mundo angelical com a queda de Lúcifer, na história humana o pecado foi introduzida pela queda de Adão. O pecado é uma conspiração contra Deus; é a transgressão da sua lei, um ato de rebeldia e desobediência a Deus. O pecado não é algo neutro ou inofensivo, é maligníssimo; é um atentado e uma conspiração contra Deus e o seu projeto. O pecado atrai a ira de Deus; por isso, os que vivem no pecado não podem agradar a Deus; antes, permanecem sob sua ira; estão sob sentença de condenação.

Não há desculpa para o ímpio no grande dia do julgamento final, pois, mesmo que nunca tenha ouvido o evangelho da salvação em Cristo Jesus, a criação proclama a glória de Deus (Salmos 19; 29:3-9; 104:1-4; Rm.1:20). Em Romanos 1:18-23, Paulo destaca que Deus pode ser conhecido através das coisas criadas. A natureza é suficiente para mostrar a majestade de Deus. John Stott destaca que a criação é uma manifestação visível do Deus invisível. A criação ou revelação natural fala sobre os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua divindade. Deus deixou sobre sua obra criada as “impressões digitais” de sua glória, que se torna manifesta a todos. Portanto, a Criação revela o Criador, o que deveria conduzir os homens a buscarem e glorificarem a Deus; contudo, isso não acontece porque os homens que se dizem sábios “se tornaram tolos” (Rm.1:22).

Deus criou todas as coisas. O universo não é fruto de geração espontânea; não é resultado de uma explosão cósmica, uma vez que a desordem não produz a ordem nem o caos produz o cosmo; não é consequência de uma evolução de bilhões e bilhões de anos. Antes, é obra de Deus e arauto de Deus. Todo o cosmo é um testemunho eloquente da existência de Deus (Salmos 19:1).

Portanto a revelação natural é suficiente para tornar o homem indesculpável perante Deus (Rm.1:20). Mesmo que a revelação natural não seja suficiente para salvar o homem, é suficiente para responsabilizá-lo. Todos os homens são indesculpáveis perante Deus porque a verdade de Deus tem-se manifestado a eles tanto na luz da consciência como no testemunho da criação (Rm.1:19,20), Os homens não poderão fazer apologia em seu próprio favor. Ninguém poderá dizer a Deus no dia do juízo: “Ah! Eu na sabia que o Senhor existia, não sabia que o Senhor é criador do universo”. Portanto, cai por terra a teoria do índio inocente, dos povos remotos que estão em estado de inocência. Não é esta a teologia de Paulo. Todos os povos são indesculpáveis diante de Deus. Eles pecam contra Deus conscientemente e deliberadamente. Paulo está dizendo também que o Ateísmo é uma grande tolice. Ninguém nasce ateu. Os ateus se fazem assim. O ateísmo não é uma questão intelectual, mas moral.

2. A cegueira espiritual

Outra raiz do Materialismo e do Ateísmo é a cegueira espiritual. As Escrituras mostram que a cegueira espiritual também é causada por Satanás. É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz: “nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co.4:4). O diabo não dorme, não tira férias nem descansa. Ele age diuturnamente buscando obstaculizar a obra da evangelização. Ele age não nas emoções, mas na mente. Ele cega não os olhos, mas o entendimento. Ele torna o evangelho ininteligível para os descrentes e para aqueles que perecem. Assim como os judeus tinham um véu sobre o coração que só era removido pela conversão (2Co.3:15,16), assim também, ainda hoje, o diabo que é o príncipe das trevas (Ef.2:2), mantém os incrédulos sob um manto de trevas para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da gloria de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Os que estão perdidos não são capazes de entender a mensagem do evangelho, pois satanás os mantem em trevas.

Em Corinto, muitos se recusavam a aceitar o evangelho, e, para estes, ele permanecia encoberto. A causa disso, porém, não se achava no próprio evangelho, que era suficientemente claro, nem em Cristo, que havia comissionado os apóstolos, mas nos ouvintes que rejeitavam a mensagem de Cristo. William Macdonald ilustra essa verdade dizendo que em nosso universo físico, o sol está sempre brilhando, contudo, nem sempre nós o vemos brilhar. A razão disso é que, algumas vezes, nuvens densas se interpõem entre nós e o sol. Assim acontece com o evangelho. A luz do evangelho está sempre brilhando. Deus está sempre buscando resplandecer sua luz nos corações dos homens. Mas satanás põe várias barreiras entre os incrédulos e Deus. Pode ser a nuvem do orgulho, da rebelião, da injustiça própria, do materialismo, do ateísmo ou centenas de outras coisas. Como foi dito anteriormente, o Materialismo e o Ateísmo nada mais são que o resultado de cegueira espiritual, de escuridão e obscurecimento que o inimigo implanta na mente dos incrédulos.

III. PRESSUPOSTOS DAS DOUTRINAS MATERIALISTAS E ATEÍSTAS

1. Negação da existência de Deus

Diante do que foi dito anteriormente, negar a existência e Deus é uma aberração e uma clara rebelião contra o Criador. Só os ignorantes e os que têm cegueira espiritual negam a existência de Deus cuja evidência é clara em tudo que nos rodeia. Todos os seres humanos têm condição de perceber a existência de Deus, porque Ele criou todas as coisas e a criação manifesta a Sua existência (Sl.19:1-3; Rm.1:19,20). Mas, além da criação, o Senhor se revelou de forma especial ao homem através da Bíblia Sagrada, a sua Palavra.

O homem dominado pelo pecado, cego e completamente tolo, chega a discutir a própria existência de Deus; só que a existência de Deus não precisa ser demonstrada com base na lógica humana. A própria natureza, o corpo humano, cuja complexidade e grandiosidade deixam perplexos a todos, tanto os sábios e eruditos, quanto os simples e humildes, demonstram a sua existência. Entretanto, para as gerações corrompidas pela natureza pecaminosa, o adversário pôde apresentar a questão da existência de Deus, pois, se o homem crer que Deus não existe, terá muita facilitada a sua tarefa da divinização, vez que o ateísmo é a forma mais fácil de justificar as pretensões humanas de senhorio e de determinação do certo e do errado, do bem e do mal. Ao negar a existência de Deus, não resta qualquer ser superior ao homem e, deste modo, é muito mais aceitável a ideia de que o homem pode decidir tudo a seu respeito. As próprias Escrituras informam a existência deste pensamento desde a Antiguidade, vez que a Bíblia chama de “néscios”, isto é, ignorantes, despidos de sabedoria, aqueles que dizem que Deus não existe (Sl.14:1; 53:1).

Os homens buscam, de todas as formas, uma maneira de se provar a existência de Deus por intermédio da razão, mas isto é totalmente dispensável para quem se baseia nas Escrituras, que, já no seu introito, mostra Deus como o Ser que existe, aquele que é o que é (Ex.3:14). Daí porque não haver qualquer sentido em se ficar indagando sobre provas de que Ele exista ou não, pois a Bíblia se contenta em revelar que Deus existe e ponto final (1Co.8:6; 2Co.4:4; Hb.11:5).

Os materialistas e os ateístas tentam se firmar em pressupostos científicos para negarem a existência de Deus e das demais verdades espirituais. Contudo, como bem afirma o pr. José Gonçalves, a negação de Deus por parte do ateu e do materialista não acontece em razão de fatos cientificamente provados, mas porque eles se recusam em reconhecer as evidências apresentadas. As Escrituras deixam claro que “Deus Lho manifestou” (Rm.1:19). Em outras palavras, o ateu depende da não-fé dele, e não da ciência, para tentar provar que Deus não existe, uma vez que Ele já se manifestou claramente.

Embora não seja preocupação das Escrituras trazer argumentos pelos quais possamos conceber a existência de Deus, apresentamos alguns fatores, dentre muitos, que fazem com que percebamos a Sua existência:

a) A criação do mundo. A grandeza da criação de todas as coisas, a imensidão do universo e tudo o que foi criado, tem por finalidade mostrar ao homem a glória de Deus (Sl.19:1). A natureza, dizem os estudiosos da doutrina de Deus, é o primeiro livro escrito por Deus ao homem, de tal maneira que a criação, por si só, é suficiente para revelar Deus ao ser humano e torná-lo sem desculpa diante de uma eventual rejeição ao Seu senhorio (Rm.1:20).

b) A consciência. A consciência dá-nos a demonstração clara e evidente de que existe alguém que está acima de nós, indicando o que é o correto e o que não o é, ou seja, a consciência nos desperta a crer na existência de um ser que comanda todas as coisas e que a todos julgará pelas suas ações. A compreensão que temos de que fizemos algo justo ou injusto, bom ou mau, ao contrário do que dizem muitos “sábios” do nosso tempo, não é resultado puro e simples de nossa educação ou do ambiente em que vivemos, pois, se assim fosse, não haveria o arrependimento ou a convicção interna, muitas vezes não confessada, de que erramos ao tomarmos esta ou aquela atitude, ainda que tal gesto tenha tido a aprovação do ambiente em que vivemos. A consciência é considerada verdadeira “filial” divina em nosso ser; uma verdadeira “lei escrita nos corações” (Rm.2:15), que nos indica a presença de um Ser superior, a dizer o que se deve, ou não, fazer. Este Ser não é outro senão o próprio Deus.

c) Jesus Cristo, o Emanuel, ou seja, Deus conosco (Mt.1:23). Através de Cristo, sabemos quem é Deus (Lc.10:22; Jo.1:16; 14:6,9). Como disse o escritor aos hebreus, o Filho é “o resplendor da sua glória, a expressa imagem da sua pessoa” (Hb.1:3). Por isso, Jesus foi bem claro ao afirmar que quem O conhecia, conhecia o Pai.

f) A experiência pessoal da salvação. Quando somos salvos, Deus vem habitar em nosso interior (Jo.14:23) e, então, notamos que Deus existe e que está disposto a estar conosco para sempre. Sentimos que Deus não está distante de nós; não mais tateamos, mas com Ele mantemos um relacionamento, um permanente diálogo, que nos traz a certeza de que não só Deus existe como também que somos seus filhos (Ef.2:13; Gl.4:6; Mt.6:9).

Portanto, através destes e outros fatores todo ser humano consegue perceber que Deus existe. A Bíblia diz que jamais nenhum ser humano poderá dizer que nunca teve a oportunidade ou a possibilidade de perceber que Deus existia; por isso que não devemos achar que, no julgamento do Trono Branco (o chamado “juízo final”), haverá pessoas que possam apresentar a Deus esta desculpa, pois todo ser humano é capaz de perceber, por sua consciência e pela criação, que Deus existe e que é o Senhor de todas as coisas e a quem, portanto, se deve obediência e submissão.

2. Negação de que o homem é um ser singular

Outro pressuposto utilizado pelos materialistas e ateístas é a negação da singularidade do homem. O homem é o ser mais singular da criação; é a coroa da criação, a imagem e semelhança Deus (Gn.1:26). Quando observamos o relato bíblico da criação, de imediato se percebe que o homem foi criado de forma distinta dos demais seres criados na Terra. Enquanto os demais seres foram criados tão somente pela palavra do Senhor, o homem foi objeto de cuidado especial, tendo Deus deixado bem claro que ele seria um ser diferente, pois seria feito à imagem e semelhança de Deus e que, além disso, seria constituído como superior em relação aos demais.

É por este motivo que não se pode considerar que a estrutura do homem seja idêntica a dos demais seres criados na Terra, como querem pretender as teorias evolucionistas que dominaram as ciências biológicas a partir do século XIX, com as obras de Lamarck e de Darwin, pois há uma distinção fundamental entre o homem e os demais seres. Todos os seres criados na Terra, com exceção do homem, são guiados pelo instinto e, se são dotados de alguma inteligência, esta se dá e se revela apenas por força do adestramento, da repetição, sem qualquer consciência, como ocorre com os primatas ou com outros animais, ao passo que o homem é totalmente diferente, tendo a capacidade de inferir, de criar, de adquirir novos conhecimentos além dos que foram aprendidos e absorvidos pela repetição e observação.

No relato da criação do homem a Bíblia já nos informa que ele seria um ser diferenciado dos seres criados na Terra; ele é o único ser que é tricotômico, que é dotado de espírito, alma e corpo. Esta estrutura é a única que explica por que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, bem assim como teria capacidade de dominar sobre os demais seres. Para os materialistas e ateístas, porém, o ser humano não possui uma alma imortal e, por isso, não passa de um simples produto da cadeia evolutiva. Essa conclusão, porém, é pura explosão de rebelião e de oposição a Deus.

O homem é a síntese da criação terrena; recebeu o fôlego de vida diretamente de Deus. O seu interior (alma e espírito), considerada a sua parte imaterial, é sinal da sua relação especial e peculiar para com o seu Criador. A alma é considerada a sede dos sentimentos, do entendimento e vontade – é a marca da individualidade de cada ser humano; já o espírito é a sede da consciência da existência de uma relação de dependência do homem em relação a Deus – é a ligação do homem com o seu Criador.

IV. RESPONDENDO AO MATERIALISMO E AO ATEÍSMO

1. Afirmando as verdades da Bíblia

Para responder ao Materialismo e ao Ateísmo não existe arma mais eficaz do que a Bíblia Sagrada; Ela é uma das armaduras que o Espírito dispõe à Igreja contra as sutilezas de satanás (Ef.6:17). Jesus quando foi tentado pelo diabo no deserto, Ele usou esta arma (Mt.4:3,4). A todas as investidas de satanás, Jesus respondeu com: “está escrito”. É isto que significa, na guerra espiritual, a “Espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus - é você responder as dúvidas, questionamentos, repelir a mentira, as acusações, a culpa, com “está escrito”. Portanto, qualquer resposta ao Materialismo e ao Ateísmo, e a seus derivados, como o Neoateísmo, precisa partir das Escrituras Sagradas; são nelas que encontramos as verdades sobre Deus de uma forma precisa e sem erros. É na Bíblia que aprendemos que Deus é o Criador dos céus e da terra (Gn.1:1,2), é o sustentador e mantenedor do universo (Hb.1:3). Só a Bíblia explica por que existe beleza e feiura, vida e morte, saúde e doença, amor e ódio. Só a Bíblia fornece relato verdadeiro e confiável da origem de todas as entidades básicas da vida e de todo o universo.

Observe que a Bíblia Sagrada - a Espada do Espírito - é arma de ataque. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele por meio da Palavra. A Palavra é poderosa, viva e eficaz. Moisés quis libertar os israelitas do Egito com a espada do homem carnal, e fracassou; mas quando usou a Espada do Espírito o povo foi liberto. Pedro quis defender Cristo com a espada humana, e fracassou; mas quando brandiu a Espada do Espírito, multidões se renderam a Cristo. Precisamos conhecer bem a Palavra de Deus. Infelizmente, há multidões de crentes mais comprometidos com as mídias sociais do que com a Palavra de Deus. Isso é lamentável!

2. Fazendo uso correto da razão

Deus nos deu a razão para que fôssemos superiores às demais criaturas terrenas. Ela é muito importante e poderosa, porém tem seus limites. A vida, a morte e o universo não podem ser explicados exclusivamente pela razão. Por quê? A mente possui uma capacidade impressionante para processar informações, entretanto, não temos à nossa disposição todos os dados sobre todos os assuntos, principalmente no que tange à espiritualidade. E quando recebemos algum conhecimento nesse sentido, faltam-nos parâmetros de avaliação, pois a nossa lógica está restrita a elementos terrenos. Até no campo natural estamos bastante limitados. A ciência, por mais avançada que esteja, não sabe como funciona o cérebro de uma pulga. É verdade que muitas descobertas úteis e invenções extraordinárias têm sido produzidas, mas tudo isso está localizado dentro de um limite intransponível.

A razão faz parte de nosso ser, contudo, não devemos nos estribar nela para tomar decisões importantes no campo espiritual. Está escrito: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv.3.5). Observe que o sábio recomenda: “não te estribes”; “estribar” significa “firmar-se”, “apoiar-se” em algo. Quando se vai montar num cavalo, coloca-se o pé no estribo, que é o ponto de apoio para se tomar o impulso necessário à montaria. O mesmo equipamento ajuda no equilíbrio do cavaleiro durante a cavalgada.

Qual é o nosso “estribo” na vida? Em que nos firmamos para fazer nossas escolhas, tomar nossas decisões e determinar o nosso destino? Será que a razão humana é suficiente para garantir nosso êxito em todas as áreas? Se nos firmarmos em algo instável, poderemos ser vítimas de uma queda perigosa ou até fatal. A ordem de não se estribar no entendimento não significa que devamos desprezá-lo. Entretanto, é necessário que compreendamos que existe o campo da razão e o campo da fé, embora haja uma considerável interseção entre ambos.

Muitos desprezam a fé em Deus e vivem guiados por sua própria razão; estão firmados no entendimento intelectual como se este fosse totalmente eficaz e confiável para todos os fins. Trata-se de uma forma de antropocentrismo. Segundo o pr. José Gonçalves, o Ateísmo e o Materialismo recorrem ao uso da razão, apoiado na ciência, para fundamentar seus pressupostos. Contudo, convém dizer que aquilo que eles denominam de “ciência”, na verdade, é um cientificismo, ou seja, a ciência usada fora de seus parâmetros e princípios para confirmar uma crença ou ideologia já previamente adotada; isso porque a boa ciência, na verdade, não nega a existência de Deus, mas a confirma.

Fé e razão caminham juntas até certo ponto. Daí se falar em “culto racional” (Rm.12:1) e “razão da esperança” (1Pd.3:15), passíveis de explicação e compreensão (Pv.1:2; 1:6; 2:5; 2:9; 14:8). Nossa fé não dependerá da razão, mas não será necessariamente contrária a ela. Vamos além da razão, mas nem sempre estaremos contra a razão. O bom senso não pode ser abandonado, exceto em situações necessárias, quando se faz algo aparentemente absurdo por causa de uma ordem de Deus. Foi o caso de Noé construindo a arca. Em casos extremos como esse, é imprescindível uma ordem direta de Deus, de modo que não haja nenhuma dúvida. Entretanto, algumas pessoas fazem loucuras em nome de Jesus sem que Ele lhas tenha mandado; nesse caso, a razão e a fé foram abandonadas e a presunção tomou o seu lugar. Precisamos, sempre que possível, conciliar a fé e a razão; se abandonarmos uma das duas, correremos em direção ao fanatismo ou ao racionalismo. Devemos usar nossa fé e também a nossa razão quando expressamos nossa confiança em Deus.

CONCLUSÃO

Os defensores do Materialismo, do Ateísmo e do Neoateismo dizem que se valem de argumentos científicos para negar a fé e a existência de Deus; porém, o que se observa é que suas teses e argumentos são de natureza meramente ideológica, e não cientifica; eles adotam o cientificismo, um discurso que está estreitamente ligado ao materialismo filosófico. Para eles, a realidade última do universo é a matéria. Assim, o que não passar pelo crivo dos supostos argumentos científicos deve ser rejeitado. Segundo o pr. José Gonçalves, o fato é que a ciência não refuta Deus, mas antes confirma a sua existência. A negação desse fato não se baseia em provas científicas, mas numa simples incredulidade que se recusa a admitir as evidências que demonstram a existência de um Criador. A todos que cristãos dizem ser precisam estar revestidos das armaduras de Deus para resistir as sutilezas do Materialismo, do Ateísmo e do Neoateismo, que têm se fortalecido nestes últimos tempos, e que tem procurado espreitar a Igreja de Cristo.

----------------

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Luciano de Paula Lourenço. Aula 08 – Ética Cristã e Sexualidade – Subsídio. 2º Trimestre/2018.

Dr. Caramuru Afonso Francisco. O Materialismo e o Ateísmo. PortalEBD_2005.