terça-feira, 27 de março de 2018

Aula 01 - O QUE É ÉTICA CRISTÃ


2º Trimestre/2018
 
Texto Base: 1Corintios 10:1-13
 
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são Lícitas, mas nem todas as coisas edificam"(1Co.10:23).

INTRODUÇÃO
Pela graça de Deus, mais um trimestre letivo se inicia. Após estudarmos preciosas lições extraídas da Epístola aos Hebreus, trataremos neste 2º Trimestre de 2018 a respeito de um estudo propriamente temático, ou seja, de um tema amplo, não circunscrito a um determinado livro da Bíblia. Trataremos de temas voltados para a Ética Cristã, orientando como a Igreja deve encarar as questões morais do nosso tempo. São temas que dizem respeito aos valores cristãos e suas práticas em conformidade com as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, que é o Código de Ética Divino. Quanto mais as pessoas se afastam da Bíblia pior fica o comportamento delas. Seja na política, seja nas artes, seja na ciência, seja na economia, todos os povos estão observando um clamor, uma exigência por padrões éticos. Cada vez um maior número de pessoas está a exigir dos líderes, dos cientistas, dos empresários, dos trabalhadores, enfim, de todos os segmentos da população, que haja uma atitude ética nos relacionamentos humanos. Este clamor por ética reflete o grande vazio espiritual que tem sido vivido pela humanidade, pois a discussão sobre a falta de ética que hoje se verifica em todos os setores da vida humana, nada mais é que uma universal constatação de que os homens perderam o rumo, o norte, exatamente porque se recusaram a seguir a Deus e a observar os Seus mandamentos exarados na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a revelação divina imutável.
I. O CONCEITO DE ÉTICA CRISTÃ
1. Definição Geral. A palavra "ética" possui origem no vocábulo grego ethos, que aparece 12 vezes no Novo Testamento (Lc.1:9; 2:42: 22:39: João 19:40: At.6:14: 15:1: 16:21; 21:21; 25:16; 26:3; 28:17: Hb.10:25), e significa estilo de vida, conduta, costumes ou prática. A ética preocupa-se com a conduta ideal do indivíduo, ou seja, qual deve ser o comportamento do indivíduo ao exercer uma determinada atividade, ao desempenhar uma determinada ação, ou seja, como o indivíduo deve agir enquanto vive.
2. Ética e Moral. Etimologicamente "ética" e "moral" se confundem, pois ambas dizem respeito ao conjunto de padrões e de atitudes que as pessoas devem ter no seu dia-a-dia, no seu cotidiano. Devido à proximidade linguística desses termos, muitas vezes eles são usados como sinônimos. Contudo, devemos defini-los separadamente.
- A Ética secular ou filosófica é a ciência dos costumes ou hábitos. É urna ética que busca a verdade e o bem pela razão, conforme os conceitos predominantes da época. Dessa forma, ela se refere ao costume ou hábito de beber, aos modos à mesa, às tradições de casamentos e funerais, às festas religiosas e culturais, à moda e à moral trabalhista, política, civil e econômica. É a ética ensinada nos cursos de filosofia nas grandes universidades. Enfim, a ética secular “pode ser entendida como a área da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotada por uma sociedade”.
- A Moral “refere-se ao comportamento social em relação às regras estabelecidas, que podem variar de uma cultura para outra, podendo sofrer variadas e sistemáticas alterações”. O termo moral vem do latim moralis (relativo aos costumes), sendo a parte da filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres dos homens. Desta maneira, temos a moral trabalhista, a moral sexual, a moral nos negócios, a moral da aprendizagem, a moral política etc. A Moral observa o que o homem faz, enquanto a Ética pergunta por que e para que o homem faz.
3. Ética Cristã. A Ética Cristã é o conjunto de valores morais unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus, mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na Revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.
Segundo Hans Ulrich Reifler, “a Ética Cristã não é uma mera ciência de costumes e hábitos, não buscando a verdade e o bem primariamente pela razão. A Ética Cristã não exclui a razão, mas a leva cativa à obediência de Cristo (2Co.10:5). Em sua essência, é normativa, enquanto a ética secular é mais descritiva. Vai muito além dos costumes, comportamentos ou atitudes, pois tem a ver com o bem e o mal revelados nas Sagradas Escrituras, e isso em termos absolutos. Portanto, a Ética Cristã é o estudo sistemático da moralidade (do latim moralitas, que significa ‘a qualidade do que é moral’, ‘caráter’), e não o estudo de costumes. Por isso, ela procura a verdade e o bem através do supremo bem e da vontade de Deus revelada na Bíblia. A Ética Cristã é também ensino, mandamento, diretriz, norma, enquanto os costumes são variáveis, flexíveis, descritivos e dependem da situação”.
4. Princípios da Ética Cristã. A Ética Cristã, assim como toda vida cristã se baseia no pressuposto que a Bíblia é a Palavra de Deus e que a Bíblia é nossa única regra de fé e prática. Considerando então que a Bíblia é nossa regra de fé e prática, ou de discurso e de conduta, então podemos afirmar que nossa ética é essencialmente normativa. Mas além de normativa ela é prescritiva, pois foi determinada antes da nossa conduta acontecer. Não formamos uma ética descritiva ou que é formada a partir das consequências, pois para nós os “fins” não podem justificar os “meios”; os cristãos creem que os “meios” são parte dos princípios estabelecidos na Bíblia, e como consequência creem que os “fins” serão os estabelecidos por Deus, mesmos que estes fins ou resultados não sejam os desejados ou esperados. Nossa ética então tem que ser conduzida pela nossa fé, e não por nossa razão. É uma ética com princípios, que para nós produzem nossas normas de vida. Os princípios que são a moralidade de Deus, ou a forma como Deus estabelece o que é certo e errado, ou o que é bom e mal, é nosso padrão de conduta.
Será que nossa conduta revela que somos sal da terra e luz do mundo, ou já estamos irremediavelmente comprometidos com os princípios, valores, crenças e comportamento mundanos? Será que nossa conduta tem servido para a glória de Deus, ou temos sido motivo de escândalo na igreja, ou entre as pessoas que não são cristãs? O objetivo do cristão deve ser, sempre, a glória de Deus, daí porque Jesus ter nos alertado de que as nossas obras farão os homens glorificarem a Deus(Mt.5:16). Tudo o que fizermos deve redundar na glorificação do Senhor (1Co.10:31), e isto no relacionamento com todos os homens, indistintamente, pertençam eles a qualquer um dos três povos da terra (judeus, gentios e igreja). 
O cristão somente deve praticar o que é bom para edificação, o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama e em que haja alguma virtude e algum louvor (Fp.4:8), coisas que correspondem ao fruto do Espírito e contra o que não há lei humana que possa querer evitar(Gl.5:22,23).
II. FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ
Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética. Com relação à Ética Cristã, temos como fator norteador principal do senso ético de todo cristão, a Bíblia Sagrada que, em seu bojo, destacamos como fatores fundamentais: o Decálogo, os Profetas, os Evangelhos, o Sermão do Monte, as Epístolas Paulinas e Gerais.
1. O Decálogo. O Decálogo ou os Dez Mandamentos são preceitos éticos que fazem parte da lei moral de Deus (Êx.20:1-17). Os quatro primeiros tratam da relação do homem para com o Criador: adoração exclusiva, condenação à idolatria, alerta acerca do uso vão de seu santo nome e a sacralidade do tempo (Êx.20:1-11). Os seis últimos mandamentos referem-se à relação do homem com o próximo: honra aos pais, zelo pela integridade da vida, repúdio ao adultério, proibição ao furto, a mentira e a cobiça (Êx.20:12-17).
O Decálogo é recomendado para todo ser humano como expressão clara do bem (Dt.4:6; Ec.12:13).

"Guardai-vos, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida" (Dt.4:6).

De acordo com este versículo, o Decálogo é recomendado a todos os homens. Esta verdade foi reconhecida por Salomão quando ele escreveu: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Ec.12:13). Tal fato também foi aceito por Paulo em Romanos 2:14,15. A consciência do bem e do mal é dada a todos, e isto, de tal maneira que reconheçam a validade moral dos Dez Mandamentos. Para nós, gentios, não é Moisés quem importa, mas a lei de Deus, do Criador.
Em outras palavras, Deus escreveu nos corações dos homens aquilo que revelou aos judeus através de Moisés. Dessa forma, Moisés concorda com a lei natural. A validade moral da segunda tábua (a parte do decálogo que trata do relacionamento entre os homens) é reconhecida em todos os países civilizados. Sua não-observância destrói a vida e mina os princípios de qualquer sociedade.
O contexto dos Dez Mandamentos afirma exatamente o mesmo: "... ouve os estatutos... que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais" (Dt.4:1). Nesses mandamentos, Deus, o Criador, declara a lei da vida. Desse modo eles se tornam uma bênção para os homens, uma bênção de vida. Tornam-se dádivas; e mais, são a aliança que Deus fez com Seu povo (Dt.4:13), e aliança é promessa, vivência, boas-novas. Até os sociólogos do século XX reafirmam a sabedoria da lei, ou, pelo menos, da segunda tábua (Dt.4:6).
Portanto, os Dez Mandamentos não são recomendados apenas para o púlpito, mas também para os tribunais de justiça, os palácios dos governadores e as sedes das prefeituras municipais.
A instrução ética não é o principal propósito do Decálogo. A lei moral de Deus é, antes de tudo, um instrumento de diagnóstico para expor e condenar o pecado, em preparação para o evangelho. Entretanto, para a pessoa perdoada e capacitada pelo Espírito Santo, através da fé, a Lei Moral é também um guia moral, uma norma de comportamento cristão.
A Ética Cristã está baseada no Decálogo, mas é determinada e decidida pelo amor (Rm.13:8), guiada e direcionada pelo Espírito Santo (Rm.8:4) e cumprida em Cristo (Mt.5:15-18).
Jesus ensinou que os Dez Mandamentos se resumem nestes dois: amar a Deus e amar o próximo (Mt.22:37-39).
2. Os profetas. No Antigo Testamento, o profeta era o "porta-voz" de Deus (Êx.7:1; 4:10-16). Era alguém que falava em nome do Senhor: "Serás como a minha boca" (Jr.15:19). Deus escolheu, preparou e inspirou seus servos, os profetas, para admoestar seu povo. Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar (Os.12:10; Hb.1:1). Eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade, tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm.12:6; 1Rs.19:16; Jr.18:18). Eles não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus (1Rs.18:18). Tinham, ainda, como missão: lutar contra a idolatria, zelar pela pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus. Suas mensagens deveriam ser recebidas integralmente por toda a nação como Palavra de Deus (2Cr.20:20). Certamente, a mensagem dos profetas do Antigo Testamento tem uma imensa influência ética para os seguidores de Jesus, abarcando as esferas morais (Jr.17:1-11; Ml.1:6-14; 2:10-16), sociais (Is.58; Mq.2:1-5) e espirituais (Jr.31:31,32; Jl.2:28-32).
3. Os Evangelhos. A palavra Evangelho significa boa nova ou boa mensagem. Os Evangelhos são as boas novas de Cristo (Mt.9:35). Este termo designa os quatro primeiros livros do Novo Testamento que relatam a vida e os ensinamentos do encarnado Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo - tudo o que Ele fez para estabelecer uma vida reta e justa na terra e para salvar a humanidade pecadora. Além disso, os Evangelhos “contém apelo ao arrependimento, renúncia ao pecado, oferta de perdão, esperança de salvação e santidade de vida (Mt.3:2, Lc.1:77, 9:62). Os seguidores de Cristo são convocados a viverem as doutrinas do Evangelho e a adotarem a ética e a moral do Reino de Deus como estilo de vida”.

“Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc.10:42-45).

4. O Sermão do Monte. O Sermão do Monte (Mt.5:7) é, em alguns aspectos, uma interpretação e intensificação do Decálogo. O Sermão do Monte está para os cristãos como o Decálogo está para os judeus. Ao pronunciar o sermão do monte (Mt.5-7), Jesus expôs a Sua doutrina e, de forma admirável, reafirmou a ética estabelecida no monte Sinai, não só confirmando o teor dos Dez Mandamentos, como, dentro da progressiva revelação de Deus aos homens, que encontrava ali, em Cristo, seu máximo esplendor, sua plenitude(Hb.1:1-3; João 14:8,9). Jesus deu-nos a verdadeira noção da profundidade e do alcance das normas éticas exigidas por Deus ao homem. O Sermão do Monte “contém princípios do mais alto ideal moral. Nele são reveladas a ética e a moral do Reino de Deus em questões como: a ira, o adultério, o divórcio, o juramento, a vingança e o amor (Mt.5:22,28,32,37,39,44); também aborda a esmola, a oração e o jejum (Mt.6:1,5,16); passando pela questão do prejulgamento dos falsos profetas e dos alicerces espirituais (Mt.7:1,15,24-27)”.
5. As Epístolas Paulinas e Gerais. As Epístolas Paulinas, bem como as Epístolas gerais, trazem ensinamentos aprofundados sobre a nossa relação com Deus (Rm.12:1,2; Hb.13:7-17), com o Estado (Rm.13:1-7; 1Pd.2:11-17), com o próximo (Rm.13:8-10; 14:1-12; 1João 3:11-24), a injustiça social (Tg.2:1-13; 5:1-6), a questão da sexualidade cristã e do casamento (1Co.6:12-20; 1Co.7:10-24). Enfim, todo o compêndio Neotestamentário é considerado o Código de Ética divino à Igreja, outorgado pelo Espírito Santo.
III. CHAMADOS A VIVER ETICAMENTE
Os israelitas foram reprovados por não obedecerem à Lei Moral outorgada por Deus no deserto. Tal registro foi feito para a nossa advertência, pois as Escrituras dizem acerca do perigo de não vivermos o ideal ético do Reino (1Co.10:5).

“Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto”.

Aqui, neste texto, Paulo está corrigindo a vaidade e a soberba da igreja de Corinto. Paulo está evocando o exemplo negativo de Israel para exortar a igreja – “E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1Co.10:6). Ele está dizendo à ensoberbecida igreja de Corinto para olhar para o exemplo de Israel e ver que, a despeito de tantos privilégios que essa nação teve, Deus não se agradou da maioria deles. E para ser mais exato, de toda aquela multidão que saiu do Egito – seiscentos mil homens, fora crianças e mulheres -, apenas duas pessoas entraram na Terra Prometida. Aquele deserto se transformou no maior cemitério da história. Deus não se agradou da maioria daquele povo. O grande problema foi a exagerada autoconfiança. Eles caíram porque confiaram que eram fortes. Privilégios espirituais não são garantia de sucesso espiritual. O fato de você ser crente, de ler a Bíblia, de ter sido batizado, de participar da Ceia, de frequentar a igreja, de ouvir a mensagem de Deus e de cantar ao Senhor não lhe garante sucesso espiritual.
A geração de Moises cometeu cinco tipos de pecados, todos gravíssimos. Paulo cataloga esses pecados que marcaram aquela geração reprovada: (a) A Cobiça (1Co.10:6), (b) a Idolatria (1Co.10:7), (c) a Imoralidade (1Co.10:8), (d) Colocar Deus à prova (1Co.10:9), (e) a Murmuração contra Deus (1Co.10:10).
1. Cobiça - "Não cobiceis as coisas más" (1Co.10:6). Aquele povo tinha tudo o que Deus dava: o maná que caía, a água que jorrava, as codornizes que Deus mandava. Mas aquele povo ainda estava insatisfeito e cobiçando mais coisas. Deus tinha prometido a eles uma terra que manava leite e mel, mas eles cobiçavam as coisas ruins, as coisas do Egito (Nm.11:4,5). Às vezes o mesmo acontece conosco. Deus nos promete toda a sorte de bênçãos em Cristo e nós continuamos a cobiçar as coisas más, as coisas proibidas deste mundo; ficamos insatisfeitos com o que temos e queremos aquilo que é mau.
2. Idolatria. O apóstolo exorta acerca do perigo da idolatria: "Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar” (1Co.10:7). Quando Moises subiu ao Monte para receber as tábuas da lei (Êx.31:18), o povo fez um bezerro de ouro e começou a dançar e adorá-lo (Êx.32:1-6). Muitos de nós não temos um ídolo feito de ouro ou prata diante do qual nos prostramos, mas idolatria é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nossa vida, seja pessoas, coisas ou sentimentos. Há muitos ídolos modernos que podem estar tomando o lugar de Deus em nossa vida. Falsos cristãos desprovidos da ética das Escrituras adoram o dinheiro e os bens materiais; a Bíblia chama esse pecado de idolatria (Cl.3:5).
3. Imoralidade. À luz da história dos israelitas, o apóstolo alerta acerca da maldição provocada pela prostituição – “E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil” (1Co.10:8). Houve um tempo em que os israelitas se misturaram com as mulheres moabitas e eles começaram não só a se prostituir, mas também a adorar os deuses dos moabitas. Na Bíblia há uma estreita conexão entre prostituição e idolatria. Onde se vê imoralidade, aí também a idolatria aparece. A imoralidade encabeça a lista das obras da carne: "prostituição, impureza, lascívia" (Gl.5:19). As Escrituras Sagradas nos ensinam que é preciso conservar o nosso corpo irrepreensível (1Co.6:18,19; 1Ts.5:23).

“Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co.6:18,19).

CONCLUSÃO
O vazio do homem é do tamanho de Deus, por isso só Deus pode preenchê-lo. O homem busca uma referência, um fundamento, mas se esquecem que somente Deus tem a capacidade e o direito de impor uma conduta a todos os homens. Nesta busca pela ética, que nada mais é que uma sede de Deus, deve a Igreja, corajosamente, como agência do reino de Deus, proclamar ao mundo que a ética tão desejada, que a conduta ideal tão almejada, não se encontra nos direitos humanos, na busca de maior justiça nas relações socioeconômicas, mas nAquele que, desde a criação do homem, tem querido determinar como devemos proceder. Em Deus se encontra a verdadeira ética e, portanto, para os diversos dilemas morais vividos pelo homem, existe uma única resposta: a Palavra de Deus.
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios.
Pr. Hans Ulrich Reifler. A Ética dos Dez Mandamentos.

sábado, 24 de março de 2018

LIÇÕES BÍBLICAS - 2° TRIMESTRE DE 2018


No 2º Trimestre letivo de 2018, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais do nosso tempo”. Ao longo do trimestre trataremos de temas voltados para a Ética Cristã, orientando como a Igreja deve encarar as questões morais do nosso tempo. São temas que dizem respeito aos valores cristãos e suas práticas em conformidade com as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, que é a regra e prática fundamental da Igreja de Jesus Cristo. São temas preciosíssimos que merecem toda atenção e dedicação por parte das lideranças das igrejas locais em nosso país, pois é notório que procedimentos contrários à moral e aos valores cristãos estão sendo isentos de qualquer controle, entrando sorrateiramente em muitas igrejas locais. Somente através dos valores cristãos e do discernimento da cultura mundana, o crente encontrará forças para resistir os apelos do mundanismo na pós-modernidade.

As lições serão comentadas pelo Pr. Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus no Distrito Federal, e estão distribuídas sob os seguintes temas: Parte inferior do formulário

Lição 1 - O Que é Ética Cristã.

Lição 2 - Ética Cristã e Ideologia de Gênero.

Lição 3 - Ética Cristã e Direitos Humanos.

Lição 4 - Ética Cristã e Aborto.

Lição 5 - Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia.

Lição 6 - Ética Cristã e Suicídio.

Lição 7 - Ética Cristã e Doação de Órgãos.

Lição 8 - Ética Cristã e Sexualidade.

Lição 9 - Ética Cristã e Planejamento Familiar.

Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira.

Lição 11 - Ética Cristã, Vícios e Jogos.

Lição 12 - Ética Cristã e Política.

Lição 13 - Ética Cristã e Redes Sociais.

Ética é uma questão que tem atormentado o mundo atual, em todos os campos da vida humana. Seja na política, seja nas artes, seja na ciência, seja na economia, todos os povos estão observando um clamor, uma exigência por padrões éticos. Cada vez um maior número de pessoas está a exigir dos líderes, dos cientistas, dos empresários, dos trabalhadores, enfim, de todos os segmentos da população, que haja uma atitude ética nos procedimentos e relacionamentos humanos. Com efeito, quando se fala em ética, fala-se em conduta ideal do indivíduo. Como investigadora da conduta ideal, a ética propõe questões que avaliam os passos do homem apreciadas do ponto de vista do bem e do mal. Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e passa a ser motivo de aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, que não muda ao sabor das circunstâncias.

O clamor por ética reflete o grande vazio espiritual que tem sido vivido pela humanidade, pois a discussão sobre a falta de ética que hoje se verifica em todos os setores da vida humana, nada mais é que uma universal constatação de que os seres humanos perderam o rumo, o norte, que andam de um lado para outro como ovelhas desgarradas que não têm pastor (Mt.9:36), exatamente porque se recusaram a seguir a Deus e a observar os Seus mandamentos.

O resultado da desobediência do homem e da sua tentativa de construir para si padrões de conduta alheios à vontade de Deus resultou nos grandes dilemas que hoje, como em nenhum outro momento da história humana, vivemos nesta "grande aldeia global" em que se tornou o nosso planeta, dilemas estes que, não raro, abalam a fé de muitos servos de Deus que, à revelia da própria Palavra de Deus, acabam cedendo a padrões, princípios e procedimentos que são radicalmente contrários à vontade do Senhor.

O ser humano, imerso no pecado (Rm.3:9-12,23), separado de Deus (Is.59:2), cegado pelo deus deste século (2Co.4:4), não pode ter senão comportamentos e condutas que desagradam a Deus, estabelecendo-se, pela arrogância dos homens, um relativismo ético, ou seja, um conjunto de condutas e de regras de comportamento que se alteram conforme a conveniência e de acordo com as circunstâncias, a gerar uma tolerância ilimitada, um verdadeiro caminho largo, em que tudo é permitido (Mt.7:13).

O resultado disto é o surgimento de um vazio espiritual, de uma falta de orientação e de princípios, que deixa a humanidade perdida e sem qualquer direção, com funestas consequências, como as que temos visto nos nossos dias e que estão levando à indignação e a este clamor por uma ética mínima nos procedimentos e relacionamentos humanos.

O ser humano busca uma referência, uma base, um fundamento, esquecido que somente um é absoluto neste universo, somente um tem o direito de impor uma conduta a todos os homens, que é o nosso Deus, o Criador dos céus e da terra, o Soberano Senhor. Nesta busca pela ética, que nada mais é que uma sede de Deus, deve a Igreja, corajosamente, como agência do reino de Deus, proclamar ao mundo que a ética tão desejada, que a conduta ideal tão almejada, não se encontra nos direitos humanos, na busca e maior justiça nas relações socioeconômicas, mas naquele que, desde a criação do homem, tem almejado determinar como devemos ser e proceder. Em Deus se encontra a verdadeira ética e, portanto, para os diversos dilemas morais vividos pelo ser humano, existe uma única resposta: a Palavra de Deus, a qual é lâmpada e luz divina, tanto para o nosso interior como para o nosso viver exterior.

A Ética cristã depende primariamente das Escrituras Sagradas na elaboração dos padrões morais e espirituais que devem reger nossa conduta neste mundo. Ela considera que a Bíblia traz todo o conhecimento de que precisamos para servir a Deus de forma agradável e para vivermos alegres e satisfeitos no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação exaustiva de Deus e do reino celestial, as Escrituras, entretanto, são suficientes naquilo que nos informa a esse respeito. Evidentemente não encontraremos nas Escrituras indicações diretas sobre problemas tipicamente modernos como a Eutanásia, a AIDS, clonagem de seres humanos ou questões relacionadas com a bioética; entretanto, ali encontraremos os princípios teóricos que regem diferentes áreas da vida humana. É na interação com esses princípios e com os problemas de cada geração, que a Ética cristã atualiza-se e contextualiza-se, sem jamais abandonar os valores permanentes e transcendentes revelados nas Escrituras Sagradas.

É nas Escrituras Sagradas, portanto, que encontramos o padrão moral revelado por Deus. Os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte proferido por Jesus são os exemplos mais conhecidos. Entretanto, mais do que simplesmente um livro de regras morais, as Escrituras são para os cristãos a revelação do que Deus fez para que o homem pudesse vir a conhecê-lo, amá-lo e alegremente obedecê-lo. A mensagem das Escrituras é fundamentalmente de reconciliação com Deus mediante Jesus Cristo. A Ética cristã fundamenta-se na obra realizada de Cristo e é uma expressão de gratidão, muito mais do que um esforço para merecer as benesses divinas.

A Ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus, mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, exara valores morais absolutos, que são a vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.

Certamente, a igreja precisa ser saturada da Palavra de Deus; a exposição da Bíblia deva ser prática comum nos púlpitos. Caso contrário, seremos levados pelas ondas mundanas que levam as pessoas de um lado para outra, conforme as doutrinas da moda. Mas somente ouvir não é suficiente, faz-se necessário que pratiquemos aquilo que ouvimos (Tg.1:21-27). Para tanto, temos o sublime auxílio do Espírito Santo, o qual produz em nós o fruto do Espírito, a fim de que não andemos na carne, mas no Espírito (Gl.5:22).

Que neste trimestre, possamos observar a resposta divina aos diversos e relevantes problemas morais vividos pela humanidade, e que não só nos adequemos às exigências bíblicas em nossa conduta (o que é o primeiro passo para quem quer servir a Deus), como também contribuamos para a conversão das almas, lembrando-se de que, se somos, verdadeiramente, servos do Senhor, devemos ter o mesmo sentimento que houve nEle ao ver as pessoas sem salvação (Fp.2:5), a saber: grande compaixão (Mt.9:36). É bom enfatizar que o cristão, como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser diferente, mas seu comportamento como cristão deve ser um referencial para a sociedade. Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (1João 2.15-17) e não ceder aos vários tipos de procedimentos mundanos que rodeiam a igreja. O sábio Salomão foi enfático em seu conselho exortativo: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec.12:13).

Ev. Luciano de Paula Lourenço.

domingo, 18 de março de 2018

Aula 12 – EXORTAÇÕES FINAIS NA GRANDE MARATONA DA FÉ


1º Trimestre/2018

Texto Base Hebreus 12:1-8; 13:15-18.

"Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta"(Hb.12:1).

 
INTRODUÇÃO

Com esta Aula concluímos o estudo da maravilhosa Epístola aos Hebreus, que trata acerca da superioridade de Cristo, do seu ministério e da Nova Aliança. Nesta última Aula estudaremos os dois últimos capítulos, os quais nos exortam a correr a “maratona” da fé sem recuar ou olhar para trás, pois em breve o nosso Senhor, o nosso Salvador, voltará. Nessa corrida exaustiva o crente corre em busca de um alvo: o “...prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:14), uma coroa incorruptível (1Co.9:25), a ressurreição dentre os mortos (Fp.3:11) e a glorificação (Fp.3:21). Para alcançar o prêmio final dessa maratona o crente se esforça, dedica-se e trabalha com todo o esmero. Como um atleta que se prepara à exaustão, o discípulo de Cristo deve deixar os entraves desta vida e manter o foco na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nesta “maratona”, o crente se acha qual um atleta, esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que faz, a fim de não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida. A fé é o combustível que dinamiza a nossa atuação nesta grande “maratona” que nos está proposta (Hb.12:1).

I. A CORRIDA PROPOSTA

A salvação que alcançamos pela fé na obra redentora de Cristo, não é o fim, mas o início da maratona, pois a salvação é um processo. Uma vez salvo, temos o dever de desenvolver a nossa salvação até o ponto da maturidade plena no Senhor Jesus. Devemos nos conscientizar que a busca constante da maturidade espiritual é um desafio que está posto a todos nós que aspiramos à concretização do alvo que Jesus estabeleceu para todos nós, o Céu. O que era responsabilidade de Deus fazer, Ele efetivamente fez. Temos, então, de cumprir a nossa parte no processo, desenvolvendo-nos na fé, confiados no poder que Deus liberou-nos pela presença do Espírito Santo que em nós habita. Ainda não somos perfeitos na qualidade e proporção que o Senhor deseja, mas estamos a caminho, perseguindo a perfeição até que um dia cheguemos à estatura de varões perfeitos em Cristo, que se dará na glorificação.

1. O exemplo dos antigos. “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb.12:1).

Os crentes destinatários da Epistola, por terem renunciado ao judaísmo por Cristo, estavam enfrentando oposição implacável. Havia o risco de eles interpretarem seu sofrimento como um sinal de desagrado de Deus. Eles podiam ficar desencorajados e desistir. Pior ainda, poderiam ser tentados a retornar ao Templo e às suas cerimônias. Eles não deveriam supor que o sofrimento deles era excepcional. Muitas das testemunhas descritas no capítulo 11 sofreram severamente como resultado da lealdade ao Senhor, e, ainda assim, resistiram.

Os crentes fiéis ao longo dos séculos (capitulo11) agora são como uma “grande nuvem de testemunhas” da vida de fé. Eles não são “testemunhas” como se fossem meros espectadores, olhando para nós lá do Céu e observando a vida dos crentes na terra; na verdade, eles nos dão testemunho pela vida de fé e perseverança que levaram, e estabeleceram um alto padrão para o imitarmos, que encoraja constantemente aqueles que vivem depois deles. A vida desses gigantes da fé, os seus exemplos e a sua fidelidade a Deus, sem ver as suas promessas, falam a todos os crentes sobre a recompensa de permanecer nesta prova de força e comprometimento, que é a “maratona” da vida cristã. Se eles mantiveram perseverança indeclinável com seus poucos privilégios, muito mais deveríamos nós, a quem foram destinadas as realidades superiores da Nova Aliança.

2. O exemplo de Jesus. O autor faz um apelo para que os crentes olhem “para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb.12:2).

Durante toda a maratona da fé, devemos desviar-nos de todos os outros objetos e fitar os olhos em Jesus, o corredor principal. Por quê? Porque Jesus, o nosso principal exemplo, concluiu a sua corrida de maneira perfeita. Por Ele estar na linha de chegada, os cristãos devem olhar para Ele, afastando os olhos de quaisquer distrações ou opções. É dele que a nossa fé depende, do principio ao fim (Ele é o autor e consumador da fé).

·         Jesus é o “Autor”, ou o pioneiro, da fé, no sentido de que nos proveu com o único exemplo perfeito de como é a vida de fé.

·         Jesus é também o “Consumador” da fé. Ele não apenas iniciou a corrida, mas a terminou com triunfo. Para Ele, o itinerário da corrida ia do Céu a Belém de Judá; depois, do Getsêmani ao Calvário e; do túmulo, de volta para o Céu. Em nenhum momento Ele vacilou ou voltou atrás. Ele manteve os olhos fixos na vinda gloriosa, quando todos os remidos serão reunidos com Ele eternamente. Suportou uma morte vergonhosa na cruz, mas Ele suportou todo este sofrimento pelo gozo que lhe estava proposto. Ele manteve seus olhos no objetivo do curso que lhe foi indicado, a realização do seu trabalho sacerdotal e o seu lugar à destra do trono de Deus no Céu.

Saber que uma grande recompensa estava por vir para o povo de Deus dava a Jesus grande alegria. Ele não olhou para os seus desconfortos terrenos, mas manteve seus olhos fixos nas realidades espirituais invisíveis. Como Cristo, nós devemos perseverar em tempos de sofrimento, olhando para Ele como o nosso exemplo e concentrando-nos no nosso destino celestial (ler Fp.3:20,21).

Quando os crentes destinatários eram tentados a se concentrar nas suas dificuldades, ao ponto de considerarem abandonar a sua fé, a Epistola aos Hebreus os incentivava a pensar “naquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo” (Hb.12:3). Cristo foi ridicularizado, açoitado, espancado, cuspido e crucificado. Ainda assim, Ele não se entregou à fadiga, ao desânimo, ou ao desespero.

3. O exemplo da Igreja. O sofrimento é uma realidade implacável que cerca o cristão na maratona da fé, e o autor não nega isso em relação a seus companheiros de caminhada. Por que a perseguição, as provações, as tentações, as doenças, as dores, os sofrimentos e os problemas atingem a vida do cristão? São sinais da ira e do desagrado de Deus? Eles acontecem por acaso? Como deveríamos reagir a eles? Hebreus 12:5,6 ensina que são partes do processo educativo de Deus para seus filhos. Embora eles não venham de Deus, Ele os permite e depois os revoga para sua glória, para o nosso bem e para a bênção dos outros. Diz assim os textos sagrados:

“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho”.

Nada acontece por acaso a um cristão. Deus aproveita as circunstâncias adversas da vida para nos conformar à imagem de Cristo. O apóstolo Paulo nos consola dizendo que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm.8:28).

Assim os primeiros cristãos hebreus eram exortados a se lembrar de Provérbios 3:11,12, em que Deus se dirige a eles como filhos. Nesta passagem Ele os adverte a não desprezar a disciplina ou a não se desencorajarem com sua repreensão. Se eles se rebelam ou desistem, perdem o benefício dos procedimentos de Deus para com eles e deixam de aprender as lições divinas.

Quando enfrentamos dificuldades e desânimo, devemos nos conscientizar de que não estamos sozinhos; Jesus está conosco - “Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos” (Hb.12:3). Muitos suportaram circunstâncias muito mais difíceis do que nós temos enfrentado. O sofrimento é pedagógico, ele nos educa para a maturidade cristã, desenvolvendo a nossa paciência e tornando doce a nossa vitória final.

II. CORREDORES BEM TREINADOS

Para vencermos a corrida que nos foi proposta pelo Senhor precisamos de treino. O corredor bem treinado tem melhor desempenho na corrida.

1. Respeitam limites. O autor lembra a seus leitores: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb.12:14).

Nesta maratona da fé não há concorrente, não há disputa à busca de um prêmio maior de quem chegar primeiro, não. O prêmio é para quem chegar ao último estágio da “maratona”, a glorificação. Portanto, o importante não é chegar primeiro, mas chegar incólume, espiritualmente falando. Esta maratona da fé é uma prova de resistência, não de competitividade. Por isso, o apóstolo exorta: "Segui a paz com todos..." (Hb.12:14). Os crentes devem ter relações tão pacificas quanto possível com as pessoas não-crentes, como também ter relações harmoniosas dentro da comunidade cristã. A comunhão cristã deve ser caracterizada pela paz e pela edificação reciproca.

Nesta prova de resistência, também, há um limite a ser respeitado no decorrer da prova: não há espaço para libertinagem; não se pode correr de qualquer maneira, fora dos termos estabelecidos pelo Comitê (Pai, Filho e Espírito Santo) da prova. Por isso, o autor da Epístola exorta: “Segui [...] a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. A santificação é um dos fatores que nos mantêm preparados e vigilantes para a volta de Cristo(Hb.12:14; 1Ts.5:23; Ap.19:7,8). A vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (1Ts.4:3).

Santificação significa a devoção ou a consagração ao serviço de Deus. Na prática, a nossa santificação significa honrar a Deus na maneira como tratamos os outros – amigos, vizinhos, cônjuge, filhos, até mesmo inimigos – e na maneira como administramos os nossos negócios, as nossas finanças, etc. A santificação faz com que o comportamento, os pensamentos e as atitudes dos cristãos e dos não-crentes sejam diferentes. A nossa santificação, que nos foi possibilitada graças à morte e ressurreição de Cristo, nos permitirá ver o Senhor como Ele realmente é, quando estivermos com Ele para sempre.

Os cristãos devem estar “em boa forma espiritual” e devem ser capazes de correr a corrida desimpedidos. Portanto, devemos nos despojar de todo embaraço ou peso que possa nos tornar mais lentos nesta maratona da fé. Muitos “embaraços” ou “pesos” podem não ser necessariamente atos pecaminosos, mas podem ser coisas que nos retém, como o uso do tempo, algumas formas de diversão, determinados relacionamentos, bens materiais, amor ao conforto, etc. Porém, é especialmente importante que nos desembaracemos do pecado que tão de perto nos rodeia e que prejudica o nosso progresso. Pecados como a avareza, o orgulho, a arrogância, a luxúria, os mexericos, a desonestidade, o roubo..., podem fazer com que os crentes se desviem do seu curso espiritual. Portanto, os cristãos devem correr, com paciência, a carreira que está proposta por Deus. Precisamos nos proteger da noção de que a “maratona” é uma corrida de velocidade fácil, que tudo na vida cristã é cor-de-rosa. Temos de estar preparados para seguir em frente com perseverança diante das provações e tentações.

2. Mantêm a mente limpa. “tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb.12:15).

Um corredor bem treinado mantém a sua mente limpa e renovada, não permitindo que as coisas do mundo ocupem espaço nela. O apóstolo Paulo, em Romanos 12:2, exorta: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente" (Rm.12:2, NVI). A única maneira da nossa mente se manter limpa e renovada é quando deixamos a Palavra de Deus limpar as coisas que o mundo coloca nela. Se você perceber, o mundo é contumaz em transmitir as suas mensagens, pelos diversos meios que dispõe, a fim de que elas sejam inculcadas em nossas mentes. Mesmo que não concordemos, acabamos como que dessensibilizados para o pecado que o mundo está promovendo. Mas Paulo nos diz que não devemos deixar que sejamos moldados por esses padrões, mas devemos renovar a nossa mente. A nossa mente depois de "bombardeada" diariamente com os conceitos mundanos acaba "deformada", por isso devemos fazer o esforço para trazê-la à forma correta. A forma correta que a nossa mente deve ter: a mente de Cristo. Paulo diz em 1Coríntios 2:16: "Nós, porém, temos a mente de Cristo".

O apóstolo Paulo nos dá algumas dicas para renovar a nossa mente:

·     A primeira dica é entregar o domínio dos nossos pensamentos à Cristo - "levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co.10:5). Devemos reconhecer que, se Cristo é nosso Senhor, devemos a Ele a obediência em todos os aspectos de nossa vida, inclusive de nossos pensamentos. Devemos anular todo tipo de pensamento que coloca em dúvida a soberania e o amor de Deus através de Cristo, e submeter nossos pensamentos ao controle de Cristo.

·     A segunda dica é não deixar os pensamentos vazios, mas ativamente escolher o que pensar - "Finalmente irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas" (Fp.4:8 NVI). Martinho Lutero dizia que a mente vazia é a oficina do diabo. Não deixe sua mente divagar sem objetivo, traga-a à obediência de Cristo pensando no que é bom.

·     A terceira dica é meditar e memorizar a Palavra de Deus. O Salmo 1 fala que o segredo do homem que é bem-sucedido no que faz é que ele tem prazer na lei de Deus e medita nela dia e noite. A meditação bíblica, no entanto, não é uma atitude passiva de concentração, mas uma busca ativa de oportunidades de colocar em prática a palavra que está sendo meditada e memorizada. Esta é a grande diferença entre aqueles que conhecem muitas passagens bíblicas de cor e os que colocam em prática as poucas passagens que conseguem memorizar.

Nesta maratona da fé, vale a pena o esforço de manter a mente limpa e renovada. Ao nos apropriarmos da mente de Cristo através da renovação da nossa mente pela meditação e prática da Palavra de Deus poderemos experimentar, nas palavras do apóstolo Paulo, a "boa, agradável  e perfeita vontade de Deus para nós" (Rm.12:2).

3. Valorizam as coisas espirituais. “E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou” (Hb.12:16,17).

Neste texto, o autor de Hebreus mostra que Esaú, filho de Isaque, desprezou deliberadamente as coisas de Deus. De acordo com o livro de Gênesis, Esaú era um indivíduo mais preocupado com as coisas terrenas do que com as celestiais (Gn.25:29-34; 27:33,38). O autor instrui os crentes a observar que ninguém seja profano como Esaú.

Esaú não seguiu os exemplos daqueles que têm os seus olhos fixos nas recompensas celestiais. No lugar de se importar com o seu direito de primogenitura, que tinha grande valor espiritual, ele, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.

No Antigo Testamento, o direito de primogenitura era uma honra especial conferida ao filho homem primogênito. Ao negociar este direito, Esaú mostrou um completo desrespeito pelas bênçãos espirituais que teriam vindo através deste direito, se ele o tivesse conservado. Devido à sua atitude, querendo ele ainda depois herdar a bênção de seu pai, foi rejeitado; já era tarde demais. Aqueles que rejeitam o caminho de Deus não terão uma segunda chance quando chegar a oportunidade para que outros herdem a sua benção espiritual. Nenhuma quantidade de apelos diante do trono de Deus fará com que o Senhor mude de ideia sobre o destino daqueles que o rejeitarem enquanto viverem na terra.

O pecado de Esaú foi a sua impulsividade e o completo desrespeito pela sua herança espiritual. Assim como Esaú teve pouca consideração pelas coisas espirituais, a Igreja deve tomar cuidado com as pessoas que se unem a ela, mas não tem uma preocupação real com as coisas espirituais.

III. A CORRIDA FINAL, EXORTAÇÕES FINAIS

1. Valorizar a liderança. “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb.13:7).

Aqui, o autor dar instruções a respeito da vida religiosa da igreja destinatária. Os seus pastores tinham dado exemplos que mereciam respeito e consideração. Os pastores mencionados aqui provavelmente eram os cristãos fundadores, os anciãos do grupo, que lhes falaram a Palavra de Deus pela primeira vez. Embora esses pastores já tivessem morrido, a sua influência continuava, como fica evidente pela existência das comunidades de crentes. Esses pastores tinham imitado o exemplo de uma grande nuvem de testemunhas crentes (Hb.12:1,2). Por terem confiado no Senhor e terem feito o bem, as suas vidas eram dignas de ser imitadas e valorizadas.

Onde não há respeito pela liderança, prevalece a anarquia. Os líderes não são intocáveis nem tampouco perfeitos, mas devem ser honrados pelo trabalho que realizam; a natureza da missão a eles confiada pertence a outra dimensão, a saber a dimensão espiritual – “... velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas...” (Hb.13:17).

O apóstolo Paulo escrevendo aos crentes de Tessalônica, exorta-os da seguinte forma:E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra” (1Ts.5:13,13).

Se é verdade que devemos observar os demais homens e até imitá-los, como as personagens bíblicas e os nossos irmãos, entre os quais os pastores”(Hb.13:7), o certo é que os homens só nos servem de parâmetro enquanto forem ramos ligados à videira verdadeira. Paulo exorta os crentes a imitá-lo enquanto era imitador de Cristo, e os pastores devem ser imitados enquanto homens de fé em Deus. Jesus é o modelo imutável e único; é a videira verdadeira. Como a Verdade é única, em nenhum outro devemos nos espelhar.

2. Valorizar a doutrina. “Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram” (Hb.13:9).

Aqui, o autor adverte os crentes destinatários contra os falsos ensinamentos do legalismo. Os judaizantes insistiam em que a santidade estava vinculada às coisas externas, como, por exemplo, as cerimônias de adoração e de purificação dos alimentos. A verdade é que a santidade é produzida pela graça de Deus, e não pelos alimentos que come ou deixa de comer. Os alimentos cerimoniais podem cumprir um ritual, mas eles de nada aproveitam àqueles que deles participam. As transformações duradouras no comportamento começam quando o Espírito Santo passa a habitar em cada pessoa. Uma vez que a aprovação de Deus está garantida pela graça, não há nenhum valor em se observar essas leis cerimoniais da Antiga Aliança. As leis cerimonias podem influenciar o comportamento, mas não são capazes de modificar o coração.

A legislação a respeito dos alimentos puros e impuros era destinada a produzir ritual de purificação. Mas isso não é o mesmo que santidade interna. Um homem pode ser purificado pela cerimônia e ainda assim estar cheio de ódio e hipocrisia. Somente a graça de Deus pode inspirar os cristãos e dar poder a eles para viver uma vida santa. O amor pelo Salvador que morreu pelos nossos pecados nos motiva a “viver neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt.2:12). Afinal, as regras inumeráveis a respeito dos alimentos e bebidas não tinham beneficiado seus adeptos.

3. Valorizar a adoração. “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. E não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hb.13:15,16).

A adoração a Deus é o gesto concreto de nosso reconhecimento de que Deus é o Senhor de todas as coisas, inclusive de nosso ser. É através da adoração que Deus é reconhecido como Senhor e o homem, como seu servo. A principal missão da igreja não é missões, mas adoração. Por isso, o crente deve valorizar sobremaneira a adoração.

De acordo com a Bíblia, a adoração está associada com a ideia de culto, reverência, veneração, por aquilo que Deus é: Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso...; quando lemos na Palavra de Deus, observamos que o Senhor sempre exigiu reverência, respeito e consideração nas reuniões coletivas de adoração. Quando Deus se manifestou a Moisés, imediatamente mandou que ele não se aproximasse da sarça ardente e, ainda, descalçasse seus pés, pois o lugar onde se encontrava era terra santa, em virtude da presença do Senhor (Ex.3:5), algo que, anos mais tarde, seria repetido em relação a Josué, sucessor de Moisés (Js.5:15). Isto prova que a adoração não se desprende da reverência. A reverência, o respeito, a consideração traduzem, aliás, o que a Bíblia chama de “temor do Senhor”, ou seja, o reconhecimento da soberania e do senhorio de Deus sobre cada ser humano, o que nos leva a respeitá-lo, ou seja, “olhá-lo com atenção”, “levá-lo em consideração”, “prestar-lhe atenção”, “dar-lhe ouvidos”.

Na Nova Aliança, todos os cristãos são santos sacerdotes e vão ao santuário de Deus para adorar (1Pd.2:5). Há pelo menos três sacríficos que um sacerdote cristão oferece:

·     Primeiro, o sacrifício da própria pessoa (Rm.12:1) – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

·     Segundo, “o sacrifício de louvor” (Hb.13:15). Ele é oferecido a Deus por meio do Senhor Jesus. Todo o nosso louvor e toda nossa oração passam por Jesus antes de alcançar Deus Pai. O sacrifício de louvor é o fruto de lábios que reconhecem o seu nome. A única adoração que Deus recebe é aquela que flui de lábios remidos. Oferecendo continuamente este sacrifício de louvor, nós confessamos o seu nome e, desta maneira, mostramos que somos leais a Ele. Como os cristãos de origem judaica, destinatários da Epístola, já não adoravam mais com outros judeus, devido à sua fé em Jesus Cristo, eles podiam considerar o seu louvor e os seus atos de serviço como os seus sacrifícios. Estes eram sacrifícios que eles podiam oferecer continuamente, em qualquer lugar e a qualquer momento.

·     Terceiro, o serviço a favor dos santos e a comunhão. Devemos usar os nossos recursos materiais para fazer o bem e ajudar os necessitados. Especialmente em tempos de perseguição, os cristãos dependem uns dos outros. Os crentes têm comunhão com os outros crentes quando tornam os seus recursos disponíveis para aqueles que estiverem passando por necessidades, não somente material, mas, principalmente, espiritual.

Muitos têm se iludido achando que Deus se agrada se cumprirmos tão somente os deveres litúrgicos, ou seja, se rendermos a Deus um culto formal em alguma igreja.  A essência do culto está na adoração ao Senhor, e nunca é demais enfatizarmos essa verdade, pois adoração vazia significa culto frio e sem propósito. Quando adoramos ao Senhor, em espírito e em verdade (João 4:23,24), trazemos o Senhor até ao local de adoração de uma forma especial. O Senhor Jesus disse que Deus procura a estes adoradores e disse que estaria onde estivessem dois ou três  reunidos em seu nome (Mt.18:20). Assim sendo, quando nos reunimos em nome do Senhor, quando realmente O adoramos, Ele se faz presente de uma forma toda especial, ou seja, como companheiro, como intercessor, como Salvador.

CONCLUSÃO

A maratona da fé é um processo longo e duradouro, que somente terminará na linha de chegada chamada glorificação. Não podemos jamais pensar em parar a nossa jornada, nem “estacionar” do ponto-de-vista espiritual, pois a nossa vida é uma carreira, que só terminará na linha de chegada estabelecida pelo Senhor da glória. “Parar”, “estacionar”, nada mais é que “regredir”, “recuar”, “retirar-se para uma vida inglória”, e a Bíblia é clara ao dizer que quem assim procede desagrada a Deus (Hb.10:38,39).

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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 73. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.