sábado, 28 de dezembro de 2019

LIÇÕES BÍBLICAS – 1º TRIMESTRE DE 2020



No 1º Trimestre letivo de 2020, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “A RAÇA HUMANA – ORIGEM, QUEDA E REDENÇÃO. O comentarista é o pastor Claudionor de Andrade.  
As Lições estão distribuídas sob os seguintes temas:
Lição 1 - Adão, o Primeiro Homem.
Lição 2 - A Criação de Eva, a Primeira Mulher.
Lição 3 - A Natureza do Ser Humano.
Lição 4 - Os Atributos do Ser Humano.
Lição 5 - A Unidade da Raça Humana.
Lição 6 - A Sexualidade Humana.
Lição 7 - A Queda do Ser Humano.
Lição 8 - O Início da Civilização Humana.
Lição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo.
Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana.
Lição 11 - O Homem do Pecado.
Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito.
Lição 13 - O Novo Homem em Jesus Cristo.
Qual é a origem do ser humano? Esta pergunta é feita há séculos por indivíduos de quase todas as classes sociais. Querer saber a procedência da vida e onde tudo começou é o que fazem as comunidades científicas, filosóficas e reli­giosas - todas buscam continuamente explicar o mistério da ascendência humana. Além de desejarem saber qual é a fonte, todos querem entender o que ou quem é essa fonte. Afinal, quais são as razões, motivações e propósitos do surgimento do homem?
Muitos, principalmente os que se dizem ateus ou agnósticos, procuram saber de onde o ser humano veio; eles buscam entender se a origem do ser humano deu-se em razão de uma explosão cósmica, de forças mágicas e cegas ou de outro motivo qual­quer. Muitas teorias, que se estendem na esteira das hipóteses – e não conseguem sair deste orbe -, tem engendrado esforços inúteis, sem fundamento tangível, no afã de dar uma explicação convincente sobre a origem do ser humano, mas não tem tido êxito.
A má ciência e preconceituosa, que não quer se render diante da antropologia e veracidade bíblica, tem disseminado teorias hipotéticas, absurdas e ludibriosas aos incautos, contaminando livros e periódicos com falsas informações. Muitas pessoas têm se ludibriado pela influência da má ciência, e se distanciados do criacionismo bíblico.
Diante de argumentos científicos, evolucionistas, filosófi­cos e de todas as teorias até agora conhecidas, devemos procurar entender o que a antropologia judaico-cristã e a antro­pologia bíblica têm a dizer acerca da origem do ser humano. Um estudo profundo sobre Deus e a Sua Palavra responde a todas essas questões (Sl.139:14-16; João 5:39; 17:17).
A Bíblia é o compêndio que traz o ensino mais verossímil acerca da origem do homem, pois, ela é a revelação divina ao homem. Destarte, não só fala a Bíblia do seu autor, que é Deus, como também nos ensina a respeito do homem, o destinatário desta mensagem. O ensino bíblico a respeito do homem, aliás, é o mais autorizado, pois se trata da revelação da parte de quem criou o homem, e nada melhor do que o autor para falar a respeito de sua obra.
Não surpreende, portanto, que os homens, ao tentarem explicar quem são, tenham chegado à conclusão do filósofo e médico francês Alexis Carrel (1873-1944, Prêmio Nobel de Medicina de 1912) que, ao escrever a respeito do assunto, acabou intitulando seu livro de “O que é o homem, esse desconhecido”. Realmente, sem a revelação divina, não há como sabermos quem é o homem, mesmo que tenhamos conquistado o Prêmio Nobel, visto que só Deus, que fez o homem, tem condições de nos revelar quem é esta criatura tão complexa que Ele, com tanto zelo, fez surgir.
Com respeito a este ponto, a Bíblia é clara ao mostrar que o homem foi criado por Deus e de forma singular. O homem foi criado ao término do sexto dia da criação, como nos relatam as Escrituras Sagradas, e de modo diferente dos demais seres até então criados sobre a face da Terra. Enquanto os seres foram criados pelo poder da Palavra (Gn.1:11,14, 20,24), com relação ao ser humano, houve uma deliberação da Trindade para que o homem fosse criado, criação esta, aliás, que é pormenorizada no capítulo 2 de Gênesis, onde vemos o próprio Deus tomando a iniciativa de criar o homem, a demonstrar que seria um ser distinto dos demais.
Esta diferença entre o homem e os demais seres é suficiente para afastarmos toda e qualquer possibilidade de que o homem seja fruto de uma evolução dos demais seres, como se passou a defender, notadamente a partir do século XIX, no meio científico e filosófico. A evolução, que, ao contrário do que se pensa, não teve origem no pensamento de Charles Darwin, mas, sim, do autodidata Herbert Spencer, também um inglês como Darwin, parte do pressuposto de que todos os seres tiveram a mesma origem em seres mais simples. No entanto, a narrativa bíblica mostra-nos que o homem é distinto dos demais seres, que seu processo de criação foi diferente e, mais, que sua estrutura seria completamente diversa, vez que foi criado “à imagem e semelhança de Deus” (Gn.1:26,27), feito para dominar os demais seres criados sobre a face da Terra. Por isso o salmista, ao indagar quem é o homem, diz que se trata de um ser feito pouco menor do que os anjos, mas acima de toda a criação terrena (Sl.8:5,6).
Portanto, a origem do homem, como se verifica, está em Deus, que não só tomou a deliberação de criar o homem, como Se incumbiu pessoalmente desta atividade, tanto que, ao longo das Escrituras, mais de uma vez Se compara à figura do artesão, do oleiro em relação ao vaso (Is.29:16; 64:8; Jr.18:6; Lm.4:2; Rm.9:21), com isto demonstrando como Se empenhou pessoalmente para que o homem fosse criado, o que não ocorreu com os demais seres criados na face da Terra.
Deus fez o homem e a mulher para dominar sobre as criaturas terrenas e para serem, por assim dizer, o elo de ligação entre o Criador e a criação. Homem e mulher deveriam cuidar da criação, administrá-la e, de forma livre e espontânea, amar a Deus, obedecer-lhe e desfrutar de uma íntima comunhão com seu Criador. Era este o propósito divino estabelecido quando da criação do ser humano. O homem, portanto, não seria jamais dono de si, mas existiria para fazer a vontade dAquele que o criou.
O homem não veio do macaco
Isto é fato! A ideia de que o homem veio do macaco surgiu logo após o lança­mento do livro de Darwin, que tem como fundamento a falaciosa teoria evolucionista, que tem como ponto de partida a afirmação de que o homem e os animais em geral procedem de um mesmo tronco, e que hoje, homem e animal são um somatório de mutações sofridas no decorrer de milênios. Em suma, o homem de hoje não é o homem do princípio. Desse conceito surgiu o ensino estúpido de que o homem de hoje é um macaco em estágio mais desenvolvido. E, para produzir maior confusão, a teoria da evolução coloca o iní­cio da vida humana na Terra a milhões de anos antes do tempo indi­cado pala Bíblia.
Se o homem evoluiu do macaco, por que o macaco não evoluiu? Por que o macaco, em um processo lento e gradual, não se tomou outra criatura? É bom enfatizar que a comunidade científica não reconhece e jamais declarou como verdade a teoria evolucionista.
É bom lembrar que, quando tratamos da evolução, estamos lidando com uma teoria, com suposições, e não com uma ciência. Se você ler um compêndio sobre evolução, há de encontrar com muita frequência chavões, tais como: "crê-se que...", "admite-se que...", "talvez...", "possivelmente...", "mais ou menos...", etc. Por ser tão vulnerável, divagante e falha, consequentemente o sistema que ela advoga não subsiste diante do argumento contundente das Escrituras Sagradas.
De acordo com a Bíblia, o homem já foi formado homem. O cha­mado "Homem de Neandertal" ou o "Homem de Heidelberg" não têm em si nenhum elemento, por menor que seja, capaz de provar que o homem, no princípio, tivesse as características de um macaco encurvado. O africano de elevada estatura, o pigmeu, o asiático de nariz achatado, o negro com suas características distin­tivas, todos são o resultado de variações comuns dentro da fa­mília humana. Assim, também o homem da antiguidade variava de um para o outro, e também se diferenciava de nós, hoje em dia.
A criação do homem foi uma decisão da Santíssima Trindade
Como foi dito anteriormente, enquanto os animais foram criados pelo poder da Palavra (Gn.1:11,14, 20,24), com relação ao ser humano houve uma deliberação da Santíssima Trindade para que o homem fosse criado (Gn.1:26):
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra”.
Como o restante do Universo criado, o homem é mostrado como se originando a partir de um ato pessoal, espontâneo e livre da vontade de Deus. Este mistério é desvendado no seguinte verso: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn.1:27). Com essas palavras, o autor sagrado revela que todos nós fomos gerados, formados e criados por Deus.
O homem foi formado do pó da Terra
A Bíblia afirma que o ser humano foi formado do pó (Gn.2:7; 3:19); que ele é barro (Jr.18:6). O patriarca Jó presta o seu depoimento pessoal: “Eis que vim de Deus, como tu; do lodo também fui formado” (Jó 33:6). O apóstolo Paulo vê Adão como “homem terreno" (1Co.15:47).
Através dos anos, a comunidade científica tem comprovado este fato bíblico. Eis alguns exemplos:
  • O cientista Emery Slosson, no início do século passado, ficou fascinado ao constatar a precisão química existente no texto sagrado. Disse ele: "O homem foi feito do solo, e os mesmos 14 elementos químicos existentes no solo estão presentes no corpo humano; isso é fantástico".
  • Anos mais tarde, o bioquímico Kevin Griffin em seu artigo científico intitulado "A composição elementar da vida", classificou 23 elementos químicos do solo, e também constatou que todos eles estão presentes (em quantidade variável) na composição do homem. Kevin tomou como referência uma pessoa de 70 quilos.
Deus fez o homem com Suas próprias mãos
Deus fez todas as coisas pelo poder da Sua palavra: “(...) E disse Deus (...)”. Apenas o homem, a coroa da Criação, foi feito pelas próprias mãos do Senhor. Merece destaque o fato de Davi, o salmista de Israel, ter mencionado que todas as pessoas foram tecidas por Ele no ventre de suas mães (Sl.139:1-16).
“Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl.139:15,16).
Deus formou Adão com Suas próprias mãos porque o homem seria especial, superior e diferente de tudo quanto fora criado até então (Sl.8:5; Jr.1:5).
“... pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste” (Sl.8:5).
Com esse ato de amor sublime, o Criador deixou para sempre as Suas impressões digitais no corpo, na alma e no espírito do homem.
O homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus”
“Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn.1:26). Este texto nos ensina que o homem foi feito “à imagem e semelhança de Deus”, ou seja, além de ter tido cuidado peculiar na sua criação, o homem ainda porta em si algo que os demais seres não têm, a saber, “a imagem e semelhança de Deus”.
Quando falamos em “imagem e semelhança de Deus”, devemos entender que o homem é reflexo da Divindade, ou seja, não é a Divindade nem pode chegar a ela. A Bíblia é clara ao nos mostrar que o homem, um ser mortal, foi feito, dentro da ordem estabelecida por Deus, abaixo dos anjos e acima de toda a criação terrena (Gn.1:26; Sl.8:5,6). É esta a sua posição na ordem divina e, por isso, são sem qualquer sentido os ensinos, tão populares nos nossos dias (inclusive no meio evangélico...), de que o homem pode se tornar Deus ou, quando menos, um “pequeno deus”. Deus é Deus e o homem, homem. Há promessa de que nos tornaremos semelhantes a Cristo glorificado (1João 3:2), mas jamais se fala em igualdade ou divinização do ser humano.
O ser humano é a coroa da criação de Deus
Esta condição do homem, de ser a “coroa da criação terrena”, é a principal razão de ser dotado de uma dignidade ímpar, que deve ser reconhecida por todos os seres humanos e cujo ataque é o principal objetivo do inimigo de nossas almas.
O ser humano é considerado a coroa da criação por ter sido criado de maneira diferente, se comparado às demais coisas e seres. Deus fez, configurou e formatou o homem com as Suas próprias mãos e, em seguida, soprou em seus narizes o sopro da vida (Gn.2:7).
 “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”.
Quando Deus soprou em seus narizes o fôlego de vida, e o homem foi feito alma vivente (Gn.2:7), naquele instante foi criado a parte imaterial do homem, constituída da alma e do espírito. Este é o aspecto totalmente diverso entre o homem e os demais seres vivos criados na Terra.
O homem é dotado de uma parte imaterial, que o faz sobrenatural, ou seja, que o coloca acima da natureza e que lhe permite dominar sobre ela. Esta parte imaterial, resultado do sopro de Deus, é o que Paulo denomina de "homem interior".
O fôlego de vida soprado por Deus não é o ar que conhecemos, mas a própria vida dada ao homem, a própria imagem e semelhança de Deus. O homem é imagem e semelhança de Deus exatamente porque Deus lhe imprimiu algo de Sua essência, algo que veio diretamente dEle, ao contrário do restante da criação, que foi feito a partir da vontade divina expressa por Sua Palavra.
Não há dúvida, portanto, que o homem foi criado pelo um Ser extraordinariamente inteligente e poderoso, que nós conhecemos com o Deus Criador. Que neste trimestre letivo, com a indispensável ajuda do Espírito Santo, percorrendo diversas passagens do Livro dos livros, e com o auxílio de diversos autores bibliocêntricos, abor­daremos esse tema com muito temor e tremor, a fim de preparar subsídios que venham otimizar os temas propostos pelo comentarista das Lições.
Que Deus nos ilumine e nos conceda inteligência espiritual!
Luciano de Paula Lourenço



domingo, 22 de dezembro de 2019

Aula 13 – A VELHICE DE DAVI – Subsídio


4º Trimestre/2019

Texto Base: 2Smauel 23:1-7

29/12/2019
“Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno, que em tudo será ordenado e guardado. Pois toda a minha salvação e todo o meu prazer estão nele, apesar de que ainda não o faz brotar” (2Sm.23:5).
2Samuel 23:
1-E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel:
2-O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca.
3-Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus.
4-E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando, pelo seu resplendor e pela chuva, a erva brota da terra.
5-Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno, que em tudo será ordenado e guardado. Pois toda a minha salvação e todo o meu prazer estão nele, apesar de que ainda não o faz brotar.
6-Porém os filhos de Belial serão todos como os espinhos que se lançam fora, porque se lhes não pode pegar com a mão.
7-Mas qualquer que os tocar se armará de ferro e da haste de uma lança; e a fogo serão totalmente queimados no mesmo lugar.

INTRODUÇÃO

Com esta Aula concluímos o estudo do trimestre sobre o “Governo Divino em mãos humanas”. Trataremos aqui sobre “a velhice de Davi”. Mesmo nessa fase da vida, Davi não teve sossego. As consequências do pecado de Davi invadiram a sua terceira idade, e perturbava o ocaso de sua vida; mas, ele finda sua missão em comunhão com Deus e com uma grandiosa ação de graças ao Senhor, que o chamara desde a meninice. Seus salmos relatam a comunhão profunda e íntima que ele mantinha com o Senhor, desde a sua tenra idade; e, dessa forma, o rei segundo o coração de Deus, finda sua vida, enaltecendo o Deus de Jacó (cf.2Sm.23:1-7).
A velhice faz parte do processo evolutivo do ser humano. Todos nós envelheceremos um dia; esta é uma realidade da qual ninguém pode fugir. As pessoas que conseguem superar o medo de envelhecer encaram a terceira idade como qualquer outra fase da vida, repleta de desafios a serem enfrentados. Ao chegar a velhice, devemos viver esse período de modo que glorifique a Deus e com alegria no coração, respeitando, claro, as limitações que ela impõe.
O envelhecimento é uma fase natural da vida que pode ser vivida de maneira saudável ou não; isso dependerá da forma como vivemos cada fase de nossa existência. Ter Deus como regente de nossa vida nos garantirá um final feliz. Portanto, temamos a Deus e sejamos sábios (Ec.12:1), pois a essência da vida consiste em viver cada momento com Deus e para Deus. Que possamos, na nossa velhice, dar ainda frutos, ser cheios de seivas e de verdor, como lembra o Salmo 92:14.

I. UMA VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE

1. Concepções equivocadas acerca da Terceira Idade

Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, a terceira idade começa entre 60 e 65 anos; para os cientistas, ela começa aos 65; para outros, a aposentadoria deve ser o referencial para determinar o início da terceira idade. A fixação do início desta fase da vida não tem nenhum fundamento cientifico; serve, apenas, para orientar as pesquisas cientificas e para a elaboração da política governamental nas áreas da saúde e social. Toda dificuldade advém do fato de que as pessoas são muito diferentes entre si.
A questão da idade é mais uma questão psíquica. É possível encontrar alguém com 80 anos com uma cabeça melhor e uma disposição física superior à de outra com 50 anos, ou menos; velhos que ainda sonham, que ainda possuem metas para serem alcançadas, que não se sentem realizados - velhos com ideais ainda vivos. Em muitas Igrejas temos exemplos desta natureza. Obreiros que já ultrapassaram a barreira dos oitenta e que podem fazer suas as palavras de Calebe:
“...e agora eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos. E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair e para entrar”(Js.14:10,11).
Todavia, é possível encontrarmos pessoas com menos de 50 anos, e já completamente velhos vivendo em plena terceira idade. Pessoas que, por razões diversas, perderam a motivação para lutar pela vida. A velhice chega quando sepultamos nossos sonhos!
O envelhecimento não é, pois, uma questão de idade cronológica; ele está ligado, basicamente, a quatro fatores: biológicos, psíquico, social e econômico. Estes fatores podem antecipar, ou retardar o início da terceira idade.
Muitos acreditam que a velhice é sinônimo de doença e fraqueza. Naturalmente, com o avanço da idade, a memória começa a falhar e, em face disso, muitos passam admitir que não conseguem aprender mais nada e que suas habilidades intelectuais entraram em declínio inevitável. Por conta dessa imagem, o idoso acredita não mais ser criativo e priva-se de muitas atividades temendo o fracasso ou a censura. Essa atitude, quase sempre, leva o idoso ao isolamento e à sensação de ser rejeitado pelas gerações mais jovens.
A velhice não é um distúrbio da criação, nem muito menos um castigo divino. Em termos de longevidade, é uma grande bênção. Acredite nisso. Se você alcançou essa fase da vida, é porque Deus achou por bem conservá-lo aqui na terra, acreditando que você ainda é útil e tem alguma missão a cumprir. Deus é o Senhor do tempo. Ele tem em suas mãos o cronômetro da vida de cada um de nós. Creia que a velhice é uma forma de bênção divina. Salomão acreditava nessa forma de soberania divina. E todas as vezes que expressou essa sua crença, o fez em termos de bênçãos:
”Porque eles aumentarão os teus dias, e te acrescentarão anos e vida e paz”(Pv.3:2);
“Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida”(Pv.4:10).
O único mandamento com promessa, aquele que ordena honrar pai e mãe, fala do prêmio da longevidade:
”... para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus de dá”(Ex. 20:12).

2. Concepção bíblica

Ao analisar a velhice na Bíblia, constatamos que o idoso não é abandonado nem rejeitado por Deus, como acontece comumente a alguns, que são jogados numa instituição por familiares que nem sequer têm a lembrança de visitá-los, negando-lhes o afeto e o carinho necessário. No livro do profeta Isaias lemos que Deus permanece com os que lhe pertencem até à velhice:
 “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo, e ainda até às cães, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos levarei”(Is.46:4).
Se enxergarmos o idoso como um ser abençoado por Deus, certamente, teremos uma visão dele bem diversa daquela que o mundo costuma oferecer a esta faixa etária, também chamada de terceira idade. Infelizmente, muitas pessoas nessa faixa etária sofrem abusos e desrespeito, enquanto outras de maneira equivocada assumem que já nada podem oferecer. Em razão disso, sentem-se inadequadas e inferiorizadas socialmente. Mas a Bíblia, ao contrário do mundo, ensina que os justos na "velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes" (Sl.92:14). A Bíblia apresenta homens como Abraão, Moisés, Simeão e outros que, na velhice, realizaram trabalhos magníficos que ainda hoje têm grande significado para nós.
Para sabermos, hoje, como a Terceira Idade deve ser vista e tratada no seio das famílias e na Igreja, precisamos conhecer o pensamento bíblico a respeito dos idosos e como eles sempre foram tratados, de acordo com a Bíblia. 
a) Segundo a Bíblia, o velho, ou idoso, deve ser tratado com honra, dignidade e respeito.
Tratar bem, e respeitosamente, uma pessoa idosa é sinal de temor a Deus. A Bíblia, na primeira parte de Levíticos 19:32, diz: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o SENHOR”. A Bíblia na linguagem de hoje diz assim: “Fiquem de pé na presença das pessoas idosas e as tratem com todo o respeito...”. Foi o próprio Deus quem proferiu estas palavras. Por elas é possível avaliar o pensamento de Deus a respeito do velho, ou idoso.
“Cãs, significa “cabelos brancos”, que antes do uso das tinturas, eram considerados honrosos e dignos de respeito; uma verdadeira “coroa de honra” - “Coroa de honra são as cãs...”(Pv.16:31); um símbolo de beleza - “O ornamento dos mancebos é a sua força, e a beleza dos velhos, as cãs(Pv.20:29).
A Bíblia também registra que os idosos devem ser respeitados pela sua sabedoria e experiência: “Com os idosos está a sabedoria, e na abundancia de dias o entendimento”(Jó 12:12).
Pelas declarações de Eliú, podemos compreender o respeito que havia pelos mais velhos. Os jovens permaneciam calados diante deles e só falavam quando estavam certos de que os mais velhos nada mais tinham para dizer: “E respondeu Eliú, filho de Baraquel o buzita, e disse: eu sou menos de idade, e vós sois idosos; arreceei-me e temi de vos declarar a minha opinião. Dizia eu: falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria” (Jó 32:6,7).
Ou como diz a Bíblia, na linguagem de hoje: “Eu sou moço, e vocês são idosos. Foi por isso que não me atrevi a dar a minha opinião. Pensei assim, que fale a voz da experiência, que os muitos anos mostrem a sua sabedoria”(Jó 32:6,7).
Os filhos são instruídos a ouvir e não desprezar seus pais idosos: “Ouve a teu pai que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer”(Pv.23:22).
Na promessa do Pentecostes, Deus não se esqueceu dos velhos, ou idosos: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões”(Joel 2:28).
Assim, a Família e a Igreja devem, também, tratar as pessoas idosas com honra, dignidade e respeito. 
b) Na Bíblia, ser velho ou idoso, não significa ser inútil, incapaz e descartável
Está escrito: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano... Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl.92:12-14). Isto é possível devido os cuidados do Senhor:
“Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”(Is.40:30,31).
-Noé tinha seiscentos anos quando Deus enviou o Dilúvio. Entre milhares de famílias com liderança jovem, a Bíblia informa que Noé, embora com idade avançada foi escolhido por Deus para coordenar a repovoação da Terra após a destruição pelo dilúvio.
No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”(Gn.7:17).
-Abraão e Sara não eram jovens quando seguiram para a terra que o Senhor lhes mostraria - “...e era Abraão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã”(Gn.12:4). Sara, ou Sarai, era dez anos mais nova que Abraão. Deus esperou que ficassem velhos para dar-lhes o filho prometido - “E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho” (Gn.21:5). Cumpriu-se o que, muito depois, escreveria o Salmista: “Na velhice ainda darão frutos...”. 
-Moisés disse as seguintes palavras: A duração de nossa vida é de setenta anos ...”(Sl.90:10). No entanto, quando Deus o chamou para ser o libertador de seu povo, ele estava já com oitenta anos – “E Moisés era da idade de oitenta anos... (Êx.7:7).
Moisés necessitava de um auxiliar, mas em vez de alguém na faixa entre trinta e quarenta anos, alguém em pleno vigor físico e mental, Deus lhe deu, como auxiliar, o seu irmão mais velho, que estava com oitenta e três - “...e Arão da Idade de oitenta e três anos, quando falaram a Faraó”(Êx.7:7).
Quando Deus quer usar alguém não existe um limite de idade. Deus renova a força dos cansados - “Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor”(Is.40:29).
c) os homens justos na velhice ainda darão frutos
Embora os velhos, ou idosos, possam ser vistos pelos homens, com um certo preconceito, às vezes, até com desprezo, contudo, a Bíblia Sagrada afirma que os homens justosna velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”(Sl.92:14). Moisés, Calebe e Arão confirmam esta verdade bíblica. Calebe, aos oitenta e cinco anos, considerava-se em plena forma para fazer a obra de Deus, segundo sua própria declaração (Js.14:10,11).
“E, agora, eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos há agora, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, agora, eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos. E, ainda hoje, estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual a minha força então era, tal é agora a minha força, para a guerra, e para sair, e para entrar”.
Muitos outros exemplos bíblicos podem ser citados; muitos exemplos atuais, também. Existem obreiros que já ultrapassaram a barreira dos oitenta anos, e permanecem à frente de grandes Igrejas, como provas vivas de que homens “na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes”.
Outros, no entanto, que ainda poderiam estar realizando a obra do Senhor, foram torpedeados e descartados por obreiros jovens, e pretensiosos, que não souberam aplicar em suas vidas aquele princípio adotado por Davi, enquanto Saul ocupava o Trono de Israel - “Esperei com paciência no Senhor...”(Sl.40:1).
d) os homens justos na velhice ainda darão bons conselhos
Um dos papéis mais importantes da terceira idade é o de promover o conselho, a orientação. A Bíblia fala-nos da excelência de vivermos junto a conselheiros (Pv.11:14) e não há melhores conselheiros do que os dos mais idosos.
-Roboão. Quase todo o seu reino foi perdido, porque não quis dar ouvido aos conselhos dos mais velhos de sua corte (1Rs.12:1-15).
-Jacó, um velho, abençoador. Aos 147 anos de idade (Gn.47:28), faz a seguinte declaração: “...o Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia”(Gn.48:15). Em gratidão a este Deus, Jacó nos deixou o exemplo de um homem avançado em idade, porém, um abençoador.
“pela fé, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão”(Hb.11:21).
-Davi, na sua velhice, com aproximadamente 70 anos de idade, deu o seguinte conselho ao seu filho Salomão (1Rs.2:1-3):
“E aproximaram-se os dias da morte de Davi; e deu ele ordem a Salomão, seu filho, dizendo: Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem. E guarda a ordenança do Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos, e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na lei de Moisés; para que prosperes em tudo quanto fizeres, e para onde quer que fores”.
Não importa sua idade, você pode ser um instrumento de bênção para muitos. Deus quer isto de você. Para Deus, ser velho, ou ser idoso, não significa ser inútil, incapaz e descartável.
Certamente, a velhice virá para todos os mortais, mas o importante é ter Deus na vida, pois, dessa forma, poderá ser encarada com naturalidade, longe de qualquer estereótipo.

II. PROBLEMAS NA VELHICE DE DAVI

1. A velhice de Davi

Mesmo na velhice, Davi teve alguns problemas. Sua força física havia definhado, ele não estava bem de saúde. O texto de 1Reis 1:1-4 descreve isso. Apesar de sua vida ter sempre sido marcada por grandes batalhas, ele teve um problema consigo mesmo. O texto de 1Reis 1:1 descreve um problema que acometia o rei Davi em sua velhice: ele não se aquecia, ainda que se colocasse sobre ele qualquer veste - “Sendo, pois, o rei Davi já velho e entrado em dias, cobriam-no de vestes, porém não aquecia”.
Pelo texto, entendemos que havia certa dificuldade para que o corpo do rei Davi estivesse em uma temperatura adequada. Tendo em vista essa dificuldade, e baseado nos costumes da época, buscou-se uma jovem donzela para que ficasse ao lado do rei, a fim de que pudesse, através dela, transmitir calor do seu corpo físico ao rei que estava enfermo. O nome da jovem era Abisaque, de Suném. Crê-se que ela ficava bem perto de Nazaré, talvez 11 quilômetros. Diz o texto sagrado:
“Então, disseram-lhe os seus servos: Busquem para o rei, nosso senhor, uma moça virgem, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele, e durma no seu seio, para que o rei, nosso senhor, aqueça. E buscaram por todos os termos de Israel uma moça formosa; e acharam a Abisague, sunamita, e a trouxeram ao rei” (1Rs.1:2,3).
“...e o rei era mui velho; e Abisague, a sunamita, servia ao rei” (1Rs.1:15).
Com aproximadamente 70 anos de idade, Davi veio a falecer (2Sm.5:4), talvez por causa de sua saúde debilitada, devido às grandes batalhas enfrentadas que lhes trouxeram desgastes físicos e emocionais, e, também, muitos creem, devido aos sofrimentos que teve que enfrentar nos últimos dias de sua vida, como a rebelião de Absalão, que lhe causou grande impacto emocional, contribuindo sobremaneira para definhar ainda mais a sua vida.
A Bíblia não nega os problemas que a velhice traz, como aconteceu com Davi. Dentre eles podemos destacar os seguintes:
ü  No aspecto físico. O corpo vai sofrendo diversas mudanças, passando a padecer fraquezas.
ü  Aparência física. Rugas, cabelos branqueados, perda de dentes, diminuição do tamanho, rugas, flacidez da pele, isso pode acontecer antes dos 65 anos.
ü  Percepção. Vai perdendo a capacidade de ouvir bem, diminui o olfato e também a capacidade de visão.
ü  Movimentação. Não tem mais a mesma agilidade como antes e passa a ter um andar mais lento.
ü  Capacidade sexual. Os mais velhos não perdem o prazer de estar com alguém que amam e necessitam de contato físico; é claro, na relação sexual, há mais dificuldade para a satisfação plena.
ü  Aumento de doenças. Com a idade, pode acontecer de os mais velhos ficarem vulneráveis a doenças, tais como: artrite, hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, catarata....
ü  Autoestima. Por vezes os mais velhos se sentem sem ânimo, coragem, não somente por causa da idade, mas pelo desprezo que vem dos mais novos, usando conceitos e preconceitos de que eles são idosos demais para atuarem em algo ou tomarem certa decisão.
ü  Questões existenciais. Os mais velhos temem a velhice não somente por medo da morte, mas por se preocuparem com a saúde, com a questão financeira, em não ficar dependendo dos outros.
É importante entender, observando a velhice de Davi, que o homem é uma criatura, que seus dias vão chegar, e que a velhice não faz exceção, ela alcança quem quer que seja, inclusive um rei, um missionário, um pastor…. Devemos estar preparados para este período inevitável da nossa vida, e esperar que Deus nos dê bonança, paz com todos e estabilidade emocional.

2. Enfrentando mais um filho rebelde

Adonias, ao que parece, era o filho mais velho com vida (cf. 2Sm.2:22); daí considerar-se o próximo na linha de sucessão ao trono. Amnom, Absalão e, provavelmente, Quiliabe, haviam falecidos (2Sm.3:2-4).
O poder sempre fascinou o homem e não seria agora que esse estigma da personalidade humana deixaria de manifestar-se naqueles que são obcecados pelo poder e o querem a qualquer custo. Adonias, vendo que seu pai estava doente e sem forças aproveita-se desse instante para declarar-se rei. Ele preparou uma comitiva majestosa e obteve o apoio de Joabe e Abiatar. O príncipe de aparência mui formosa (1Rs.1:6) conseguiu reunir grande número de seguidores. Adonias imaginava que não haveria qualquer entrave para o seu plano, pois fora criado sem qualquer disciplina; o texto de 1Reis 1:6 afirma que Davi era um pai tolerante, e Adonias um filho mimado – “e nunca o pai o tinha contrariado, dizendo: por que o fizeste assim?” (1Rs.1:6).
Adonias vendo que seu plano era bem arquitetado, ofereceu vários sacrifícios perto de uma fonte chamada de Rogel, e convidou toda a corte para a festa, exceto os servos leais a seu pai, a saber, Natã, o profeta, Benaia, e os valentes de Davi, e a Salomão (cf. 1Rs.1:9,10). Como bem diz o pr. Osiel Gomes, Adonias representa aqueles que querem ser líderes segundo sua própria vontade, que exaltam a si mesmos, desprezando a vontade de Deus. Essa postura lhe custaria a vida.
Mas, antes de Salomão nascer, Deus havia dito a Davi que Salomão seria o próximo rei de Israel (cf.1Cr.22:9,10). Natã desejava ver a palavra do Senhor se cumprir. Preocupado com a ameaça de Adonias, expôs a questão a Davi.
Conforme as instruções do profeta, Bate-Seba apresentou-se ao rei enfermo (1Rs.1:11) e informou-o da trama de Adonias. Lembrou-o de sua promessa (não registrada nas Escrituras) de que Salomão, seu filho, seria o próximo rei. Quando concluiu o pedido para que Davi apresentasse Salomão publicamente como seu sucessor, Natã chegou, e Bate-Seba se retirou. Natã repetiu as notícias sobre o plano de Adonias de tomar o reino e perguntou o que o rei desejava fazer. Quando Davi chamou Bate-Seba de volta à sua presença, Natã se retirou. Davi garantiu a Bate-Seba que Salomão seria, de fato, seu sucessor. Em seguida, instruiu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, a levarem Salomão a Giom, uma fonte do lado de fora da cidade, montado na mula do rei, e ungi-lo rei sobre Israel.
O primeiro erro de Adonias foi tentar antecipar um título que não lhe pertencia - “Então, Adonias, filho de Hagite, se levantou, dizendo: Eu reinarei. E preparou carros e cavalheiros e cinquenta homens que corressem adiante dele” (1Rs.1:5). O texto deixa bem claro o desejo de Adonias em usurpar o trono de seu pai Davi. Ele seguiu os mesmos passos de Absalão, seu irmão. Mas Davi tomou ciência do fato e constituiu Salomão rei, acabando assim com a rebelião de Adonias.
O fim de Adonias foi a morte, visto que, quando ele pede para que Bate-Seba interceda junto ao rei a fim de que pudesse tomar Abisague como esposa, Salomão entendeu o que estava por trás daquele pedido: o trono. Nesse caso, ele sempre iria ser uma ameaça ao rei, por isso é sentenciado à morte. Esse é o destino de todos quantos têm sede de poder, que, a qualquer custo, sem disciplina, honra, respeito, contrariando a todos e a tudo, busca alcançar destaque.

3. Constituindo Salomão como rei

Como nesta vida tudo é passageiro, chegou o momento de Davi apresentar o seu sucessor. Ele chama Zadoque, Natã e Benaia, e passa-lhes as necessárias instruções, seguindo os costumes da escolha de um rei: a unção e o anúncio público. A unção de Salomão foi feita por Zadoque com o óleo do tabernáculo, perante todo o povo. Desta forma, Davi cumpre a vontade de Deus, quando confirma Salomão no trono:
 “E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o Senhor), escolheu Ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel. E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios, porque o escolhi para filho e eu lhe serei por pai. E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje”(1Cr.28:5-7).
A unção pública por Zadoque, o sacerdote, foi motivo de grande alegria (1Rs.1:40) para os seguidores de Davi, mas de consternação para Adonias e todos os convidados de sua festa. Quando estes ouviram que Salomão estava assentado no trono e que Davi expressara gratidão a Deus por isso, perceberam que a trama de Adonias não teria sucesso (1Rs.1:49). Este buscou asilo no tabernáculo, onde pegou nas pontas do altar, ato que supostamente lhe concederia segurança contra qualquer punição. Salomão decretou que o irmão seria poupado, caso se mostrasse ser um homem de bem, mas que morreria se agisse com maldade no futuro. Depois de pronunciar a sentença, o novo rei mandou Adonias para casa.
Salomão foi o escolhido de Deus para dar continuidade a linhagem davídica, de onde, séculos depois, viria o Senhor Jesus. Salomão, portanto, chegou ao trono por uma escolha divina, e esta escolha fora feita antes mesmo de Salomão nascer, e Davi era cônscio disso (1Cr.22:8-10).
“Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias. Este edificará casa ao meu nome; ele me será por filho, e eu a ele por pai; e confirmarei o trono de seu reino sobre Israel, para sempre” (1Cr.22:9,10).

4. As palavras de Davi a Salomão e sua morte

Davi tinha consciência de que estava morrendo; é isto o que se constata em 1Reis 2:1-4. Pouco antes de morrer, ele incumbiu Salomão de algumas tarefas, instou-o a ser obediente ao Senhor e o instruiu a tomar as providencias cabíveis em relação a certos indivíduos. Nessa hora, brotam dos seus lábios profundas palavras com as quais aconselha seu filho Salomão:
1.E aproximaram-se os dias da morte de Davi e deu ele ordem a Salomão, seu filho, dizendo:
2.Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem.
3.E guarda a observância do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na Lei de Moisés, para que prosperes em tudo quanto fizeres, para onde quer que te voltares.
4.Para que o SENHOR confirme a palavra que falou de mim, dizendo: Se teus filhos guardarem o seu caminho, para andarem perante a minha face fielmente, com todo o seu coração e com toda a sua alma, nunca, disse, te faltará sucessor ao trono de Israel.
Davi tinha consciência plena de que uma vida de santidade só era, e é possível pela observância e obediência completa à Palavra de Deus.
Após reinar quarenta anos, Davi faleceu e foi sepultado em Jerusalém (1Rs.2:10,11).
“E Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi. E foram os dias que Davi reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos reinou em Hebrom e em Jerusalém reinou trinta e três anos”.
O escritor de 1Crônicas assim descreve: “E morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar” (1Cr.29:28). Quando um homem de Deus morre, nada de Deus morre. Quando um homem de Deus morre, nenhum dos princípios divinos morre. Em lugar algum isso é visto mais claramente do que na vida de Davi.
Que lições podemos aprender desse homem? Aprendemos esperança, apesar da sua humanidade; aprendemos coragem, mesmo em meio ao seu próprio medo; aprendemos encorajamento e louvor nas canções que brotaram em suas horas de desespero; aprendemos perdão em seus momentos sombrios de pecado; e aprendemos o valor de servir o desígnio de Deus em nossa geração, embora nossos sonhos, algumas vezes, não sejam realizados.

III. O LEGADO DE DAVI

1. O legado político institucional

Davi foi nada mais e nada menos do que o maior monarca na história judaica. Ele derrotou os seus inimigos; conquistou Jerusalém e transformou-a no centro político e religioso; consolidou as 12 tribos de Israel em uma única nação, forte e unida; e transformou Israel em uma terra segura e próspera, que legou de herança a seu filho, o rei Salomão.
Davi, enquanto governou, esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras, contudo, no final do seu reinado encontramos as instituições de Israel bastante consolidadas:
§  Montou e organizou um exército capaz de vencer grandes batalhas – havia 288 mil homens no exército, divididos em 12 turmas de 24 mil que serviam de mês em mês, todos os meses do ano (1Cr.27:1-15), e aparelhou a guarda real (1Cr.18:15-17).
§  Embora agisse como juiz do povo de Israel (1Cr.18:14), ele organizou o sistema judiciário - nomeara oficiais e juízes para cuidar da política externa e dos negócios da coroa real: 1.700 oficiais e juízes foram constituídos do lado oeste do Jordão para cuidar dos negócios do rei e dois mil e setecentos do lado leste (1Cr.26:29-32).
§  Foi hábil na organização até mesmo das minúcias do reino, como, por exemplo: 12 mordomos responsáveis pelos tesouros (1Cr.27:25-31); 8 outros oficiais e conselheiros (1Cr.27:32).
Enfim, Davi entregou o governo ao seu filho Salomão em perfeita ordem com suas instituições bastantes sólidas. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai; moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria.

2. O legado religioso

Sem dúvida, o maior legado deixado por Davi ao seu filho Salomão foi o espiritual. Este mesmo testemunhou isso, quando o Senhor lhe apareceu em sonho em Gibeão:
“E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia”(1Rs.3:6).
Davi, líder justo e inteiramente devotado a seu povo, foi, acima de tudo, um homem da mais profunda fé, responsável por abrir as portas do arrependimento para todas as gerações futuras. Ele deixou a todos os judeus e a toda a humanidade, um legado de fé e coragem, bem como a dinastia real de Israel da qual viria o Messias. Escreveu 73 salmos dos 150 que fazem parte do livro de Salmos.
Ao longo de sua vida, Davi demonstrou por diversas vezes que era dependente da orientação divina para realização de suas conquistas e de seus planos (1Sm.23:2; 30:8; 2Sm.2:1). E ele sabia que para o seu sucessor obter êxito no seu governo era necessária uma dependência total aos ditames da Palavra de Deus. Por isso, antes de morrer, deu a Salomão suas últimas instruções:
“E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o SENHOR todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre” (1Cr.28:9).
Este texto traz uma ordem, uma promessa e uma advertência:
  • A ordem: “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária”.
  • A promessa: “Se o buscares, será achado de ti” (ou, “ele deixará achar-se por ti”).
  • A Advertência: “Se o deixares, rejeitar-te-á para sempre”.
Isto foi bastante instrutivo, firme e contundente, e cabia a Salomão, juntamente com seus súditos, observar esse importante legado. E o povo de Israel não ficou livre dessa advertência, pois antes disso Davi lembrou ao povo a guardar todos os mandamentos do Senhor (1Cr.28:8):
“Agora, pois, perante os olhos de todo o Israel, a congregação do SENHOR, e perante os ouvidos do nosso Deus, guardai e buscai todos os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, para que possuais esta boa terra e a façais herdar a vossos filhos depois de vós, para sempre”.
E isto se aplica, também, a nós, povo de Deus da Nova Aliança.

3. O que não devemos aprender com Davi

Embora a Bíblia o apresente como o grande rei de Israel, o construtor do apogeu da história israelita, o grande guerreiro, o escolhido para fundar a dinastia de onde proviria o Messias, o mavioso salmista de Israel, não esconde as suas falhas, os seus vergonhosos erros. Além do compromisso com a verdade, até porque a Palavra de Deus é a verdade (João 17:17) e a revelação de um Deus que é a Verdade (Jr.10:10), a narrativa das falhas e erros dos grandes homens e mulheres de Deus são, também, uma lição para os salvos, contraexemplos, ou seja, ao vermos os erros destas personagens, aprendemos como não devemos fazer, para que não se repitam as drásticas consequências constantes da narrativa bíblica.

a) não devemos ser impulsivos no aspecto conjugal

Nossos relacionamentos sentimentais não podem ser guiados pela “paixão”, entendida esta como sendo “inclinação emocional violenta, capaz de dominar completamente a conduta humana e afastá-la da desejável capacidade de autonomia e escolha racional”. Na “paixão”, a pessoa perde o controle de seus sentimentos, é “passivo”, não domina, mas é dominado pelo seu “coração”, pela sua própria natureza.
O verdadeiro cristão não pode ser movido por paixões, pois, como ensina o apóstolo Paulo, “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co.6:12). A paixão é passageira, superficial e não corresponde ao sentimento que se deve ter em um relacionamento que tem de ser duradouro e para toda a vida, como é o casamento. Agindo por paixão nos seus casamentos, Davi acabou por construir relacionamentos temporários e fugazes, sendo, até por causa disto, um contraexemplo como pai de família.
Veja o caso que aconteceu com Abigail (esposa de Nabal); Davi afeiçoou-se a Abigail por causa da intervenção dela em favor de seu então marido Nabal, desposando-a logo após a sua viuvez (1Sm.26:39-42). Como se isto fosse pouco, também, não muito tempo depois de ter se casado com Abigail, casou-se com Ainoã (1Sm.26:43), tendo, uma vez estabelecido no reino, demonstrado toda esta inconstância ao tomar para si mais mulheres e concubinas (2Sm.5:13).
Estas narrativas mostram-nos que, em termos sentimentais, Davi era impulsivo, guiava-se pela paixão, pelo desejo incontido em relação ao sexo oposto, circunstância que foi habilmente explorada pelo adversário para que o rei cometesse o adultério com Bate-Seba e, por causa dele, o homicídio de Urias, o heteu. Evitemos, pois, esse erro de Davi!

b) não se deve casar por interesse

Desde o primeiro casamento de Davi, vemos que, com relação a este aspecto, Davi é um contraexemplo. Ao chegar aonde estava o exército, Davi fica sabendo que o rei Saul havia prometido dar a mão de sua filha em casamento a quem enfrentasse Golias. Embora o motivo de sua ação contra o gigante tenha sido a indignação causada pelo Espírito de Deus quanto às afrontas de Golias a Deus, o fato é que o jovem Davi demonstrou grande interesse em se tornar genro do rei (1Sm.17:25-27). A filha em questão era Merabe (1Sm.18:19), que, porém, foi dada para casar com outrem, apesar de Davi ter vencido o gigante. Mas, como o objetivo de Davi era ser genro do rei e não o amor que devotasse à mulher, não se importou com tal fato, resolvendo casar-se com Mical, mesmo sem amá-la, embora por ela fosse amado (1Sm.18:20-29).
Casamento por interesse não é um casamento que agrade a Deus e o resultado foi que esta união nunca foi salutar. Mical acabou sendo dada a Palti, quando da fuga de Davi, e este, embora tenha tomado de volta Mical, quando se tornou rei, com ela nunca teve um bom relacionamento.

c) o servo de Deus nunca deve ficar ocioso na missão que lhe foi confiado pelo Senhor

Era tempo de os reis saírem à guerra, mas Davi preferiu ficar em seu palácio, mandando que Joabe fizesse aquilo que o rei deveria fazer (1Sm.11:1). Qual foi o resultado dessa desocupação? O adultério com Bate-Seba e o consequente homicídio de Urias, considerado o pecado mais lembrado de Davi.
Quando deixamos de fazer aquilo que nos é necessário fazer, notadamente quando servimos a Deus, armamos uma arapuca para nós mesmos. Ao ficar no palácio em vez de sair à guerra, Davi ficou à mercê do adversário de nossas almas que, sabedor da fraqueza de Davi para com as mulheres, armou-lhe uma astuta cilada. Não podemos ignorar os ardis do inimigo (2Co.2:11).

d) o servo de Deus não deve esconder as suas culpas, mas urge confessá-las ao Senhor

A tentativa de cobertura de um pecado leva a outros. Um abismo chama outro abismo (Sl.42:7), e o resultado desta batalha para esconder o adultério foi o homicídio de Urias, um leal soldado, um de seus valentes (2Sm.23:39).
Não devemos esconder as nossas faltas, mas confessá-las e deixar de pecar se quisermos ter vitória, pois ao cobrirmos um pecado, tão somente estaremos iniciando um monturo de faltas que, a seu tempo, serão reveladas para vergonha nossa e escândalo que pode abalar a fé de outros, sobre os quais seremos responsabilizados (Mt.10:26; 18:16; Mc.4:22).

e) não se deve desprezar a família, pois na escala de prioridade da vida do cristão ela está em segundo lugar

A Bíblia mostra-nos Davi como sendo um pai ausente durante toda a sua vida. Sua ausência e seu distanciamento para com os seus filhos foi a brecha para que houvesse tantas tragédias na família real. Amnom, o primogênito de Davi, era um jovem mimado, que se deixou levar pela paixão pela sua meia-irmã Tamar e o levou a cometer a loucura de violentá-la sexualmente (2Sm.13:1-22). Davi nada fez para reprovar a conduta de seu primogênito, e Absalão acabou por assassinar o próprio meio-irmão (2Sm.13:23-36).
A distância com que Davi tratou o caso e como se comportou com relação a Absalão, mesmo depois de permitir a sua volta para Israel, foi a brecha utilizada para que Absalão costurasse a sua rebelião (assunto estudada na Aula anterior), tendo-o feito à porta do palácio do pai, a demonstrar quão distante era Davi de seus filhos (2Sm.15:1-6). Aliás, o fato de Absalão ter abusado publicamente das concubinas de seu pai é um exemplo de quanto era abominado pelos filhos de Davi a sua conduta “apaixonada” em relação às mulheres. Esta mesma distância é demonstrada no que toca a Adonias, um filho a quem jamais Davi disse não, ou seja, um filho criado sem qualquer disciplina (1Rs.1:6). O próprio Salomão somente desfrutou de uma intimidade maior com seu pai nos instantes finais de vida de Davi, pois até sua entronização necessitou de uma intervenção de Bate-Seba, que, pelo que se verifica do texto sagrado, também já vivia num certo distanciamento do rei (cf.1Rs.1:13-17).

f) o servo de Deus não se deve levar pela vaidade, pelo orgulho

Devemos estar sempre vigilantes para que não entendamos que a posição de destaque que nos for concedida por Deus seja fruto de nossa capacidade. A Bíblia afirma que Davi, grande em poder, se deixou levar pelo inimigo (1Cr.21:1) e quis saber sobre quantos israelitas estava sob o seu domínio, sem que, para tanto, fizesse qualquer expiação a Deus, mediante a oferta à tenda da congregação, como mandava a lei (Ex.30:11-16). Contudo, aqui se vê, mais uma vez, a humildade de espírito de Davi que se arrependeu de ter determinado a contagem, arrependimento genuíno, vindo do interior do rei (2Sm.24:10), e que se traduziu num gesto público de humilhação, com a compra da eira de Ornã, o jebuseu, e a oferta de sacrifício ao Senhor para aplacar a Sua ira, no local onde, aliás, mais tarde seria construído o Templo (1Cr.21:18-30).
Portanto, a arrogância, a vaidade, é fatal para o servo de Deus. Se é verdade que o inimigo procura derrubar aqueles que Deus exalta, não é menos verdadeiro que também busca exaltar o homem acima da posição que Deus lhe confiou, pois, em assim fazendo, a queda será inevitável. Veja o exemplo de Saul. Que o Senhor nos guarde e que nos dê um coração segundo a sua vontade!

CONCLUSÃO

O legado de Davi para a história bíblica e universal e, particularmente, para a Igreja atual, é muito importante, pois nele está materializada a história de Israel, bem como uma marcante experiência espiritual. Apesar dos seus maus e reprováveis procedimentos, que a Bíblia não omite por ser ela imparcial, tinha o propósito de amar ao Senhor, buscá-lo e consultá-lo em oração, adorá-lo e sempre fazer sua vontade. Por isso, o seu reinado em Israel tornou-se forte e estável.
Que Deus abençoe, sobremaneira, a todos que me acompanharam nesta empreitada! Que o Senhor conceda a todos um feliz 2020, com muita saúde física, emocional, relacional e espiritual! E até o próximo trimestre letivo, quando estudaremos sobre o seguinte Tema: “A raça humana – Origem, Queda e Redenção”. Até lá, então, se Deus quiser!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr. Osiel Gomes. O Governo divino em mãos humana. CPAD.
Bíblia da Liderança Cristã. Sociedade Bíblica do Brasil.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Roberto B. Chisholm Jr. 1 & 2 Samuel. Vida Nova.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. A promessa de uma velhice feliz e frutífera. PortalEBD_2007.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Davi e o seu sucessor. Portal EBD_2009.