domingo, 25 de maio de 2014

Aula 09 – O MINISTÉRIO DE PASTOR


2º Trimestre/2014

 
Texto Básico: João 10:11,14; Tito 1:7-11; 1Pedro 5:2-4

 
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor da a sua vida pelas ovelhas” (1João 10:11)

INTRODUÇÃO


Ser pastor é um trabalho excelente; Paulo diz que aqueles que aspiram ao episcopado excelente obra almejam (1Tm 3:1). Mas também é um trabalho árduo. Não é uma obra para gente preguiçosa, mas uma obra que exige todo esforço, todo empenho e todo zelo. As demandas internas e externas do rebanho são exaustivas, “entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica e o constante desafio de se dedicar à oração e ao ensino da Palavra de Deus”. Diz o Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “De: Pastor A: Pastor”, que “ser ministro é viver constantemente sob pressão. O ministério é uma arena de lutas contra o poder das trevas e contra o poder da carne. Não há ministério sem lágrimas. Ser pastor é cruzar um deserto escaldante, em vez de pisar os tapetes aveludados da fama. Ser pastor é a arte de engolir sapos e vomitar diamantes. Ser pastor é estar disposto a investir a vida na vida dos outros sem receber o devido reconhecimento. Ser pastor é amar sem esperar a recompensa, é dar sem esperar receber de volta. Ser pastor é saber que o nosso galardão não nos é dado aqui, mas no céu”. (1)

I.  JESUS, O SUMO PASTOR


1. Jesus é o Pastor Supremo. O escritor da Epístola aos Hebreus refere-se ao Senhor Jesus como o “grande pastor das ovelhas” (Hb 13:20) e a primeira Epístola de Pedro, por sua vez, O declara como sendo “Pastor e Bispo das vossas almas” (1Pe 2:25). “Como Pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamenta, Ele as guiará mansamente” (Is 40:11).

Jesus Cristo é o Senhor da Igreja, o Seu único Mediador, o Seu Intercessor e Sumo Sacerdote. Ele é o único que está de forma absoluta, espiritual e hierarquicamente acima de qualquer líder da Igreja. Nenhum líder possui o direito de ser reconhecido como espiritualmente superior ao restante dos membros da Igreja, à semelhança de um “pontífice” entre Deus e os seres humanos, isto é, como uma espécie de “ponte” entre Deus e os discípulos. Esse tipo de posição na hierarquia religiosa ocorria no Antigo Testamento na pessoa dos sacerdotes do Templo, os quais tinham a função de mediar o encontro entre o pecador confesso e Deus, a fim de que ocorresse o recebimento do seu perdão ou o derramamento de bênçãos; mas, essa representação era uma figura de Jesus Cristo o nosso Sumo Sacerdote, por meio do qual toda e qualquer bênção o ser humano poderá alcançar. Assim, pode-se concluir que não há qualquer ministério eclesiástico humano que deva ser reconhecido como espiritualmente superior ao restante dos membros da Igreja, e por meio do qual os discípulos recorram para que as bênçãos sejam-lhes derramadas. Só Jesus Cristo é o Pastor Supremo!

2. O Pastor conhece as Suas ovelhas (João 10:14,15).Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai...”. Na Palestina as ovelhas eram criadas para produzir lã, sendo tosquiadas de ano em ano. Desta feita, o pastor as mantinha sob seus cuidados durante muitos anos e entre eles se desenvolvia um relacionamento de confiança e intimidade. O pastor sabia até o nome de cada uma delas e as chamava pelo nome (João 10:3).

Era esta certamente a relação existente entre Jesus e seus discípulos. Ele conhecia pessoalmente as suas ovelhas. Assim como no Antigo Testamento Jeová chamava Abraão, Moisés, Samuel, Elias, Josué e outros pelo nome, assim Jesus conhecia e chamava as pessoas individualmente. Quando Ele viu Natanael se aproximando e lhe disse: "Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo!"; Natanael perguntou-lhe, atônito: "Donde me conheces?"(João 1:47,48). Mais adiante, Jesus chama Zaqueu pelo nome para que desça do sicômoro onde havia se escondido. E, após a sua ascenção, Ele chamou Saulo de Tarso pelo nome, na estrada de Damasco (Lc 19:5; At 9:4). E mesmo que, ao nos convertermos, não tenhamos escutado nenhuma voz audível, nós também podemos dizer que Ele nos chamou pessoalmente, Ele nos conhece por nome. Tal conhecimento e confiança entre Jesus e seus seguidores é comparado ao relacionamento entre Jesus e o Pai: “Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai”. Portanto, a mesma união, comunhão, intimidade e o mesmo conhecimento que há entre o Pai e o Filho também existe entre o pastor e as ovelhas.

3. O pastor dá a vida pelas ovelhas (João 10:11,15).Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. O bom pastor se dedica ao bem-estar das ovelhas e toda a sua vida é dominada pelas necessidades delas. A principal reclamação de Deus contra os líderes de Israel era esta: "Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?" (Ez 34:2; Jd 12). Jesus mesmo deu a vida pelas suas ovelhas. Não agiu como um empregado ou um mercenário, que faz o trabalho por dinheiro. Ele cuidou delas genuinamente, a ponto de morrer por elas. Seu grande amor se revelou em sacrifício e serviço, sacrificando a si mesmo para servir aos outros.

Uma dos diversos cuidados que o bom pastor tem é fortalecer as ovelhas que são fracas, curar as doentes, atar as feridas das que estão machucadas e buscar as que se encontram extraviadas. É desse amor sacrificial, que serve, que os pastores precisam hoje, pois muitas vezes os seres humanos, assim como as ovelhas, podem se desviar do caminho.

Jesus se comparou, ainda, a um pastor de ovelhas que deixou o resto de seu rebanho a fim de ir atrás daquela que se havia perdido. Longe de abandoná-la, na esperança de que ela pudesse sair balindo e tropeçando até encontrar o caminho de volta para casa, ele arriscou a própria vida para ir à procura dela (Lc 15:1-7). Na verdade, "o bom Pastor" deu a sua vida por suas ovelhas (Joao 10:11,15). Deliberada e voluntariamente, Jesus foi para a cruz, a fim de identificar-se conosco. Deus, em Cristo, assumiu o nosso lugar, a fim de que pudéssemos ser perdoados e feitos nova criação (2Co 5:17).

II. AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR


O verdadeiro pastor - que modela o seu ministério pelo do Bom Pastor -, além de ser exemplo para os fiéis e infiéis, e exemplo para sua família, ele tem, pelo menos, as seguintes características:

1. Tem um caráter íntegro. A integridade do pastor é o fundamento sobre o qual ele constrói seu ministério. Sem vida íntegra não existe pastorado. Hoje, assistimos com tristeza a muitos pastores gananciosos que mercadejam a palavra e vendem sua consciência no mercado do lucro. Há obreiros que são rigorosos com os crentes, mas vivem de forma frouxa em sua vida pessoal. Há pastores que apascentam a si mesmos, e não o rebanho. Amam a sua própria glória, em vez de buscar a honra do Salvador.

2 Tem um relacionamento pessoal com suas ovelhas. Talvez a característica mais básica dos pastores seja o relacionamento pessoal que se deve desenvolver entre o pastor e as pessoas. Cônscios devem estar de que as pessoas não são seus clientes, nem seus eleitores, pacientes ou fregueses. E muitos menos são meros nomes guardados em registro ou, pior ainda, números de um arquivo de computador. São indivíduos, pessoas que o pastor conhece e que a recíproca é verdadeira. Além do mais, cada uma tem um nome próprio, símbolo de sua unicidade e identidade; portanto, todo pastor de verdade deveria tentar lembrar o nome delas. E uma das formas de lembrar o nome das pessoas é escrevendo-os e orando por elas. Quando Paulo disse aos tessalonicenses: "Damos sempre graças a Deus por todos vós, mencionando-os em nossas orações" (1Ts 1:2), até parece que ele tinha algum tipo de lista. É, sem dúvida, o fato de mencionarmos regularmente o nome das pessoas em ora­ção que (com muito mais certeza e rapidez do que de outra maneira) fixa esses nomes em nossa mente e memória. Quer queira ou não, esquecer o nome de alguém é um sinal de sua falta de oração como pastor.

3. Guia  as suas ovelhas. No Oriente Médio o pastor, devido ao íntimo relacionamento que mantém com suas ovelhas,  consegue caminhar à frente delas, chamando-as, às vezes assobiando ou tocando uma flauta, e elas o seguem. A relação de Israel com Jeová, e especialmente a passagem do povo pelo deserto, tem relação com o movimento das ovelhas que seguem o seu pastor: "Dá ouvidos, ó pastor de Israel, tu, que conduzes a José, como um rebanho (Sl 80:1). O israelita temente a Deus via a Jeová da mesma maneira: "O Senhor é meu pastor: nada me faltará... Leva-me para junto das águas de descanso..." (Sl 23:1,2). Assim, Jesus, o Bom Pastor, pegou essa mesma figura e a desenvolveu: "... as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (João 10:3,4).

Com os pastores cristãos acontece algo parecido. É solene responsabilidade dele guiar as pessoas de tal forma que seja seguro para elas o seguirem. Ou seja: o pastor tem de ser para as pessoas(“ovelhas”) um exemplo coerente e confiável. Convém lembrarmos que Jesus introduziu no mundo um novo estilo de liderança, a saber, a liderança pelo serviço e pelo exemplo, e não pela força. O apóstolo Pedro compreendeu isto e o ecoou em seus ensinos: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós... não como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho “(1Pe 5:2,3). Com efeito, por bem ou por mal, quer gostem ou não, as pessoas vão segui-lo.

4. Alimenta as suas ovelhas. "Eu sou a porta", disse Jesus. "Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagem” (João 10:9). A principal preocupação dos pastores sempre é que suas ovelhas tenham o suficiente para comer. Quer sejam ovelhas criadas para lã, quer sejam de corte, a saúde delas depende de terem pastagem nutritiva. Assim, o próprio Jesus, na qualidade de bom pastor, foi sobretudo um Mestre. Ele alimentou os seus discípulos com a boa comida da sua instrução.

Os pastores de hoje têm essa mesma tremenda responsabilidade. O pastor é, acima de tudo, um mestre. Esta é a razão para duas qualidades de um presbítero explicitadas nas Epístolas Pastorais. Primeiro, o candidato deve ser "apto para ensinar" (1Tm 3:2). Segundo, ele deve reter “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes”(Tt 1:9). Estas duas qualificações andam juntas. O pastor deve ter o dom de ensinar e, ao mesmo tempo, ser fiel ao ensino da Palavra de Deus. E, quer estejam ensinando a uma multidão ou a uma congregação, a um grupo ou a um só indivíduo (Jesus mesmo ensinou nestes três contextos), o que distingue o seu trabalho pastoral é que este é sempre um ministério da Palavra.

5. Cuida das ovelhas com ternura. O apóstolo Paulo tinha esta característica: “antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos” (1Ts 2;7). Paulo tratou os crentes de Tessalônica carinhosamente como uma ama que acarecia seus filhos. A ênfase da mãe é a gentileza e a ternura. Paulo era como uma mãe afetuosa cuidando do seu bebê. Ele demonstrou pelos seus filhos na fé amor intenso, cuidado constante, dedicação sem reserva, paciência triunfadora, provisão diária, afeto explícito, proteção vigilante e disciplina amorosa. Muitos obreiros lideram o povo de Deus com truculência e rigor despótico. São ditadores implacáveis, e não pastores amorosos. Esmagam as ovelhas com sua autoridade auto-imposta, em vez de conduzir o rebanho com a ternura de uma mãe.

6. Cuida de si mesmo para não praticar o que condena. O ministério de pastor não é uma apólice de seguro contra o fracasso espiritual. Há um grande perigo de o pastor acostumar-se com o sagrado e perder de vista a necessidade de temer e tremer diante da Palavra. Os filhos de Eli carregavam a Arca da Aliança com uma vida impura. A Arca não os livrou da tragédia.

Há muitos pastores vivendo na prática de pecados e ainda mantendo a aparência. Há muitos pastores que saem dos esgotos da impureza, pois navegam no lamaçal de sites pornográficos para, depois, subir ao púlpito e exortar o povo à santidade. Essa atitude torna os pecados do pastor mais graves, mais hipócritas e mais danosos que os pecados das demais pessoas. Há pastores que causaram mais males com seus fracassos do que benefícios com seu trabalho. Se um pastor perder a credibilidade, perde também o seu ministério. A maior prioridade do obreiro não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão com o Deus da obra. Vida com Deus é a base do trabalho para Deus. Na verdade, Deus está mais interessado em quem nós somos do que no que nós fazemos. Pense nisso!

III. O MINISTÉRIO PASTORAL


Conforme o texto de 1Pedro 5:1-4, podemos dizer que, em termos eclesiásticos, pastor é aquele que supervisiona o rebanho; é aquele que serve debaixo da autoridade do “Supremo Pastor” cuidando das “ovelhas” de Cristo; ou melhor, ele é um mordomo do Senhor, por isso deve guardar cada uma das ovelhas que lhe confiou o Sumo Pastor. O seu ministério é o de sábio conselho, correção, encorajamento e consolo.

1. A missão do pastor.  O pastor não é um voluntário, mas uma pessoa chamada por Deus. Seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, mas celestial.

No Antigo Testamento, o termo “pastor”, literalmente, refere-se aos cuidados de um indivíduo alimentando, disciplinando e protegendo seu rebanho. A partir dessa interpretação, surgiu o conceito acerca de Deus como “Pastor de Israel” (Gn 48:15; Sl 80:1): alimentando (Is 40:11), protegendo(Am 3:12), disciplinando (Sl 23:2) e resgatando as ovelhas desgarradas (Jr 31:10; Ez 34:12) de seu rebanho. Essa ideia de “pastoreio” foi estendida aos líderes do povo de Israel, os quais atuavam sob a supervisão de Deus, como, por exemplo, os juízes, reis, profetas e sacerdotes, os quais também foram denominados “pastores” (cf. Nm 27:17; 1Rs 22:17; Jr 2:8; Ez 34:2).

No Novo Testamento, o termo “pastor” é a tradução do vocábulo grego “poimén”, podendo ser interpretado como: “pastor, guia, ministro, clérigo; superintendente, inspetor, diretor; tutor, guardião, apascentador de ovelhas”. Os escritores inspirados do Novo Testamento mantiveram a ideia veterotestamentária do termo “pastor” aplicando-o ao Senhor Jesus Cristo como o “Pastor” (João 10:2,11,14,16) e assim reconhecendo suas atribuições como Aquele que exerce a função de pastoreio do rebanho do Pai (Mt 25:32; 26:31). Jesus considerou os apóstolos como seus sucessores na missão de pastoreio da Igreja; a mesma simbologia foi perpetuada nos escritos do apóstolo Paulo com referência aos líderes que exerciam suas funções de governo das igrejas locais.

Portanto, “o verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso amor e compaixão, entregando-se totalmente às suas demandas e dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus”.

2. Uma missão polivalente. A partir do termo neotestamentário “poimén” é possível listar diversas interpretações para o ato daquele que pastoreia a Igreja, como, por exemplo:

a) Vigilância. O pastor conserva-se no constante exercício de suas funções, concentrando ou exercendo a sua influência benéfica ou protetora sobre o rebanho, além de permanecer em perene atividade. Paulo alertou para o fato dos pastores estarem vigilantes para que os lobos vorazes não penetrem no meio do rebanho. Jesus, também, fez o mesmo alerta: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”(Mt 7:15).

b) Alimentação. O pastor fortalece espiritualmente o rebanho de Cristo por meio do ensino da sua Palavra, sendo este o seu principal empreendimento. Bem diz Bernard Ramm:A tarefa fundamental de um pastor, na pregação, não é ser brilhante ou profundo, mas é ministrar a verdade de Deus”.

c) Proteção. O pastor preserva o rebanho dos perigos auxiliando-o quanto aos obstáculos em sua peregrinação à glória, envolvendo-se ativamente no resgate dos doutrinariamente “desgarrados”, mantendo-se atento para “defender” por meio da apologética cristã e da oração persistente a união e a unidade das ovelhas. Sua função é descrita como a de um “vigia” que, servindo sob o “estado de vela”, permanece em constante exercício, espreitando a favor de seu rebanho.

d) Despenseiro. Além dessas responsabilidades, o pastor age como o bom conciliador e administrador eclesiástico dos bens materiais, patrimoniais, das finanças e recursos humanos disponíveis para toda boa obra da igreja local.

3. O cuidado contra os falsos pastores. Quando Deus levantou Jeremias e Ezequiel como profetas de Judá, Ele ordenou-lhes que repreendessem os pastores infiéis da nação. No período do Antigo Testamento, todos os que tinham responsabilidades de lideranças, como os profetas, os sacerdotes e os reis, eram considerados pastores do povo de Israel. Quanto ao Rei, a sua missão era aconselhar e guiar o povo de Deus(1Sm 9:16; ler Dt 17:14-20); quanto ao Sacerdote, sua missão era santificar o povo, oferecer sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores(Hb 5:1-3; ler Lv 10:8-11; 16; 21:1-24); quanto ao Profeta, sua missão era preservar o conhecimento e manifestar a vontade do único e verdadeiro Deus(Ez 2:1-10; ler Dt 18:20-22).

Deus se indigna contra os pastores que não respeitam as ovelhas que lhe foram confiadas. Diz Deus (Jr 23:1-4):

1. Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor. 2. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor. 3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão. 4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor”.

Deus falou aos líderes de Judá que eles eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele. Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruir, dispersar, afugentar e não cuidar. Pastores devem juntar, alimentar, cuidar, guiar e proteger. Mas, os pastores de Israel faziam tudo ao contrário! Uma coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho. Ele o descreve como “o meu povo”, “as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”. A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes. Eles não amavam o povo como Deus o amava! Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio. Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.

Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada. Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens. Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local (veja 1Pedro 5:1-3), apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor. Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mt 23:6-7). Tais pastores não cuidam do rebanho como devem; são falsos pastores.

Veja, também, o que Deus diz através do profeta Ezequiel contra os pastores infiéis de Israel, isto é, seus reis, sacerdotes e profetas (Ez 34:2-6):

2. Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? 3. Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.  4. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. 5. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam.  6. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque”.

Nota-se que as palavras do Senhor dirigidas aos líderes de Israel são de condenação absoluta desde o começo: "Ai dos pastores de Israel". Aqueles homens achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não entendiam que as posições que ocupavam, bem como as funções executadas por eles, realmente, não os isentavam de ter que admitir seus erros, de ter que confessar seus pecados e de sofrer as graves consequências dos juízos de Deus, caso não se arrependessem.

Estas palavras, realmente duras da parte do Senhor, são motivadas pelo fato de que os pastores não são "donos" do rebanho de Deus e por este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e de forma abusiva. Pastores, como diz o apóstolo Pedro, não passam de cooperadores submetidos ao Senhor Jesus que é chamado de Supremo Pastor (cf. 1Pedro 5:4).

CONCLUSÃO

“Precisamos de pastores que amem a Deus mais do que seu sucesso pessoal. Precisamos de pastores que se afadiguem na Palavra e tragam alimento nutritivo para o povo. Precisamos de pastores que conheçam a intimidade de Deus pela oração e sejam exemplo de piedade para o rebanho. Precisamos de pastores que deem a vida pelo rebanho em vez de explorarem o rebanho. Precisamos de pastores que tenham coragem de dizer “não” quando todos estão dizendo “sim” e, dizer “sim”, quando a maioria diz “não”. Precisamos de pastores que não se dobrem ao pragmatismo nem vendam sua consciência por dinheiro ou sucesso. Precisamos de pastores fiéis e não de pastores populares. Precisamos de homens quebrantados e não de astros ensimesmados” (Rev. Hernandes Dias Lopes. De: Pastor a: Pastor”).

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.

William Macdonald - Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão.

Pr. Elinaldo Renovato -  Dons Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário). CPAD.

Efésisos (Igreja, noiva gloriosa) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

Wayne Grudem - Teologia Sistemática. Vida Nova.

Carlos Alberto R. de Araújo – A Igreja dos Apóstolos. CPAD

(1) Rev. Hernandes Dias Lopes – De: Pastor A: Pastor. HAGNOS.

John Stott. Ouça o Espírito, ouça o mundo. Abu Editora

 

 

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA: UMA PERSPECTIVA EXEGÉTICA, TEOLÓGICA E PRÁTICA

Por: Pr. Altair Germano
 
 
 
 
 

 
 
 

Resolvi escrever sobre o tema, em razão da grande confusão feita em torno do ministério de "evangelista" no contexto das Assembleias de Deus no Brasil. Seria o "evangelista" um oficial da Igreja, ou alguém dotado do "dom espiritual de evangelista", independente de ser ou não um oficial (aquele que exerce um ofício eclesial)?

1. Análise Exegética 

Os texto bíblicos que mencionam o ministério e a pessoa do evangelista são:

"No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista (que era um dos sete, ficamos com ele." (At 21.8).

"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres," (Ef 4.11).

"Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério." (2 Tm 4.5).

Os termos gregos traduzidos nas passagens acima para "evangelista" são:
- At 21. 8:

εὐαγγελιστοῡ (euangelistou).

- Ef 4.11:

εὐαγγελιστάς (euangelistas).

- 2 Tm 4.5

εὐαγγελιστοῡ (euangelistou).

No "Dicionário Vine" (CPAD, 2003, p. 629-630) lemos:

"euangelistes (εὐαγγελιστής), literalmente, 'mensageiro do bem' (formado de eu, 'bem', e angelos, mensageiro), denota 'pregador do Evangelho' (At 21.8; Ef 4.11, que deixa claro a distinção da função nas igrejas; 2 Tm 4.5). [...] Os missionários são 'evangelistas' por serem essencialmente pregadores do Evangelho."

Nesta definição exegética do VINE, o seu entendimento de "função" não fica claro em termos de tratar de "cargo" ou "atividade específica".

O "Dicionário Internacional do Novo Testamento" (Vida Nova, 2000, p. 764) especifica que:

"euangelistes é um termo para 'aquele que proclama o euangelion'. Esta palavra, que é muito rara na literatura não-cristã, embora fosse bastante comum nos escritos cristão primitivos, se acha no NT apenas em At 21.8, Ef 4.11, e em 2 Tm 4.5. Nestas três passagens, faz-se distinção entre o evangelista e o apóstolo. Tal fato fica especialmente óbvio no caso do evangelista Filipe, pois sua atividade teinha que ser ratificada pelos apóstolos Pedro e João (At 8.14-15). Fica claro que o termo euangelistes, portanto, tem a intenção de se referir a pessoas que levam a efeito o trabalho dos apóstolos que foram diretamente chamados pelo Cristo ressuscitado. Mesmo assim, é difícil se a referência diz respeito a um cargo, ou, simplesmente, a uma atividade (grifo nosso). É possível que estes evangelistas tenham se ocupado na obra missionária (At 21.8) ou na liderança da igreja".

Perceba que Coenen e Brown, no "Dicionário Internacional do Nove Testamento", assim como Vine, Unger e White Jr. no VINE, acham dificuldades em afirmar que o "evangelista" era um "oficial" da igreja, assim como eram os πρεσβύτερος (presbíteros, cf. Atos 20.28; 1 Tm 3.2; 1 Pe 5.1; 2 Jo 1; 3 Jo 1), os ὲπίσκοπος (episkopos ou bispos, cf. At 20.28; Fp 1.1; 1 Tm 3.2; Tt 1.7; 1 Pe 2.25) e os διάκονος (diákonos, cf. 1 Tm 3.8, 12).

Na "Chave Linguística do Novo Testamento Grego" (Vida Nova, 1995, p. 393) Rienecker e Rogers definem o termo εὐαγγελιστής da seguinte forma:

" [...] alguém que proclama as boas novas, evangelista. Um evangelista era a pessoa que pregava o evangelho recebido dos apóstolos. Ele era, particularmente, um missionário que levava o evangelho a novas regiões (v. Schlier; Barth; NDITNT)".

2. Análise Teológica

Na Teologia Sistemática de Berkhof (Cultura Cristã, 1990, p. 538), juntamente com apóstolos e profetas, "evangelista" é designado de "oficial extraordinário", enquanto os oficiais ordinários são o presbítero, o mestre e os diáconos.

Na obra Palestras Introdutória à Teologia Sistemática, de Thiessen (IBRB, 1987, p. 299-330), o "evangelista" não é incluído entre os oficiais da igreja.

Strong, em sua Teologia Sistemática  (Hagnos, 2003, p. 674) diz que "É dois o número de oficiais na igreja de Cristo: primeiro o de bispo, presbítero, ou pastor; e segundo o de diácono".

Na Teologia Sistemática: atual e exaustiva, de Grudem (Vida Nova, 1999, p. 758-774), são listados como oficiais os apóstolos, os presbíteros (pastores/bispos) e os diáconos.

Em Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual, de Ferreira e Myatt (Vida Nova, 2007, p. 932-934), tratando sobre "As formas de governo eclesiástico", tanto no episcopalismo anglicano e metodista (desviado pelo catolicismo e modificados por várias igrejas pentecostais), como no governo presbiterial (característico das igrejas reformadas, como a "presbiteriana") e no governo congregacional (adotado especialmente pelas igrejas batistas), não é citado pelos autores o ofício de "evangelista".

Escrevendo sobre o "Governo da Igreja", o missionário Eurico Bergstén, em sua obra Introdução à Teologia Sistemática (CPAD, 1999, p. 269-270), define como funções na Igreja: pastor (cf. Ef 4.11), presbítero (cf. Tt 1.5) e diácono (cf. 1 Tm 3). O "evangelista" também não aparece em sua relação.

Na Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, de J. Rodman Williams (VIDA, 2011, p. 892, 894), os evangelistas são os que proclamam o evangelho, e contribuem para a preparação dos santos para a obra do ministério. Rodman afirma ainda que "precisamos hoje ver cada vez mais evangelistas escolhidos pelo Senhor, que sejam cheios do Espírito Santos, conheçam profundamente as Escrituras, operem sinais e maravilhas, despertem a fé e a entrega que mudam a vida e preparem o povo para receber o dom do Espírito Santo." 

A ideia de ofício também não está presente no conceito de Rodmam sobre os evangelistas.

No livro "A Igreja e as Sete Colunas da Sabedoria", Severino Pedro (1998, p. 87) diz que:

"Nos dias dos apóstolos, os evangelistas eram missionários pátrios que efetuavam a missão evangelizadora da Igreja entre os judeus e depois aos gentios, em posição subordinada aos apóstolos (Lc 10.1-17; At 8.4;11, 19). [...] A missão primordial dos evangelistas era a pregação das Boas Novas do Reino de Deus; igualmente a missão dada aos apóstolos no início de seus ministérios. Em ambos os casos, a ideia de pregar está presente nessas ocasiões."

Severino Pedro (idem, p. 89-90) classifica os "evangelistas" em três categorias: os evangelista voluntários (At 4.31; 8.4; 11.9), que seriam todos aqueles que de alguma forma pregam o evangelho, os evangelistas autorizados (cf. 2 Tm 4.5), neste caso ele não afirma a ordenação de Timóteo, e os evangelistas ordenados (Ef 4.11), do qual somente Filipe é um exemplo bíblico.

Em "Teologia Pastoral" de José Deneval Mendes (CPAD, 1999, p.28):

"O evangelista é um portador inflamado pelo amor de Deus de boas-novas às almas perdidas, e cuja mensagem principal é a graça redentora de Deus. No ministério evangelístico, é o normal Deus operar grandes milagres com o objetivo de despertar o povo para a mensagem da da sua Palavra. Assim como aconteceu em Samaria (At 8) e tem acontecido através dos tempos".

Aqui também não está clara a ideia de "ofício" ou de atividade extra-oficial.

Na Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995, p. 1815), lemos que:

"No NT, evangelista eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, i.e., as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16). [...] O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixa de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. [...] A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista (grifo nosso) e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 2.14-41)".

Perceba mais uma vez, que a ideia de "oficial da igreja" não fica clara, antes, são utilizados os termos "ministério de evangelista" (que necessariamente não implica em função oficial) e "dom espiritual de evangelista", onde neste sentido, Filipe, o "oficial" diácono, poderia ter o dom espiritual de evangelista, que o impulsionou a realizar o que está registrado nos textos já citados neste artigo.

Na obra "A Igreja dos Apóstolos", Carlos Alberto R. de Araújo (CPAD, 2012, 206-208), o evangelista se enquadra na condição de um ministério itinerante, exercido para a proclamação do evangelho aos incrédulos, e que se enquadra entre os ministérios de liderança (Ef 4.11). Diferente dos apóstolos que viajavam de cidade em cidade, os evangelistas exerciam um ministério local, contribuindo para a pregação do evangelho na região onde congregavam (At 20.1-3; 6-7, 11, 17; 21.8,9). Araújo também não classifica os evangelistas como "oficiais" da igreja.

3. Análise Prática

Como vimos nas análises exegéticas e teológicas, não há consenso ou firmeza em declarar que o "evangelista" era um "oficial" da igreja. O cargo (oficial) não existe na grande maioria das denominações evangélicas e, quando existe, como no caso das Assembleias de Deus, uma grande confusão é feita em torno do mesmo. Por exemplo:

a) O evangelista, na grande maioria dos casos, é um cargo conferido a alguém desprovido das características bíblicas aqui afirmadas (amor pelas almas, habilidade para pregar o Evangelho; sinais sobrenaturais no seu ministério, poder em sua mensagem etc.);

b) O cargo de evangelista ocupa uma posição hierárquica abaixo do pastor, o que não se sustenta exegeticamente. Esta hierarquia consiste numa "escadinha hierárquica" na seguinte ordem: auxiliar local, auxiliar oficial, diácono, presbítero, evangelista e pastor (e agora, em algumas convenções estaduais, "bispo" e "apóstolo"). Em razão disto, muitos evangelistas preferem (ou são chamados), pelas mais diversas razões, pelo título de "pastor". Conheço alguns que em seus cartões, em cartazes de eventos e em outras ferramentas de identificação, divulgação ou publicidade, usam a designação de "pastor" em vez de "evangelista";

c) Muitos evangelistas dirigem igrejas, função esta do pastor, deixando dessa forma de fazer o que lhe compete, que é o de pregar o evangelho aos perdidos. Acabam sendo criticados, e por vezes até hostilizados pela própria igreja e companheiros de ministério;

d) O cargo de evangelista é "dado" (também, pelas mais diversas razões) a quem não tem o dom, enquanto muitos que tem o "dom espiritual de evangelista" nem oficiais da igreja são, ou ocupam as funções de auxiliares, diáconos e presbíteros;

Se o ofício de "evangelista" pudesse se fundamentar biblicamente, no mínimo, deveria ser praticado em nossas igrejas de forma bíblica. Desta maneira, o comentário de Severino Pedro (idem, p. 90) é bastante pertinente:

"Nos dias atuais parece haver muitos avivalistas e poucos evangelistas. Existem Igrejas superlotadas de pregadores, mas vazias de ganhadores de almas. E, além disso, a verdadeira função do evangelista, é que ele deve ser visto mais fora da Igreja do que dentro dela [me refiro aqui Igreja loca]. isto é, que ele não seja somente visto numa função local; mas que sempre avance na direção das almas perdidas sem Cristo; fundando novas Igrejas e comunidades".

Estêvam Angelo de Souza, em sua obra "Os Dons Ministeriais" (CPAD, 1993, p. 43) afirma:

"Devido a incorreta concepção do ministério de evangelista, vemos, às vezes, um 'Evangelista' ocupado com uma pequena igreja, completamente fora de sua função, ou mesmo, sem qualquer evidência deste dom ministerial. É evangelista simplesmente porque alguém o determinou ou porque lhe deram este nome. Isto nada tem haver com o verdadeiro ministério de evangelista; isto não tem nenhum fundamento bíblico."

Afirma ainda o autor acima que "Não temos informação de que Filipe fora ordenado como evangelista para Samaria", e que "[...] o poderoso dom de evangelista não é comum a todos os crentes; no entanto, a responsabilidade de pregar o Evangelho a toda a criatura é comum a todos os salvos, a quantos amam a Deus e a sua obra!" (Ibid., p. 48).

4. Considerações finais

Se "evangelista" é um cargo oficial à luz da Bíblia, e para isto é citado Ef 4.11, por qual razão "profetas" e "mestres" não o são?

Se "evangelista" é um cargo oficial à luz da Bíblia, por qual razão as Escrituras não prescrevem os pré-requisitos para o cargo (ou ofício), como nos casos de diáconos, presbíteros e bispos (1Tm 3.1-13; Tt 1.5-9)?

No meu entender, o cargo de "evangelista" não se fundamenta com muita clareza à luz das Escrituras, se sustentando basicamente à luz da "tradição" da igreja.

 

domingo, 18 de maio de 2014

Aula 08 – O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA


2º Trimestre/2014

Texto Base: Atos 8:26-35; Efesios 4:11

 
“Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4:5).

 

INTRODUÇÃO


Os Apóstolos e Profetas lançaram o fundamento da igreja, e os Evangelistas edificaram sobre esse fundamento, ganhando os perdidos para Cristo. Cada membro da igreja deve ser uma testemunha de Cristo (At 2:41-47; 8;4; 11:19-21), mas há pessoas a quem Jesus dá o Dom especial de ser um Evangelista. No início da Igreja, o trabalho dos Evangelistas era uma obra itinerante de pregação orientada pelos apóstolos, e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da igreja”. O fato de não termos esse Dom não nos desobriga de evangelizar.

I.  JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10:1-20)

Esse é o único relato nos evangelhos do Senhor enviando os setenta discípulos. É bem semelhante à comissão dos doze em Mateus 10. Todavia, ali os doze discípulos foram enviados às áreas do norte, enquanto os setenta agora estão sendo enviados ao sul, ao caminho que o Senhor seguia a Jerusalém. Enquanto o ministério e o serviço dos setenta foi somente temporário, as instruções do Senhor a esses homens sugerem muitos princípios de vida que se referem aos cristãos de todas as épocas.

1. São poucos os que anunciam. Quando Jesus enviou os trinta e cinco grupos de duas pessoas para alcançar as muitas cidades e aldeias que Ele ainda não tinha alcançado Ele asseverou: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos” (Lc 10:2). Para se ter uma seara é necessário ter obreiros no campo. Assim, muitas pessoas precisam ouvir a mensagem, mas há poucos obreiros dispostos a reuni-los. Embora Jesus tivesse enviado os Doze, e agora mais setenta, Ele lhes disse: “rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara”. No serviço cristão, não há espaço para o ócio. Nenhum crente deve ficar sentado a olhar os outros trabalhar, porque a seara é grande. Na seara do Senhor a necessidade é sempre maior que a provisão de trabalhadores. Ao orar por trabalhadores, obviamente, devemos estar dispostos a ir. Note: rogai (Lc 10:2), ide (Lc 10:3).

2. Enviados para o meio de lobos.Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos (Lc 10:3). Esses setenta discípulos estavam sendo enviados a um mundo que não era um lugar agradável, era um ambiente hostil (Lc 10:3). A seara envolve um trabalho intenso e inevitáveis perigos. Jesus ordenou que eles fossem – “eu vos mando” -, explicando que eles iriam como “cordeiros ao meio de lobos”. O uso da palavra “cordeiros” se refere à sua vulnerabilidade, que poderia fazer com que eles dependessem mais de Deus. Aparentemente, eles estão sem defesa, como “cordeiros” no “meio de lobos”. Eles não podem esperar ser tratados majestosamente pelo mundo contrário à mensagem do Reino de Deus, mas, antes, ser perseguidos e até mortos. A história da igreja nos mostra que inúmeras pessoas pagaram com a vida por professar a fé em Cristo e pregar o Evangelho. Os verdadeiros evangelistas enfrentarão ainda muitas perseguições, sobretudo em paises dominados por religiões anticristãs e fundamentalistas. Eles são comparados a cordeiros que se dirigem para o meio dos lobos.

A natureza da vocação cristã recebeu o seu modelo do próprio Senhor encarnado que sofreu e foi humilhado até à morte e morte de cruz (Fp 2:6-11). A vida do cristão deriva daquele que exemplificou o padrão do "morrer para viver". Dessa forma, não há absolutamente nada incoerente, nem inconsistente, no "destino dos cristãos como comunidade perseguida, inserida em um mundo hostil" (Fp 2:15). Enquanto muitos pregam que a glória é a insígnia de todo cristão, Paulo afirma que a marca distintiva do crente é a cruz – “E em nada vos espanteis... Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele...”. (Fp 1:28,29). O sofrimento por causa do evangelho não é acidental, mas um alto privilégio, nada menos do que um dom da graça de Deus! A cruz dignifica e enobrece.

3.  Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra. Os setenta discípulos completaram a sua missão em várias cidades e aldeias (Lc 10:1) e retornaram com alegria, porque até os demônios se submeteram a eles – “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (Lc 10:17). Além disso, os setenta evangelistas foram autorizados a curar os enfermos que encontrassem nas cidades por onde haveriam de passar (Lc 10:9). Receberam o mesmo poder que os Doze receberam, da parte do Senhor (Mt 10:8). Nos tempos apostólicos, a operação de milagres era parte integrante da missão. Evangelização com milagres, sinais e prodígios era a característica da atividade ministerial. Receberam "poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda enfermidade e todo o mal" (Mt 10:1). Da mesma forma, os setenta evangelistas também estavam investidos da mesma autoridade espiritual.

Todavia, quando os discípulos retornaram trazendo o relatório positivo da missão e cheios de alegria por que os demônios lhes sujeitaram, Cristo os advertiu para não fazerem do poder sobre os demônios, ou do sucesso da missão, uma fonte fundamental da sua alegria. Deviam alegrar-se, sim, por estarem redimidos do pecado e destinados ao Céu (ver Mt 7:22,23). Isso é uma grande lição para todos nós hoje que exercemos algum ministério no reino de Deus!

II. A GRANDE COMISSÃO (Mt 28:19,20; Mc 16:15-20).

Comissão” significa “ato de cometer, encarregar, incumbir”; é, em primeiro lugar, uma ordem, um imperativo - “Ide... Ensinai (fazei discípulos)... Batizando”(Mt 28:19). Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Elas declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da Igreja.

Na igreja primitiva, a evangelização atingiu o ápice quando experimentava um efusivo derramamento do Espírito Santo (At 2:1-4). Essa unção extraordinária modificou a estrutura espiritual de um grupo de homens assustados em verdadeiras brasas ardentes, e os levou a testemunharem do amor de Deus com o sacrifício de suas próprias vidas.

1. O alcance da Grande Comissão. Jesus, após ter passado quarenta dias dando prova da Sua ressurreição aos discípulos e falado a respeito do reino de Deus (At 1:3), explicitamente determinou qual seria a tarefa principal da Igreja: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Aqui, o verbo está no modo imperativo, ou seja, trata-se de uma ordem, não de uma recomendação ou de um conselho da parte do Senhor. Nota-se que Jesus ordenou que o evangelho fosse pregado por todo o mundo a toda a criatura, uma ordem que estabeleceu um verdadeiro dever a todo cristão, a ponto de o apóstolo Paulo ter exclamado: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!”(2Co 9:16). Esta ordem de Jesus, registrada por Marcos, foi proferida quando Jesus apareceu aos onze, oito dias depois da ressurreição (Mc 16:15 c/c João 20:26-29).

No registro feito por Mateus, a ordem de Cristo é dada em um monte na Galiléia, para onde o Senhor havia determinado que os onze discípulos fossem (Mt 28:16), tendo, então, a ordem de Cristo sido até mais ampla que a registrada por Marcos, envolvendo além da pregação do Evangelho, o batismo nas águas e o ensino da Palavra (Mt 28:19,20). O Evangelho segundo Marcos termina com a afirmação de que, em cumprimento à ordem, os discípulos foram e pregaram por todas as partes (Mc 16:20).

A ordem do Senhor de ir por todo o mundo lembra-nos de que a evangelização é feita sem qualquer discriminação, sem qualquer parcialidade ou preferência deste ou daquele lugar, desta ou daquela nacionalidade. Ir (proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura), Ensinar (tanto aos novos convertidos como aos maturados na fé, tornando-os fiéis seguidores de Cristo); e Batizar (integrar os novos convertidos na igreja local, a fim de que cresçam na graça e no conhecimento por intermédio da ação do Espírito Santo em sua vida, e desfrute sempre da comunhão dos santos) – é, sem sombra de dúvidas, a suprema tarefa da igreja.  A igreja pode fazer tudo aqui na terra, mas se não fizer missões e evangelismo, não fez nada. Missões é urgente e imprescindível!

2. O mundo está dividido em dois grupos. Marcos 16:16 informa que no mundo há dois grupos de pessoas diante da mensagem de Jesus: os que creem e os que não creem – “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

A ordem do Senhor é que devemos ir por todo o mundo: ir ao encontro do mundo; ir ao encontro dos pecadores, levar-lhes a mensagem da salvação em Cristo Jesus. O homem não tem condições de salvar-se a si próprio e, mais, o deus deste século lhe cegou o entendimento para que não tenha condições de ver a luz do evangelho da glória de Cristo (2Co 4:4).

A ordem do Senhor é para que se pregue a toda criatura, mesmo aquela que, pela sua conduta, pela sua forma de proceder, seja a pior pessoa que exista sobre a face da Terra. Não cabe à Igreja dizer a quem deve, ou não, ser pregada a Palavra. O Senhor foi enfático em dizer que toda criatura deve ouvir a mensagem do Evangelho, seja esta pessoa quem for. Nos dias do profeta Jonas, o Senhor mandou que fosse feita a pregação a todos os ninivitas, sem exceção alguma, ainda que eles fossem os homens mais cruéis que existiam no mundo naquele tempo. Mesmo sendo o que eram, foram alcançados pela misericórdia divina. Observe o exemplo de Jesus - Ele ia ao encontro dos publicanos e das meretrizes, considerados a escória da sociedade de seu tempo, e nós, o que estamos a fazer?

3. A Grande Comissão hoje. O imperativo de Jesus continua tão forte como no dia em que foi proferido pela primeira vez, logo após a sua ressurreição. O santo evangelho continua sendo apresentada ao ser humano, a mensagem de que “o tempo está cumprido e que o reino de Deus chegou”, ou seja, que Jesus salva o homem e o liberta do pecado, pondo-o, novamente, em comunhão com Deus, restaurando-lhe, assim, a dignidade originalmente concedida na criação, bem como lhe assegurando a vida eterna.  Ao aceitar a mensagem do Evangelho o ser humano passa a se comportar de maneira condizente com a vontade de Deus; passa refletir a respeito dos princípios e valores, que se encontram na Palavra de Deus, em todos os níveis de nossas relações: na família, na igreja, na escola, no trabalho e nas amizades. Isto equivale dizer que o Evangelho de Cristo não visa apenas salvar o homem do pecado e do inferno, mas também levá-lo a agir como instrumento transformador da sociedade na qual acha-se inserido.

Para a igreja foi dada a ordem de anunciar o evangelho, e terminará somente quando ela for arrebatada. Milhões ainda não foram alcançados pela mensagem do Evangelho e milhões tem se desviado da fé cristã. A Europa, celeiro de missionários até há pouco tempo, quase por inteiro, já é considerada “pós-cristã”. Como bem diz o pr. Elinaldo Renovato, “se a igreja não experimentar um real e poderoso avivamento espiritual, em poucas décadas a Europa se tornará muçulmana ou o cristianismo não mais influenciará”.

A igreja fundada por Jesus Cristo é um organismo vivo, dinâmico e atuante neste mundo de miséria e pecado, mas para que isto ocorra é necessário canalizar mais recursos financeiros, colocando missões em primeiro lugar na administração e atividades da igreja, sem isto não estamos contribuindo de forma efetiva para divulgação do Reino de Deus aqui na terra. Hoje, há inúmeras maneiras de exercermos o ministério evangelístico: na evangelização de massa, na evangelização pessoal, na evangelização por filmes, na evangelização pelo rádio, pela televisão, pela internet, na evangelização pela música, etc.

III. O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA

“... outros para evangelistas...”(Ef 4:11).

1. O conceito de Evangelista. O termo “evangelista” é a transliteração do termo grego “euaggelistas”, utilizado para nomear os cristãos que se dedicavam à proclamação do evangelho aos incrédulos, sendo utilizado na igreja para conceituar um de seus ministérios de liderança (Ef 4:11). O vocábulo origina-se da raiz grega “euaggelizó”, que significa “anuncio as boas novas de libertação” ou “proclamo o evangelho”. O significado de “boa nova” origina-se do texto de Isaias 52:7 e 61:1, respectivamente: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”. “O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos”.

"A palavra [evangelista] é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi chamado de 'o evangelista' (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso (At 8.4ss). Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesaréia, onde tinha sua casa (At 8.40; 21.8)" (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.725,26).

2. O papel do evangelista. Como Dom, o Evangelista refere-se àquele que é chamado para pregar o Evangelho. Foi concedido por Deus para que o arauto de Deus, através da mensagem centralizada na cruz de Cristo, ganhasse pessoas para o reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas; não importa o número, se uma pessoa, se dezenas, centenas ou milhares; o que importa é pregar Jesus, o crucificado. Ele é o líder eclesiástico funcionalmente envolvido com a proclamação do Evangelho como a Palavra divina encarnada em Jesus Cristo (At 8:5-8). Diferentemente dos “apóstolos” que, em geral, viajando para uma cidade, permaneciam evangelizando ali a fim de organizarem uma nova igreja local (At 20:1-3, 6,7,11,17; 21:8,9), os “evangelistas” possivelmente auxiliavam na proclamação do Evangelho aos incrédulos junto às igrejas já construídas, qual Filipe, o evangelista que residia na cidade de Cesaréia (At 21:8). Ou seja, os evangelistas proclamavam a Palavra na região onde estavam congregados. Paulo, sabendo da importância deste dom, disse a Timóteo: “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”(2Tm 4:5).

3. A finalidade do ministério do evangelista. Ganhar almas para Cristo e de instruí-las nas doutrinas fundamentais da vida espiritual (Hb 6:1,2), a fim de que, superada a fase inicial, possam prosseguir por conta própria na caminhada para o céu. A principal característica do evangelista é a de que é um instrumento de Deus para trazer as pessoas ao encontro pessoal com Cristo e de criar as condições mínimas para a estruturação da vida espiritual. É o anunciador das boas-novas da salvação. É aquele que está na linha de frente do “ide” de Jesus. Ele tem habilidade especial para diagnosticar a condição do pecador, sondar sua consciência, encorajar a decisão por Cristo e ajudar o convertido a encontrar segurança na Palavra de Deus. Os evangelistas devem sair e pregar ao mundo para depois conduzir os convertidos a uma igreja local onde serão alimentados e encorajados espiritualmente. Além de Timóteo, Filipe foi outro evangelista muito útil na obra de evangelização na igreja primitiva – “No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele” (At 21:8).

CONCLUSÃO

O Dom de Evangelista é concedido pelo Espírito Santo a algumas pessoas para o fortalecimento e a edificação das igrejas locais (Ef 4:11), todavia, nenhum crente está desobrigado de cumprir o “ide” de Jesus. Em sua despedida, Jesus mandou que seus seguidores pregassem o evangelho por todo o mundo, a toda criatura, e assegurou que seriam manifestados sinais que haveriam de seguir “aos que crerem”, indicando que todos os crentes, que se dispuserem a testemunhar de Cristo, receberão poder sobrenatural para cumprir a tarefa de evangelizar. As igrejas locais só existem porque é necessário se pregar o Evangelho a toda a criatura.

“A Bíblia não manda que os pecadores procurem a igreja, mas ordena que a igreja saia em busca dos pecadores” (Billy Graham).

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.

William Macdonald - Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão.

Pr. Elinaldo Renovato -  Dons Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário). CPAD.

Efésisos (Igreja, noiva gloriosa) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

Wayne Grudem - Teologia Sistemática. Vida Nova.

Carlos Alberto R. de Araújo – A Igreja dos Apóstolos. CPAD