2º Trimestre/2018
Texto Base: 1Corintios 10:1-13
INTRODUÇÃO
Pela graça de Deus, mais
um trimestre letivo se inicia. Após estudarmos preciosas lições extraídas da
Epístola aos Hebreus, trataremos neste 2º Trimestre de 2018 a respeito de um
estudo propriamente temático, ou seja, de um tema amplo, não circunscrito a um
determinado livro da Bíblia. Trataremos de temas voltados para a Ética Cristã,
orientando como a Igreja deve encarar as questões morais do nosso tempo. São
temas que dizem respeito aos valores cristãos e suas práticas em conformidade
com as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, que é o Código de Ética Divino.
Quanto mais as pessoas se afastam da Bíblia pior fica o comportamento delas. Seja
na política, seja nas artes, seja na ciência, seja na economia, todos os povos
estão observando um clamor, uma exigência por padrões éticos. Cada vez um maior
número de pessoas está a exigir dos líderes, dos cientistas, dos empresários,
dos trabalhadores, enfim, de todos os segmentos da população, que haja uma
atitude ética nos relacionamentos humanos. Este clamor por ética reflete o
grande vazio espiritual que tem sido vivido pela humanidade, pois a discussão
sobre a falta de ética que hoje se verifica em todos os setores da vida humana,
nada mais é que uma universal constatação de que os homens perderam o rumo, o
norte, exatamente porque se recusaram a seguir a Deus e a observar os Seus
mandamentos exarados na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a revelação divina
imutável.
I. O CONCEITO
DE ÉTICA CRISTÃ
1. Definição Geral. A palavra
"ética" possui origem no vocábulo grego ethos, que aparece 12 vezes no Novo Testamento (Lc.1:9; 2:42: 22:39:
João 19:40: At.6:14: 15:1: 16:21; 21:21; 25:16; 26:3; 28:17: Hb.10:25), e
significa estilo de vida, conduta, costumes ou prática. A ética preocupa-se com
a conduta ideal do indivíduo, ou seja, qual deve ser o comportamento do
indivíduo ao exercer uma determinada atividade, ao desempenhar uma determinada
ação, ou seja, como o indivíduo deve agir enquanto vive.
2. Ética e Moral. Etimologicamente "ética" e "moral" se confundem, pois ambas dizem
respeito ao conjunto de padrões e de atitudes que as pessoas devem ter no seu
dia-a-dia, no seu cotidiano. Devido à proximidade linguística desses termos,
muitas vezes eles são usados como sinônimos. Contudo, devemos defini-los
separadamente.
- A Ética secular ou filosófica é
a ciência dos costumes ou hábitos. É urna ética que busca a verdade e o bem
pela razão, conforme os conceitos predominantes da época. Dessa forma, ela se
refere ao costume ou hábito de beber, aos modos à mesa, às tradições de casamentos
e funerais, às festas religiosas e culturais, à moda e à moral trabalhista,
política, civil e econômica. É a ética ensinada nos cursos de filosofia nas
grandes universidades. Enfim, a ética secular “pode ser entendida como a área
da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotada por uma sociedade”.
- A Moral “refere-se ao
comportamento social em relação às regras estabelecidas, que podem variar de
uma cultura para outra, podendo sofrer variadas e sistemáticas alterações”. O
termo moral vem do latim moralis (relativo
aos costumes), sendo a parte da filosofia que trata dos atos humanos, dos bons
costumes e dos deveres dos homens. Desta maneira, temos a moral trabalhista, a
moral sexual, a moral nos negócios, a moral da aprendizagem, a moral política
etc. A Moral observa o que o homem faz, enquanto a Ética pergunta por que e
para que o homem faz.
3. Ética Cristã. A Ética Cristã é o
conjunto de valores morais unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo
qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e
de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a
Deus, mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o
redimiu. Por ser baseada na Revelação divina, acredita em valores morais
absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas
e em todas as épocas.
Segundo Hans Ulrich
Reifler, “a Ética Cristã não é uma mera ciência de costumes e hábitos, não
buscando a verdade e o bem primariamente pela razão. A Ética Cristã não exclui
a razão, mas a leva cativa à obediência de Cristo (2Co.10:5). Em sua essência,
é normativa, enquanto a ética secular é mais descritiva. Vai muito além dos
costumes, comportamentos ou atitudes, pois tem a ver com o bem e o mal
revelados nas Sagradas Escrituras, e isso em termos absolutos. Portanto, a Ética
Cristã é o estudo sistemático da moralidade (do latim moralitas, que significa ‘a qualidade do que é moral’, ‘caráter’),
e não o estudo de costumes. Por isso, ela procura a verdade e o bem através do
supremo bem e da vontade de Deus revelada na Bíblia. A Ética Cristã é também
ensino, mandamento, diretriz, norma, enquanto os costumes são variáveis,
flexíveis, descritivos e dependem da situação”.
4. Princípios da Ética Cristã. A Ética Cristã, assim
como toda vida cristã se baseia no pressuposto que a Bíblia é a Palavra de Deus
e que a Bíblia é nossa única regra de fé e prática. Considerando então que
a Bíblia é nossa regra de fé e prática, ou de discurso e de conduta, então podemos
afirmar que nossa ética é essencialmente normativa. Mas além de normativa ela é
prescritiva, pois foi determinada antes da nossa conduta acontecer. Não
formamos uma ética descritiva ou que é formada a partir das consequências, pois
para nós os “fins” não podem justificar os “meios”; os cristãos creem que os
“meios” são parte dos princípios estabelecidos na Bíblia, e como consequência
creem que os “fins” serão os estabelecidos por Deus, mesmos que estes fins ou
resultados não sejam os desejados ou esperados. Nossa ética então tem que ser
conduzida pela nossa fé, e não por nossa razão. É uma ética com princípios, que
para nós produzem nossas normas de vida. Os princípios que são a moralidade de
Deus, ou a forma como Deus estabelece o que é certo e errado, ou o que é bom e
mal, é nosso padrão de conduta.
Será que nossa conduta
revela que somos sal da terra e luz do mundo, ou já estamos irremediavelmente
comprometidos com os princípios, valores, crenças e comportamento mundanos?
Será que nossa conduta tem servido para a glória de Deus, ou temos sido motivo
de escândalo na igreja, ou entre as pessoas que não são cristãs? O objetivo do
cristão deve ser, sempre, a glória de Deus, daí porque Jesus ter nos alertado
de que as nossas obras farão os homens glorificarem a Deus(Mt.5:16). Tudo o que
fizermos deve redundar na glorificação do Senhor (1Co.10:31), e isto no
relacionamento com todos os homens, indistintamente, pertençam eles a qualquer
um dos três povos da terra (judeus, gentios e igreja).
O cristão somente deve
praticar o que é bom para edificação, o que é verdadeiro, honesto, justo, puro,
amável, de boa fama e em que haja alguma virtude e algum louvor (Fp.4:8),
coisas que correspondem ao fruto do Espírito e contra o que não há lei humana
que possa querer evitar(Gl.5:22,23).
II.
FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ
Todos nós tomamos diariamente dezenas de decisões. As decisões que
tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo
individual e social. Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de
outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que
acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética. Com relação à
Ética Cristã, temos como fator norteador principal do senso ético de todo
cristão, a Bíblia Sagrada que, em seu bojo, destacamos como fatores fundamentais:
o Decálogo, os Profetas, os Evangelhos, o Sermão do Monte, as Epístolas
Paulinas e Gerais.
1. O Decálogo. O Decálogo ou os Dez
Mandamentos são preceitos éticos que fazem parte da lei moral de Deus (Êx.20:1-17).
Os quatro primeiros tratam da relação do homem para com o Criador: adoração
exclusiva, condenação à idolatria, alerta acerca do uso vão de seu santo nome e
a sacralidade do tempo (Êx.20:1-11). Os seis últimos mandamentos referem-se à
relação do homem com o próximo: honra aos pais, zelo pela integridade da vida,
repúdio ao adultério, proibição ao furto, a mentira e a cobiça (Êx.20:12-17).
O Decálogo é recomendado
para todo ser humano como expressão clara do bem (Dt.4:6; Ec.12:13).
"Guardai-vos, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria
e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos,
dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida" (Dt.4:6).
De acordo com este
versículo, o Decálogo é recomendado a todos os homens. Esta verdade foi
reconhecida por Salomão quando ele escreveu: "De tudo o que se tem ouvido,
a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de
todo homem" (Ec.12:13). Tal fato também foi aceito por Paulo em Romanos 2:14,15.
A consciência do bem e do mal é dada a todos, e isto, de tal maneira que
reconheçam a validade moral dos Dez Mandamentos. Para nós, gentios, não é
Moisés quem importa, mas a lei de Deus, do Criador.
Em outras palavras, Deus
escreveu nos corações dos homens aquilo que revelou aos judeus através de
Moisés. Dessa forma, Moisés concorda com a lei natural. A validade moral da
segunda tábua (a parte do decálogo que trata do relacionamento entre os homens)
é reconhecida em todos os países civilizados. Sua não-observância destrói a
vida e mina os princípios de qualquer sociedade.
O contexto dos Dez
Mandamentos afirma exatamente o mesmo: "... ouve os estatutos... que eu
vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais" (Dt.4:1). Nesses mandamentos,
Deus, o Criador, declara a lei da vida. Desse modo eles se tornam uma bênção
para os homens, uma bênção de vida. Tornam-se dádivas; e mais, são a aliança
que Deus fez com Seu povo (Dt.4:13), e aliança é promessa, vivência, boas-novas.
Até os sociólogos do século XX reafirmam a sabedoria da lei, ou, pelo menos, da
segunda tábua (Dt.4:6).
Portanto, os Dez
Mandamentos não são recomendados apenas para o púlpito, mas também para os
tribunais de justiça, os palácios dos governadores e as sedes das prefeituras
municipais.
A instrução ética não é o
principal propósito do Decálogo. A lei moral de Deus é, antes de tudo, um
instrumento de diagnóstico para expor e condenar o pecado, em preparação para o
evangelho. Entretanto, para a pessoa perdoada e capacitada pelo Espírito Santo,
através da fé, a Lei Moral é também um guia moral, uma norma de comportamento
cristão.
A Ética Cristã está
baseada no Decálogo, mas é determinada e decidida pelo amor (Rm.13:8), guiada e
direcionada pelo Espírito Santo (Rm.8:4) e cumprida em Cristo (Mt.5:15-18).
Jesus ensinou que os Dez
Mandamentos se resumem nestes dois: amar a Deus e amar o próximo (Mt.22:37-39).
2. Os profetas. No Antigo Testamento, o
profeta era o "porta-voz" de Deus (Êx.7:1; 4:10-16). Era alguém que
falava em nome do Senhor: "Serás como a minha boca" (Jr.15:19). Deus
escolheu, preparou e inspirou seus servos, os profetas, para admoestar seu
povo. Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar (Os.12:10; Hb.1:1).
Eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade,
tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm.12:6;
1Rs.19:16; Jr.18:18). Eles não hesitavam em enfrentar reis desobedientes,
governadores, sacerdotes ou qualquer tipo de liderança que não seguisse a
Palavra de Deus (1Rs.18:18). Tinham, ainda, como missão: lutar contra a
idolatria, zelar pela pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus.
Suas mensagens deveriam ser recebidas integralmente por toda a nação como Palavra
de Deus (2Cr.20:20). Certamente, a mensagem dos profetas do Antigo Testamento
tem uma imensa influência ética para os seguidores de Jesus, abarcando as
esferas morais (Jr.17:1-11; Ml.1:6-14; 2:10-16), sociais (Is.58; Mq.2:1-5) e
espirituais (Jr.31:31,32; Jl.2:28-32).
3. Os Evangelhos. A palavra Evangelho
significa boa nova ou boa mensagem. Os Evangelhos são as boas novas de Cristo
(Mt.9:35). Este termo designa os quatro primeiros livros do Novo Testamento que
relatam a vida e os ensinamentos do encarnado Filho de Deus, nosso Senhor Jesus
Cristo - tudo o que Ele fez para estabelecer uma vida reta e justa na terra e
para salvar a humanidade pecadora. Além disso, os Evangelhos “contém apelo ao
arrependimento, renúncia ao pecado, oferta de perdão, esperança de salvação e
santidade de vida (Mt.3:2, Lc.1:77, 9:62). Os seguidores de Cristo são
convocados a viverem as doutrinas do Evangelho e a adotarem a ética e a moral
do Reino de Deus como estilo de vida”.
“Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes
das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre
elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser
grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro
será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc.10:42-45).
4. O Sermão do Monte. O Sermão do Monte
(Mt.5:7) é, em alguns aspectos, uma interpretação e intensificação do Decálogo.
O Sermão do Monte está para os cristãos como o Decálogo está para os judeus. Ao
pronunciar o sermão do monte (Mt.5-7), Jesus expôs a Sua doutrina e, de forma
admirável, reafirmou a ética estabelecida no monte Sinai, não só confirmando o
teor dos Dez Mandamentos, como, dentro da progressiva revelação de Deus aos
homens, que encontrava ali, em Cristo, seu máximo esplendor, sua
plenitude(Hb.1:1-3; João 14:8,9). Jesus deu-nos a verdadeira noção da
profundidade e do alcance das normas éticas exigidas por Deus ao homem. O
Sermão do Monte “contém princípios do mais alto ideal moral. Nele são reveladas
a ética e a moral do Reino de Deus em questões como: a ira, o adultério, o
divórcio, o juramento, a vingança e o amor (Mt.5:22,28,32,37,39,44); também
aborda a esmola, a oração e o jejum (Mt.6:1,5,16); passando pela questão do
prejulgamento dos falsos profetas e dos alicerces espirituais (Mt.7:1,15,24-27)”.
5. As Epístolas Paulinas e Gerais. As Epístolas Paulinas,
bem como as Epístolas gerais, trazem ensinamentos aprofundados sobre a nossa
relação com Deus (Rm.12:1,2; Hb.13:7-17), com o Estado (Rm.13:1-7; 1Pd.2:11-17),
com o próximo (Rm.13:8-10; 14:1-12; 1João 3:11-24), a injustiça social (Tg.2:1-13;
5:1-6), a questão da sexualidade cristã e do casamento (1Co.6:12-20; 1Co.7:10-24).
Enfim, todo o compêndio Neotestamentário é considerado o Código de Ética divino
à Igreja, outorgado pelo Espírito Santo.
III. CHAMADOS
A VIVER ETICAMENTE
Os israelitas foram reprovados por não
obedecerem à Lei Moral outorgada por Deus no deserto. Tal registro foi feito
para a nossa advertência, pois as Escrituras dizem acerca do perigo de não
vivermos o ideal ético do Reino (1Co.10:5).
“Mas
Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no
deserto”.
Aqui, neste texto, Paulo
está corrigindo a vaidade e a soberba da igreja de Corinto. Paulo está evocando
o exemplo negativo de Israel para exortar a igreja – “E essas coisas foram-nos
feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram”
(1Co.10:6). Ele está dizendo à ensoberbecida igreja de Corinto para olhar para
o exemplo de Israel e ver que, a despeito de tantos privilégios que essa nação
teve, Deus não se agradou da maioria deles. E para ser mais exato, de toda
aquela multidão que saiu do Egito – seiscentos mil homens, fora crianças e
mulheres -, apenas duas pessoas entraram na Terra Prometida. Aquele deserto se
transformou no maior cemitério da história. Deus não se agradou da maioria
daquele povo. O grande problema foi a exagerada autoconfiança.
Eles caíram porque confiaram que eram fortes. Privilégios espirituais não são
garantia de sucesso espiritual. O fato de você ser crente, de ler a Bíblia, de
ter sido batizado, de participar da Ceia, de frequentar a igreja, de ouvir a mensagem
de Deus e de cantar ao Senhor não lhe garante sucesso espiritual.
A geração de Moises
cometeu cinco tipos de pecados, todos gravíssimos. Paulo cataloga esses pecados
que marcaram aquela geração reprovada: (a) A Cobiça (1Co.10:6), (b) a Idolatria
(1Co.10:7), (c) a Imoralidade (1Co.10:8), (d) Colocar Deus à prova (1Co.10:9),
(e) a Murmuração contra Deus (1Co.10:10).
1. Cobiça - "Não
cobiceis as coisas más" (1Co.10:6). Aquele povo tinha tudo o que Deus
dava: o maná que caía, a água que jorrava, as codornizes que Deus mandava. Mas
aquele povo ainda estava insatisfeito e cobiçando mais coisas. Deus tinha
prometido a eles uma terra que manava leite e mel, mas eles cobiçavam as coisas
ruins, as coisas do Egito (Nm.11:4,5). Às vezes o mesmo acontece conosco. Deus
nos promete toda a sorte de bênçãos em Cristo e nós continuamos a cobiçar as coisas
más, as coisas proibidas deste mundo; ficamos insatisfeitos com o que temos e
queremos aquilo que é mau.
2. Idolatria. O apóstolo exorta acerca do perigo da
idolatria: "Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme
está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar”
(1Co.10:7). Quando Moises subiu ao Monte para receber as tábuas da lei
(Êx.31:18), o povo fez um bezerro de ouro e começou a dançar e adorá-lo
(Êx.32:1-6). Muitos de nós não temos um ídolo feito de ouro ou prata diante do
qual nos prostramos, mas idolatria é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em
nossa vida, seja pessoas, coisas ou sentimentos. Há muitos ídolos modernos que
podem estar tomando o lugar de Deus em nossa vida. Falsos cristãos desprovidos
da ética das Escrituras adoram o dinheiro e os bens materiais; a Bíblia chama
esse pecado de idolatria (Cl.3:5).
3. Imoralidade. À luz da história dos
israelitas, o apóstolo alerta acerca da maldição provocada pela prostituição –
“E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e
três mil” (1Co.10:8). Houve um tempo em que os israelitas se misturaram com as
mulheres moabitas e eles começaram não só a se prostituir, mas também a adorar
os deuses dos moabitas. Na Bíblia há uma estreita conexão entre prostituição e
idolatria. Onde se vê imoralidade, aí também a idolatria aparece. A imoralidade
encabeça a lista das obras da carne: "prostituição, impureza,
lascívia" (Gl.5:19). As Escrituras Sagradas nos ensinam que é preciso
conservar o nosso corpo irrepreensível (1Co.6:18,19; 1Ts.5:23).
“Fugi da prostituição.
Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca
contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos?” (1Co.6:18,19).
CONCLUSÃO
O vazio do homem é do tamanho de Deus, por
isso só Deus pode preenchê-lo. O homem busca uma referência, um fundamento, mas
se esquecem que somente Deus tem a capacidade e o direito de impor uma conduta
a todos os homens. Nesta busca pela ética, que nada mais é que uma sede de
Deus, deve a Igreja, corajosamente, como agência do reino de Deus, proclamar ao
mundo que a ética tão desejada, que a conduta ideal tão almejada, não se
encontra nos direitos humanos, na busca de maior justiça nas relações
socioeconômicas, mas nAquele que, desde a criação do homem, tem querido
determinar como devemos proceder. Em Deus se encontra a verdadeira ética e,
portanto, para os diversos dilemas morais vividos pelo homem, existe uma única
resposta: a Palavra de Deus.
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Luciano
de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) -
William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios.
Pr. Hans Ulrich Reifler. A
Ética dos Dez Mandamentos.