EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA
Subsídio
Teológico para Lição nº 2
Texto Básico: Gn 1:26-28
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou” (Gn 1:27). “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e
logo tudo apareceu” (Sl 33:9).
INTRODUÇÃO
No
Livro de Gênesis, capítulos 1 a 11, vemos a atuação do Criador do universo e do
homem: o Deus Todo-poderoso. Deus criou o Universo do nada. Essa proposição é
conhecida como criacionismo, o qual conceitua que a origem do mundo e da
humanidade está conectado à verdade bíblica de que, no princípio, Deus criou os
céus e a Terra (Gn 1:1; Sl 90). A Palavra de Deus refuta a ideia de um
surgimento acidental e apresenta o Senhor como autor da criação de todas as
coisas, inclusive do ser humano (Ec 3:11). Deus criou o homem com o propósito
de abençoá-lo e de manter com ele um relacionamento sadio (Gn 2:9; Sl 11:4; Sl
115:15). Portanto, não pode a criatura viver independentemente do Criador (Dt
30:19).
I. NO PRINCIPIO
“No
princípio, criou Deus os céus e a terra”(Gn 1:1).
1. Criacionistas. Os
criacionistas defendem a existência de um Criador de todas as coisas e que
houve uma ação direta dele num tempo determinado para que tudo no universo
fosse criado. Para os criacionistas, existe um Agente externo responsável pela
criação de todas as coisas completas e acabadas. Esse Agente externo é Deus.
Deus
criou o Universo do nada. A narrativa do primeiro
capitulo de Gênesis deve ser entendida à luz do contexto bíblico. E o ponto de
partida da criação é: “No principio criou Deus os céus e a Terra”(Gn 1:1). Deus
trouxe o Universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua
soberania e livre vontade.
“Porque
falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33:9).
Nós cremos que toda a
natureza, o universo e o próprio homem são obras do Criador. Por que cremos que
o mundo foi criado por Deus? Simplesmente porque a Palavra de Deus assim o
diz.
“Pela
fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira
que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11:3).
Cremos e aceitamos todos
os testemunhos respaldados pelas declarações na Bíblia Sagrada, que comunica
aos homens os desígnios, as ações e verdades relativas a Deus e à Sua criação.
“Digno
és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as
coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Ap 4:11).
O QUE DIZEM OS EVOLUCIONISTAS?
Os
evolucionistas sustentam que a matéria é eterna e dela se originou todas as
coisas, até as vidas mais complexas, e que o universo é resultado do Big
bang, uma explosão que teria ocorrido há bilhões e bilhões de anos e
originado todas as galáxias e as várias formas de vida (vegetal, animal e
humana). O matemático e astrofísico da Universidade de Cambridge, Sthephen
Hawking, em seu livro “Uma Breve História do Universo”, defende um
ponto de vista semelhante. Segundo ele, o universo teria surgido a partir de
uma grande explosão.
O
pastor Silas Malafaia, em seu livro Criação
x Evolução, diz que o Dr. Mareei Schvvartzemberg, professor da Universidade
de Paris, fez um cálculo sobre a real possibilidade de a evolução ser um fato
científico, e verificou que há uma chance de dez elevado a dois bilhões de
zeros. Isto significa que não existe chance nenhuma. A despeito disso, para
os evolucionistas, a evolução ocorreu e o processo é tão lento que não pode ser
observado.
Pergunta-se:
Se o
que não pode ser observado e experimentado não pode ser considerado científico,
como os evolucionistas chegaram à conclusão de que há bilhões e bilhões de anos
houve uma explosão que originou o universo? Eis a primeira divergência entre a
teoria evolucionista e o método científico; afinal, há bilhões de anos não
havia ninguém para testemunhar essa possível explosão. Logo, a teoria
evolucionista não passa de uma especulação. E, como tal, não está de acordo com
os critérios de observação e experimentação estipulados pelo método científico.
Reforçando,
o Big bang é uma teoria concebida pela mente engenhosa dos cientistas;
algo que não pode ser cientificamente comprovado. Logo, a linha de raciocínio
defendida pelos evolucionistas sobre a origem do universo não pode ter valor
científico. É apenas mais uma teoria; uma especulação. (1)
EVIDÊNCIAS DE QUE EXISTE UM
CRIADOR: DEUS
Ainda conforme o pastor
Silas Malafaia, há evidências na natureza e em todas as coisas criadas,
especialmente no ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, de que existe
um Criador onisciente e onipotente que projetou tudo o que existe, cuidando de
cada detalhe dessa complexa e inter-relacionada criação. Vejamos algumas
evidências, dentre muitas.
a) A
natureza manifesta a glória de Deus. Você já parou para refletir sobre a grandeza do universo? Já se
deu conta de sua complexidade e de seus mistérios? Ao lermos a história da
criação na Bíblia, verificamos que a Terra foi sabiamente criada por Deus e que
não é obra do acaso a posição dela no sistema solar, de forma que durante o dia
ela fosse iluminada pelos raios do Sol e à noite peia lua e as estrelas.
- A distância
da Terra em relação ao Sol. O
planeta Terra está a uma distância média do Sol de aproximadamente 149,1
milhões de quilômetros. O suficiente para a manutenção da vida animal e
vegetal. Porém, se estivesse à mesma distância de Vênus (108,2 milhões de
quilômetros) ou de Mercúrio (57.910 milhões de quilômetros) em relação ao Sol,
certamente a vida animal e vegetal seria queimada pelo calor. A distância da
Terra em relação ao Sol não é uma obra do acaso!
- Se a
Terra tivesse a mesma distância que
tem os planetas Marte (227.940 milhões de quilômetros), ou de Plutão (591.3520
milhões de quilômetros), em relação ao sol, o frio seria tão intenso que não
poderia existir vida.
- A
atmosfera terrestre. Ela possui uma espessura
ideal para impedir que milhões de meteoritos penetrem nela a uma velocidade de
30 mil quilômetros por hora. Já imaginou se a Terra não tivesse uma densidade
atmosférica adequada? Naturalmente, sofreríamos diariamente um bombardeio de
meteoros que mataria toda a vida animal e vegetal. Esta proteção é obra do
acaso?
- A
distância da Terra em relação à Lua. Já parou para pensar por que a lua está a uma distância de 384
mil quilômetros da Terra? Se este satélite natural estivesse a pelo menos 80
mil km de nós, as águas do mar, devido ao fluxo das marés, inundariam os
continentes duas vezes por dia. A distância da lua em relação à Terra não é
uma obra do acaso!
- E se
a Terra tivesse o mesmo tamanho da Lua? Se o
diâmetro da Terra fosse igual ao da lua, ela não teria capacidade para
"reter" as águas e tão pouca atmosfera.
- E o
que aconteceria se a Terra tivesse o dobro de seu tamanho? Se a Terra fosse duas vezes maior, a pressão atmosférica seria tão
violenta que tornaria impossível a existência de vida em nosso planeta. O
diâmetro da Terra não é uma obra do acaso! Foi calculado e estipulado com
perfeição por Deus!
- E a
rotação da Terra? Um giro completo que a
Terra dá em torno de seu próprio eixo corresponde a um dia de 24 horas. Se
esse tempo de rotação fosse diminuído em um décimo, os dias e as noites seriam
dez vezes mais longos, o Sol queimaria toda a vegetação durante o dia, e nenhum
ser vivo resistiria ao frio excessivo da noite. O tempo de rotação da Terra
também não é obra do acaso!
Sabe
por que tudo que existe não é obra do acaso?
Porque foi Deus quem criou e Ele mesmo deu testemunho disto:
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou...”(Isaías 43:13). “Eu fiz a Terra e criei nela o homem, eu o
Senhor o fiz, as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei
as minhas ordens”(Isaías 45:12).
É impossível, após
constatar a grandeza do universo, concluir que a natureza é uma obra do acaso!
O universo deve ser entendido como obra engenhosa, uma obra sabiamente
planejada pelo Criador. É o projeto de um Deus tremendo, poderoso, incomparável,
único e absoluto!
b) A complexidade da criação aponta para a grandiosidade do
Criador. Não é apenas o universo que é
complexo. Cada coisa, cada vida, por mais simples que pareça, possui uma
complexidade tão grande que, por mais que se estude a respeito dela sempre fica
algo por saber.
- Atente, por exemplo, para a estrutura de uma
ameba (animal unicelular que somente
pode ser visto com o auxílio do microscópio). Apesar de sua estrutura ser
simples, comparada a de outros organismos multicelulares, as informações
genéticas sobre uma ameba seriam capazes de preencher mais de mil vezes a
Enciclopédia Britânica.
- E o
cérebro humano? É outro exemplo da
sabedoria criadora de Deus. O cérebro é uma estrutura extremamente complexa. Pesando
em média 1,4 kg nos homens e nas mulheres 1, 2kg, esse potente
"microcomputador'' possui cerca de cem bilhões de neurônios com
incalculáveis ramificações interligadas. Nenhuma empresa no mundo tem estrutura
suficiente para criar uma rede de comunicação capaz de armazenar um número de
informações tão grandes como o cérebro. Essa "máquina" perfeita
seria obra do acaso? A resposta obviamente é não!
c) A
criação da luz cósmica. Até um tempo atrás, acreditava-se que a luz que ilumina nosso
planeta provinha do sol, mas a Cosmologia(a ciência que estuda os astros e
planetas), comprovou que a luz é uma unidade mais antiga e independente. Apesar
de esta ser uma descoberta moderna, há mais de cinco mil anos essa verdade é
proclamada na Bíblia. Em Gênesis 1:3-5,14-19, vemos que, no primeiro
dia, Deus criou a luz e, no quarto, criou o sol e a lua. Sendo a luz mais
antiga que o sol, não provém desse astro.
d)
formato arredondado da Terra. Um outro fato interessante. Antes do humanismo e do advento das
ciências, acreditava-se que a Terra era plana e o centro do universo. Pessoas
eram excomungadas da igreja e até queimadas se dissessem o contrário. Contudo,
a Bíblia já proclama este fato há muito tempo. Em Isaías 40:2, é dito
que o Senhor estava assentado sobre o globo (arc), ou círculo, da
Terra. Este texto foi escrito em hebraico há aproximadamente 2.700 anos. Já
nessa época a Bíblia falava que a Terra era redonda!
e) E quanto ao Genoma
humano? O Projeto Genoma Humano, criado
em 1990 com o apoio de 18 países, inclusive do Brasil, mapeou bilhões de bases
químicas de DNA (Ácido Desoxirribonucleico), concluindo
que todos os homens descendem de um único homem que viveu na África
Oriental. Uma matéria sobre o assunto, publicada em uma das últimas páginas do jornal
O Globo de 25 de dezembro de 2002, dizia: "Ciência estuda: o
verdadeiro Adão viveu na África. Cientistas sustentam que a humanidade descende
de um ancestral comum". Portanto, todos os seres humanos descendem de
um ancestral comum.
Esse
fato é anunciado na Bíblia há milhares de anos. Em gênesis, vemos que Deus criou Adão e, a partir dele, Eva.
Desse casal descende toda humanidade. Em outras palavras, a Bíblia é a Palavra
de Deus revelada ao homem. Nela, está a verdade infalível e absoluta de
quem conhece todas as coisas.
É por
isto que cremos no que é revelado na Bíblia! É por isto que temos convicção de
que o mundo e tudo o que nele há foi criado por Deus, como afirma a teoria
criacionista. É por isso também que não cremos em evolucionismo. Porque tudo o
que é revelado na Bíblia passa no teste da veracidade ao longo dos séculos, e
só poderia ter sido revelado por Alguém que conhece muito bem a Sua criação, o
passado, o presente, o futuro; Alguém Todo-poderoso que estabeleceu as leis que
regem o universo e sabe exatamente como elas funcionam.
Nós,
cristãos, assim como os judeus, cremos
que as Escrituras Sagradas são a revelação de Deus para o homem saber que nada
surgiu por obra do acaso. Todo o universo foi criado pela sabedoria e
onipotência de Deus. (2)
2. Obra Prima de Deus. Finda
a criação dos Céus e da Terra, Deus coroou Sua criação com a formação do homem
- “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”(Gn
1:24b). O verbo “fazer”, na primeira pessoa do imperativo, no plural, denota
que o Criador não estava sozinho, na criação do homem. A compreensão humana não
alcança a grandeza daquele momento único e singular, totalmente distinto de
todo processo criador dos demais seres.
Apesar
disso, pode-se entender que, num ponto do planeta, no Oriente, no sítio do
jardim do Éden ou do Paraíso, o Deus Pai, o Deus Filho e Deus Espírito Santo se
reuniram solenemente para fazer surgir o novo ser, o homem à imagem e
semelhança de Deus, obra prima da criação, que haveria de revolucionar toda a
criação.
Em Gn 1:26-30, encontramos o homem feito à imagem de Deus: (a) um
ser espiritual apto para a imortalidade, v. 26b; (b) um ser moral que tem a
semelhança de Deus, v. 27; (c) um ser intelectual com a capacidade de razão e
de governo, vv. 26c, 28-30.
a)
O ser humano original. Em seu estado original,
o homem foi feito por Deus pouco menor do que os anjos, coroado de glória e de
honra (Sl 8:5). Isso fica evidente na concessão dada pelo Senhor para que o
homem domine sobre todas as demais criaturas (Gn 1:28).
O
homem foi criado tendo uma parte material e outra imaterial. Assim, uma visão correta acerca do ser humano, há de abordar tanto
o seu corpo como a sua parte espiritual.
b) A constituição do homem.
De acordo com as Sagradas Escrituras,
segundo os textos de 1Ts 5:23 e Hb 4:12, a natureza humana é constituída por espírito,
alma e corpo. São três partes diferentes, com funções diferentes e uma não
substitui a função da outra. Embora não seja fácil explicar a tricotomia humana,
ela, todavia, é uma realidade.
O corpo é a
parte física, material e visível, onde entra em contato com as coisas
materiais, através dos cinco sentidos: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar.
O espírito e a alma compõem a parte
imaterial, invisível e substancial do homem.
A alma é a sede da personalidade humana, relaciona
o ser consigo mesmo e dá vida ao corpo; Na alma está as
emoções, vontade, centro decisório, sentimentos.
O espírito é o elemento singular do homem, relaciona
o ser com Deus. A função do espírito é entender as coisas espirituais, as coisas
de Deus, é a ligação com os céus, é o canal de comunicação com Deus.
Logo, o relacionamento do homem é
tríplice: horizontal, central e vertical. No horizontal, o corpo relaciona-se com o
mundo físico; no central, a alma relaciona-se consigo mesma; no vertical, o espírito
relaciona-se com Deus.
Então, um homem para ser um homem
completo, tem que ter as três partes. Quando usa cada parte, as outras não
ficam isoladas, todas se interagem entre si normalmente. Quando adoro a Deus
estou O adorando todo inteiro, apesar de ser uma função específica do espírito.
Quando estou correndo ou comendo estou por inteiro, mas são funções do corpo.
Quando estou pensando, usando o meu intelecto, estou agindo diretamente com a
alma, mas estão lá o meu corpo e o meu espírito. Portanto, espírito, alma e
corpo (tricotomia), se distinguem, mas compõem apenas um ser – o homem.
Portanto,
do ponto de vista das Escrituras, não há nada mais grandioso do que a criação
do homem, único ser que Deus fez à Sua imagem e semelhança para refletir a Sua
glória. Essa semelhança do homem com Deus diz respeito à Sua imagem
natural e moral, não é física, pois Deus é espírito e não tem corpo (João
4:24).
A imagem de Deus no
homem revela os aspectos que o determinam como ser humano:
· Personalidade - a humanidade é o
símbolo vivo de Deus na terra e foi criada para representar o Seu reino e domínio
(Gn 1:26-28). Nenhuma criatura, além do homem, assemelha-se aos padrões de
comportamento e sentimento humanos, os quais derivam do Criador. Assim como
Deus é um ser pessoal (Êx 3:14; João 8:58), o homem é dotado de personalidade;
por isso o homem pensa, sente e toma decisões.
· Espiritualidade - Deus
é espírito e concedeu ao homem espiritualidade (João 4:24). Por tal razão, o
espírito humano tem anseios por seu Criador (Sl 130:6), sem o qual se sente
incompleto e angustiado (Sl 9:9).
· Moralidade - o homem é um ser moral,
com plena capacidade de distinguir entre o certo e o errado (Gn 3:22a; Am
5:14). Tal capacidade abrange o livre-arbítrio e as responsabilidades decorrentes
das suas escolhas (Js 24:15; Sl 18:20). As escolhas morais possibilitam o
aperfeiçoamento constante e a aproximação de Deus (Mt 5:48).
· Racionalidade - Deus, ser supremo em
conhecimento e sabedoria, transmitiu ao homem Sua própria inteligência (Ec
1:16; Jó 38:36). Somente o homem foi criado como um ser racional, que elabora
teorias, desenvolve técnicas e usa o seu raciocínio para planejar, criar,
inventar, fazer história e promover mudanças.
II.
A GRANDE TRAGÉDIA
1. A
Queda (Gn 3:1-12). De acordo com as Escrituras Sagradas, Deus
pôs o homem no Éden para lavrá-lo e guarda-lo (Gn 2:25). Essa não era a única
finalidade, pois sabemos que a presença do homem na Terra tem o sentido de
adoração e glorificação ao Criador. O Senhor ordenou ao homem que ele poderia
comer de toda a árvore do Jardim, com exceção de uma, a árvore da ciência do
bem e do mal, que era, na verdade, um meio de prova, posto por Ele para que
Adão e Eva exercessem a sua liberdade de modo consciente.
Em sua
bondade, Deus deu o direito e a liberdade
de o homem apropriar-se de todos os frutos do Jardim, exceto dos produzidos
pela árvore proibida. Mas o homem desprezou a benção de Deus em cada árvore, em
cada fruto, em cada folha – milhares de bênçãos -, e resolveu dar ouvidos à do
Diabo. Este enganou a mulher, dando-lhe a entender que poderia desobedecer a
Deus sem sofrer as consequências do pecado.
Sabemos
que Eva foi enganada por sua própria
concupiscência (Tg 1:14b). Satanás fez do amargo, doce; e do doce, amargo (cf.
Is 5:20). E a mulher compartilhou o pecado com seu marido, e ambos caíram,
perdendo a imagem e a semelhança originais do Criador.
Antes
da Queda, o homem possuía uma estrutura
físico-espiritual excepcional. Tinha conhecimento profundo de Deus; comunhão
direta com o Criador; bênçãos da presença dEle no Jardim, paz, segurança e
alegria, decorrente do relacionamento direto, sem intermediários, com o
Criador; conhecimento e bem-estar físico inigualável, sem doença, distúrbios
emocionais ou físicos; desconhecimento do medo; conhecimento interno e externo
em relação à sua pessoa; conhecimento da realidade social e do trabalho, de
modo útil e satisfatório (Gn 2:15).
As
consequências da Queda
a)
O Pecado afetou a vida física e psíquica do homem. Paulo escreveu aos Romanos: "Por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte" (Rm 5:12). A morte física se tornou, então,
a consequência natural da desobediência de Adão, e a espiritual se constituiu
na eterna separação de Deus. O Criador foi enfático, no Jardim: "Porque no
dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2:17).
b) O
pecado afetou a vida espiritual do homem.
"O salário do pecado é a morte" (Rm 6:23).
Adão não morreu no mesmo dia em que pecou, mas perdeu, pelo seu pecado, a possibilidade de viver. Porém, a afetação maior foi a perda da imagem de Deus em sua vida. Isto implicou, essencialmente, no rompimento da comunhão imediata e plena com o Criador, e causou-lhe a "morte espiritual", no momento exato que pecou.
Adão não morreu no mesmo dia em que pecou, mas perdeu, pelo seu pecado, a possibilidade de viver. Porém, a afetação maior foi a perda da imagem de Deus em sua vida. Isto implicou, essencialmente, no rompimento da comunhão imediata e plena com o Criador, e causou-lhe a "morte espiritual", no momento exato que pecou.
c)
Somos herdeiros da corrupção moral de Adão (Rm 5:12). Vários textos bíblicos indicam este fato, mas destacaremos apenas
o que Paulo escreveu: "Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso
que todos pecaram" (Rm 5.12). Outro texto diz: "Pela ofensa de
um só, a morte reinou" (Rm 5:17).
2. Descendentes e destruição. Três filhos de Adão e Eva são mencionados na Bíblia: Caim,
Abel e Sete. Os três tiveram destinos diferentes. Com relação aos dois
primeiros, Abel tornou-se pastor de ovelhas e Caim tornou-se lavrador. Ao fim
de algum tempo, ambos resolveram oferecer um sacrifício a Deus. Caim levou
alguns frutos do solo, mas quanto a Abel, ele ofereceu o melhor dos seus
carneiros. Deus se agradou da oferta de Abel, mas não a de Caim.
A
rejeição da oferta de Caim não decorre do fato de
ter sido feita de vegetais ou de ter sido uma oferta incruenta, mas a Bíblia é
clara ao afirmar que Caim era do maligno (1João 3:12), ou seja, não tinha um
coração temente e submisso a Deus e, por isso, não teve aceita a sua oferta. A
Bíblia nos mostra que Deus observa o coração do ofertante (Is 1:2-20; Mt
5:21-26).
Caim era o filho primogênito de Adão e Eva, portanto deveria ser uma
pessoa que tivesse um relacionamento especial com Deus, vez que toda a
humanidade estaria sob sua influência e domínio. Contudo, a Bíblia nos mostra
que Caim preferiu afastar-se de Deus e toda a civilização nascida deste homem
acabou por perecer.
Caim foi recebido em seu lar como uma bênção de Deus e assim poderia
ter sido se tivesse buscado servir a Deus. Todavia, a Bíblia relata que seu
modo de vida não era agradável a Deus e, por isso, Deus não aceitou a oferta
apresentada por Caim.
Caim construiu toda uma civilização alheia a Deus, um protótipo do
sistema de vida que a humanidade construiria durante a sua história, sistema de
vida que a Bíblia denomina de "mundo" e até de "Babilônia".
Mais
tarde, Eva deu à luz outro filho a
quem chamou de Sete e este também passou a produzir a sua
descendência. Embora em Gênesis não seja mencionada quem teria sido a esposa de
Sete, é confirmado que o patriarca teve como filho Enos, aos 105
anos, e morreu aos 912 anos, gerando filhos e filhas. Pelos cálculos a respeito
da vida dos patriarcas, significa que Sete teria alcançado o
arrebatamento de Enoque e o nascimento de Noé. Segundo Gênesis
4:26, com o nascimento de Enos, os homens passaram a invocar a Deus.
3. Dilúvio. “Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne
é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que
os desfarei com a terra”(Gn 6:13). “Porque eis que eu trago um dilúvio
de águas sobre a terra, para desfazer toda carne em que há espírito de vida
debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará”(Gn 6:17).
O
dilúvio foi o castigo divino
universal sobre um mundo ímpio e impenitente. Deus havia se arrependido de
ter criado a raça humana (Gn 6:3-6) e resolveu destruir tudo o que fez. Mas ao
ver a fidelidade de Noé (Gn 6:9) resolveu fazer com ele uma aliança (Gn 6:18)
para através de sua vida e da preservação de espécies restaurar toda sua
criação. Noé correspondeu ao pacto de Deus, crendo nele e na sua Palavra (Hb
11:7). Sua fé foi demonstrada quando ele “temeu” e quando construiu a arca e entrou nela (Gn
6:22; 7:7; 1Pe 3:21).
O
dilúvio aconteceu e Deus salvou aqueles
animais e a família de Noé, apenas oito pessoas, formando 4 casais que seriam
uma família fiel a Deus.
O
apóstolo Pedro refere-se ao dilúvio para
relembrar a seus leitores que Deus outra vez julgará o mundo inteiro no fim dos
tempos, mas agora por fogo (2Pe 3:10). Tal julgamento resultará no derramamento
da ira de Deus sobre os ímpios, como nunca houve na história (Mt 24:21).
Deus
conclama os crentes atuais, assim como
Ele fez com Noé na antiguidade, para avisarem os não-salvos sobre esse dia
terrível e instar com eles para que se arrependam dos seus pecados, e se voltem
para Deus por meio de Cristo, e assim sejam salvos.
III. UMA NOVA HISTÓRIA
1.
Aliança com Noé. A salvação do grande
Dilúvio foi celebrada com um sacrifício. Noé fez um altar e ofereceu um
sacrifício ao Senhor (Gn 8:20) que aceitou sua oferta e marcou sua aliança com
todo o universo (Gn 8:21,22), com os animais (Gn 9.2,3 e 10), com a humanidade
(Gn 9:9-17) e com a família de Noé (Gn 9:1).
Aliança
é um pacto, um acordo ou trato, a
diferença é que não tem prazo de vencimento a menos que uma das partes quebre o
contrato. Toda aliança apresenta o contrato com as partes, tem bênçãos pela
obediência, maldições pela desobediência, exige sacrifício de sangue (Gn 9:5) e
tem um sinal visível para servir de memorial (Gn 9:12-16). O arco-íris foi o
sinal de Deus e o memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais
Ele destruir todos os habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos
lembrar da misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua Palavra.
2.
Povos Antigos. Quando terminou o
dilúvio, Noé e sua família saíram da arca e foram abençoados por Deus e
povoaram novamente a Terra.
O
capítulo 10 de Gênesis mostra os descendentes dos filhos de Noé. O propósito
deste capítulo é revelar como todas as nações e povos da terra descendem de Noé
e dos seus filhos, após o dilúvio (Gn 10:32).
-
10:2-5 - Os filhos de Jafé. Aqui são alistados os
descendentes de Jafé, que emigraram para o norte e se
estabeleceram nas terras costeiras dos mares negro e Cáspio. Foram os
progenitores dos medos, dos gregos e das raças brancas da Europa e da Ásia.
-
10:6-20 - Os filhos de Cam. Aqui são alistados os
descendentes de Cam, os quais se fixaram na Arábia meridional, no
Egito meridional, na orla oriental do mar mediterrâneo e na costa setentrional
da África. Os descendentes de Cam: Cuxe(etíopes), Mizraim(egípcios),
Pute (líbios) e Canaã (palestinos). Os descendentes de Canaã (vv. 15-19)
estabeleceram-se num território que denominou-se Canaã, território este que
posteriormente se tornou a pátria do povo judeu.
-
10:21-31 – Os filhos de Sem. Aqui
são alistados os descendentes de Sem, que se estabeleceram na Arábia e
nas terras do vale do tigre e do Eufrates, no oriente médio. Foram os
progenitores dos hebreus, assírios, sírios, elamitas, caldeus e lídios.
Os descendentes de Sem
povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano
Índico, ocupando a maior parte do território entre Jafé e Cam. Foi dentre eles
que Deus escolheu o seu povo, cuja história constitui o tema central das
Sagradas Escrituras.
Os
descendentes de Cam foram notavelmente
poderosos no princípio da história do mundo antigo. Constituíam a base dos
povos que mais relações travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como
inimigos. Eles estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e
na Mesopotâmia. Canaã, neto de Noé, foi amaldiçoado por Noé porque Cam, seu
pai, viu Noé nu, após este ter se embriagado; de acordo com a maldição, Canaã
seria servo de Sem e de Jafé.
Os
descendentes de Jafé formaram os povos
indo-europeus, ou arianos. Embora não tivessem sobressaído na história antiga,
tornaram-se nas raças dominantes do mundo moderno.
CONCLUSÃO
A
origem da humanidade remete ao Criador, revelando aspectos de Seu caráter e
personalidade (Hb 11:3). Todas as coisas vieram à existência por um ato da
graça e da soberania de Deus (Sl 33:9; 102:25). Essa confissão de fé é vital
para cumprir o propósito da criação, que é o de existir para louvor e glória do
Criador (Sl 69:34).
-------
Elaboração:
Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal.
Estudos
Sistemáticos – CPAD
Estudos
Sistemáticos –
Teologia
do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.
(1) Adaptado do Livro: “Criação
x Evolução – Quem está com a verdade?” – Silas Maalafaia.
(2) Adaptado do Livro: “Criação
x Evolução – Quem está com a verdade?” – Silas Maalafaia.
A Paz amado, quanto esclarecimento numa só postagem, o que mais dizer diante de tão precioso estudo.
ResponderExcluirCreio sinceramente que nasci para adorar a Deus e O glorifico por ter enviado o Seu Filho Jesus, para morrer a minha morte e me conceder a vida eterna.
Que privilégio é poder estar na presença dAquele que é a nossa própria vida.
Parabéns pelo blog e pelas mensagens publicadas.
A propósito, caso ainda não esteja seguindo o meu blog deixo aqui o convite, acesse o link abaixo:
Fruto do Espírito
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P.S. Convido a conhecer o blog do irmão J.C.de Araújo Jorge.
Mensagens atuais, algumas polêmicas, porém abençoadoras...
Acesse e confira:
Discípulo de Cristo
Em Cristo,
***Lucy***
Prezados, depois do advento da Biologia Molecular, o Evolucionismo está morto.
ResponderExcluirDarwin não podia sequer pensar no que esta ciência iria mostrar, a perfeição, a sincronização, o milagre de engenharia das proteínas levado ao extremo.
Um vídeo de exemplo:
https://www.youtube.com/watch?v=7sRZy9PgPvg