1º Trimestre/2024
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 03
Texto Base: 1Corintios
12:12-27
“Porque, assim como o
corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só
corpo, assim é Cristo também” (1Co.12:12).
1Corintios 12:
¹²Porque,
assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos,
são um só corpo, assim é Cristo também.
¹³Pois
todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
¹⁴Porque
também o corpo não é um só membro, mas muitos.
¹⁵Se
o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?
¹⁶E,
se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do
corpo?
¹⁷Se
todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde
estaria o olfato?
¹⁸Mas,
agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
¹⁹E,
se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
²⁰Agora,
pois, há muitos membros, mas um corpo.
²¹E
o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça,
aos pés: Não tenho necessidade de vós.
²²Antes,
os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.
²³E
os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e
aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.
²⁴Porque
os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim
formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,
²⁵para
que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns
dos outros.
²⁶De
maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um
membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.
²⁷Ora,
vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
INTRODUÇÃO
A Natureza da Igreja de Cristo pode ser compreendida através de várias
características fundamentais que a definem. Nesta Lição trataremos apenas de
algumas delas como, por exemplos: (a) Fé e Fundamentação na Palavra de Deus - uma
Igreja genuinamente cristã se baseia nos ensinamentos e na autoridade das Escrituras
Sagradas. Ela reconhece a Bíblia como a fonte suprema de orientação espiritual
e doutrinal, buscando sua direção e princípios para suas crenças e práticas;
(b) Dimensão Local e Universal - A Igreja possui uma dualidade de natureza,
sendo local e universal ao mesmo tempo. Localmente, é uma comunidade de fiéis
que se reúnem em um lugar específico para adoração, comunhão e serviço mútuo.
Universalmente, ela representa o Corpo maior de crentes em Cristo ao redor do
mundo, transcendendo fronteiras geográficas e culturais; (c) Unidade e não
Divisão - Uma Igreja verdadeira é caracterizada pela unidade entre seus
membros, manifestada pelo amor mútuo, cooperação e busca pela harmonia. Ela
busca evitar divisões e dissensões internas, reconhecendo que a verdadeira Igreja
não é marcada por facções ou desunião. Estas e outras características
essenciais mostram a identidade e a Natureza da Igreja de Cristo Jesus, que se
fundamenta na fé, na comunidade e na unidade, refletindo os princípios e
ensinamentos deixados por Cristo para seus seguidores.
I. A NATUREZA DA IGREJA
EM SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL
1. Fundamentada na
Palavra
A
base da Igreja é, inegavelmente, centrada em Jesus Cristo e fundamentada nas
Escrituras Sagradas, a palavra inspirada. Jesus Cristo é considerado o
fundamento da Igreja cristã, conforme mencionado em Efésios 2:20. Sua vida,
ensinamentos, morte e ressurreição são a essência da fé cristã. Ele é o
alicerce sobre o qual a Igreja é construída e é o modelo para a conduta e
crenças dos fiéis. Além disso, as Escrituras Sagradas desempenham um papel
crucial na vida da Igreja. Elas são consideradas a Palavra inspirada de Deus,
como afirmado em 2Timóteo 3:15. A Bíblia é a fonte de autoridade para a fé,
prática e ensinamentos da Igreja. Ela fornece orientação, sabedoria e
discernimento para os cristãos em suas vidas individuais e coletivas.
O
distanciamento ou abandono da Palavra de Deus pode levar a desvios
doutrinários, heterodoxia e até mesmo à apostasia dentro da Igreja Local.
Quando a doutrina bíblica é negligenciada, reinterpretada de maneira distorcida
ou substituída por ideologias humanas, a base sólida sobre a qual a Igreja
deveria se sustentar pode ser enfraquecida.
É
importante, portanto, para uma Igreja Local manter-se fiel à Palavra de Deus e
a Jesus Cristo como seu fundamento, seguindo os ensinamentos bíblicos e
mantendo-os como a autoridade máxima em questões de fé, moralidade e prática cristã.
Isso ajuda a preservar a verdade e a integridade da fé cristã, evitando desvios
que possam comprometer a essência e a autenticidade da Igreja.
2. Habitada pelo
Espírito Santo
A
Igreja é habitada, dirigida e capacitada pelo Espírito Santo, a terceira Pessoa
da Trindade, e sua presença na Igreja é vista como vital e transformadora.
Portanto, a Igreja é:
- Habitada pelo
Espírito Santo.
A presença do Espírito Santo na Igreja é enfatizada como algo essencial. Quando
alguém se torna cristão, o Espírito Santo passa a habitar nele ou nela,
trazendo consigo os frutos do Espírito (amor, alegria, paz, paciência,
bondade, bondade, fé, mansidão e autocontrole -Gl.5:22).
- Dirigida pelo
Espírito Santo.
Na vida da Igreja, a orientação do Espírito Santo é considerada
fundamental. Ele é entendido como aquele que guia os líderes e os membros
da Igreja, capacitando-os para compreender as Escrituras, para tomar
decisões sábias e para viver de acordo com os princípios genuinamente cristãos.
- Capacitada pelo
Espírito Santo.
Além de habitar e guiar, o Espírito Santo é considerado aquele que
capacita os crentes com dons espirituais. Esses dons são habilidades ou
capacidades concedidas pelo Espírito para edificar e fortalecer a Igreja.
Eles podem incluir dons como ensino, liderança, serviço, exortação, entre
outros.
Em
resumo, a presença do Espírito Santo na Igreja é crucial para a vida espiritual
dos crentes e para a saúde e eficácia da própria Igreja. Sua habitação,
orientação e capacitação são consideradas elementos essenciais para o
crescimento espiritual e a missão da Igreja do Senhor Jesus.
3. Quem faz parte da Igreja
anda no Espírito
Andar
no Espírito é uma expressão que se refere ao modo como os crentes em Cristo vivem
suas vidas diárias, permitindo que o Espírito Santo os guie, dirija e capacite.
A Bíblia, no livro de Gálatas, capítulo 5, versículos 16 e 25, fala sobre esse
conceito:
-Gálatas
5:16 (NVI):
"Por isso, digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os
desejos da carne".
-Gálatas
5:25 (NVI):
"Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito".
Andar
no Espírito, portanto, implica viver em sintonia com a orientação e a vontade
do Espírito Santo, em oposição aos desejos egoístas ou carnais. Envolve:
- Submissão à
direção do Espírito. Os crentes buscam viver em obediência ao Espírito
Santo, permitindo que Ele os guie em suas decisões, conduta e
relacionamentos.
- Frutos do
Espírito.
Andar no Espírito implica demonstrar os frutos do Espírito, ou seja, amor,
alegria, paz, paciência, bondade, fé, mansidão e autocontrole, como
mencionado em Gálatas 5:22.
- Renúncia à
natureza pecaminosa. Significa resistir aos desejos da carne, como
egoísmo, ódio, inveja, orgulho, entre outros, buscando viver de acordo com
os princípios e valores que o Espírito Santo inspira.
Enfim,
andar no Espírito é um convite para os crentes viverem em uma constante
comunhão e dependência do Espírito Santo, permitindo que Ele os transforme
interiormente e influencie suas ações e atitudes em conformidade com a vontade
de Deus. Essa caminhada espiritual é considerada essencial para a vida cristã
autêntica e para fazer parte da comunidade da Igreja que se identifica com os
princípios do Evangelho.
II. A NATUREZA DA IGREJA
EM SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL
1. Local e Visível
Biblicamente,
podemos falar da Igreja em relação à sua Dimensão Espacial, isto é, em relação
ao local o ao espaço geográfico. Refere-se à Igreja como uma congregação
física, visível e tangível, composta por pessoas que se reúnem em um local
específico para adoração, comunhão, estudo bíblico e serviço comunitário. Esta
dimensão da Igreja é facilmente identificável, com estruturas organizacionais,
liderança visível, práticas rituais e uma presença palpável na sociedade. Ela
desempenha um papel crucial na vida espiritual de seus membros, oferecendo um
senso de comunidade, apoio e oportunidades para o crescimento espiritual e
pessoal.
As
Cartas escritas pelos apóstolos do Novo Testamento foram endereçadas a
comunidades cristãs específicas em diferentes regiões geográficas. Assim, vemos
os apóstolos escrevendo suas Cartas a determinadas Igrejas, situadas em
diferentes locais. Por exemplo: “à Igreja de Deus que está em
Corinto“(1Co.1:2); “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia,
Ásia e Bitínia” (1Pd.1:1).
Ao
mencionar "a Igreja de Deus que está em Corinto" (1Co.1:2), o
apóstolo Paulo se refere à comunidade cristã localizada na cidade de Corinto.
Essa Carta foi escrita para abordar questões específicas, desafios e
preocupações enfrentadas por essa congregação em particular. Da mesma forma,
quando Pedro escreve sua Primeira Carta aos "estrangeiros dispersos no
Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia" (1Pd.1:1), ele está
direcionando suas palavras a várias Igrejas locais que estavam espalhadas por
diferentes regiões geográficas, chamadas de exílio espiritual, mas unidas pela
fé em Cristo.
Essas
referências indicam a Dimensão Local da Igreja, reconhecendo a presença física
e organizada das congregações em áreas específicas. Elas evidenciam a
preocupação dos apóstolos em se comunicar com as Igrejas Locais, oferecendo
orientação espiritual, ensinamentos e encorajamento específicos para as
situações que enfrentavam. Isso ressalta a importância da Dimensão Local da Igreja,
onde as necessidades, contextos culturais e desafios específicos de cada Igreja
são considerados e abordados nas Epístolas apostólicas.
2. As particularidades
das Igrejas Locais
Pelo
teor das Cartas escritas pelos apóstolos e enviada às Igrejas Locais,
observamos que essas Igrejas possuíam suas particularidades. Elas oferecem uma
visão detalhada das particularidades e peculiaridades das diferentes Igrejas
locais da época. Cada uma dessas Igrejas tinha sua própria identidade,
desafios, virtudes e necessidades específicas. Essas particularidades podem ser
atribuídas a vários fatores, como o contexto cultural, social e histórico das
regiões em que as Igrejas estavam localizadas, bem como às experiências e
personalidades dos próprios membros das comunidades. Por exemplo, problemas
específicos como desavenças entre membros (Fp.4:2,3) ou questões relacionadas
ao trabalho e à sustentação (2Tes.3:11,12) refletiam os desafios enfrentados
por essas Igrejas em suas situações particulares.
Apesar
de todas as Igrejas estarem sob a supervisão apostólica, elas desfrutavam de
uma autonomia relativa. Embora os apóstolos fornecessem orientação,
ensinamentos e conselhos por meio das Cartas e visitas, as Igrejas Locais tinham
sua própria dinâmica e tomavam decisões independentes em muitos aspectos de sua
vida e organização interna. Essa autonomia permitia que as comunidades se
adaptassem às suas circunstâncias específicas. Métodos ou abordagens que
funcionavam bem em uma Igreja podiam ser ineficazes ou inadequados em outra
devido às suas diferenças contextuais, culturais, composição dos membros e
desafios particulares que enfrentavam.
Esse
entendimento das particularidades das Igrejas Locais é relevante até os dias de
hoje. As congregações cristãs contemporâneas também enfrentam desafios e têm
características próprias, o que requer abordagens pastorais, métodos e soluções
adaptadas à sua realidade específica, mantendo os princípios fundamentais da fé
cristã.
Portanto,
a compreensão das particularidades das Igrejas Locais no Novo Testamento
destaca a importância da contextualização e da flexibilidade na aplicação dos
princípios cristãos à diversidade de situações e necessidades encontradas em
diferentes comunidades cristãs ao longo do tempo.
3. Universal e
Invisível
Assim
como a Igreja existe em sua Dimensão Local e Visível, existe também na sua
Dimensão Universal e Invisível. Esta Dimensão da Igreja é frequentemente
entendida como o Corpo místico de Cristo, composto por todos os crentes em
Jesus Cristo, independentemente de sua afiliação denominacional, localização
geográfica ou época histórica - é a “universal assembleia e Igreja dos
primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb.12:23). Esta perspectiva
destaca a unidade espiritual dos seguidores de Cristo como um todo,
transcendendo fronteiras físicas e temporais.
Passagens
como Efésios 1:22,23 descrevem Cristo como a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo,
plenitude daquele que preenche tudo em todas as coisas. Isso enfatiza a ideia
de que todos os crentes formam um corpo espiritual unido em Cristo,
independentemente das diferenças externas.
A
Dimensão Universal da Igreja também está ligada à Grande Comissão, como
mencionada em Mateus 28:19,20, onde Jesus instrui seus discípulos a fazerem
discípulos de todas as nações, indicando que a mensagem do Evangelho é para
todas as pessoas em todo o mundo.
Além
disso, a invisibilidade da Igreja Universal se refere à sua natureza espiritual
e transcendente. Não é limitada por estruturas físicas ou visíveis, mas está
unida pelo Espírito Santo. Esta compreensão enfatiza a conexão espiritual entre
os crentes em Cristo, independente das divisões visíveis que existem entre
diferentes tradições denominacionais ou locais de adoração. Como bem diz o pr.
José Gonçalves, “a Igreja é divina, as denominações são humanas. As
denominações podem ser temporárias, a Igreja não. As denominações podem
desaparecer, mas a Igreja é indestrutível (Mt.16:18). Convém dizer que nem todo
o grupo que se diz cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja. Há
grupos que se autodenominam ‘Igrejas’, contudo, são sinagoga de Satanás
(Ap.3:9). Entretanto, o que fará com que uma Igreja ou denominação seja cristã,
é a sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas” (LBM).
Nesse
sentido, a Igreja Invisível transcende as limitações físicas e se estende
através do tempo e do espaço, unindo os crentes em Cristo como um Corpo espiritual.
Assim,
a Dimensão Universal e Invisível da Igreja destaca a unidade espiritual e a
comunhão entre todos os crentes em Cristo, independentemente de suas diferenças
externas, proporcionando uma visão mais ampla e abrangente da comunidade dos
fiéis em Cristo ao redor do mundo.
III. A IGREJA EM SUA
DIMENSÃO COMUNITÁRIA
1. A Igreja é Una
Isso
significa que a Igreja é indivisível. A analogia da Igreja como um Corpo,
mencionada por Paulo nas escrituras, ilustra vividamente a importância da
unidade dentro da Igreja. A ideia é que, assim como um corpo humano é composto
por muitos membros interdependentes, a Igreja é formada por indivíduos com
diferentes habilidades e funções, mas todos são essenciais para o funcionamento
saudável do Corpo como um todo.
A
unidade na Igreja é crucial, e as divisões internas podem ser prejudiciais para
a sua saúde espiritual e seu propósito coletivo. O diabo, de fato, pode
explorar as divisões e desavenças entre os membros da Igreja para
enfraquecê-la. Portanto, é crucial que os membros da Igreja evitem o
partidarismo, as preferências individuais e quaisquer atitudes exclusivistas
que possam minar a unidade. Jesus disse que um Reino dividido não subsistirá
(Mt.12:25). Esse princípio se aplica à Igreja também. O que o diabo não
consegue contra a Igreja por meio da perseguição, ele tenta conseguir por
intermédio da divisão.
O
apóstolo Paulo, em Efésios 4:3, exorta os crentes a se esforçarem para
preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Isso significa buscar
ativamente a paz, a harmonia e a unidade entre os membros da Igreja, superando
diferenças e conflitos por meio do amor, do perdão e do entendimento mútuo.
Portanto,
é crucial para a saúde espiritual e o testemunho da Igreja que seus membros
estejam em comunhão, buscando a unidade e evitando tudo o que possa dividir ou
enfraquecer a comunidade de fé.
2. A Unidade da Igreja
O
apóstolo Paulo expressou claramente o seu desejo pela unidade na Igreja ao
escrever aos cristãos de Filipos (Fp.2:2) - “completai
o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo,
sentindo uma mesma coisa”. Aqui, ele exorta os crentes a compartilharem do
mesmo amor, do mesmo espírito e a terem uma mesma atitude, buscando a coesão e
a unidade entre eles. Essa passagem enfatiza a importância da harmonia, do amor
mútuo e da concordância entre os membros da Igreja. Assim como um corpo
saudável funciona em unidade, cada parte contribuindo para o bem-estar do todo,
a Igreja, como o Corpo de Cristo, é chamada a manter essa unidade para
testemunhar o amor de Deus ao mundo.
Cada
crente é incentivado a buscar ativamente essa unidade, pois isso não só promove
a saúde espiritual da comunidade cristã, mas também reflete a natureza do
próprio Cristo, que deseja que seus seguidores estejam unidos em amor e
propósito.
Portanto,
a unidade na Igreja é essencial não apenas para o fortalecimento da fé
coletiva, mas também para a demonstração do amor de Cristo ao mundo,
proporcionando um testemunho poderoso do poder transformador do Evangelho.
3. Diversidade na
Unidade
A
oração de Jesus registrada em João 17 é um retrato poderoso do desejo dele pela
unidade dos seus discípulos. Nesse capítulo, Jesus expressa sua profunda
intercessão, pedindo ao Pai por seus seguidores para que sejam um, assim como
ele e o Pai são um. Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de essência”. Este
conceito teológico, que é observado na Trindade, destaca que, embora o Pai, o
Filho e o Espírito Santo sejam distintos em pessoa, eles compartilham uma mesma
essência, substância e propósito. Na Trindade, o pai, o filho e o Espírito
Santo são pessoas diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma
substância e um só propósito. Da mesma maneira, os seguidores de Cristo são
chamados a buscar essa unidade, que não se trata de uniformidade, mas sim de
uma unidade na diversidade.
Os
cristãos são diversos em termos de personalidades, habilidades, dons e
abordagens para a vida e para o serviço cristão. No entanto, apesar dessas
diferenças, a unidade em Cristo transcende essas diversidades. Isso significa
que, embora tenhamos diferentes maneiras de agir, pensar e servir, nossa
unidade em Cristo é o que nos une e nos capacita a perseguir o mesmo objetivo:
a glória de Deus e a propagação do Evangelho.
Portanto,
a unidade na diversidade destaca a beleza da Igreja, pois mesmo com variadas
habilidades e perspectivas, os crentes são chamados a trabalhar juntos,
respeitando as diferenças individuais, mas mantendo o foco comum em seguir a
Cristo e viver de acordo com seus ensinamentos.
CONCLUSÃO
Através
do estudo da Natureza da Igreja, compreendemos que não é suficiente rotular uma
Igreja sem a presença de certos atributos essenciais. Fundamentalmente, a
verdadeira Igreja Local se estabelece na base sólida da Palavra de Deus e se
capacita através da orientação do Espírito Santo. Além disso, a Igreja não se
limita a uma localidade específica, mas existe tanto em dimensão local quanto
universal. Ela transcende tanto o tempo quanto o espaço, perdurando para a
eternidade.
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia
de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William
Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr.
Hernandes Dias Lopes. Atos - A ação do Espírito Santo na vida da Igreja.
Pr.
Hernandes Dias Lopes. Efésios, a noiva gloriosa de Cristo.
Pr.
Elienai Cabral. A Igreja e Sua Missão. CPAD.
O Fruto do Espírito...
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