domingo, 14 de janeiro de 2024

A NATUREZA DA IGREJA

         1º Trimestre/2024

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 03

Texto Base: 1Corintios 12:12-27

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1Co.12:12).

1Corintios 12:

¹²Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

¹³Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

¹⁴Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

¹⁵Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

¹⁶E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

¹⁷Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

¹⁸Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

¹⁹E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

²⁰Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

²¹E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.

²²Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.

²³E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

²⁴Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

²⁵para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

²⁶De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

²⁷Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. 

INTRODUÇÃO

A Natureza da Igreja de Cristo pode ser compreendida através de várias características fundamentais que a definem. Nesta Lição trataremos apenas de algumas delas como, por exemplos: (a) Fé e Fundamentação na Palavra de Deus - uma Igreja genuinamente cristã se baseia nos ensinamentos e na autoridade das Escrituras Sagradas. Ela reconhece a Bíblia como a fonte suprema de orientação espiritual e doutrinal, buscando sua direção e princípios para suas crenças e práticas; (b) Dimensão Local e Universal - A Igreja possui uma dualidade de natureza, sendo local e universal ao mesmo tempo. Localmente, é uma comunidade de fiéis que se reúnem em um lugar específico para adoração, comunhão e serviço mútuo. Universalmente, ela representa o Corpo maior de crentes em Cristo ao redor do mundo, transcendendo fronteiras geográficas e culturais; (c) Unidade e não Divisão - Uma Igreja verdadeira é caracterizada pela unidade entre seus membros, manifestada pelo amor mútuo, cooperação e busca pela harmonia. Ela busca evitar divisões e dissensões internas, reconhecendo que a verdadeira Igreja não é marcada por facções ou desunião. Estas e outras características essenciais mostram a identidade e a Natureza da Igreja de Cristo Jesus, que se fundamenta na fé, na comunidade e na unidade, refletindo os princípios e ensinamentos deixados por Cristo para seus seguidores.

I. A NATUREZA DA IGREJA EM SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL

1. Fundamentada na Palavra

A base da Igreja é, inegavelmente, centrada em Jesus Cristo e fundamentada nas Escrituras Sagradas, a palavra inspirada. Jesus Cristo é considerado o fundamento da Igreja cristã, conforme mencionado em Efésios 2:20. Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição são a essência da fé cristã. Ele é o alicerce sobre o qual a Igreja é construída e é o modelo para a conduta e crenças dos fiéis. Além disso, as Escrituras Sagradas desempenham um papel crucial na vida da Igreja. Elas são consideradas a Palavra inspirada de Deus, como afirmado em 2Timóteo 3:15. A Bíblia é a fonte de autoridade para a fé, prática e ensinamentos da Igreja. Ela fornece orientação, sabedoria e discernimento para os cristãos em suas vidas individuais e coletivas.

O distanciamento ou abandono da Palavra de Deus pode levar a desvios doutrinários, heterodoxia e até mesmo à apostasia dentro da Igreja Local. Quando a doutrina bíblica é negligenciada, reinterpretada de maneira distorcida ou substituída por ideologias humanas, a base sólida sobre a qual a Igreja deveria se sustentar pode ser enfraquecida.

É importante, portanto, para uma Igreja Local manter-se fiel à Palavra de Deus e a Jesus Cristo como seu fundamento, seguindo os ensinamentos bíblicos e mantendo-os como a autoridade máxima em questões de fé, moralidade e prática cristã. Isso ajuda a preservar a verdade e a integridade da fé cristã, evitando desvios que possam comprometer a essência e a autenticidade da Igreja.

2. Habitada pelo Espírito Santo

A Igreja é habitada, dirigida e capacitada pelo Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, e sua presença na Igreja é vista como vital e transformadora. Portanto, a Igreja é:

  1. Habitada pelo Espírito Santo. A presença do Espírito Santo na Igreja é enfatizada como algo essencial. Quando alguém se torna cristão, o Espírito Santo passa a habitar nele ou nela, trazendo consigo os frutos do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, bondade, fé, mansidão e autocontrole -Gl.5:22).
  2. Dirigida pelo Espírito Santo. Na vida da Igreja, a orientação do Espírito Santo é considerada fundamental. Ele é entendido como aquele que guia os líderes e os membros da Igreja, capacitando-os para compreender as Escrituras, para tomar decisões sábias e para viver de acordo com os princípios genuinamente cristãos.
  3. Capacitada pelo Espírito Santo. Além de habitar e guiar, o Espírito Santo é considerado aquele que capacita os crentes com dons espirituais. Esses dons são habilidades ou capacidades concedidas pelo Espírito para edificar e fortalecer a Igreja. Eles podem incluir dons como ensino, liderança, serviço, exortação, entre outros.

Em resumo, a presença do Espírito Santo na Igreja é crucial para a vida espiritual dos crentes e para a saúde e eficácia da própria Igreja. Sua habitação, orientação e capacitação são consideradas elementos essenciais para o crescimento espiritual e a missão da Igreja do Senhor Jesus.

3. Quem faz parte da Igreja anda no Espírito

Andar no Espírito é uma expressão que se refere ao modo como os crentes em Cristo vivem suas vidas diárias, permitindo que o Espírito Santo os guie, dirija e capacite. A Bíblia, no livro de Gálatas, capítulo 5, versículos 16 e 25, fala sobre esse conceito:

-Gálatas 5:16 (NVI): "Por isso, digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne".

-Gálatas 5:25 (NVI): "Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito".

Andar no Espírito, portanto, implica viver em sintonia com a orientação e a vontade do Espírito Santo, em oposição aos desejos egoístas ou carnais. Envolve:

  1. Submissão à direção do Espírito. Os crentes buscam viver em obediência ao Espírito Santo, permitindo que Ele os guie em suas decisões, conduta e relacionamentos.
  2. Frutos do Espírito. Andar no Espírito implica demonstrar os frutos do Espírito, ou seja, amor, alegria, paz, paciência, bondade, fé, mansidão e autocontrole, como mencionado em Gálatas 5:22.
  3. Renúncia à natureza pecaminosa. Significa resistir aos desejos da carne, como egoísmo, ódio, inveja, orgulho, entre outros, buscando viver de acordo com os princípios e valores que o Espírito Santo inspira.

Enfim, andar no Espírito é um convite para os crentes viverem em uma constante comunhão e dependência do Espírito Santo, permitindo que Ele os transforme interiormente e influencie suas ações e atitudes em conformidade com a vontade de Deus. Essa caminhada espiritual é considerada essencial para a vida cristã autêntica e para fazer parte da comunidade da Igreja que se identifica com os princípios do Evangelho.

II. A NATUREZA DA IGREJA EM SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL

1. Local e Visível

Biblicamente, podemos falar da Igreja em relação à sua Dimensão Espacial, isto é, em relação ao local o ao espaço geográfico. Refere-se à Igreja como uma congregação física, visível e tangível, composta por pessoas que se reúnem em um local específico para adoração, comunhão, estudo bíblico e serviço comunitário. Esta dimensão da Igreja é facilmente identificável, com estruturas organizacionais, liderança visível, práticas rituais e uma presença palpável na sociedade. Ela desempenha um papel crucial na vida espiritual de seus membros, oferecendo um senso de comunidade, apoio e oportunidades para o crescimento espiritual e pessoal.

As Cartas escritas pelos apóstolos do Novo Testamento foram endereçadas a comunidades cristãs específicas em diferentes regiões geográficas. Assim, vemos os apóstolos escrevendo suas Cartas a determinadas Igrejas, situadas em diferentes locais. Por exemplo: “à Igreja de Deus que está em Corinto“(1Co.1:2); “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pd.1:1).

Ao mencionar "a Igreja de Deus que está em Corinto" (1Co.1:2), o apóstolo Paulo se refere à comunidade cristã localizada na cidade de Corinto. Essa Carta foi escrita para abordar questões específicas, desafios e preocupações enfrentadas por essa congregação em particular. Da mesma forma, quando Pedro escreve sua Primeira Carta aos "estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia" (1Pd.1:1), ele está direcionando suas palavras a várias Igrejas locais que estavam espalhadas por diferentes regiões geográficas, chamadas de exílio espiritual, mas unidas pela fé em Cristo.

Essas referências indicam a Dimensão Local da Igreja, reconhecendo a presença física e organizada das congregações em áreas específicas. Elas evidenciam a preocupação dos apóstolos em se comunicar com as Igrejas Locais, oferecendo orientação espiritual, ensinamentos e encorajamento específicos para as situações que enfrentavam. Isso ressalta a importância da Dimensão Local da Igreja, onde as necessidades, contextos culturais e desafios específicos de cada Igreja são considerados e abordados nas Epístolas apostólicas.

2. As particularidades das Igrejas Locais

Pelo teor das Cartas escritas pelos apóstolos e enviada às Igrejas Locais, observamos que essas Igrejas possuíam suas particularidades. Elas oferecem uma visão detalhada das particularidades e peculiaridades das diferentes Igrejas locais da época. Cada uma dessas Igrejas tinha sua própria identidade, desafios, virtudes e necessidades específicas. Essas particularidades podem ser atribuídas a vários fatores, como o contexto cultural, social e histórico das regiões em que as Igrejas estavam localizadas, bem como às experiências e personalidades dos próprios membros das comunidades. Por exemplo, problemas específicos como desavenças entre membros (Fp.4:2,3) ou questões relacionadas ao trabalho e à sustentação (2Tes.3:11,12) refletiam os desafios enfrentados por essas Igrejas em suas situações particulares.

Apesar de todas as Igrejas estarem sob a supervisão apostólica, elas desfrutavam de uma autonomia relativa. Embora os apóstolos fornecessem orientação, ensinamentos e conselhos por meio das Cartas e visitas, as Igrejas Locais tinham sua própria dinâmica e tomavam decisões independentes em muitos aspectos de sua vida e organização interna. Essa autonomia permitia que as comunidades se adaptassem às suas circunstâncias específicas. Métodos ou abordagens que funcionavam bem em uma Igreja podiam ser ineficazes ou inadequados em outra devido às suas diferenças contextuais, culturais, composição dos membros e desafios particulares que enfrentavam.

Esse entendimento das particularidades das Igrejas Locais é relevante até os dias de hoje. As congregações cristãs contemporâneas também enfrentam desafios e têm características próprias, o que requer abordagens pastorais, métodos e soluções adaptadas à sua realidade específica, mantendo os princípios fundamentais da fé cristã.

Portanto, a compreensão das particularidades das Igrejas Locais no Novo Testamento destaca a importância da contextualização e da flexibilidade na aplicação dos princípios cristãos à diversidade de situações e necessidades encontradas em diferentes comunidades cristãs ao longo do tempo.

3. Universal e Invisível

Assim como a Igreja existe em sua Dimensão Local e Visível, existe também na sua Dimensão Universal e Invisível. Esta Dimensão da Igreja é frequentemente entendida como o Corpo místico de Cristo, composto por todos os crentes em Jesus Cristo, independentemente de sua afiliação denominacional, localização geográfica ou época histórica - é a “universal assembleia e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb.12:23). Esta perspectiva destaca a unidade espiritual dos seguidores de Cristo como um todo, transcendendo fronteiras físicas e temporais.

Passagens como Efésios 1:22,23 descrevem Cristo como a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, plenitude daquele que preenche tudo em todas as coisas. Isso enfatiza a ideia de que todos os crentes formam um corpo espiritual unido em Cristo, independentemente das diferenças externas.

A Dimensão Universal da Igreja também está ligada à Grande Comissão, como mencionada em Mateus 28:19,20, onde Jesus instrui seus discípulos a fazerem discípulos de todas as nações, indicando que a mensagem do Evangelho é para todas as pessoas em todo o mundo.

Além disso, a invisibilidade da Igreja Universal se refere à sua natureza espiritual e transcendente. Não é limitada por estruturas físicas ou visíveis, mas está unida pelo Espírito Santo. Esta compreensão enfatiza a conexão espiritual entre os crentes em Cristo, independente das divisões visíveis que existem entre diferentes tradições denominacionais ou locais de adoração. Como bem diz o pr. José Gonçalves, “a Igreja é divina, as denominações são humanas. As denominações podem ser temporárias, a Igreja não. As denominações podem desaparecer, mas a Igreja é indestrutível (Mt.16:18). Convém dizer que nem todo o grupo que se diz cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja. Há grupos que se autodenominam ‘Igrejas’, contudo, são sinagoga de Satanás (Ap.3:9). Entretanto, o que fará com que uma Igreja ou denominação seja cristã, é a sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas” (LBM).

Nesse sentido, a Igreja Invisível transcende as limitações físicas e se estende através do tempo e do espaço, unindo os crentes em Cristo como um Corpo espiritual.

Assim, a Dimensão Universal e Invisível da Igreja destaca a unidade espiritual e a comunhão entre todos os crentes em Cristo, independentemente de suas diferenças externas, proporcionando uma visão mais ampla e abrangente da comunidade dos fiéis em Cristo ao redor do mundo.

III. A IGREJA EM SUA DIMENSÃO COMUNITÁRIA

1. A Igreja é Una

Isso significa que a Igreja é indivisível. A analogia da Igreja como um Corpo, mencionada por Paulo nas escrituras, ilustra vividamente a importância da unidade dentro da Igreja. A ideia é que, assim como um corpo humano é composto por muitos membros interdependentes, a Igreja é formada por indivíduos com diferentes habilidades e funções, mas todos são essenciais para o funcionamento saudável do Corpo como um todo.

A unidade na Igreja é crucial, e as divisões internas podem ser prejudiciais para a sua saúde espiritual e seu propósito coletivo. O diabo, de fato, pode explorar as divisões e desavenças entre os membros da Igreja para enfraquecê-la. Portanto, é crucial que os membros da Igreja evitem o partidarismo, as preferências individuais e quaisquer atitudes exclusivistas que possam minar a unidade. Jesus disse que um Reino dividido não subsistirá (Mt.12:25). Esse princípio se aplica à Igreja também. O que o diabo não consegue contra a Igreja por meio da perseguição, ele tenta conseguir por intermédio da divisão.

O apóstolo Paulo, em Efésios 4:3, exorta os crentes a se esforçarem para preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Isso significa buscar ativamente a paz, a harmonia e a unidade entre os membros da Igreja, superando diferenças e conflitos por meio do amor, do perdão e do entendimento mútuo.

Portanto, é crucial para a saúde espiritual e o testemunho da Igreja que seus membros estejam em comunhão, buscando a unidade e evitando tudo o que possa dividir ou enfraquecer a comunidade de fé.

2. A Unidade da Igreja

O apóstolo Paulo expressou claramente o seu desejo pela unidade na Igreja ao escrever aos cristãos de Filipos (Fp.2:2) - completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa”. Aqui, ele exorta os crentes a compartilharem do mesmo amor, do mesmo espírito e a terem uma mesma atitude, buscando a coesão e a unidade entre eles. Essa passagem enfatiza a importância da harmonia, do amor mútuo e da concordância entre os membros da Igreja. Assim como um corpo saudável funciona em unidade, cada parte contribuindo para o bem-estar do todo, a Igreja, como o Corpo de Cristo, é chamada a manter essa unidade para testemunhar o amor de Deus ao mundo.

Cada crente é incentivado a buscar ativamente essa unidade, pois isso não só promove a saúde espiritual da comunidade cristã, mas também reflete a natureza do próprio Cristo, que deseja que seus seguidores estejam unidos em amor e propósito.

Portanto, a unidade na Igreja é essencial não apenas para o fortalecimento da fé coletiva, mas também para a demonstração do amor de Cristo ao mundo, proporcionando um testemunho poderoso do poder transformador do Evangelho.

3. Diversidade na Unidade

A oração de Jesus registrada em João 17 é um retrato poderoso do desejo dele pela unidade dos seus discípulos. Nesse capítulo, Jesus expressa sua profunda intercessão, pedindo ao Pai por seus seguidores para que sejam um, assim como ele e o Pai são um. Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de essência”. Este conceito teológico, que é observado na Trindade, destaca que, embora o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam distintos em pessoa, eles compartilham uma mesma essência, substância e propósito. Na Trindade, o pai, o filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma substância e um só propósito. Da mesma maneira, os seguidores de Cristo são chamados a buscar essa unidade, que não se trata de uniformidade, mas sim de uma unidade na diversidade.

Os cristãos são diversos em termos de personalidades, habilidades, dons e abordagens para a vida e para o serviço cristão. No entanto, apesar dessas diferenças, a unidade em Cristo transcende essas diversidades. Isso significa que, embora tenhamos diferentes maneiras de agir, pensar e servir, nossa unidade em Cristo é o que nos une e nos capacita a perseguir o mesmo objetivo: a glória de Deus e a propagação do Evangelho.

Portanto, a unidade na diversidade destaca a beleza da Igreja, pois mesmo com variadas habilidades e perspectivas, os crentes são chamados a trabalhar juntos, respeitando as diferenças individuais, mas mantendo o foco comum em seguir a Cristo e viver de acordo com seus ensinamentos.

CONCLUSÃO

Através do estudo da Natureza da Igreja, compreendemos que não é suficiente rotular uma Igreja sem a presença de certos atributos essenciais. Fundamentalmente, a verdadeira Igreja Local se estabelece na base sólida da Palavra de Deus e se capacita através da orientação do Espírito Santo. Além disso, a Igreja não se limita a uma localidade específica, mas existe tanto em dimensão local quanto universal. Ela transcende tanto o tempo quanto o espaço, perdurando para a eternidade.

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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Atos - A ação do Espírito Santo na vida da Igreja.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Efésios, a noiva gloriosa de Cristo.

Pr. Elienai Cabral. A Igreja e Sua Missão. CPAD.

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