No
2º Trimestre de 2014 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o
tema: “Dons Espirituais e Ministeriais
– Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário”.
As
lições serão comentadas pelo pastor Elinaldo
Renovato e estão distribuídas sob os
seguintes títulos:
Lição 1 – E deu dons aos homens.
Lição 2 – O propósito dos dons espirituais.
Lição 3 – Dons de Revelação.
Lição 4 – Dons de Poder.
Lição 5 – Dons de Elocução.
Lição 6 – O ministério de Apóstolo.
Lição 7 – O ministério de Profeta.
Lição 8 – O ministério de Evangelista.
Lição 9 – O ministério de Pastor.
Lição 10 – O ministério de Mestre ou Doutor.
Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião.
Lição 12 – O diaconato.
Lição 13 – A multiforme sabedoria de Deus.
OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. Os Dons Espirituais.
Os Dons Espirituais são dádivas, são favores imerecidos que Deus concede aos homens
que estão dispostos a servi-lo. São concessões divinas e decorrem do exercício da
infinita misericórdia do concessor, não havendo, portanto, qualquer mérito por
parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual.
O Dom Espiritual
é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas
em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a
própria Palavra de Deus: "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”(1Co 12:11).
Muitos
são os que acham que os portadores de Dons Espirituais são crentes superiores
aos demais, que têm um nível maior de espiritualidade e que, em razão disto,
desfrutam de uma posição diferenciada no meio da comunidade. Este pensamento,
inclusive, tem feito com que muitos crentes andem à procura desses irmãos a fim
de que obtenham curas divinas, maravilhas, sinais ou profecias, num
comportamento totalmente contrário ao que determina a Palavra de Deus, que
ensina que os sinais seguem os crentes e não os crentes correm atrás de
sinais (Mc 16:17,20). Jesus não aprovou esta conduta, típica dos judeus
formalistas e descrentes (Mt 12:38,39). Nenhum outro sinal deve-se buscar, como
disse nosso Senhor e Salvador, senão a Sua ressurreição, que é a garantia da
aceitação do Seu sacrifício e do perdão dos nossos pecados. Creiamos em Deus e
em Seu Filho (João 20:29).
Uma corrente da teoria cessacionista
deduz, erradamente, que os Dons Espirituais cessaram após a era
apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia
chegado aos confins da terra (At 1:8; 13:47). Afirma que os Dons do Espírito são
habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do
indivíduo. Uma outra corrente acredita que os Dons Espirituais
não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período
apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos
qualquer evidência de que os Dons do
Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata
de talentos humanos santificados.
A atualidade dos Dons Espirituais é confirmada pela Escritura e experiência cristã. No primeiro caso, podemos citar os
propósitos dos dons, especificamente, o de fortalecer a igreja (1Co 14:26).
Se os Dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a
igreja de Corinto para que buscasse ardentemente os dons e zelassem por eles,
sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia
plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis
cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade
dos dons conforme a verdade bíblica. O
argumento antipentecostal é fundamentado na
hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas
Escrituras.
2. Dons Ministeriais.
Os Dons Ministeriais são tratados como dádivas vindas da
parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação da Igreja(Ef 4:11,12), ou seja, os Dons
Ministeriais são dádivas que são concedidas à Igreja pelo seu máximo Governante – Jesus Cristo -, que escolhe, dentre os Seus servos, aqueles
que devem coordenar, dirigir e orientar o povo de Deus.
Os Dons Ministeriais são necessários para que os santos se
aperfeiçoem, para que consigam chegar à estatura de varão perfeito, à medida da
estatura completa de Cristo. O crente somente chegará à maturidade espiritual,
à constância, à firmeza, se houver, na igreja, o exercício dos Dons
Ministeriais, que não são de todos, mas são para todos. É por isso que não se pode
servir a Deus isoladamente, solitariamente, sem participar de uma comunidade,
pois não é este o propósito divino para o homem.
“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros
como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de
Cristo” (Ef 4:11-13).
Objetivos, para a Igreja, dos Dons Ministeriais
- Aperfeiçoamento dos santos.
- Edificação do corpo.
- Unidade da fé.
- Conhecimento de Cristo.
3. Os Dons Espirituais não se confundem com os Dons Ministeriais. A distinção está na própria forma pela qual as Escrituras
mencionam e tratam cada uma destas figuras.
- Os Dons Espirituais são mencionados como sendo repartidos
particularmente pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade, para
a edificação espiritual dos crentes, para utilidade dos crentes (1Co
12:4-11)
- Os Dons Ministeriais são
tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento
dos santos, para a obra do ministério, para edificação da igreja (Ef
4:11,12). Não se trata de operações episódicas, de demonstrações esporádicas e
temporalmente limitadas, com vistas a um consolo, uma exortação, o suprimento
de uma necessidade ou uma instantânea manifestação do poder de Deus para a Igreja,
mas de uma atividade contínua, no
meio do povo de Deus, para que a igreja cumpra com suas tarefas neste mundo,
quais sejam, a evangelização e o aperfeiçoamento dos salvos.
4. Os Dons de Deus não são dados
como presentes, mas, como instrumentos de trabalho para serem usados na Obra de
Deus.
Eles são dados “... conforme a medida da fé que Deus
repartiu à cada um”, e, no caso dos Dons Espirituais, eles são distribuídos
pelo Espírito Santo “...a cada um para o que for útil” (1Co 12:7).
Portanto, cada um recebe segundo a sua capacidade e habilidade no seu uso. O
Senhor Deus conhece essa capacidade e habilidade de cada um.
Um estetoscópio é um instrumento de trabalho de grande utilidade
nas mãos de um Médico. Porém, não terá nenhuma serventia nas mãos de um
Pedreiro. Da mesma forma um prumo é um instrumento de trabalho de grande
utilidade nas mãos de um Pedreiro, porém, de nada servirá nas mãos de um
Médico.
O Espírito Santo dá o instrumento à pessoa certa. Àquela que tem
condições de usá-lo. Assim, se você recebeu um Dom é porque você pode e deve
usá-lo em beneficio da Obra de Deus, nunca em beneficio pessoal, porque você é
um servo.
Paulo falando a respeito dos Dons Espirituais, conhecendo a
importância deles e a responsabilidade de quem os recebe, disse: “Acerca dos
dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”(1Co 12:1).
Lembre-se
que a Palavra de Deus pode esclarecer todas as suas dúvidas. Preste atenção
nisto: Se você receber um Dom e não usá-lo, ou se usá-lo diferente do que é
exigido pela Bíblia Sagrada, você não será considerado inocente!
Não se deve confundir os Dons Espirituais,
que são recursos extraordinários que o Senhor colocou à disposição da Igreja
através do Espírito Santo, com os Dons Naturais, que são virtudes, ou aptidões
que uma pessoa nasce com elas; também, é claro, por concessão de Deus, mas que
são extensivas a todos os homens, filhos, ou não de Deus. Tomando, apenas, um
exemplo, diríamos que ninguém será um grande músico se não tiver nascido
com o Dom Natural da música. Uma vez convertido ele não perderá esse Dom, e
será de grande valia na Obra de Deus se colocado em Suas mãos e ao Seu serviço.
5. Não confundir Dons Ministeriais
com “títulos ministeriais” ou com “cargos eclesiásticos”.
Nos nossos dias, muitos têm confundido estas
duas coisas, que são completamente diferentes. O Dom é uma concessão de Cristo, é um dom que vem diretamente do
Senhor para o crente, dom este que é percebido pelo crente através da comunhão
que tem com Deus e pela presença do Espírito Santo na sua vida e que independe
de qualquer reconhecimento humano, mesmo da igreja local.
Os “títulos ministeriais” e os “cargos eclesiásticos”
são posições sociais criadas dentro das igrejas locais, posições estas que, em
sua nomenclatura, muitas vezes estão baseadas na relação de Efésios 4:11, como
a indicar que o seu ocupante tem o referido Dom Ministerial, mas que, nem
sempre, corresponde a este Dom. Como a igreja local, via de regra, é também uma
organização humana, acabam sendo criados “títulos” e “posições” com o propósito
de esclarecer a hierarquia administrativa, a própria estrutura de governo da
organização eclesiástica, dados que, se apenas refletem uma necessária ordem
que deve existir em todo grupo social, nada tem que ver, a princípio, com os
Dons Ministeriais. Por exemplo, há pessoas que tem o Dom de Evangelista, mas
não têm o título de Evangelista; há pessoas que têm o título de Pastor, mas não
tem o Dom de Pastor.
Espero que neste 2º Trimestre/2014 tenhamos
profícuos encontros, e as Aulas que serão ministradas despertem o interesse de
milhares de crentes a buscarem os Dons Espirituais, e que o Senhor vocacione
homens e mulheres com Dons Ministeriais, no afã de edificar, consolar, exortar
e aperfeiçoar o Seu povo nestes últimos momentos da história de Sua Igreja aqui
na Terra.
Amém!
Luciano de Paula Lourenço
excelente lição!!!
ResponderExcluirfantásticas.....
ResponderExcluirPaz seja convosco!
ResponderExcluirQue alegria por mais um trimestre abençoado e abençoador dos frequentadores da EBD. Falar de dons espirituais é falar de santidade e devoção a Deus, tais temas, nestes últimos dias, estão de veras esquecidos em vista de tantas preocupações terrenas, mas aprouve a Deus nos lembrar de sua promessa, feita pela boca do profeta Joel, e que consigo nos trazem os dons celestiais, para a proclamação do evangelho ao mundo. Aleluia!
Pois se há uma coisa que o Espírito traz é a santidade de Deus para nós. Se não vemos mais manifestações genuínas de poder, e se a igreja já não se faz diferente do mundo é por falta do Espírito e dos seus dons. E se não temos, como dantes, o Espírito, é por que certamente o entristecemos, o extinguimos e terminaremos por morrer se não voltarmos onde caímos e praticarmos as primeiras obras.
Que o Espírito de Deus tenha lugar em nossas reuniões, pois o que vejo é entretenimento e propostas de evangelismo escusas para atrair os incrédulos. Isso é consequência da falta de Deus e de seu Espírito em nossos cultos. Aprendamos de Deus a ter uma vida de comunhão com o Espírito e procuremos com zelo os melhores dons.
Um abraço, meu irmão Luciano!
Prezado irmão Anderson, grato pela tua participação!
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