quinta-feira, 27 de março de 2014

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 2º TRIMESTRE DE 2014


 




 

 

No 2º Trimestre de 2014 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário”.

As lições serão comentadas pelo pastor Elinaldo Renovato e estão distribuídas sob os seguintes títulos:
 
 
 
 
 

Lição 1 – E deu dons aos homens.


Lição 2 – O propósito dos dons espirituais.


Lição 3 – Dons de Revelação.


Lição 4 – Dons de Poder.


Lição 5 – Dons de Elocução.


Lição 6 – O ministério de Apóstolo.


Lição 7 – O ministério de Profeta.


Lição 8 – O ministério de Evangelista.


Lição 9 – O ministério de Pastor.


Lição 10 – O ministério de Mestre ou Doutor.


Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião.


Lição 12 – O diaconato.


Lição 13 – A multiforme sabedoria de Deus.

 

OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS


1. Os Dons Espirituais.

Os Dons Espirituais são dádivas, são favores imerecidos que Deus concede aos homens que estão dispostos a servi-lo. São concessões divinas e decorrem do exercício da infinita misericórdia do concessor, não havendo, portanto, qualquer mérito por parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual.

O Dom Espiritual é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a própria Palavra de Deus: "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”(1Co 12:11).

Muitos são os que acham que os portadores de Dons Espirituais são crentes superiores aos demais, que têm um nível maior de espiritualidade e que, em razão disto, desfrutam de uma posição diferenciada no meio da comunidade. Este pensamento, inclusive, tem feito com que muitos crentes andem à procura desses irmãos a fim de que obtenham curas divinas, maravilhas, sinais ou profecias, num comportamento totalmente contrário ao que determina a Palavra de Deus, que ensina que os sinais seguem os crentes e não os crentes correm atrás de sinais (Mc 16:17,20). Jesus não aprovou esta conduta, típica dos judeus formalistas e descrentes (Mt 12:38,39). Nenhum outro sinal deve-se buscar, como disse nosso Senhor e Salvador, senão a Sua ressurreição, que é a garantia da aceitação do Seu sacrifício e do perdão dos nossos pecados. Creiamos em Deus e em Seu Filho (João 20:29).

Uma corrente da teoria cessacionista deduz, erradamente, que os Dons Espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia chegado aos confins da terra (At 1:8; 13:47). Afirma que os Dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo. Uma outra corrente acredita que os Dons Espirituais não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os  Dons do Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata de talentos humanos santificados.

A atualidade dos Dons Espirituais é confirmada pela Escritura e experiência cristã. No primeiro caso, podemos citar os propósitos dos dons, especificamente, o de fortalecer a igreja (1Co 14:26). Se os Dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a igreja de Corinto para que buscasse ardentemente os dons e zelassem por eles, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a  verdade bíblica. O argumento antipentecostal é fundamentado na  hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas Escrituras.

2. Dons Ministeriais.

Os Dons Ministeriais são tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da Igreja(Ef 4:11,12), ou seja, os Dons Ministeriais são dádivas que são concedidas à Igreja pelo seu máximo Governante – Jesus Cristo -, que escolhe, dentre os Seus servos, aqueles que devem coordenar, dirigir e orientar o povo de Deus.

Os Dons Ministeriais são necessários para que os santos se aperfeiçoem, para que consigam chegar à estatura de varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. O crente somente chegará à maturidade espiritual, à constância, à firmeza, se houver, na igreja, o exercício dos Dons Ministeriais, que não são de todos, mas são para todos. É por isso que não se pode servir a Deus isoladamente, solitariamente, sem participar de uma comunidade, pois não é este o propósito divino para o homem.

“E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:11-13).

Objetivos, para a Igreja, dos Dons Ministeriais


- Aperfeiçoamento dos santos.

- Edificação do corpo.

- Unidade da fé.

- Conhecimento de Cristo.

3. Os Dons Espirituais não se confundem com os Dons Ministeriais. A distinção está na própria forma pela qual as Escrituras mencionam e tratam cada uma destas figuras.

- Os Dons Espirituais são mencionados como sendo repartidos particularmente pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade, para a edificação espiritual dos crentes, para utilidade dos crentes (1Co 12:4-11)

- Os Dons Ministeriais são tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da igreja (Ef 4:11,12). Não se trata de operações episódicas, de demonstrações esporádicas e temporalmente limitadas, com vistas a um consolo, uma exortação, o suprimento de uma necessidade ou uma instantânea manifestação do poder de Deus para a Igreja, mas de uma atividade contínua, no meio do povo de Deus, para que a igreja cumpra com suas tarefas neste mundo, quais sejam, a evangelização e o aperfeiçoamento dos salvos.

4. Os Dons de Deus não são dados como presentes, mas, como instrumentos de trabalho para serem usados na Obra de Deus.

Eles são dados “... conforme a medida da fé que Deus repartiu à cada um”, e, no caso dos Dons Espirituais, eles são distribuídos pelo Espírito Santo “...a cada um para o que for útil” (1Co 12:7). Portanto, cada um recebe segundo a sua capacidade e habilidade no seu uso. O Senhor Deus conhece essa capacidade e habilidade de cada um.

Um estetoscópio é um instrumento de trabalho de grande utilidade nas mãos de um Médico. Porém, não terá nenhuma serventia nas mãos de um Pedreiro. Da mesma forma um prumo é um instrumento de trabalho de grande utilidade nas mãos de um Pedreiro, porém, de nada servirá nas mãos de um Médico.

O Espírito Santo dá o instrumento à pessoa certa. Àquela que tem condições de usá-lo. Assim, se você recebeu um Dom é porque você pode e deve usá-lo em beneficio da Obra de Deus, nunca em beneficio pessoal, porque você é um servo.

Paulo falando a respeito dos Dons Espirituais, conhecendo a importância deles e a responsabilidade de quem os recebe, disse: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”(1Co 12:1).

Lembre-se que a Palavra de Deus pode esclarecer todas as suas dúvidas. Preste atenção nisto: Se você receber um Dom e não usá-lo, ou se usá-lo diferente do que é exigido pela Bíblia Sagrada, você não será considerado inocente!

Não se deve confundir os Dons Espirituais, que são recursos extraordinários que o Senhor colocou à disposição da Igreja através do Espírito Santo, com os Dons Naturais, que são virtudes, ou aptidões que uma pessoa nasce com elas; também, é claro, por concessão de Deus, mas que são extensivas a todos os homens, filhos, ou não de Deus. Tomando, apenas, um exemplo, diríamos que ninguém será um grande músico se não tiver nascido com o Dom Natural da música. Uma vez convertido ele não perderá esse Dom, e será de grande valia na Obra de Deus se colocado em Suas mãos e ao Seu serviço.

5. Não confundir Dons Ministeriais com “títulos ministeriais” ou com “cargos eclesiásticos”.

Nos nossos dias, muitos têm confundido estas duas coisas, que são completamente diferentes. O Dom é uma concessão de Cristo, é um dom que vem diretamente do Senhor para o crente, dom este que é percebido pelo crente através da comunhão que tem com Deus e pela presença do Espírito Santo na sua vida e que independe de qualquer reconhecimento humano, mesmo da igreja local.

Os títulos ministeriais” e os “cargos eclesiásticos” são posições sociais criadas dentro das igrejas locais, posições estas que, em sua nomenclatura, muitas vezes estão baseadas na relação de Efésios 4:11, como a indicar que o seu ocupante tem o referido Dom Ministerial, mas que, nem sempre, corresponde a este Dom. Como a igreja local, via de regra, é também uma organização humana, acabam sendo criados “títulos” e “posições” com o propósito de esclarecer a hierarquia administrativa, a própria estrutura de governo da organização eclesiástica, dados que, se apenas refletem uma necessária ordem que deve existir em todo grupo social, nada tem que ver, a princípio, com os Dons Ministeriais. Por exemplo, há pessoas que tem o Dom de Evangelista, mas não têm o título de Evangelista; há pessoas que têm o título de Pastor, mas não tem o Dom de Pastor.

Espero que neste 2º Trimestre/2014 tenhamos profícuos encontros, e as Aulas que serão ministradas despertem o interesse de milhares de crentes a buscarem os Dons Espirituais, e que o Senhor vocacione homens e mulheres com Dons Ministeriais, no afã de edificar, consolar, exortar e aperfeiçoar o Seu povo nestes últimos momentos da história de Sua Igreja aqui na Terra.

Amém!

Luciano de Paula Lourenço

4 comentários:

  1. Paz seja convosco!

    Que alegria por mais um trimestre abençoado e abençoador dos frequentadores da EBD. Falar de dons espirituais é falar de santidade e devoção a Deus, tais temas, nestes últimos dias, estão de veras esquecidos em vista de tantas preocupações terrenas, mas aprouve a Deus nos lembrar de sua promessa, feita pela boca do profeta Joel, e que consigo nos trazem os dons celestiais, para a proclamação do evangelho ao mundo. Aleluia!

    Pois se há uma coisa que o Espírito traz é a santidade de Deus para nós. Se não vemos mais manifestações genuínas de poder, e se a igreja já não se faz diferente do mundo é por falta do Espírito e dos seus dons. E se não temos, como dantes, o Espírito, é por que certamente o entristecemos, o extinguimos e terminaremos por morrer se não voltarmos onde caímos e praticarmos as primeiras obras.

    Que o Espírito de Deus tenha lugar em nossas reuniões, pois o que vejo é entretenimento e propostas de evangelismo escusas para atrair os incrédulos. Isso é consequência da falta de Deus e de seu Espírito em nossos cultos. Aprendamos de Deus a ter uma vida de comunhão com o Espírito e procuremos com zelo os melhores dons.

    Um abraço, meu irmão Luciano!

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