2º
Trimestre/2014
Texto
Base:1Co 12:27-29; Ef 4:11-13
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos,
em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois,
dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.
INTRODUÇÃO
Na Aula 05, quando discorremos
sobre os Dons de Elocução, fizemos comentários sobre o Dom Espiritual de
Profecia (1Co 12:10). Nesta Aula, o foco é o Dom Ministerial de Profeta (Ef
4:11). De início, parece não haver diferença entre um e outro, mas há alguns
aspectos a considerar. Uma pessoa pode ter o dom espiritual de profecia sem ter
o dom ministerial de profeta. No Novo Testamento, o ministério de profeta foi
instituído por Cristo (Ef 4:7,11), para a Igreja, com o propósito de ser o
porta-voz de Deus, não mais para a revelação do plano de Deus ao homem, mas
para trazer mensagens divinas ao Seu povo no sentido de encorajar o povo a se
manter fiel à Palavra e para nos fazer lembrar as promessas contidas nas Escrituras.
Neste Novo Pacto, a profecia precisa ser entendida dentro de um contexto
específico. Ela não pode ser considerada superior à revelação escrita, ou seja,
a própria Escritura Sagrada. Nenhuma palavra “profética” pode ter o objetivo de
substituir ou revogar a Revelação Escrita, pois esta é a suprema profecia.
I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, o ofício profético era
uma das peculiaridades que Deus destinou ao Seu povo, Israel. Nenhuma outra
nação teve este privilégio. Conforme Êxodo 19:5,6, Israel é considerado
propriedade peculiar de Deus entre as nações da Terra. Assim, para que o povo
não se corrompesse (cf. Pv 29:18),
Deus sempre levantou no meio de Israel profetas, que eram seus porta-vozes,
como havia sido prometido ainda no deserto através de Moisés (Dt 18:20,21), ele próprio um profeta
de Deus (Dt 34:10).
1.
Conceito. O vocábulo “profeta” é a transliteração do termo
grego “prophétês”, que significa “aquele que prediz” ou “aquele que
conta de antemão”, comum na descrição dos profetas do Antigo Testamento. O
Senhor Deus fazia dele o Seu porta-voz, um embaixador que representava os
interesses do reino divino na Terra. “Quando Deus levantava um profeta,
designava-o a falar para toda a nação israelita, e até mesmo a povos ou nações
estranhas (Jr 1:5). Ao longo de toda a história veterotestamentária o Senhor
levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome: Samuel, o último dos juízes
e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm 3.19,20), Elias e Eliseu
(1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25), a profetisa Hulda (2Rs 22.14-20) e muitos outros,
como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel” (LBM).
O povo de Deus aprendeu ouvir e crer nos
profetas. O conselho era: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros;
crede nos Seus profetas e prosperareis” (2Cr 20:20). Este era o grande
segredo: crer em Deus e nos seus profetas. Estes se tornaram tão importantes entre os judeus, que eram
consultados pelo povo e pela classe dominante. Deus os considerava tanto que
disse que não faria coisas alguma sem
antes revelar aos seus servos, os profetas – “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem
ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”(Am 3:7).
2.
O Oficio. O profeta era o "porta-voz"
de Deus (Êx 4:10-16; 7:1); era alguém que falava em nome do Senhor: "Serás como a minha boca" (Jr
15:19). A sua missão principal era transmitir a
mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo de Deus a permanecer
fiel, conforme os preceitos da antiga aliança.
Através
da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que
desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas.
Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o
Espírito lhes revelava. Expressões como “veio a mim a palavra do
Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta
começar a mensagem (Jr 1:4; Is 45:1). Nunca aparecia o “eu”: “eu profetizo”, não!.
Também, eram
educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade,
tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm
12:6). Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar (Oséias 12:10; Hb
1:1).
Tinham,
ainda, como missão: lutar contra a idolatria, zelar pela
pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus. Suas mensagens deveriam
ser recebidas integralmente por toda a nação como Palavra de Deus (2Cr 20:20). Não
hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer
tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus (1Rs 18:18).
Com
a divisão do reino de Israel em duas partes – Reino de
Norte e reino Sul – a atuação dos profetas foi muito importante. Eles tentaram
de todas as formas trazer novamente Israel à unidade, mas não conseguiram. Eles
pagaram um alto preço pelo seu ofício: foram perseguidos com grande violência,
pois suas profecias confrontavam diretamente a prepotência dos seus líderes, a
dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (vide Jr 1:18,19; Is 58:1-12).
Também, os
profetas do Antigo Testamento vaticinaram a vinda do Profeta por Excelência,
Jesus Cristo, o Messias prometido. O apóstolo Pedro assim se expressou: “Mas
Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado: que o Cristo havia de padecer”(At 3:18). A obra redentora de Cristo
Jesus pode ser encontrada, tipológica e profeticamente, na Lei de Moisés e nos
Profetas: "E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois
falaram, também anunciaram estes dias"(Atos 3:24). No texto em apreço,
o apóstolo Pedro apresenta o perfil de Cristo no Antigo Testamento, provando,
assim, que os últimos episódios eram o cumprimento das Escrituras.
3.
O profetismo. No ministério mosaico iniciou-se a
atividade profética em Israel (Nm 11:25). Entretanto, o profetismo, como movimento, surgiu séculos depois, no período
aproximado do século VIII a.C., de forma mais efusiva quando da divisão da
monarquia de Israel. Nos períodos
monárquicos dos reinos de Judá e de Israel(reino do Norte), observamos a ação
dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (cf 1Rs18:18). O
profeta Joel deu início esse
movimento e João Batista não
somente encerrou o profetismo em
Israel, mas também foi o arauto de Cristo.
O
objetivo precípuo desse movimento era “restaurar o monoteísmo,
combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, e proclamar o Dia do
Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo”. Nesse período,
sobressai a característica do sofrimento e marginalização dos profetas; de
homens dignos de reverência passaram a homens “dignos” de tratamentos mais
baixos possíveis em virtude de sua mensagem denunciar os interesses escusos das
lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (ler Hb 11:36-38). Eles
foram cruelmente surrados, presos e mortos.
Profetismo sem Bíblia. Hoje, escutamos frequentemente: “Eu profetizo!”; “Profetize
pra seu irmão”. A Bíblia ensina que a profecia não depende do "eu"
querer: “... porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
inspirado pelo Espírito Santo”(2Pe 1:21). É bom observarmos que os homens
santos de Deus não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram:
“Assim veio a mim a palavra do Senhor...” (Jr 1:4); “Assim diz o
Senhor...” (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); “Ouví a palavra do Senhor...”
(Jr 2:4); “E veio a mim a palavra do Senhor”(Jr 2:1; 16:1); (...) “disse
o Espírito Santo...” (At 13:2); “... Isto diz o Espírito Santo...”
(At 21:11); “Mas o Espírito expressamente diz...” (1Tm 4:1). Em todos os
casos, não aparece o "eu", aparece a pessoa divina.
II. O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o
Novo Testamento. Em Efésios 4:11 e 1Coríntios 12:28, o termo
“profeta” aparece em segunda posição nas duas listas, e na epístola aos
Efésios o termo é identificado três vezes.
O
Ministério de Profeta, juntamente com o dos apóstolos, era um dos
pilares da igreja do primeiro século (Ef 2:20). O profeta era porta-voz de
Deus; recebia revelações diretamente do Senhor e as transmitia à igreja; aquilo
que falava por meio do Espírito Santo era a Palavra de Deus. Portanto, os profetas são partes do fundamento da igreja, por meio dos quais a revelação salvífica foi dada,
conforme registrada na Bíblia Sagrada. Neste sentido, a profecia se findou com
a formação do último livro do Novo Testamento, não havendo mais qualquer revelação
salvífica que devamos esperar para o plano redentivo, pois este está concluído
na revelação bíblica.
Hoje em dia não temos mais profeta no
sentido técnico da palavra; seu ministério acabou quando a fundação da igreja
foi concluída e o cânon do Novo Testamento se completou. Contudo, a
função profética por meio da proclamação de Palavra para a edificação
da igreja (cf. At 13:1,2) e evangelização dos incrédulos, continua presente nos
dias de hoje. O Dom de Profeta, hoje, envolve a iluminação da Palavra divina, e
não sua revelação.
2.
O Oficio do profeta neotestamentário. Em lugar algum do Novo
Testamento alguém é estabelecido como profeta ou ungido ou separado como tal.
Parece que o ofício profético está mais ligado a uma comunidade local, a uma
igreja local, como edificador, em diferença do profeta do Antigo Testamento, que
era um andarilho, com visão e ministério além de sua comunidade local. Seu
ofício principal consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por
vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e
edificação da igreja (At 3:12-26; 1Co 14:3). O profeta neotestamentário é mais
um edificador da igreja local do que um ledor de futuro. Além do mais, o
profeta neotestamentário:
a) É um instrutor do
povo de Deus dentro da Palavra de Deus. Ele ensina os preceitos da
nova aliança, e proclama, em nome de Deus, a maneira correta de proceder. Ele
fala não apenas em nível individual, mas também em nível coletivo. Mostra os
pecados de pessoas e de instituições. Denuncia o pecado individual e estrutural
e aponta o caminho correto: arrependimento. A crise de alguns segmentos de
nossas denominações e de outros órgãos evangélicos não deve ser camuflada nem
varrida para baixo do tapete. Se há pecado, se há desvios de recursos, se há
desonestidade, ou simplesmente incompetência, isso deve ser tratado como tal. O
profeta não se conforma com o pecado estrutural, também. Os profetas do Antigo
Testamento não denunciavam apenas os pecados de Assíria, Egito e Babilônia, mas
também os do povo de Deus. Não só de pessoas, mas da instituição. Assim deve
ser o “profeta” neotestamentário.
b) É um consolador.
Ao mesmo tempo em que anuncia o juízo e chama ao arrependimento, traz a
mensagem de Isaías 40.1: “Consolai, consolai o meu povo”. O “profeta”
não é apenas anunciador de catástrofes, como alguns presumem, mas é o arauto de
um novo tempo, é pregoeiro do amor e da misericórdia de Deus; mostra o que Ele
pode fazer na vida das pessoas.
3. O objetivo do Dom Ministerial de Profeta.
Conforme Efésios 4:16, o objetivo é o aperfeiçoamento da igreja, com vistas à
sua maturidade espiritual, pois como um organismo vivo, a igreja, deve
desenvolver-se para a edificação em amor (Ef 4:16). Se ao “profeta” não foi
permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertências denunciando o
pecado e a iniquidade (João 16:8-11), então a igreja já não será o lugar onde
se possa ouvir a voz do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana
tomarão o lugar do Espírito Santo (2Tm 3:1-9; 2Pe 2:1-3,12-22). Desta feita, a
igreja caminhará para decadência, desviando-se para o mundanismo e o
liberalismo quanto ao ensino da Bíblia.
III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO
FALSO
A Palavra de Deus adverte-nos de
que haverá entre nós, na própria igreja, falsos profetas (2Pe 2:1-3; Leia
também At 20:30; 1Tm 4:1; 1Jo 4:1). Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes
de Satanás. Sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da
Igreja (Mt 7:15-23). Como
identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?
1. Discernindo o caráter da pessoa. O caráter é o conjunto de qualidades boas ou más de um
individuo, que determina a sua conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao
próximo. Essas especificidades são responsáveis pela maneira como uma pessoa
age, regulando suas escolhas e decisões (Pv 16:2,9; 20:6,11). Portanto, o
caráter de uma pessoa não apenas define quem ela é, mas também descreve seu
estado moral e a distingue das demais de seu grupo (Pv 11:17;
12:2;14:14:20:27); é o traço distintivo
de uma pessoa; é a sua marca.
Não
nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que
alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida.
Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença
do caráter cristão na sua vida. O apóstolo Paulo denomina o caráter do
autêntico cristão de “Fruto do Espírito”(Gl
5:22).
2.
Simplicidade x arrogância. Alguns pastores e
pregadores gostam muito do termo “profeta” e gostam mais ainda de usá-lo para
si, para terem o direito de falarem o que querem, arrogando-se a famosa “voz
profética”. Via de regra, quando alguém alega ter “voz profética”, fico atemorizado,
pois sei que vem impropérios contra as pessoas. É uma postura arrogante de quem
emite conceitos sobre a vida alheia com muita facilidade, e não raro,
descuidando da sua vida pessoal.
Concordo com o pr. Elinaldo Renovato quando
diz que a simplicidade e o amor são duas características do verdadeiro profeta.
Ainda que a Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a
sua conduta simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor.
Lembremo-nos de Jeremias (Jr 38:14-27); Oséias (Os 8:12) e do próprio Senhor
Jesus (Mt 23:27). Já o falso profeta só pensa em si, em seu status e
benefícios. Profetiza objetivando a autopromoção. Ele mente, ilude e engana.
Lembremo-nos de Hananias, o profeta
mentirosa que enfrentou Jeremias (Jr 28:10-12).
3.
Pelos frutos os conhecereis (Mt 7:15-20). É pelos frutos que
conhecemos quem é crente e quem não o é. A árvore má não pode dar frutos bons. Disse
Jesus: “Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos
espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e
toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a
árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se
no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Vivemos
tempos difíceis, o povo de Deus está famélico da palavra
profética autêntica. Entretanto, muitos falsos profetas têm se levantado nestes
últimos dias enganando o povo com mensagens antibíblicas e plenamente nocivas
ao crescimento espiritual da igreja do Senhor, e que tem enganado muitos
crentes incautos e fiéis cristãos à apostasia, desviando-as do foco principal:
a Salvação e a Prosperidade Espiritual. A igreja precisa aprender a julgar as
profecias e discernir os espíritos. A profecia precisa ser confrontada com a
Palavra de Deus, já que o nosso Deus nunca se contradiz e foi Ele, através do
seu Espírito, quem a inspirou.
Paulo orienta os crentes a serem ouvintes
criteriosos. Ele diz: “[...] e os outros julguem” (1Co 14:2). O que é julgar?
Porventura, significa que você deve ir para a igreja com o pé atrás, com um
espirito crítico? Não! Devemos fazer a seguinte avaliação:
a)
A mensagem é de Deus? Você precisa questionar se a mensagem está
sendo um instrumento para a glorificação de Deus ou para a exaltação do
pregador. Se Deus não está sendo glorificado, então, essa profecia não é
verdadeira. O apóstolo Pedro ordena: “Cada
um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se
alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo
Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para
todo o sempre. Amém” (1Pe 4:10,11).
b) A mensagem está de acordo com as Escrituras? O apóstolo Pedro escreveu: “Se alguém fala, fale de acordo com
os oráculos de Deus” (1Pe 4:11). Nós não podemos ser ouvintes sem discernimento
espiritual. Paulo elogiou a igreja de Beréia, que examinava as Escrituras para
ver se o que ele estava falando era de fato a verdade (At 17:11). Cabe aos
membros da igreja ouvir o pregador com a Bíblia aberta, examinando as
Escrituras para saber se de fato o pregador está ensinando de acordo com a
Palavra de Deus.
c) A mensagem edifica a igreja? (1Co 14:3,4,5,12,17,26). A profecia tem como finalidade a edificação da igreja. O apóstolo
Paulo é claro quanto a isso: “Mas o que
profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando” (1Co 14:3).
Quando alguém fala uma mensagem sobre sua vida dizendo que é profecia, mas o
deixa cheio de condenação ou medo, esta mensagem não vem de Deus.
d) A profecia produz frutos
e concorda com o Espírito Santo em conduta e caráter? Um homem que profetiza e não paga suas contas é um falso profeta.
Um homem que profetiza e vive em imoralidade sexual ou irresponsabilidade
financeira está em engano profundo e é um falso profeta. A profecia deve
concordar com o fruto do Espírito, que em Gálatas afirma ser “amor, alegria,
paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio”. Se a profecia não tem amor, alegria ou paz, ela não vem de Deus. Mt
7:15,16 afirma que os falsos profetas vêm como lobos em pele de cordeiro;
parecem boas pessoas; até agem como cordeiros; mas, seus propósitos são devorar
e enganar o corpo de Cristo.
Chequemos o caráter daqueles que
estão em evidência e são capazes de influenciar a vida espiritual de um
indivíduo ou de uma coletividade. Devemos aferir suas atitudes com base na
Palavra de Deus. A primeira coisa que um falso profeta ou qualquer pessoa que
está em engano nos dirá é: “não me julgue!”. Você não está julgando; está
simplesmente checando seus frutos.
Estamos nos últimos dias da Igreja do Senhor nesta Terra; não
devemos, pois, vacilarmos no final da nossa jornada de fé rumo à Terra
Prometida (Fp 3:20).
CONCLUSÃO
O “profeta” neotestamentário não tem a
missão de ungir governantes ou seu sucessor, mas tem a imperativa
responsabilidade de transmitir a mensagem de Deus, nos momentos necessários, no
tempo certo, para pessoas não cristãs ou para a comunidade cristã. Essa
mensagem é de grande valia, para denunciar as ameaças ou existência de pecados
que comprometem a integridade espiritual do Corpo de Cristo.
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Elaboração:
Luciano
de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – M. Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista
Ensinador Cristão – nº 58 – CPAD.
William Macdonald -
Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão.
Dr. Caramuru Afonso
Francisco - Os Dons do Espírito Santo. PortalEBD.
Pr. Elinaldo Renovato - Dons
Espirituais & Ministeriais(servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário). CPAD.
Efésios
(Igreja, noiva gloriosa) – Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.
Wayne Grudem -
Teologia Sistemática. Vida Nova.
Carlos Alberto R. de
Araújo – A Igreja dos Apóstolos. CPAD
Muito edificante seu blog. Tem me ajudado muito nos meus estudos sobre a Bíblia.
ResponderExcluirDeus te abençoe.