domingo, 8 de janeiro de 2017

Aula 03 - O PERIGO DAS OBRAS DA CARNE


1º Trimestre/2017

Texto Base: Lucas 6:39- 49

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt.26:41)

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INTRODUÇÃO

Nesta Aula, estudaremos o perigo das obras da carne. Qual o maior perigo? A resposta está no final do versículo 21 do capítulo 5 de Gálatas: ”... os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus”. Isto significa que aqueles que praticam as obras da carne não receberão o prêmio de um lar eterno com Deus. “Carne” é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal. Essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e modificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo. A oração e a vigilância são armas fundamentais que o crente tem que usar na luta diária contra as obras da carne. Todos nós estamos sujeitos a cairmos em tentação, mas se nos esforçarmos e dermos lugar ao Espírito Santo em nossas vidas, e deixar que Ele nos controle plenamente, dificilmente as obras da carne terão chance de se sobressair.

I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE

Nos é dito em Tiago 1:15, que a concupiscência ou os desejos ilícitos produzem o pecado. De acordo com 1João 2:15,16 todos os desejos pecaminosos são classificados em três categorias. Enquanto Eva estava diante da árvore do conhecimento do bem e do mal, ela se deparou com estas três tentações: a concupiscência da carne - "a árvore boa para comer"; a concupiscência dos olhos - "a árvore agradável aos olhos"; a soberba da vida - "a árvore desejável para dar entendimento".

1. A Concupiscência da Carne. A concupiscência da carne simboliza a vida dominada pelos desejos, com pouco respeito por nós mesmos e por outras pessoas, a ponto de usá-las como coisas. Refere-se a qualquer desejo que incita alguém a alimentar a natureza sensual da carne (imoralidade, embriaguez, glutonaria, etc.). O fruto deu "água na boca" de Eva, mesmo sendo ele um fruto proibido. Nossos desejos e vontades devem ser controlados pelo Espírito Santo, pois os desejos da velha natureza são impuros e nos conduzem à morte espiritual.

2. A vida guiada pela Concupiscência da Carne. A “Carne” é a nossa natureza caída. São os impulsos e os desejos que gritam para serem satisfeitos. Segundo Augustus Nicodemus, “a ‘carne’ refere-se aos desejos impuros, que incluem todos os pensamentos, palavras e ações não puros: fornicação, adultério, estupro, incesto, sodomia e demais desejos não naturais, quer à intemperança no comer e no beber, motins, arruaças e farras, bem como todos os prazeres sensuais da vida, que gratificam a mente carnal e pelos quais a alma é destruída e o corpo, desonrado”.

Vivemos em uma sociedade hedonista, onde a busca pelo prazer tem feito com que muitos sejam dominados por desejos malignos, praticando, sem qualquer pudor, toda a sorte de impureza, e tudo em nome do prazer e da liberdade. Portanto, uma vida guiada pela concupiscência da carne é uma vida separada de Deus, cujo fim, se permanecer assim, será a perdição eterna.

3. A vida conduzida pela Concupiscência dos Olhos. A concupiscência dos olhos são as tentações que nos atacam de fora para dentro. É a tendência a deixar-se cativar pela exibição externa das coisas, sem investigar os seus valores reais. Refere-se à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso. Os olhos são a lâmpada do corpo e as janelas da alma. Por eles entram os desejos.

Eva caiu porque viu o fruto proibido. viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas para as bandas de Sodoma. Siquém viu Diná e a seduziu. A mulher de Potifar viu José e tentou deitar-se com ele. Acã viu a capa babilônica e arruinou-se. Davi viu Bate-Seba e adulterou com ela e a espada não se apartou da sua casa.

Cuidado com os seus olhos! Se eles o fazem tropeçar, arranque-os, porque é melhor você entrar no Céu caolho do que todo o seu corpo ser lançado no inferno (Mt.5:29).

Nesta era pós-moderna, a concupiscência dos olhos inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, na internet (principalmente), no cinema, ou em periódicos. Longe de Deus e sem o controle do Espírito Santo, o homem manifesta seus desejos mais perversos, trazendo sérios prejuízos para os relacionamentos. Quando o homem se torna insensível à voz de Deus e ao Espírito Santo, sendo governado apenas por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Lucas 11:34 diz: “A candeia do corpo são os olhos. Quando, pois, os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, quando forem maus, o teu corpo será tenebroso”.

O crente não pode se deixar seduzir pelos prazeres deste mundo (1João 2:15-17). Uma vida conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida sem o domínio do Espírito Santo, logo uma vida que corre grande perigo de perder a Salvação, a vida eterna com Deus.

II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO

O homem sem Deus, dotado de uma natureza pecaminosa, outra coisa não faz senão desobedecer ao Senhor e satisfazer aos desejos da carne, praticando atitudes e ações que revelam um sentimento de autossuficiência e de egoísmo (são “amantes de si mesmos”, cf. 2Tm.3:2), que levam a um caráter altamente reprovável, despido de auto-direcionamento (não segue a sua vontade, mas o curso deste mundo – Rm.7:15; Ef.2:2), de cooperatividade (não leva em conta o próximo, mas única e exclusivamente a si próprio, aos seus deleites – Lc.8:14, 1Tm.5:16; Tg.4:1) e de auto-transcendência (são cegos e não reconhecem a Deus como o Senhor de todas as coisas – Mt.15:14; João 9:41; Rm.2:17-29). Portanto, o cristão que se engoda nas obras da carne e não se esforça para sair delas, desmoraliza o seu caráter.

1. O Caráter. O caráter é elemento da personalidade do ser humano que não é inato e pode ser mudado. Para os psicólogos, o caráter é aquilo que é adquirido ao longo da vida, aquilo que é apreendido pelo homem no seu convívio com o ambiente onde vive, ou seja, aquilo que incorpora, conscientemente ou não, ao longo da sua existência.

2. O Caráter moldado pelo Espírito. Um caráter moldado pelo Espírito Santo é a maior necessidade de um cristão, hoje. As pessoas precisam ver que você é um homem ou uma mulher temente a Deus. Afirmou John Wooden: “Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é“. Portanto, o caráter do cristão é quem ele é de fato, não apenas quando está diante do pastor, ou do seu líder, ou mesmo com um grupo de amigos, mas quando está num ambiente que ninguém o conhece, e ninguém está observando-o. O seu verdadeiro interior é a expressão mais exata da sua pessoa, sem máscaras, sem fingimentos ou aparências.

Quem é você quando ninguém está olhando? Nosso caráter está relacionado com quem somos quando ninguém está olhando. Nossa reputação, por outro lado, diz respeito à nossa conduta como é vista ou percebida por outros. “Boa” conduta sem caráter se torna hipocrisia. Isto foi revelado à igreja em Sardes: “Ao anjo da Igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto!” (Ap.3:1). Não adianta apenas dizer que é crente, é preciso evidenciar o nosso caráter cristão mediante as nossas ações (Mt.5:16).

Daniel estava longe de casa, sem a sua família, em um país estranho, com uma língua estranha, sem o Templo, sem sacerdotes e sem os rituais do culto. A despeito de tantas perdas, porém, não deixou seu coração ser envenenado pela mágoa, não permitiu que seu caráter fosse deformado pelo meio que ora passou a enfrentar. Procurou ser instrumento de Deus na vida dos babilônios. Daniel não foi um jovem influenciado, mas influenciador. As pessoas que foram levadas cativas entregaram-se à depressão, nostalgia, choro, desânimo, amargura e ódio (Sl.137). Daniel, porém, escolheu ser uma luz, uma testemunha, um jovem fiel a Deus em terra estranha.

No meio de uma cultura sem Deus e sem absolutos morais, Daniel não se corrompeu. Ele foi levado para a Babilônia, uma terra eivada de idolatria. Foi levado para esse panteão de divindades pagãs, para a capital mundial da astrologia e da feitiçaria. Daniel vai como escravo para uma terra que não conhecia a Deus, onde não havia a Palavra de Deus, nem o temor de Deus, onde o pecado campeava solto. Mas, mesmo na cidade das liberdades sem fronteiras, do pecado atraente e fácil, Daniel mantém-se íntegro, fiel e puro diante de Deus e dos homens. Seu caráter não era feito de vidro, não se quebrava com facilidade. Tinha um caráter ilibado, formado em um lar temente a Deus, de convicção de fé inquebrável no Deus vivo.

Concordo com o Pr. Osiel Gomes, quando diz que “muitos se dizem crentes, mas suas ações demonstram que nunca tiveram um encontro real com o Salvador. Muitos estão na igreja, mas ainda não foram realmente transformados por Jesus, pois quem está em Cristo é uma nova criatura e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza adâmica (2Co.5:17). Crentes que vivem causando escândalos, divisões, rebeldias, jamais experimentaram o novo nascimento”.

3. Ataques ao seu Caráter. Na nossa jornada temos que lutar contra três inimigos que farão de tudo para macular o nosso caráter: a carne, o Diabo e o mundo. Para enfrentar e vencer esses inimigos é necessário ter uma vida de comunhão com o Pai. É necessário orar, ler e estudar a Palavra de Deus. Sem a leitura da Bíblia e a oração não conseguiremos vencer a concupiscência da carne.

O caráter de Daniel e de seus amigos, na Babilônia, foi atacado. O caráter deles foi colocado à prova diante da determinação do rei Nabucodonosor. Veja o que diz Daniel 1:5-8: “E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego. E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar”. Aqui, mostra que o maior de todos os perigos era o risco da aculturação. Esses servos de Deus tiveram de se acautelar acerca de dois perigos:

a) O perigo das iguarias do mundo. As iguarias da mesa do rei eram comidas sacrificadas aos ídolos. Cada refeição no palácio real de Babilônia se iniciava com um ato de adoração pagã. Comer aqueles alimentos era tornar-se participante de um culto pagão. Há um ditado que diz que todas as maçãs do diabo são bonitas, mas elas têm bicho. Os banquetes do mundo são atraentes, mas o mundo jaz no maligno. Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus. Aquele que ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

Não entre na configuração do mundo. Fuja dos banquetes que o mundo lhe oferece! Os prazeres imediatos do pecado produzem tormentos eternos. As alegrias que o pecado oferece, convertem-se em choro e ranger de dentes. Fuja das boates, das noitadas, dos lugares que podem ser um laço para sua vida. Daniel “assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia”. Daniel preferiu a prisão ou mesmo a morte à infidelidade.

b) O perigo da mudança dos valores. O nome de Daniel e de seus amigos foram trocados. Com isso, a Babilônia queria que eles esquecessem o passado. A Babilônia queria remover os marcos e arrancar as raízes deles. Entre os hebreus, o nome era resultado de uma experiência com Deus. Todos os quatro jovens judeus tinham nomes ligados a Deus. Daniel significa: Deus é meu juiz; deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo significado é: Bel proteja o rei. Hananias significa: Jeová é misericordioso; passou a ser chamado de Sadraque, que significa: iluminado pela deusa do sol. Misael significa: quem é como Deus? Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa: quem é como Vênus? Azarias significa: Jeová ajuda; trocaram-lhe o nome para Abede-Nego, cujo significado é: servo de Nego. Assim, seus nomes foram trocados e vinculados às divindades pagãs de Bel, Manduque, Vênus e Nego. Os caldeus queriam varrer o nome de Deus do coração de Daniel, queria tirar a convicção de Deus da mente de Daniel e de seus amigos e plantar neles novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes.

A Babilônia mudou os nomes deles, porém, não o coração. Daniel e seus amigos não permitiram que o ambiente, as circunstâncias e as pressões externas ditassem sua conduta. Eles se firmaram na verdade, batalharam pela defesa da fé e mantiveram a consciência pura.

Muitos jovens hoje têm caído na teia do mundo. Muitos se envolvem de tal maneira que perdem o referencial, mudam os marcos, abandonam suas convicções, transigem com os absolutos e naufragam na fé.

III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS

“O propósito do cristão deve ser viver uma vida que agrada a Deus, caso contrário, não tem valor algum professar a fé cristã”.

1. Viver segundo a carne.Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”(Rm.8:8). Os que estão na carne não podem agradar a Deus, porque a única maneira de agradá-lo é submeter-se e obedecer à sua Lei, à Sua Palavra, à Sua vontade. As obras da carne e o Fruto do Espirito são mutualmente exclusivos. Quem pratica as obras da carne jamais produzirão Fruto do Espirito, pois quem pratica as obras da carne não está ligado à videira, que é Cristo. Portanto, é impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (Rm.8:7,8; Gl.5:17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (Rm.8:13), torna-se inimigo de Deus (Rm.8:7; Tg.4:4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (Rm.8:13).

Portanto, quais são os nossos objetivos na vida? Quais têm sido as nossas intenções?
Por que e para que estamos a praticar estes ou aqueles atos? Isto nos mostra se andamos segundo a carne ou segundo o Espírito. O justificado pela fé em Cristo Jesus age sempre por motivos e propósitos que estão de acordo com a vontade de Deus, que nos mantêm separados do pecado e que, por isso, não nos impede de prosseguir na nossa comunhão com o Senhor.

O apóstolo Paulo é contundente quando diz que a “inclinação da carne” é inimizade contra Deus e os que são segundo a carne não podem agradar a Deus (Rm.8:7,8). Temos aqui uma contundente declaração das Escrituras que desmente todo e qualquer movimento de tolerância e convivência com o pecado, movimentos estes que, lamentavelmente, estão presentes e em número cada vez maior no meio do segmento dito evangélico. Quantos não estão a dizer que “Deus só quer o coração”? Quantos não têm procurado se basear em “doutores conforme as suas próprias concupiscências” (cf. 2Tm.4:3) para justificar as suas condutas pecaminosas e a prática da iniquidade? Os dias de hoje são difíceis e não são poucos os que têm se esforçado em encontrar guarida para as suas “inclinações da carne”, mas o Senhor, na Sua Palavra, é bem claro, é claríssimo: “os que estão na carne, não podem agradar a Deus” (Rm.8:8).

2. Vivendo como espinheiro. Os ramos que não produzem frutos são arrancados (João 15:2). O propósito do ramo é dar fruto. Se o ramo não dá fruto, não tem valor para o lavrador, por isso ele o tira. Exemplo triste deste tipo de julgamento é encontrado na história da nação israelita. Deus Pai, o Lavrador, no passado plantou uma vinha – “ E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre e também constituiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas...a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel...”(Is.5:2-7).

Deus não apenas plantou, como também dotou-a de todas as condições para que nela houvesse colheitas abundantes das melhores uvas da terra. Porém, Israel falhou! Produziu uvas bravas! A vinha foi rejeitada - “A gora, pois, vos farei saber o que hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada; e a tornarei em deserto; não será podada, nem cevada; mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuvas sobre ela” (Is.5:5,6). Israel pagou e continua pagando o preço de sua desobediência.

A Igreja, hoje, é nova Vinha do Senhor. Como Igreja ela não será rejeitada. Porém, cada crente, em particular, é advertido sobre a necessidade de produzir frutos, e frutos bons – “todo ramo em mim que não dá fruto, a tira... Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto...”.

Quem vive segundo a carne se torna um espinheiro, inútil para Deus e para a Igreja. Israel foi rejeitado porque não deu os frutos que Deus esperava de sua vinha. Israel tornou-se um espinheiro. Certamente que o Espírito Santo não deseja que aconteça o mesmo conosco.

3. Uma vida infrutífera. Quem não frutifica, diz o Senhor, é cortado e lançado fora. Não é possível ser crente, ser salvo sem que se produza o Fruto do Espírito. Cristo é a Videira e Deus é o Lavrador que cuida dos Ramos para torná-los frutíferos. Os Ramos são todos aqueles que se decidiram seguidores de Cristo. Os Ramos frutíferos são os verdadeiros crentes que, por meio da união de sua vida com a de Cristo, propiciam a Deus uma colheita abundante. Mas aqueles que se tornam improdutivos, que se negam a seguir a Cristo, serão separados da Videira. Os seguidores improdutivos são como mortos; serão cortados e lançados fora (João 15:6).

Na Parábola da Figueira estéril, o Senhor Jesus disse que “...um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando. E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar” (Lc.13:6-9).

Embora a figueira estivesse na vinha, ela não tinha outro propósito a não ser dar fruto. Visto que a figueira era infrutífera, não teria o direito de existir. É fruto que o dono da vinha procura. Não folhas. As folhas dão beleza à árvore, mas, não alimentam. Quem tem fome, precisa de fruto.

Certa feita, a caminho de Jerusalém, Jesus teve fome – “E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente” (Mt.21:18,19). Era uma árvore bonita, tinha aparência, pois, estava carregada de folhas. Porém, foi amaldiçoada porque não tinha fruto. Não basta ter aparência, é preciso ter fruto. Através de uma vida frutífera glorificamos a Deus e testificamos que somos discípulos de Jesus – “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Mt.7:8).

Dar muito fruto deve ser o ideal bíblico desejado por todos os salvos. Isto é possível, pois, somos como “...a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará” (Sl.1:3). Estar em Cristo é a condição. Jesus disse: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muitos frutos. Porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). Não basta estar perto de Cristo, e muito menos longe. Faz-se necessário estar ligado a Ele, ser parte do seu próprio Corpo, para que possa receber da sua seiva (Espírito Santo) e assim dar muitos frutos.

CONCLUSÃO

A Carne é mais que sensualidade, é mais que luxúria sensual, é o homem vivendo no nível terreno e material, separado de qualquer contato com o espiritual ou o sobrenatural. Os que são dominados pela Carne buscam agradar a Carne e praticar suas obras (Gl.5:19-21). O resultado óbvio é que os que estão na Carne não podem agradar a Deus, serão excluídos da Videira e, por conseguinte, cortados e lançados para serem queimados, ou seja, excluídos para sempre da presença de Deus.

Que Deus possa nos abençoar e que saibamos, precisamente, viver em santidade, sendo Árvore frutífera para Deus até o instante da nossa glorificação.

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Revista Ensinador Cristão – nº 69. CPAD.

Rev. Hernandes Dias Lopes. Gálatas, a carta da liberdade cristã.

Ev. Caramuru Afonso Francisco. O Fruto do Espírito Santo e o caráter cristão. PortalEBD_2005.

Um comentário:

  1. Riqueza de subsídio! Muito tem me ajudado no preparo das minhas aulas. A minha oração é para que Deus continue abençoando e ajudando o irmão nesta missão. Obrigada!

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